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Ano VIII • nº 13<br />
dezembro de 2007<br />
O novo símbolo de uma tradição<br />
Aos 38 anos a <strong>AGPTEA</strong> demonstra entender a importância<br />
da modernização, sem abrir mão dos seus valores<br />
projetos de alunos de três escolas<br />
técnicas agrícolas estão entre os<br />
cinco premiados da 1ª Fecitep<br />
páginaS 4 a 6<br />
páginaS 16 E 17<br />
Entrevista exclusiva com o técnico<br />
agrícola Ervino Deon, diretor geral da<br />
Seduc desde 15 de agosto de 2007<br />
páginaS 12 E 13
A EDUCREDI<br />
é uma cooperativa<br />
de crédito formada<br />
por professores<br />
estaduais da Região<br />
Metropolitana de<br />
Porto Alegre.<br />
INFORME-SE<br />
(51) 3225.1897 / 3225.5748 / 3022.2797<br />
educredi@gmail.com – www.educredi.org<br />
Av. Getúlio Vargas, 283 – Menino Deus<br />
CEP 90150-001 – Porto Alegre / RS<br />
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o atendimento da agptea ou ligue 51 3225-5748<br />
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Publicação trimestral da<br />
associação Gaúcha dos Professores<br />
técnicos do ensino aGrícola - aGPtea<br />
DirEToriA <strong>AGPTEA</strong><br />
Presidente<br />
Fritz Roloff<br />
vice-Presidente administrativo<br />
Aldir Antônio Vicente<br />
vice-Presidente de assuntos educacionais<br />
Danilo Oliveira de Souza<br />
vice-Presidente de assuntos sociais<br />
Sérgio Luiz Crestani<br />
secretário Geral<br />
Dauri Ferreira Vaghetti<br />
Primeiro secretário<br />
Denise Oliveira da Silva<br />
tesoureiro Geral<br />
Carlos Fernando<br />
Oliveira da Silva<br />
Primeiro tesoureiro<br />
Jéferson Luciano<br />
Novaczyk de Souza<br />
conselho fiscal<br />
Anselmo Kuhn<br />
Élson Geraldo de Sena Costa<br />
Eloísa Bilbao Goulart<br />
conselho fiscal / suPlentes<br />
Joel de Castro Hopp<br />
João Feliciano Soares Rigon<br />
Adélia Schlumpf<br />
rEDAção<br />
contatos<br />
51 3225.5748<br />
letrasdaterra@agptea.org.br<br />
jornalista resPonsável<br />
Dóris Fialcoff - MtB 8324<br />
revisão<br />
Fritz Roloff<br />
Projeto Gráfico & edição Gráfica<br />
EVAlDo FARiAS TiBuRSki – TiBA<br />
51 9102.4815<br />
imPressão<br />
Comunicação Impressa<br />
51 3212.6011<br />
tiraGem desta edição<br />
4 mil exemplares<br />
Av. Getúlio Vargas, 283<br />
Fone/Fax 51 3225.5748<br />
Menino Deus - 90150-001<br />
Porto Alegre - Rio Grande do Sul<br />
adm@agptea.org.br<br />
www.agptea.org.br<br />
editorial<br />
Tempo de resignificar<br />
É chegado o tempo de rever, avaliar, ponderar<br />
o que está posto, a já conhecida – e por isso geralmente<br />
tão confortável – rotina. E, neste caso, não<br />
é apenas porque esta é a época propícia, já que<br />
em finais de dezembro, com corpos e mentes cansados,<br />
as pessoas sonham em fazer tudo diferente<br />
e melhor no próximo ano. É por ser, enfim, tempo<br />
de resignificar.<br />
não se deseja nem apregoa o andar alucinado<br />
e doentio das exigências, muitas vezes sobre-humanas,<br />
de um mundo assustadoramente urgente.<br />
O que se quer é a reavaliação saudável, é permitir<br />
o reconhecimento merecido do crescimento e,<br />
justamente pelo regozijo de se ver mais maduro,<br />
deixar as portas abertas para processos em prol<br />
da qualidade.<br />
a agpTEa tem feito isso nos últimos anos e,<br />
em 2007, por já se sentir pronta para encarar o<br />
de safio de redimensionar a sua participação entre<br />
os seus públicos, resolveu: vamos resignificar! as -<br />
sim, nasceu a concepção da nova identidade visual<br />
da entidade, que mudou sem abrir mão da sua<br />
es sência e dos seus valores. Continua evidenciando<br />
a crença nos mesmos ideais, mas que também<br />
está tra balhando para potencializar o seu<br />
espaço. O mo tivo para isso é apenas um: representar,<br />
da me lhor maneira possível, a categoria.<br />
Uni-la e atuar pe lo seu constante progresso.<br />
O símbolo da coruja atravessou a linha divisó-<br />
ria da mudança de século, e agora continua a ser<br />
porta-estandarte dos seus predicados: a sabedoria,<br />
a possibilidade de enxergar longe, mesmo no<br />
escuro, justamente por causa dele, o conhecimento.<br />
a as sociação torce para que os aplausos<br />
dos associados batizem o logotipo e o simpático<br />
mascote criado pelo publicitário adel Fabian giacomini,<br />
e o novo si te www.agptea.org.br, um projeto<br />
da grau De sign.<br />
O ano que se encerra marcou por dar a largada<br />
em projetos como a Casa de praia da agpTEa,<br />
que foi adquirida para oferecer uma opção de lazer<br />
aos as sociados, por valores muito abaixo do mercado.<br />
Mas, como sempre, o maior dos projetos é<br />
mostrar co mo a associação, de fato, deseja aos<br />
professores o que há de melhor. O círculo se fecha<br />
mais uma vez para dar seqüência no que há 38<br />
anos fora um so nho de 24 pessoas, lideradas por<br />
Luiz Oswaldo Calvete Corrêa. Juntas, elas plantaram<br />
a se mente desta forte planta, que hoje professores,<br />
dirigentes e funcionários regam... também<br />
juntos.<br />
Que 2008 traga soluções e mais questionamentos,<br />
pois é deles que surgem os desejos de<br />
mudança. Fru tíferos investimentos pessoais e profissionais<br />
a to dos, para que se possa fazer jus às<br />
próprias raízes. Elas estão lá, persistentes e profundas.<br />
Um exem plo que a agpTEa tenta se guir!<br />
Boas Festas, leitores!<br />
3
ensino aGrícola<br />
A 1ª Feira Estadual de<br />
Ciência e Tecnologia da<br />
Educação profissional<br />
(Fecitep), realizada de 17 a<br />
20 de outubro de 2007,<br />
deixou muito orgulhosa a<br />
comunidade do ensino<br />
agrícola do Rio Grande do<br />
Sul. No total participaram<br />
85 projetos, e dos cinco<br />
primeiros colocados, três<br />
são oriundos de escolas<br />
técnicas que oferecem<br />
cursos voltados ao setor<br />
Primário da economia.<br />
O 2º lugar foi conferido à<br />
Escola Estadual Técnica<br />
Agrícola (EETA), de Viamão,<br />
cujo projeto resgatou o<br />
uso da farinha de rocha<br />
basáltica na agricultura;<br />
o 4º lugar foi para o<br />
Colégio Teutônia, da cidade<br />
homônima, que tratou sobre<br />
a redução do impacto<br />
ambiental causado pela<br />
fumaça dos fornos de<br />
carvão vegetal; e o 5º lugar<br />
ficou com a Escola Técnica<br />
