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Mecanismos de Flexibilização de Sistemas ... - Igor.pro.br

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1. INTRODUÇÃO<<strong>br</strong> />

<strong>Sistemas</strong> Gerenciadores <strong>de</strong> Workflow (SGWf) têm atraído muita atenção nos últimos anos, por serem baseados em<<strong>br</strong> />

um mo<strong>de</strong>lo simples que permite <strong>de</strong>finir, executar e monitorar a execução <strong>de</strong> <strong>pro</strong>cessos. Mas este esquema é um tanto<<strong>br</strong> />

quanto rígido e inflexível, apresentando alguns <strong>pro</strong>blemas quando da necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> sua utilização no controle <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

<strong>pro</strong>cessos com características cooperativas, em que o comportamento humano <strong>de</strong>ve ser levado em conta.<<strong>br</strong> />

Segundo Aalst e Hee (2002) esta inflexibilida<strong>de</strong> e rigi<strong>de</strong>z dos <strong>pro</strong>dutos atuais acabam por espantar muitos<<strong>br</strong> />

usuários potenciais. Hagen e Alonso (1999) apresentam o mesmo ponto <strong>de</strong> vista, dizendo que inflexibilida<strong>de</strong> e rigi<strong>de</strong>z<<strong>br</strong> />

acabam por tornar as tecnologias <strong>de</strong> workflow atuais restritas à apenas alguns domínios <strong>de</strong> aplicação. Várias outras<<strong>br</strong> />

pesquisas apontam estes pontos como uma das gran<strong>de</strong>s razões da resistência à utilização <strong>de</strong> SGWfs em alguns<<strong>br</strong> />

domínios <strong>de</strong> aplicação (ELLIS; KEDDARA; ROZENBERG, 1995; REICHERT; DADAM, 1998; JOERIS; HERZOG,<<strong>br</strong> />

1999; MANGAN; SADIQ, 2002; REICHERT; DADAM; BAUER, 2003).<<strong>br</strong> />

Visto isto, fica evi<strong>de</strong>nte a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> fornecer meios para relaxar algumas das restrições impostas pelos<<strong>br</strong> />

SGWfs tradicionais. Uma <strong>de</strong>stas restrições é a impossibilida<strong>de</strong> das tarefas <strong>pro</strong>duzirem, disponibilizarem ou utilizarem<<strong>br</strong> />

resultados intermediários, sendo as tarefas em vistas como caixas pretas. Relaxando esta restrição, as tarefas po<strong>de</strong>riam<<strong>br</strong> />

ser disparadas antes mesmo da conclusão <strong>de</strong> suas antecessoras, ocorrendo a chamada antecipação <strong>de</strong> tarefas<<strong>br</strong> />

(GRIGORI, 2001). Este é um dos objetivos <strong>de</strong>ste trabalho, encontrar maneiras <strong>de</strong> flexibilizar o mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> workflow<<strong>br</strong> />

tradicional, <strong>de</strong> forma a possibilitar que tarefas seqüenciais possam trocar resultados intermediários, iniciando sua<<strong>br</strong> />

execução <strong>de</strong> maneira antecipada.<<strong>br</strong> />

Com base nisto, este trabalho tem como objetivo apresentar um estudo so<strong>br</strong>e os meios <strong>de</strong> flexibilizar-se os<<strong>br</strong> />

SGWfs <strong>de</strong> modo a <strong>pro</strong>ver a antecipação <strong>de</strong> tarefas. O estudo resultou na i<strong>de</strong>ntificação e classificação das estratégias <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

flexibilização e <strong>de</strong> gerenciamento <strong>de</strong> antecipação <strong>de</strong> tarefas. Esta classificação foi feita <strong>de</strong> acordo com a fase do ciclo<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> vida em que a flexibilização é aplicada (tempo <strong>de</strong> <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> <strong>pro</strong>cesso / tempo <strong>de</strong> execução do <strong>pro</strong>cesso). Duas<<strong>br</strong> />

estratégias são especificadas: a priori e a posteriori. A primeira <strong>de</strong>las é totalmente vinculada à <strong>de</strong>finição dos <strong>pro</strong>cessos<<strong>br</strong> />

e <strong>de</strong>ve ser prevista no mo<strong>de</strong>lo. Esta forma <strong>de</strong> antecipação po<strong>de</strong> ser utilizada em qualquer SGWf existente, porém, não<<strong>br</strong> />

oferece flexibilida<strong>de</strong> pré-<strong>de</strong>terminada, continuando este estático e exigindo gran<strong>de</strong> esforço <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>lagem. A outra<<strong>br</strong> />

maneira <strong>de</strong> <strong>pro</strong>ver antecipação está relacionada à execução dos <strong>pro</strong>cessos, <strong>de</strong>ixando a <strong>de</strong>cisão por antecipar ou não<<strong>br</strong> />

antecipar para a fase <strong>de</strong> execução dos <strong>pro</strong>cessos. Esta abordagem é mais complexa e exige alterações na máquina <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

execução do SGWf, porém, oferece gran<strong>de</strong> flexibilida<strong>de</strong> ao <strong>pro</strong>cesso e não exige esforço extra durante a mo<strong>de</strong>lagem.<<strong>br</strong> />

