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Vida de pai - C&A

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COMPORTAMENTO<br />

Além <strong>de</strong> terem estilo próprio<br />

e consi<strong>de</strong>rarem a moda<br />

expressão do que são, estes<br />

<strong>pai</strong>s adoram vestir seus<br />

fi lhos. Henrique, Renato<br />

e Marcelo dão palpites,<br />

compram peças e capricham<br />

nos looks <strong>de</strong> seus pequenos<br />

TEXTO MARIA FLOR CALIL<br />

FOTOS CIA DE FOTO<br />

Heranca<br />

fashion<br />

HENRIQUE, PAI DE MAX, 5, E ROSA, 1<br />

O dia a dia <strong>de</strong> Henrique Montanari, 34, é cheio <strong>de</strong><br />

arte. Ele trabalha com animação <strong>de</strong> personagens<br />

3-D e gosta <strong>de</strong> fazer grafi tes pela cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São<br />

Paulo, on<strong>de</strong> mora com a mulher, Renata, e os fi lhos,<br />

Max e Rosa. Talvez pela natureza do seu trabalho,<br />

que pe<strong>de</strong> um senso estético apurado, na hora <strong>de</strong><br />

se vestir o artista multimídia é bem básico e adota<br />

quase sempre a dupla camiseta + bermudão. “Meu<br />

estilo é street mesmo”, afi rma. Na hora <strong>de</strong> vestir<br />

os fi lhos, Henrique confessa que gosta <strong>de</strong> dividir<br />

essa tarefa com a mulher. Acredita que a criança<br />

tem que estar confortável e escolhe para os fi lhos<br />

o que chama <strong>de</strong> “estilo infantil <strong>de</strong>spojado”. Quando<br />

vai comprar roupas para os pequenos, leva em conta<br />

o corte, as costuras, as estampas e a praticida<strong>de</strong>,<br />

porque sabe que “suja muito fácil e tem que trocar<br />

toda hora”. As crianças já participam da escolha<br />

das peças e isso vale até para a pequena Rosa, que<br />

ainda não completou 2 anos. Como Henrique é <strong>pai</strong><br />

<strong>de</strong> um menino e <strong>de</strong> uma menina, fi ca atento ao<br />

vestir cada um: “Tem que tomar cuidado para não<br />

vestir a menina como um menino e vice-versa”, diz,<br />

rindo. E Max, que é bem moleque, já está pegando<br />

algumas características do <strong>pai</strong>. “Às vezes ele parece<br />

uma miniatura minha”, conta orgulhoso. Com<br />

todos vestidos confortavelmente, os programas<br />

preferidos <strong>de</strong> Henrique e sua trupe costumam ser<br />

passeios em parques, praticar esportes e bagunçar<br />

bastante, sempre!<br />

8 C&A _ 25<br />

RENATO, PAI DE LUCIA, 3<br />

Do alto <strong>de</strong> seus 37 anos, Renato Kaufmann já tem<br />

uma noção do que fi ca bem nele. “Você nunca vai<br />

me ver <strong>de</strong> sunga branca, anel ou jeans skinny”. Ele<br />

adora a cor preta e camisetas, muitas camisetas.<br />

A barba, com esse “buraco no meio”, ele mesmo<br />

faz. “Já usei vários tipos <strong>de</strong> barba. A atual, eu fi z<br />

em homenagem às costeletas do Isaac Asimov<br />

[escritor russo]. Quando vi parecia o Wolverine”,<br />

conta rindo. Renato é um <strong>pai</strong> tão coruja que quando<br />

perguntamos “o que você faz” ele repon<strong>de</strong> “sou<br />

escritor e <strong>pai</strong> da Lucia”. A porção escritor po<strong>de</strong> ser<br />

acompanhada no blog Diariogravido.com.br, que<br />

virou o livro Diário <strong>de</strong> um grávido e já <strong>de</strong>u outro<br />

fi lhote, o Como nascem os <strong>pai</strong>s. A Lucia em questão<br />

é uma menina <strong>de</strong> 3 anos e meio, e muita atitu<strong>de</strong>.<br />

Na hora <strong>de</strong> vestir, o <strong>pai</strong> sempre sugere alguma<br />

coisa. A estratégia nem sempre funciona: “Tem dias<br />

que ela quer mudar tudo, como, por exemplo, sair<br />

<strong>de</strong> vestido <strong>de</strong> festa junina em janeiro!”. Para comprar<br />

suas próprias roupas, Renato não tem muita<br />

paciência, mas para Lucia a coisa muda <strong>de</strong> fi gura.<br />

“Não passa nada pelo caixa sem que ela aprove.” As<br />

únicas condições impostas são que as peças sejam<br />

confortáveis e bonitas ou divertidas. Se tivesse<br />

que escolher um look para a fi lha, Renato apostaria<br />

em vestido com Crocs ou uma saia <strong>de</strong> babados com<br />

uma camiseta <strong>de</strong> rock. “Acho que ela ainda está<br />

experimentando seu estilo, tem dias <strong>de</strong> princesa,<br />

<strong>de</strong> Hello Kitty e também <strong>de</strong> ‘hey, ho, let’s go’”, diz,<br />

citando a música do grupo <strong>de</strong> punk rock Ramones.<br />

MARCELO, PAI DE ANTONIO, 5, E RAVI, 4<br />

Olhando para Marcelo Jackow, 40, dá para<br />

perceber que ele tem estilo <strong>de</strong> sobra: usa o cabelo<br />

espetado, cortado por ele, à máquina, e óculos<br />

com armação ver<strong>de</strong>. “Acho que a roupa é um<br />

pouco <strong>de</strong> expressão do que somos”, diz. Por isso,<br />

gosta <strong>de</strong> usar camisetas divertidas, como uma<br />

estampada com um leão, que usou em uma reunião<br />

com um cliente “em que precisava se sentir mais<br />

forte”. Dono <strong>de</strong> um estúdio que faz cenografi a,<br />

Jackow se diz infl uenciado pela cultura pop e pelos<br />

quadrinhos, e isso transparece em seus looks. Terno<br />

e gravata não são com ele mesmo, que confessa<br />

não ter nenhum par <strong>de</strong> sapato no guarda-roupa,<br />

só tênis. Claro que para os fi lhos, Antonio e Ravi,<br />

um <strong>pai</strong> assim é pura diversão. “Outro dia, achei um<br />

site que vendia umas camisetas com estampa <strong>de</strong><br />

bicho e comprei para mim. Quando os moleques<br />

viram, quiseram na hora!”, conta. E, assim, os<br />

meninos vão <strong>de</strong>senvolvendo um estilo próprio,<br />

mas bastante infl uenciado pelo <strong>pai</strong>. “É muito fácil<br />

vestir meus fi lhos. Geralmente, as roupas que eles<br />

escolhem são as mesmas que eu escolheria.” Até o<br />

cabelo dos três fi cou igual, cortado com a mesma<br />

máquina – pelo <strong>pai</strong>, claro. Jackow também acha<br />

importante criar os fi lhos sem tantos pudores na<br />

hora <strong>de</strong> usar cor. “Estávamos fazendo compras e o<br />

Antonio gostou <strong>de</strong> uma camiseta rosa. O Ravi falou<br />

para o irmão que essa cor era <strong>de</strong> menina e eu disse<br />

que isso não tinha nada a ver”, lembra ele, que acha<br />

que os adultos <strong>de</strong>veriam usar mais cores, assim<br />

como as crianças.<br />

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