Estadual Guaramano, de<br />
Guarani das Missões, com<br />
um trabalho sobre a criação<br />
de bezerras em um sistema<br />
de integração. A premiação<br />
ocorreu em 20 de outubro,<br />
na Escola Técnica Parobé,<br />
em Porto Alegre<br />
4 DEzEMBrO DE 2007<br />
Projetos na área rural são<br />
destaques na 1ª Fecitep<br />
Confira a seguir os projetos das<br />
escolas agrícolas premiados na 1ª Fecitep<br />
2 º Lugar na Fecitep: Escola Estadual Técnica de agricultura – EETa<br />
projeto: resgate e validação experimental do uso da farinha de rocha basáltica na<br />
agricultura de base<br />
alunos: Jardel Mendonça, Leonardo Leal Becker, Leonardo Schneider<br />
e Sérgio Juliano de Souza<br />
professor orientador: Valcir Carpenedo<br />
A pesquisa dos alunos da EETA visa o<br />
rompimento do que consideram o atual<br />
paradigma agrícola, ou seja, uma produção<br />
baseada na adubação química solúvel,<br />
o que faz com que a população gaúcha<br />
con suma alimentos de baixa qualidade.<br />
Eles se inspiraram no químico alemão Ju <br />
lius Hensel que, em 1886, propôs aos agricultores<br />
do seu país que repusessem os<br />
nu trientes dos campos com o “pó de pe <br />
dra”. A medida melhoraria a qualidade dos<br />
alimentos e, conseqüentemente, a saúde<br />
do povo, e ainda não haveria o endividamento<br />
financeiro dos produtores, evitando<br />
o êxodo rural.<br />
o projeto estuda o uso da farinha de<br />
rocha basáltica – cuja jazida é inesgotável<br />
no Sul do Brasil – como um meio de remine<br />
ralizar o solo agrícola empobrecido nutricionalmente<br />
e acidificado, viabilizando<br />
uma agricultura autosustentável e de quali<br />
dade.<br />
Em 2006, o grupo iniciou uma pesquisa<br />
bibliográfica, e em março de 2007 im <br />
plantou uma área demonstrativa na horta<br />
da EETA. Foi colocado um nível de farinha<br />
de rocha basáltica em canteiros destinados<br />
aos cultivos de cenoura, alface e beterraba.<br />
Em outros três espaços também foram<br />
plantadas as mesmas culturas, mas sem<br />
a aplicação do produto.<br />
Após 25 dias do plantio da alface foi<br />
cons tatada uma diferença no desenvolvimento<br />
das plantas e na cor das folhas, que<br />
se apresentaram mais escuras em relação<br />
Arquivo EETA<br />
Diferenças das alfaces: na maior houve aplicação de<br />
farinha de rocha basáltica<br />
as do canteiro sem a aplicação da farinha<br />
de rocha basáltica. No local onde foram<br />
semeadas as cenouras, a partir de 30 dias<br />
se constatou um maior crescimento das<br />
fo lhas e dos tubérculos. Já nos canteiros<br />
de beterrabas não foram percebidas diferenças<br />
entre as plantas.<br />
observouse que os níveis de farinha<br />
de rocha basáltica supriram as demandas<br />
de nutrientes das culturas de alface e ce <br />
noura, incrementando seu rendimento e a<br />
sua qualidade. No caso da beterraba, o<br />
re latório informa que a cultura se manteve<br />
sem diferenças por necessitar de mais<br />
tem po para absorver os minerais. A conclusão<br />
do projeto indica que a implantação<br />
da segunda etapa do experimento na horta<br />
da escola é viável, e que os resultados se <br />
rão repassados à comunidade acadêmica<br />
e aos agricultores.<br />
Mais informações sobre este projeto<br />
pelo telefone (51) 3485.1173 ou pelo<br />
email valcir.carpenedo@terra.com.br.
Aplicação do ácido pirolenhoso em plantação de<br />
moranguinho<br />
Forno de carvão vegetal em atividade<br />
Ácido Pirolenhoso extraído de uma fornada<br />
Acréscimo de dejeto suíno ao solo<br />
FoToS: Arquivo DE PAulo CéSAr HuEBNEr<br />
4 º lugar: Colégio Teutônia<br />
Trabalho: projeto de redução do impacto ambiental causado pela fumaça dos<br />
fornos de carvão vegetal no município de poço das antas<br />
aluno: César paulo Huebner<br />
professor orientador: Daniel Buttenbender<br />
reduzir os impactos ambientais causados<br />
pela fumaça tóxica dos fornos de carvão<br />
vegetal e dos dejetos suínos produzidos<br />
pelos suinocultores no município de<br />
An ta Gorda. Este é o objetivo desta pesquisa,<br />
que se baseou na colocação do ácido<br />
pi rolenhoso, resultante da condensação da<br />
fu maça da queima do carvão vegetal, em<br />
dejetos de suínos. Com isso, foi possível<br />
reduzir ou eliminar a oviposição e as larvas<br />
de moscas e varejeiras nas esterqueiras<br />
(la goas de fermentação dos dejetos suínos),<br />
diminuir a nitrificação causada pelo<br />
uso dos dejetos suínos como fertilizante<br />
or gânico e melhorar a qualidade nutricional<br />
do fertilizante orgânico produzido a<br />
par tir da associação dos dejetos suínos<br />
com o ácido pirolenhoso. De acordo com<br />
o aluno autor do trabalho, César Paulo<br />
Hueb ner, todos estes fatores permitem<br />
uma melhoria na qualidade de vida das<br />
fa mílias envolvidas, um incremento na sua<br />
situação econômica, bem como a criação<br />
de uma forma associativa que envolva os<br />
produtores de carvão vegetal e suinocultores<br />
integrados.<br />
“Com base nos objetivos propostos,<br />
concluiu-se que foi possível diminuir em<br />
torno de 80% a fumaça expelida na at -<br />
mos fera, condensando a mesma. O produ-<br />
Os vencedores da 1ª Fecitep<br />
tor rural não precisa mais trabalhar no<br />
meio dela durante a queima da lenha no<br />
forno, pois é expelida pelas chaminés”,<br />
explica o aluno. Ele também informa que<br />
o odor desagradável dos dejetos suínos<br />
diminuiu com o uso do ácido pirolenhoso,<br />
resultando em um cheiro predominantemente<br />
de fumaça, tipo defumado.<br />
Segundo Huebner, também não houve<br />
incidência de larvas de moscas, e as que<br />
foram encontradas estavam mortas; não<br />
ocorreu perda de nitrogênio e nem de fósforo,<br />
mas um aumento, o que dá uma me <br />
lho ra nutricional ao fertilizante, e o pH<br />
fi cou apropriado para o uso no solo.<br />
Foram aplicadas porcentagens variadas<br />
até que o melhor resultado fosse en <br />
con trado, tendo sido analisados critérios<br />
co mo a viabilidade, o tamanho das esterquei<br />
ras, o pH do produto final e o valor<br />
nu tricional do fertilizante. Foi constatado<br />
que com o acréscimo do ácido pirolenhoso<br />
os coliformes totais e coliformes termotolerantes<br />
ficaram abaixo do índice de detecção,<br />
