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Manejo da cultura do Milho - Embrapa Milho e Sorgo

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10 <strong>Manejo</strong> <strong>da</strong> <strong>cultura</strong> <strong>do</strong> <strong>Milho</strong><br />

em plantio direto. Como resulta<strong>do</strong>, tem-se, a partir <strong>do</strong><br />

segun<strong>do</strong> ano ou mais de cultivo, solos agricultáveis<br />

corrigi<strong>do</strong>s, com altos níveis de fertili<strong>da</strong>de e fisicamente<br />

estrutura<strong>do</strong>s. Essas áreas, inicialmente de fertili<strong>da</strong>de<br />

comprometi<strong>da</strong>, passam a apresentar altos teores de<br />

matéria orgânica, baixos níveis de acidez e eleva<strong>da</strong><br />

infiltração de água no solo, em relação às áreas onde<br />

ain<strong>da</strong> se utilizam práticas de cultivo tradicionais. Outro<br />

enfoque <strong>do</strong> Sistema Santa Fé é sua implantação anual,<br />

em regiões onde as condições climáticas não permitem<br />

a safrinha, consistin<strong>do</strong> no cultivo consorcia<strong>do</strong> de<br />

<strong>cultura</strong>s anuais como milho, sorgo e milheto, com<br />

espécies forrageiras, principalmente as braquiárias, em<br />

áreas agrícolas, em solos parcial ou devi<strong>da</strong>mente<br />

corrigi<strong>do</strong>s. As práticas que compõem o sistema<br />

minimizam a competição precoce <strong>da</strong> forrageira, evitan<strong>do</strong><br />

redução <strong>do</strong> rendimento <strong>da</strong>s <strong>cultura</strong>s anuais, permitin<strong>do</strong>,<br />

após a colheita destas, uma produção forrageira<br />

abun<strong>da</strong>nte e de alta quali<strong>da</strong>de para a alimentação<br />

animal, além de palha<strong>da</strong> em quanti<strong>da</strong>de e quali<strong>da</strong>de<br />

para a realização <strong>do</strong> plantio direto na safra seguinte.<br />

Este assunto será melhor discuti<strong>do</strong> em capítulo sobre<br />

integração lavoura-pecuária.<br />

<strong>Milho</strong> Safrinha x Sistema de Plantio<br />

Direto<br />

A implantação <strong>do</strong> milho safrinha, no final <strong>do</strong> perío<strong>do</strong><br />

chuvoso, deixa o agricultor na expectativa de ocorrência<br />

de déficit hídrico durante o ciclo <strong>da</strong> <strong>cultura</strong>. Assim, to<strong>da</strong><br />

estratégia de manejo <strong>do</strong> solo deve levar em<br />

consideração propiciar maior quanti<strong>da</strong>de de água<br />

disponível para as plantas. Nesse caso, sempre que<br />

possível, deve-se optar pelo sistema de plantio direto,<br />

pois oferece maior rapidez nas operações,<br />

principalmente no plantio realiza<strong>do</strong> simultaneamente à<br />

colheita, permitin<strong>do</strong> o plantio o mais ce<strong>do</strong> possível.<br />

Além disso, um sistema de plantio direto, com<br />

adequa<strong>da</strong> cobertura <strong>da</strong> superfície <strong>do</strong> solo, permitirá o<br />

aumento <strong>da</strong> infiltração <strong>da</strong> água no solo e a redução <strong>da</strong><br />

evaporação, com conseqüente aumento no teor de água<br />

disponível para as plantas. Em algumas áreas de<br />

plantio direto, já se constatou aumento <strong>do</strong> teor de<br />

matéria orgânica <strong>do</strong> solo, afetan<strong>do</strong> a curva de retenção<br />

de umi<strong>da</strong>de e aumentan<strong>do</strong> ain<strong>da</strong> mais o teor de<br />

umi<strong>da</strong>de para as plantas.<br />

Embora exista uma grande diversi<strong>da</strong>de de preparo de<br />

áreas para o cultivo <strong>do</strong> milho na segun<strong>da</strong> safra,<br />

pre<strong>do</strong>mina o emprego <strong>do</strong> plantio direto permanente<br />

(PDP) ou temporário (PDT), visan<strong>do</strong> antecipar a<br />

implantação <strong>do</strong> milho “safrinha”. No preparo direto<br />

temporário, realiza-se a semeadura direta <strong>do</strong> milho<br />

“safrinha” e o preparo convencional para a soja. Nesse<br />

caso, no verão, tem si<strong>do</strong> freqüente o preparo com<br />

grades.<br />

Em áreas com grande infestação de plantas <strong>da</strong>ninhas,<br />

no momento <strong>da</strong> colheita <strong>da</strong> soja, e quan<strong>do</strong> o agricultor<br />

não dispõe de máquina para semeadura direta, utilizase<br />

o preparo com grades, no outono-inverno. Uma<br />

desvantagem <strong>da</strong> grade ara<strong>do</strong>ra é que ela provoca grande<br />

pulverização <strong>do</strong> solo. Alem disso, o uso <strong>da</strong> grade<br />

continuamente, no verão e na safrinha, por anos<br />

sucessivos, pode provocar a formação <strong>do</strong> “pé-de-grade”,<br />

uma cama<strong>da</strong> compacta<strong>da</strong> logo abaixo <strong>da</strong> profundi<strong>da</strong>de<br />

de corte <strong>da</strong> grade, a 10-15 cm. Essa cama<strong>da</strong> reduz a<br />

infiltração de água no solo, o que, por sua vez, irá<br />

favorecer maior escorrimento superficial e,<br />

conseqüentemente, a erosão <strong>do</strong> solo e a redução <strong>da</strong><br />

produtivi<strong>da</strong>de <strong>do</strong> milho safrinha (Tabela 5).

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