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em rio tinto, pb - Sociedade de Ecologia do Brasil

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lhas. Mesmo s<strong>em</strong> acesso ao conhecimento científico os<br />

entrevista<strong>do</strong>s d<strong>em</strong>onstraram conhecer o hábito alimentar<br />

das preguiças. Ao ser<strong>em</strong> pergunta<strong>do</strong>s aon<strong>de</strong> são<br />

encontradas preguiças <strong>em</strong> Rio Tinto, 56% <strong>do</strong>s entrevista<strong>do</strong>s<br />

da praça e 22% <strong>do</strong>s entrevista<strong>do</strong>s da vila i<strong>de</strong>ntificaram<br />

a praça João Pessoa como o local <strong>de</strong> ocorrência<br />

mais freqüente, já 17% <strong>do</strong>s entrevista<strong>do</strong>s na praça e 7%<br />

na vila Regina afirmaram que vê<strong>em</strong> preguiças também<br />

na praça Castro Alves, localizada à um quarteirão da<br />

praça João Pessoa. 50% <strong>do</strong>s entrevista<strong>do</strong>s, tanto da<br />

vila como da praça, <strong>de</strong>clararam nunca ter toca<strong>do</strong> <strong>em</strong><br />

uma preguiça e apenas 8% <strong>do</strong>s habitantes da vila já<br />

colocaram filhotes <strong>de</strong> preguiça perdi<strong>do</strong>s nas costas das<br />

mães. Tais locais <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificação da presença das preguiças<br />

têm relação com o histórico da cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Rio<br />

Tinto que ficou conhecida como “Vila das Preguiças”<br />

<strong>em</strong> virtu<strong>de</strong> <strong>do</strong> gran<strong>de</strong> número <strong>de</strong> preguiças presentes.<br />

Atualmente as praças abrigam pequenas populações <strong>de</strong><br />

preguiças. A maioria <strong>do</strong>s entrevista<strong>do</strong>s da praça (60%)<br />

nunca viu uma preguiça morta n<strong>em</strong> confeccionam amuletos<br />

e r<strong>em</strong>édios, porém 10% alegaram ter consumi<strong>do</strong> a<br />

carne da preguiça. 73% <strong>do</strong>s mora<strong>do</strong>res da Vila Regina<br />

afirmaram nunca ter<strong>em</strong> visto preguiça morta, já 41%<br />

confessaram consumir a carne, 18% produzir amuletos<br />

e 12% fazer r<strong>em</strong>édios caseiros. 90% <strong>do</strong>s entrevista<strong>do</strong>s<br />

na praça nunca caçaram preguiças e na vila 29% confirmaram<br />

exercer tal ativida<strong>de</strong>. A Vila Regina é habitada<br />

por índios Potiguaras que caçam as preguiças e<br />

as vend<strong>em</strong> <strong>em</strong> feiras livres. Os índios utilizam partes<br />

da preguiça como as unhas para tratamento <strong>de</strong> asma<br />

e a banha para reduzir as <strong>do</strong>res provocadas pela caxumba,<br />

papeira e para inchaços. Na região <strong>do</strong> nor<strong>de</strong>ste<br />

brasileiro especificamente <strong>em</strong> Alagoas uma comunida<strong>de</strong><br />

indígena usa a banha da Bradypus variegatus na cura<br />

<strong>de</strong> processos reumáticos e <strong>do</strong>res <strong>em</strong> geral. A banha<br />

é aquecida para extração <strong>do</strong> óleo que é coloca<strong>do</strong> sobre<br />

a picada <strong>de</strong> insetos e <strong>de</strong> escorpiões(Branch & Silva,<br />

1983).Pesca<strong>do</strong>res artesanais <strong>do</strong> sul <strong>de</strong> Alagoas usam a<br />

unha ou couro da preguiça como <strong>de</strong>fuma<strong>do</strong>r para tratamento<br />

<strong>de</strong> asma e <strong>de</strong>rrame (Silva & e Marques, 1996).<br />

CONCLUSÃO<br />

Os da<strong>do</strong>s obti<strong>do</strong>s apontam a caça como principal ativida<strong>de</strong><br />

antrópica que gera impacto negativo sobre as<br />

populações <strong>de</strong> preguiça - comum, evi<strong>de</strong>ncian<strong>do</strong> a necessida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> implantação <strong>de</strong> ações <strong>de</strong> educação ambiental<br />

junto à comunida<strong>de</strong> da praça e da vila Regina.<br />

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