isto quer dizer que foram eliminados,<br />
o que é muito importante para a diminuição<br />
da contaminação do lençol freático.<br />
informações sobre este projeto pe lo<br />
telefone (51) 3762-4040 ou pelo email<br />
meioambiente@colegioteutonia.com.br.<br />
1º lugar | instituto Estadual de Educação Érico Veríssimo, de Três Passos, com o Projeto<br />
Alternativo de Economia Familiar.<br />
2º lugar | Escola Estadual Técnica Agrícola (EETA), de Viamão, com o trabalho Resgate e<br />
validação experimental do uso da farinha de rocha basáltica na agricultura de base.<br />
3º lugar | instituto Estadual Riachuelo, de Capão da Canoa, com a criação de um gabinete de<br />
microcomputador inerte à maresia.<br />
4º lugar | Colégio Teutônia, de Poço das Antas, com o projeto Redução do impacto ambiental<br />
causado pela fumaça dos fornos de carvão vegetal no município de Poço das Antas.<br />
5º lugar | Escola Técnica Estadual Guaramano, de Guarani das Missões, com Criação de<br />
bezerras no Sistema integração.<br />
5
ensino aGrícola<br />
5 º lugar: Escola Estadual Técnica<br />
guaramano, de guarani das<br />
Missões<br />
projeto: Criação de bezerras no Sistema<br />
integração (Escola Estadual<br />
Técnica guaramano e<br />
produtores rurais do município<br />
de guarani das Missões)<br />
alunos: Marcio Missiak, Jackson Luiz<br />
Birck e Darlene Kissiel<br />
professora orientadora: rosecler Lang<br />
Para a equipe deste projeto, os maiores<br />
problemas detectados pelos técnicos<br />
envolvidos na produção bovina são o<br />
manejo nutricional e a má criação da<br />
bezerra (futura vaca da propriedade).<br />
“Considerando-se que aproximadamente<br />
20% das vacas em reprodução deverão<br />
ser substituídas anualmente, a fase de<br />
criação de bezerras é de grande importância<br />
para a viabilidade econômica da<br />
exploração leiteira, mesmo porque, parte<br />
das novilhas deverá ser escolhida e in -<br />
cor porada ao plantel de reprodutoras”,<br />
explicam os alunos. Segundo eles, a criação<br />
racional de bezerras implica na associação<br />
de vários fatores, dos quais a ali<br />
Escolas agrícolas gaúchas classificam projetos na 22ª Mostratec<br />
A 22ª Mostra Internacional de Ciências e Tecno<br />
logia (Mostratec), realizada de 5 a 10 de no vembro<br />
de 2007, pela Fundação Escola Técnica li berato<br />
Salzano Vieira da Cunha, de Novo Ham bur go, também<br />
foi palco para alunos de escolas téc nicas agrícolas<br />
brilharem. o projeto Sistema Aberto de Biofiltragem<br />
de Água (Sabiá), dos alu nos da Escola Técnica Estadual<br />
Visconde de São leopoldo, ficou em 8º lugar na<br />
área de Meio Am bien te, na qual concorreram com<br />
outros 39 proje tos. Esta classificação os premiou com<br />
a oportunidade de participar da 4ª Expociências<br />
Latinoamericana, que acontecerá em lima, no Peru,<br />
em agosto de 2008. Nesta mesma ca tegoria, o trabalho<br />
Redução do Impacto Ambiental gerado pelo<br />
Fornos de Carvão Vegetal no município de Poço<br />
das Antas, do Colégio Teutônia, ficou com o 24º lugar.<br />
Na área Biologia e Microbiologia, Botânica e Zoologia,<br />
a Es cola Estadual Técnica Guaramano, que estreou<br />
na Mostratec este ano, conquistou a 7ª co locação<br />
com o projeto Criação de bezerras no Sistema Integração<br />
Escola Estadual Técnica Guaramano e produtores<br />
rurais do município de Guarani das Mis<br />
6 DEzEMBrO DE 2007<br />
Arquivo ESColA GuArAMANo<br />
Bezerras no criatório<br />
mentação ocupa lugar de destaque, já<br />
que representa o fator de maior custo.<br />
o grupo também acredita que a manifestação<br />
da capacidade genética do animal<br />
dependerá do nível nutricional da alimentação,<br />
da maneira como ela é fornecida,<br />
das instalações e das normas de profilaxia<br />
adotadas. “O objetivo do criatório de<br />
bezerras é fazer com que os produtores<br />
de leite tenham um aproveitamento mais<br />
racional da mão-de-obra na propriedade,<br />
o que resulta em um menor custo por<br />
Espiral de alvenaria do Projeto Sabiá<br />
sões; e o 22º lugar ficou com a Escola Estadual Técnica<br />
de Agri cultura (EETA), com o Resgate e Validação<br />
Experimental do Uso da Farinha de Rocha<br />
Basáltica na Agricultura de Base.<br />
O PROJETO SABIÁ<br />
Segundo o professor e orientador deste projeto,<br />
Cláudio Rodolfo illi, o Sabiá teve como ponto de parti<br />
da a preocupação de alunos dos cursos técni cos<br />
em Agropecuária e Florestal com a água usada na<br />
lavanderia da escola. “Os efluentes eram despejados<br />
direta men te, sem nenhum tipo de trata mento, no<br />
Arquivo ESColA viSCoNDE DE São lEoPolDo<br />
bezerra e no conseqüente aumento da<br />
produtividade. Ter conhecimento sobre os<br />
custos de criação da bezerra possibilita<br />
detectar no que a atividade pode ser<br />
melhorada. Os dados de produção são um<br />
instrumento gerencial de controle,<br />
devendo servir como feedback para o produtor<br />
no seu processo de tomada de decisão”,<br />
justificam os estudantes.<br />
Mais informações sobre este projeto<br />
pelo telefone (55) 3353.1011 ou pelo<br />
email: guaramano@sol.psi.br.<br />
Arroio Sem Nome, que passa pela ins tituição e deságua<br />
no banhado do Rio dos Sinos. Esta situação<br />
co meçou a chamar a atenção para os impactos que<br />
estavam causando ao arroio e ao seu entorno”, justifica<br />
illi. “Os alunos, então, resolveram procurar uma<br />
solução para o pro ble ma, o que conseguiram com<br />
a filtragem biológica desta água”.<br />
os alunos Denison Esequiel Schabarum, Fabrício<br />
Mar ques Fazenda e Márcio Al berto Hilgert construíram<br />
uma espiral de alvenaria, com um método de<br />
fil tragem bastante simples, e que utiliza somente<br />
com ponentes naturais, como plantas aquáticas, carvão,<br />
areia e brita. Com ela, foi possível reduzir a carga<br />
de poluição da água em diversos parâmetros, e na<br />
se gunda etapa do projeto estudou-se a uti lização<br />
desta água filtrada biologicamente em locais onde<br />
sua qualidade se adapte, tais como na rega do jardim<br />
e nas caixas de descarga dos banheiros.<br />
Mais informações sobre o Projeto Sabiá podem<br />
ser solicitadas pelo e-mail projeto_sabia@yahoo.<br />
com.br. o grupo espera receber apoio de empresas<br />
e entidades para sua viagem ao Peru.
