ENTREVISTA - Colgate Profissional

Em entrevista exclusiva, o Prof. Dr. Giuseppe Alexandre
Romito, especialista em periodontia, professor
da Universidade de São Paulo (USP) e presidente
da Sobrape, fala sobre a carreira, o trabalho em
associações e a importância dos cuidados bucais para
a saúde do organismo em geral
Por Andréia Brasil
Colaborou Ana Carolina Alves
Por favor, conte-nos um pouco
sobre sua carreira e suas áreas
de pesquisa em odontologia.
Em 1988 eu entrei na Faculdade de
Odontologia da USP (Universidade de
São Paulo), e me formei em 1992. Em
1993 comecei o curso de pós-graduação
em periodontia e como naquela época o
curso era mais extenso, em 1996 eu obtive
o título de mestre. No ano seguinte,
entrei no doutorado e,
em 2000, obtive o título
de doutor. Em 2001,
surgiu uma vaga na disciplina
de periodontia, e
eu prestei o concurso e
fui escolhido.
Então, apesar de dar
aulas na USP desde o
mestrado, sou professor
da faculdade de odontologia,
ofi cialmente,
desde 2001. Na área
de periodontia foquei
minha linha de pesquisa no que chamamos
de medicina periodontal, a relação
entre doenças da gengiva e outras
doenças do organismo. Basicamente,
desenvolvo três grandes grupos de pesquisa:
osteoporose, doenças arterioscleróticas
e diabetes. Paralelamente,
sempre me envolvi em associações. Sou
presidente da Sociedade Brasileira de
Periodontia (Sobrape) e vice-presidente
da Sociedade Brasileira de Pesquisa
Odontológica (SBPQO).
A Sobrape tem
profi ssionais de
muito respeito.
Com difi culdades
no Brasil, ela tem
altos e baixos,
e uma série
de problemas
internos,
que estamos
corrigindo
Como é o seu trabalho na Sobrape?
Eu sempre estive associado ao professor
Roberto Lotufo, que foi presidente
da Sobrape até 2007. No ano do seu
último mandato, quando ele já estava
doente – ele sofria de câncer –, me
chamou para ser vice-presidente da
sociedade. Em 2008, quando ele faleceu,
eu assumi a presidência da
casa até maio deste
ano, quando, durante o
nosso congresso, eu fui
reeleito para mais um
mandato, que segue até
junho de 2010.
Quais são os desafi
os de estar à frente
da Sociedade?
Os desafios são vários,
porque essa é uma das
Sociedades mais antigas
na odontologia. Estamos trabalhando
para modernizar a entidade,
já que ela tem um peso, dentro da comunidade,
muito forte. Internamente,
como todas as associações, ela tem
que proporcionar mais benefícios
para o associado como, por exemplo,
revistas, e isso tudo envolve, basicamente,
dinheiro. Em tempos de crise,
nem sempre é muito fácil conseguir
isso. Mas é uma sociedade que a gente
está ajudando a arrumar. Temos
c.d. smile|17