O restante do artigo está organizado da seguinte forma: a seção 2 traz uma revisão bibliográfica dos trabalhos<<strong>br</strong> />

relacionados à flexibilização <strong>de</strong> SGWfs e uma classificação segundo a fase em que se dá tal flexibilização. A seção 3<<strong>br</strong> />

apresenta a antecipação <strong>de</strong> tarefas. A seção 4 traz as possíveis maneiras <strong>de</strong> aplicá-la no contexto <strong>de</strong> SGWfs. E,<<strong>br</strong> />

finalmente, na seção 5 são apresentados as conclusões e trabalhos futuros.<<strong>br</strong> />

2. FLEXIBILIDADE EM SISTEMAS GERENCIADORES DE WORKFLOW<<strong>br</strong> />

A busca por aumento na flexibilida<strong>de</strong> em sistemas <strong>de</strong> workflow é um tema muito explorado em pesquisa na<<strong>br</strong> />

atualida<strong>de</strong>. Tais pesquisas têm por objetivo, basicamente, tornar sistemas gerenciadores <strong>de</strong> workflow úteis a todas as<<strong>br</strong> />

áreas em que estes po<strong>de</strong>m ser aplicados. A flexibilida<strong>de</strong> buscada vem <strong>de</strong> maneira a acabar com a estrutura<<strong>br</strong> />

extremamente rígida encontrada nos sistemas <strong>de</strong> workflow tradicionais.<<strong>br</strong> />

Esta seção vem apresentar as pesquisas e abordagens relacionadas à flexibilida<strong>de</strong> encontradas na literatura. A partir<<strong>br</strong> />

da análise das <strong>pro</strong>postas encontradas, foi possível criar uma classificação básica do tipo <strong>de</strong> flexibilida<strong>de</strong> que as<<strong>br</strong> />

abordagens po<strong>de</strong>m oferecer: flexibilida<strong>de</strong> a priori e flexibilida<strong>de</strong> a posteriori.<<strong>br</strong> />

Flexibilida<strong>de</strong> a priori é aquele tipo <strong>de</strong> flexibilida<strong>de</strong> oferecida durante a mo<strong>de</strong>lagem dos <strong>pro</strong>cessos. Este tipo <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

flexibilida<strong>de</strong> está relacionada ao tempo <strong>de</strong> <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> <strong>pro</strong>cessos, criando meios <strong>de</strong> tornar a execução <strong>de</strong> um <strong>pro</strong>cesso<<strong>br</strong> />

menos restritiva através <strong>de</strong> novas maneiras <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>lar <strong>pro</strong>cessos.<<strong>br</strong> />

Já nas abordagens on<strong>de</strong> é <strong>pro</strong>posta a flexibilida<strong>de</strong> a posteriori são apresentadas maneiras <strong>de</strong> tornar os SGWfs<<strong>br</strong> />

menos rígidos através <strong>de</strong> mudanças em tempo <strong>de</strong> execução dos <strong>pro</strong>cessos. Estas mudanças dizem respeito a alterações<<strong>br</strong> />

dinâmicas na <strong>de</strong>finição dos <strong>pro</strong>cessos e alterações no modo <strong>de</strong> execução dos <strong>pro</strong>cessos.<<strong>br</strong> />

2.1 Flexibilida<strong>de</strong> a priori<<strong>br</strong> />

A primeira abordagem a ser apresentada é a <strong>pro</strong>posta do operador Coo (GODART; PERRIN; SKAF, 1999),<<strong>br</strong> />

que foi <strong>de</strong>senvolvido a fim <strong>de</strong> tornar os mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> workflow capazes <strong>de</strong> representar as interações entre tarefas<<strong>br</strong> />

cooperativas. Tal operador não co<strong>br</strong>e todos os aspectos da cooperação, sendo, principalmente, <strong>de</strong>dicado ao<<strong>br</strong> />

gerenciamento <strong>de</strong> cooperação entre tarefas. Um exemplo da utilização <strong>de</strong>ste operador é a resolução <strong>de</strong> exercícios por<<strong>br</strong> />

um estudante e a correção dos mesmos por um <strong>pro</strong>fessor em um ambiente <strong>de</strong> ensino a distância. Os resultados dos<<strong>br</strong> />

exercícios po<strong>de</strong>m ser enviados ao <strong>pro</strong>fessor a qualquer momento, a fim <strong>de</strong> obter-se correções e sugestões por parte do<<strong>br</strong> />

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