maquinário aGrícola<br />
normas de segurança na<br />
utilização de máquinas e<br />
implementos agrícolas<br />
parTE 1<br />
pOr ViTOr HUgO BaraTiEri<br />
TéCNiCo AGríColA<br />
Em que pese a excelência dos serviços prestados<br />
à agropecuária, as máquinas e implementos<br />
agrícolas podem ocasionar um número bastante<br />
expressivo de acidentes, em muitos casos<br />
fatais aos seus operadores. A negligência, o desrespeito<br />
e o desconhecimento das normas para<br />
a sua operação segura são fatores que têm causado<br />
constantes acidentes nas atividades rurais.<br />
Apesar dos avanços tecnológicos nos dispositivos<br />
de segurança incorporados a estes equipamentos,<br />
muitos problemas ainda ocorrem por<br />
utilização indevida dos mesmos.<br />
A pesquisa sobre os acidentes com máquinas<br />
agrícolas ainda apresenta-se incompleta,<br />
principalmente devido a grande extensão das<br />
áreas rurais no Brasil. Porém, alguns dados catalogados<br />
indicam que 75% dos acidentes ocorrem<br />
na operação de veículos, tratores e implementos,<br />
sendo que 40% acontecem por incapacidade ou<br />
ignorância ao perigo, 22% por velocidade excessiva,<br />
21% por falta de atenção do operador, 13%<br />
por inexperiência ou falta de treinamento e 4%<br />
por outras causas (mecânicas). Estima-se que<br />
98% dos acidentes de trabalho com máquinas<br />
e implementos agrícolas poderiam ser evitados<br />
se as noções básicas que tratam do seu manejo<br />
fossem conhecidas e atendidas conforme as<br />
orientações dos fabricantes.<br />
As primeiras normas de segurança a serem<br />
ob servadas pelos operadores são a leitura do<br />
manual de instruções e a participação da entrega<br />
técnica do equipamento, momento importante<br />
para a troca de informações entre o fabricante,<br />
o revendedor e o comprador.<br />
o tema “normas de segurança” é extenso e<br />
fundamental, não só para evitar situações de<br />
risco como também para o uso correto dos equipamentos,<br />
o que promoverá sua maior vida útil<br />
e melhor rendimento no trabalho executado. A<br />
operação e manutenção dos maquinários de uso<br />
agrícola, portanto, são assuntos de extrema se -<br />
rie dade e devem ser tratados com mais profundidade<br />
e reflexão.<br />
Alunos participam de curso<br />
de mecanização agrícola<br />
Aluno manobrando<br />
trator durante a aula<br />
Para os profissionais que se dedicam<br />
ao campo, a mecanização agrícola é um<br />
as sunto de presença constante. Este mo <br />
ti vo foi mais do que suficiente para estimular<br />
a Escola Estadual visconde de São leopoldo,<br />
do vale do Sinos, a oferecer aos alunos<br />
uma oportunida de de aprender mais<br />
sobre o assunto com o técnico agrí cola e<br />
especialista no as sun to, vitor Hugo Baratieri.<br />
Tratase do curso Manutenção e operação<br />
de tratores agrícolas, de 32 horas,<br />
realizado no Centro de Treinamento de Ca <br />
pela de Santana, que está sob a administração<br />
da visconde de São leopoldo.<br />
Formandos de duas turmas já participaram,<br />
sendo uma do curso Técnico Florestal,<br />
com 19 alunos; e outra do Técnico em<br />
Agropecuária, com 28 alunos. “Foi possível<br />
sentir que há uma deficiência nos co -<br />
nhe cimentos nesta área”, declara Baratieri.<br />
“O objetivo desta iniciativa foi fazer<br />
uma complementação curricular, por isso<br />
procurei trabalhar mais especificamente<br />
com temas como segurança, operação e<br />
manutenção de equipamentos agrícolas.<br />
A ênfase sempre está nos princípios de<br />
funcionamento das máquinas, visando o<br />
seu melhor aproveitamento nas escolas”,<br />
detalha o professor.<br />
o vicediretor da visconde de São leopoldo<br />
– e organizador desta ativida de –,<br />
Francisco rosa Pereira Neto, afirma que<br />
serão realizadas novas edições do curso,<br />
que foi considerado por todos como muito<br />
importante para quem pre tende enfrentar<br />
o mercado de trabalho. Ainda não há previsão<br />
de datas, pois a instituição está em<br />
fase de adaptação quanto a utilização do<br />
Centro de Treinamento de Capela de Santana,<br />
do qual obteve a cedência permanente<br />
da Secretaria de Agricultura do rio<br />
Grande do Sul.<br />
Alunos da Visconde de São<br />
Leopoldo nas aulas práticas<br />
de mecanização agrícola<br />
FoToS: Arquivo ESColA ESTADuAl viSCoNDE DE São lEoPolDo<br />
7
comemorativo<br />
Nos últimos anos, o agronegócio brasileiro<br />
contribuiu decisivamente no processo<br />
de estabilização macroeconômica dos<br />
preços e, mais recentemente, no ajuste das<br />
contas externas nacionais. o setor agro <br />
pecuário apresentou um crescimento histórico<br />
no país, com ganhos significativos<br />
na produtividade. Houve aumento na área<br />
total plantada, na mecanização, no uso de<br />
inovações tecnológicas – satélites e computadores<br />
para previsões climáticas, por<br />
exemplo –, assim como na utilização de<br />
sementes geneticamente modificadas, na<br />
rastreabilidade, na defesa sanitária agropecuária<br />
e no incentivo de diversos programas<br />
governamentais.<br />
o técnico agrícola é um dos profissionais<br />
que contribui positivamente para o<br />
cres cimento do agronegócio, da agroin <br />
dústria e da agricultura familiar, setores de<br />
gran de expansão e absorção de mãode<br />
8 DEzEMBrO DE 2007<br />
Colégio Agrícola de<br />
Cachoeirinha comemora 60 anos<br />
No dia 6 de setembro, o Colégio Estadual<br />
Agrícola Daniel de oliveira Paiva (CA <br />
DoP), de Cachoeirinha, comemorou 60<br />
anos de atividades. A abertura das ce le <br />
bra ções aconteceu no dia 3 de setembro<br />
e contou com a presença de autoridades,<br />
entre elas o diretor geral da Secretaria Es <br />
tadual da Educação, Ervino Deon, e o coor<br />
o meio século da Escola Canadá<br />
A Escola Estadual de Ensino Fundamental<br />
Canadá, de viamão, completou<br />
meio século. Sua fundação foi no dia 6 de<br />
maio de 1957, mas o baile de celebração,<br />
que alegrou e emocionou a toda a comunidade<br />
escolar, aconteceu na noite de 27<br />
de outubro. A denominação Canadá foi<br />
dada em 1959, a partir do Decreto 10768,<br />
do mesmo ano, quando a escola também<br />
denador da 28ª Coordenadoria regional<br />
de Educação (28ª CrE), de Gravataí, Elton<br />
Ferreira. A <strong>AGPTEA</strong> também prestigiou a<br />
ocasião, representada pelo seu vicepresidente<br />
Social, Sérgio luiz Crestani.<br />
Na data de fundação da escola, aconteceu<br />
a reinauguração da Galeria de Exdiretores<br />
e, após, um almoço de confraterniza<br />
passou a ter autonomia administrativa,<br />
ficando diretamente subordinada a Superintendência<br />
do Ensino Agrícola, da Subsecretaria<br />
do Ensino Técnico da Secretaria<br />
de Educação e Cultura (SEC). Segundo o<br />
histórico institucional, o nome foi uma<br />
homenagem ao país Canadá que, por<br />
intermédio da sua embaixada, fez doações<br />
de implementos agrícolas e animais puros<br />
o dia do técnico agrícola<br />
pOr CarLOS DinarTE COELHO<br />
TéCNiCo AGríColA E PrESiDENTE Do SiNTArGS<br />
obra. Suas várias habilitações e áreas de<br />
atuação – entre elas a agropecuária, a<br />
agro indústria, a enologia, a florestal, a pesca<br />
e o meio ambiente –, certamente determinaram<br />
o aumento da eficiência produtiva<br />
brasileira que vem sendo observado.<br />
A profissão do técnico agrícola é regulamentada<br />
pela lei nº 5.524, de 05 de<br />
novembro de 1968, pelo Decreto Federal<br />
nº 4.560, de 30 de dezembro de 2002,<br />
e pelo Decreto Federal nº 90.922, de 06<br />
de fevereiro de 1985, que cria a categoria<br />
e fixa as suas atribuições.<br />
No Encontro nacional dos Técnicos<br />
agrí colas, realizado em Brasília, no dia 2<br />
de fevereiro de 1988, foi deliberado que<br />
o “Dia do Técnico Agrícola” deveria ser<br />
co memorado nacionalmente no dia 5 de<br />
novembro, em uma alusão clara à data<br />
em que foi publicada a lei 5.524. Este<br />
fa to pôs fim à controvérsia histórica da<br />
ção. Também foram promovidos o Dia do<br />
Esporte – com torneios de vôlei, futebol<br />
sete e truco entre alunos e professores –,<br />
shows de danças e peças de teatro. E as<br />
festividades continuaram: entre os dias 15<br />
e 29 de setembro, a escola rea lizou uma<br />
gincana, o seu Acampamen to Farroupilha<br />
e, para finalizar, o baile de ani versário.<br />
por origem, dando início ao plantel e auxiliando<br />
nas atividades nas unidades educativas<br />
de produção. Foi a Portaria 330,<br />
de 21 de dezembro de 2000, em conformidade<br />
com o disposto na resolução do<br />
Conselho Estadual de Educação 253/2000,<br />
que permitiu que se tornasse a atual Escola<br />
Estadual de Ensino Fundamental Canadá,<br />
atendendo à legislação vigente.<br />
ca tegoria sobre quando celebrar o “seu<br />
dia”, pois por muito tempo existiram várias<br />
datas, citadas por uns e outros, como, por<br />
exemplo, 21 de setembro (Dia do Técnico<br />
em Agropecuária), 5 de novembro (data<br />
da promulgação da lei nº 5.524/68), 6<br />
de fevereiro (data da edição do Decreto<br />
Federal nº 90.922/85) e outras. A partir<br />
desta decisão, todos os técnicos agrícolas<br />
do Brasil divulgam e festejam a data no<br />
dia 5 de novembro de cada ano.<br />
Para prestar sua homenagem, o Sindicato<br />
dos Técnicos Agrícolas do Estado do<br />
rio Grande do Sul (Sintargs) realiza encontros<br />
regionais de técnicos em todos os me <br />
ses de novembro. A luta pela valorização<br />
da profissão do técnico agrícola de nível<br />
médio é exemplo emblemático da dedicação<br />
da categoria e de suas entidades representativas<br />
a ser celebrada. Parabéns aos<br />
técnicos agrícolas brasileiros!
educação ambiental<br />
Hillebrand é premiada por projeto ambiental<br />
Cidadania. Este foi o resultado mais<br />
evidente do projeto O rio dos Sinos é<br />
nosso, que envolveu estudantes das sétimas<br />
sé ries do ensino fundamental das<br />
escolas localizadas nos 31 municípios da<br />
bacia do rio dos Sinos. os alunos da<br />
turma 701 da Escola Estadual de Ensino<br />
Fundamental Dr. João Daniel Hillebrand,<br />
de São leopoldo, ficaram em primeiro<br />
lugar no concurso. o segundo e terceiro<br />
lugares foram para a Escola Municipal de<br />
Ensino Fundamental Selvino ritter, de<br />
Estância velha, e para a Escola Estadual<br />
de Ensino Médio Professora Hermínia G.<br />
Marques, de Ta quara, respectivamente.<br />
o trabalho de mais de 2,4 mil estudantes,<br />
das 84 equipes participantes, realizado<br />
durante julho e agosto de 2007, deixou<br />
grandes lições e conseqüências po <br />
sitivas práticas para um assunto que cada<br />
vez está merecendo mais atenção da sociedade:<br />
o meio ambiente. De acordo com a<br />
estimativa divulgada pelos organizadores,<br />
as atividades propostas chegaram a cerca<br />
de 31 mil pessoas.<br />
A iniciativa foi do Grupo Editorial Sinos<br />
– que engloba os Jornais NH, vS, Diário<br />
de Canoas e ABC Domingo –, com os objeti<br />
vos de oportunizar a conscientização ecológica;<br />
a valorização da saúde a partir da<br />
educação ambiental; o reconhecimento do<br />
homem como principal agente de transformação<br />
do mundo; e também mostrar<br />
que apenas ações concretas e preventivas<br />
podem contribuir para a manutenção da<br />
vida no planeta. A principal motivação foi<br />
o trágico episódio ocorrido em outubro de<br />
2006, que pasmou a população com a<br />
no tícia e as imagens de cerca de 86 toneladas<br />
de peixes mortos no rio dos Sinos,<br />
em um trecho de 15 quilômetros entre<br />
Sa pucaia do Sul e Canoas.<br />
A passeata foi uma das ações organizadas<br />
pela turma 701, da Escola Hillebrand<br />
em prática, precisavam apresentar o planeja<br />
mento, os relatórios detalhados e os comprovantes<br />
das ações. As estratégias elaboradas<br />
foram analisadas por uma equipe de<br />
profissionais e por um comitê gestor, composto<br />
por representantes do Grupo Editorial<br />
Si nos, da 2ª Coordenadoria regional de<br />
Educação (CrE), da união Nacional dos Di <br />
rigentes Municipais de Educação rS (un <br />
dime) e do Sindicato dos Estabelecimentos<br />
do Ensino Privado do Estado do rio Grande<br />
do Sul (Sinepe). os critérios utilizados fo <br />
ram espírito investigativo, originalidade,<br />
conteúdo e uma avaliação da equipe, le <br />
vando em consideração as conquistas, as<br />
limitações e o comprometimento.<br />
OS aLUnOS Da TUrMa 701<br />
Toda escola é um local onde crianças<br />
e jovens passam por experiências e aprendizados<br />
que colaboram para a sua formação<br />
intelectual. um projeto como O rio<br />
dos Sinos é nosso pode ser considerado<br />
um exemplo de como esse espaço de conví<br />
vio diário e de dedicação de tantos profissionais<br />
pode fazer toda a diferença também<br />
na for ma ção moral dos seus sujeitos.<br />
Para o pro fessor de língua Portuguesa e<br />
orientador neste projeto, André Port, não<br />
há aprendi zado sem emoção: “Como tocar<br />
o outro pa ra que aprenda a não ser con textualizan<br />
do?”, questiona, afirmando que,<br />
neste ca so, os estudantes foram sensibiliza<br />
O prOJETO O riO DOS SinOS É nOSSO<br />
As turmas inscritas tiveram que elaborar<br />
planos de ação em benefício da qualidade<br />
e limpeza das águas do rio dos Si <br />
nos, listando minuciosamente as metas,<br />
os locais de realização, o público alvo e as<br />
datas de realização. Depois de colocálos Professor André Port (à frente) e os alunos da turma 701<br />
FoToS: Arquivo ESColA HillEBrAND<br />
dos di re tamente, pois houve conscientização,<br />
res gate da realidade, e mudança de<br />
h á b i t o s . “Não se pode deixar algo tão sério<br />
co mo a mortandade de peixes no Rio dos<br />
Si nos cair no esquecimento”, acredita Port.<br />
A seguir, os depoimentos de alguns dos<br />
22 alunos da turma 701 da Escola Estadual<br />
de Ensino Fundamental Dr. João Daniel<br />
Hillebrand, a vencedora do concurso.<br />
“Este projeto fez com que evoluíssemos<br />
e formássemos uma forte corrente. O que<br />
fizemos pelo nosso município vai ficar na<br />
história: ajudamos a melhorar a situação<br />
do Arroio Sem Nome, do Rio dos Sinos e,<br />
com certeza, também a população, que<br />
foi atentamente conscientizada e<br />
informada.”<br />
LariSSa DOS SanTOS<br />
“O que eu mais gostei de fazer<br />
foi ajudar o Rio dos Sinos, porque,<br />
além de aprender algumas coisas para<br />
melhorar as suas condições, eu posso<br />
ensinar outras pessoas que ainda não<br />
sabem o quanto ele é importante.”<br />
anDrÉ LUíS praDO DOS SanTOS<br />
“Aprendi que jogar lixo no rio e no chão<br />
pode provocar enchentes, acidentes,<br />
deixar pessoas desabrigadas e até causar<br />
mortes. As melhores lembranças que<br />
tenho desta experiência são o afeto das<br />
pessoas e também o carinho que o<br />
professor André tem por nós. Nossa turma<br />
aprendeu que é capaz de usar a<br />
inteligência e de superar dificuldades.”<br />
JOãO CarLOS Da SiLVa JúniOr<br />
“A competição, além de nos deixar<br />
em alerta sobre os problemas do rio,<br />
uniu bastante a turma. Agora somos<br />
muito mais que colegas,<br />
somos grandes amigos.”<br />
THaíS MOUra COnSTanTE<br />
MaiS inFOrMaçõES<br />
Pelo site www.riodossinos.com.br e<br />
pelo blog http://projeto701.blogspot.com,<br />
criado pelos alunos da turma 701, da Es <br />
cola Hil le brand.<br />
9
meio ambiente<br />
Manejo de solo agrícola,<br />
aquecimento global e mudanças climáticas<br />
os avanços do conhecimento sobre o<br />
meio ambiente evidenciam a importância<br />
do solo como parte dos grandes ciclos biogeoquímicos<br />
associados à manutenção da<br />
vida e das populações na terra. As atividades<br />
humanas vêm causando alterações<br />
significativas no ciclo do Carbono (C), com<br />
repercussões climáticas em grande parte<br />
desfavoráveis. o solo, em particular, é<br />
componente fundamental no funcionamento<br />
do ciclo do C. Esta perspectiva am <br />
biental do C do solo – principal componente<br />
da matéria orgânica – muitas vezes<br />
é incompatível com a linha mais tradicional<br />
marcada pelas visões produtivista e<br />
uti litarista. um possível caminho para a<br />
compatibilização seriam estudos integradores<br />
em múltiplas escalas, para os quais<br />
as abordagens sistêmicas normalmente<br />
utilizadas na Ecologia são essenciais.<br />
Desde o século passado tem sido ob <br />
servado um incremento significativo nas<br />
concentrações de gases como o dióxido de<br />
carbono (Co 2 ), metano (CH 4 ), os óxidos<br />
ni trosos (Nox), etc, que são alguns dos<br />
prin cipais causadores do efeito estufa –<br />
expressão que diz respeito à retenção de<br />
parte da energia radiante solar incidente<br />
no planeta, o que mantém a temperatura<br />
mé dia global próxima a 15°C. Nos últimos<br />
100 anos foi constatado um aumento mé <br />
dio global de 0,7°C, em parte reputado às<br />
maiores concentrações dos gases estufa,<br />
em especial do Co 2 , provenientes de atividades<br />
industriais e dos transportes baseados<br />
em combustíveis derivados de biomassa<br />
fóssil. No início de 2007, o iV relatório<br />
do intergovernamental panel on Climate<br />
Change (ipCC) divulgou estudos que indicam<br />
90% de certeza de que o aquecimento<br />
se deve em grande parte às atividades<br />
hu manas, e prevê aumento médio global<br />
da temperatura entre 1,8° a 4°C até o fim<br />
deste século. Estimase que até meados<br />
do século XX uma fração significativa do<br />
10 DEzEMBrO DE 2007<br />
pOr CarLOS gUSTaVO TOrnQUiST<br />
ENGENHEiro AGrôNoMo, DouTor EM CiêNCiAS Do Solo<br />
aumento de Co 2 atmosférico tenha sido<br />
pro veniente das mudanças de uso e ma nejo<br />
do solo, pois a conversão da vegetação<br />
nativa para agricultura provocou a transferência<br />
de boa parte dos estoques de C<br />
da biomassa e do solo para a atmosfera.<br />
A recente divulgação dos primeiros es <br />
tudos mais regionalizados sobre as mudanças<br />
climáticas mostra que em 50 anos ha <br />
verá um incremento de 0,7°C na temperatura<br />
média do Brasil. Na América do Sul,<br />
nos últimos 40 anos, já se observou um au <br />
mento da média das temperaturas mínimas,<br />
bem como na precipitação média e<br />
na ocorrência de fenômenos extremos, as <br />
sociados a maior vazão nos rios e risco de<br />
enchentes mais freqüentes e duradouras.<br />
os cientistas envolvidos nestes estudos<br />
recomendam medidas de “identificação<br />
das vulnerabilidades” e “adaptação”.<br />
Ao contrário de outros países, como a<br />
Ho landa, o Brasil recém começa a discutir<br />
as ações para a convivência com os<br />
no vos cenários climatológicos. Este debate<br />
deverá indicar políticas públicas que favoreçam<br />
novas culturas adaptadas, as modificações<br />
necessárias nos Zoneamentos<br />
Agropecuários e EcológicoEconômicos, e,<br />
especialmente, a proposição de novos siste<br />
mas de manejo e cultivos para as diferentes<br />
regiões do país.<br />
Sabese que a matéria orgânica é atribu<br />
to essencial para a manutenção da ca <br />
pa cidade produtiva dos solos dos agroecossistemas<br />
terrestres. Estimativas globais<br />
atribuíram um estoque de C orgânico nos<br />
so los de cerca de 1,5 a 2,5 bilhões de to <br />
neladas, aproximadamente duas vezes<br />
maior do que o da atmosfera e três vezes<br />
maior que todo o C da biomassa vegetal<br />
do planeta. Aqui no Sul, a história da agricultura<br />
foi fundamentalmente influenciada
pela ocupação – no fim do século XiX – de<br />
imigrantes europeus, que empregaram as<br />
mesmas práticas agrícolas que eram utilizadas<br />
na Europa, não levando em conta<br />
as diferenças climáticas, especialmente as<br />
chuvas mais intensas e constantes. o su <br />
cesso da exploração agrícola nas primeiras<br />
décadas se deveu muito à fertilidade da<br />
matéria orgânica dos solos de mata, áreas<br />
mais procuradas para colonização.<br />
Este sistema de manejo “europeu” mostrouse<br />
inadequado e, após algumas décadas,<br />
levou à degradação generalizada dos<br />
so los, resultante da falta de reposição dos<br />
nu trientes exportados com as colheitas; da<br />
sua desestruturação física pela intensa mo <br />
bilização; da reduzida adição de biomassa;<br />
além de sistemas de cultivo com pou ca di <br />
versidade de culturas e freqüência, deixando<br />
o solo descoberto em parte do ano. Cabe<br />
ressaltar que um dos aspectos mais críticos<br />
deste período foi a falta de conhecimento<br />
(ou até “reconhecimen to”) sobre a importância<br />
da matéria orgânica do solo.<br />
A partir dos anos 1960, várias iniciativas<br />
buscaram reverter o cenário de degradação<br />
dos solos do rio Grande do Sul, en <br />
tre elas a Operação Tatu, que procurou re <br />
cuperar a fertilidade pela utilização de corretivos<br />
e fertilizantes químicosintéticos; e<br />
o projeto integrado de Uso e Conservação<br />
do Solo (piUCS), buscando divulgar práticas<br />
conservacionistas com vistas à redução<br />
do pre paro do solo, à eliminação da<br />
queima da palha de trigo e utilização de<br />
culturas de cobertura para o inverno. Estes<br />
projetos começaram a provocar uma mu <br />
dança de visão: de uma agricultura essencialmente<br />
“extrativista” para uma conservacionista.<br />
A redução ou mesmo a eliminação<br />
da mobilização do solo promovida pe <br />
los siste mas de manejo conservacionistas<br />
favorecem o acúmulo de C nos solos, possi<br />
bili tan do amenizar em parte o incremento<br />
do efei to estufa. o Sistema plantio Di -<br />
reto (SpD) tem apresentado o maior po <br />
ten cial de acúmulo em sistemas para produção<br />
de grãos em culturas anuais; além<br />
disso, a introdução de culturas de cobertura<br />
em sis temas de rotação mais diversificados<br />
também pode reduzir a erosão e di <br />
minuir a necessidade de nitrogênio sintético,<br />
cuja produção resulta em significativas<br />
emissões de Co 2 .<br />
Além deste impacto de uma agricultura<br />
acumuladora de C no solo, devemos lembrar<br />
do longo rol de benefícios que isso re <br />
presenta: a potencialização da degradação<br />
de poluentes e contaminantes e a manutenção<br />
e até a recuperação da qualidade das<br />
águas, de habitat para a biodiversidade, e<br />
até de efeitos estéticos positivos na paisagem<br />
rural.<br />
11
Em 1977, um ano após se formar<br />
Técnico Agrícola pela Escola Estadual<br />
Técnica Agrícola (EETA), de Viamão,<br />
Ervino Deon se associou a <strong>AGPTEA</strong>.<br />
Este foi só o começo da sua trajetória<br />
na área da educação voltada ao meio<br />
rural. Com licenciatura curta em<br />
Técnicas Agrícolas, licenciatura<br />
plena em Técnicas Agropecuárias e<br />
especialização em Ensino de Ciência<br />
da Terra, ele passou pelas<br />
experiências de exercer, entre outras,<br />
as funções de professor e diretor de<br />
escola agrícola, secretário municipal<br />
de Educação e Cultura e vereador de<br />
Cachoeirinha, coordenador da<br />
28ª Coordenadoria Regional de<br />
Educação, de Gravataí e, em 15 de<br />
agosto de 2007, foi nomeado diretor<br />
geral da Secretaria de Educação do<br />
Estado. No final de outubro ele<br />
concedeu entrevista exclusiva a<br />
Letras da Terra e falou sobre as<br />
atribuições do cargo e afirmou que o<br />
investimento na qualificação<br />
continuada de professores é uma das<br />
metas da secretaria<br />
12 DEzEMBrO DE 2007<br />
Ervino Deon<br />
entrevista<br />
Diretor geral da Seduc<br />
Como foi a sua indicação para o cargo<br />
de diretor geral da Seduc?<br />
Durante toda a minha trajetória, até<br />
chegar aqui, nunca deixei de considerar<br />
a minha ligação com o ensino técnico.<br />
isso porque o Colégio Agrícola Daniel de<br />
oliveira Paiva (CADoP), de Cachoeirinha,<br />
me ofereceu esta oportunidade como diretor.<br />
lá surgiu a minha forma de fazer a<br />
ges tão pública, o que me levou a outras<br />
funções, como a de secretário, etc, e culminou<br />
com a última de coordenador da<br />
28ª Coordenadoria regional de Educação<br />
(CrE), de Gravataí. Ao trabalhar lá por<br />
cinco meses, implantamos um ritmo de<br />
atividades. Foi necessário qualificar o pessoal<br />
que gerencia os recursos humanos,<br />
o que fiz imediatamente, pois o Programa<br />
de Gerenciamento de recursos Humanos<br />
só funciona se estiver constantemente<br />
atualizado. Colocamos a equipe trabalhar<br />
diretamente no computador, o que deu<br />
um avanço significativo e hoje é a Coordenadoria<br />
com a maior relação entre<br />
número de alunos por professor no Estado.<br />
Acho que a rapidez com que nos adequamos<br />
abriu o olhar da secretária da Educação,<br />
do governo, enfim. Então, nas reuniões<br />
com os coordenadores, observaram<br />
na 28ª e na minha pessoa essa forma que<br />
poderia ser útil à secretária. Fiquei um<br />
pouco apreensivo, mas quem está na vida<br />
pública deve ter segurança de si e estar<br />
sempre preparado, pois surgirão desafios<br />
como este. Já estou perfeitamente alinhado<br />
com as diretrizes, o ritmo de trabalho,<br />
e disposto.<br />
Quais são as suas atribuições como<br />
diretor geral?<br />
No organograma está como secretário<br />
substituto, porém hoje esta função é desempenhada<br />
pela chefe de gabinete, Salete<br />
Cadore. Mas a direção geral é o suporte<br />
direto, a que faz a interlocução dos processos<br />
da casa com todos os departamentos e<br />
com o gabinete. é quem assessora a secretária,<br />
a representa e responde por ela<br />
quando preciso. ou seja, é o filtro para chegar<br />
no gabinete.<br />
O senhor participou da audiência<br />
pública pelo Ensino agrícola, realizada<br />
no dia 30 de agosto, durante a 30ª<br />
Expointer. Que impacto os dados<br />
apresentados pelo Conselho dos<br />
Diretores, com o exemplo de uma escola<br />
agrícola que recebe r$ 0,28 por aluno/<br />
dia para gerir, causaram na Seduc?<br />
Eu conversei com o lúcio vieira, superintendente<br />
da Educação Profissional, e os<br />
dados não são os apresentados, pois ali es <br />
tão sendo considerados apenas os repasses<br />
normais feitos para as instituições. Depois<br />
o lúcio me passou o que a escola já havia<br />
re cebido, independentemente ao valor do<br />
repasse, por atendimento a projetos, aquisições,<br />
etc. Se considerar apenas o repasse<br />
e dividir pelo número de alunos, evidente<br />
que dá isso, mas os recursos não vão só<br />
des ta forma. reconheço que precisa investimento<br />
nesta área, principalmente na qualificação<br />
técnica nas escolas, mas agora não<br />
há condições. Se o diretor quer, de fato,<br />
che gar a isso, tem que ser parceiro nessa<br />
política de racionalizar recursos humanos.<br />
Se ficar nessa do corporativismo, de atender<br />
os interesses pessoais, amigáveis, e eleitoreiros,<br />
ele terá um período bem mais longo<br />
de espera pela qualificação técnica da es cola.<br />
Nesta questão de custos, como eu di zia<br />
sobre a audiência pública, ou a escola se<br />
agiliza, busca articularse e passa a produzir,<br />
ou não é a Educação do Estado que vai<br />
sustentar todo aquele sistema, confundido<br />
por muitas escolas com o assistencialista.<br />
é preciso dar atendimento – eu estou aqui<br />
hoje porque tive a oportunidade de estar<br />
em uma escola agrícola, a EETA, que me<br />
deu cama, comida e educação. o Estado é<br />
responsável, sim, precisa dar atendimento,<br />
mas onde está dito que é a Educação que<br />
deve fornecer a estes jovens serviço de ho <br />
tel, de saúde, de assistência social? é competência<br />
só da Educação? Em outra instituição,<br />
quem resolve quando há problema<br />
assistencial? Existem outros órgãos.<br />
O senhor está sugerindo parcerias entre<br />
secretarias de governo?<br />
A Secretária já apontou isso, pergun
é técnico agrícola e professor<br />
“Fiquei um pouco<br />
apreensivo, mas quem<br />
está na vida pública<br />
deve ter segurança de<br />
si e estar sempre<br />
preparado, pois surgirão<br />
desafios como este.<br />
Já estou perfeitamente<br />
alinhado com as<br />
diretrizes, o ritmo<br />
de trabalho, e<br />
disposto.”<br />
tando porque temos que prestar assistência<br />
social na escola. Em qualquer outro<br />
lugar, quem faz não é a Educação. Não se<br />
está querendo acabar com o internato, ele<br />
é nossa responsabilidade, a vida dentro da<br />
escola é um processo de educação, assim<br />
como o trabalho prático, mas há um conjunto<br />
de ações que se presta aos alunos<br />
que vai muito além de oferecer ensinoaprendizagem.<br />
Como fica o quadro funcional do<br />
magistério das escolas técnicas? Uma<br />
das metas da agpTEa é criar um curso<br />
de formação de professores. Há casos<br />
de técnicos atuando em contratos<br />
emergenciais que, na busca de<br />
qualificação, e até para prestar<br />
concurso público, fizeram cursos de<br />
verão em outras especificidades, como<br />
Química, Física, etc. Hoje estão aptos<br />
para atuar nas suas áreas de formação<br />
e não mais na área técnica,<br />
desperdiçando toda a sua experiência.<br />
Já analisamos esta questão com a Suepro,<br />
pois também estamos pensando na<br />
possibilidade de formação de professores<br />
técnicos. Além do número reduzido, há um<br />
contingente de docentes – os últimos nomeados<br />
– que em poucos anos estará saindo.<br />
Temos que encontrar alternativas.<br />
Das necessidades que identificou como<br />
prioridades na área da educação, o<br />
senhor acredita que está conseguindo,<br />
no cargo de diretor geral, tocar nos<br />
principais pontos?<br />
Eu já estou muito localizado quanto a<br />
isso. Como gestor na escola e depois na<br />
CrE, adotei sempre a prática do bom uso<br />
do que é público. Só desta forma será possível<br />
um dia tratar melhor os que ficam,<br />
de fato, fazendo bem a sua parte. o objetivo<br />
é racionalizar para pagar melhor. Estou<br />
convicto que vamos chegar a isso. outra<br />
questão é que se melhora a estrutura<br />
pública, o ensino, mediante a qualificação<br />
das pessoas. E eu sinto aqui um propósito<br />
muito grande nesta direção, e virão ações<br />
muito fortes.<br />
São propostas para breve?<br />
Sim. A avaliação do sistema de educação<br />
do Estado pretende, entre outros objetivos,<br />
apontar as causas das possíveis<br />
carências, e uma delas é a qualificação continuada<br />
dos professores. Há professor que<br />
não lê revista, jornal, não tem acesso ao<br />
computador, não faz cursos. o que ele dirá<br />
ao aluno? é preciso, sim, recursos, mas é<br />
imprescindível trabalhar as pessoas. vejo<br />
boas perspectivas e estou me desdobrando<br />
para poder contribuir para que se possa<br />
avançar nessa qualificação e na gestão<br />
pública racional, sustentável. Com o meu<br />
compromisso com o ensino técnico, e por<br />
acreditar nele, por reconhecer que sou o<br />
que sou hoje por ser técnico agrícola, jamais<br />
deixarei de defender que estas instituições<br />
são sinalizadoras para muitos jovens caminhar<br />
para vida. Não terei o poder de mudar<br />
o rumo do navio, mas também não deixo<br />
de ser um interlocutor consciente de que há<br />
muito o que fazer e que posso contribuir.<br />
13
o fazer PedaGóGico<br />
Gestão sistêmica da educação<br />
voltada para resultados<br />
Na edição anterior da Letras da Terra<br />
escrevi sobre a importância do fazer pedagógico<br />
no desenvolvimento social e afirmei<br />
que a educação precisa de um olhar fo cado.<br />
Com isso, quis destacar a necessidade<br />
e a responsabilidade do educador em estabelecer<br />
uma dialética que dê impulso e<br />
progresso a todos, imprimindo um comportamento<br />
próativo e realizador.<br />
é preciso ter presente que a importância<br />
das ações de rotina e das melhorias na<br />
educação é tão grande que a sociedade<br />
como um todo deveria buscar entendêlas<br />
para colocálas em prática visando a eficiência<br />
e a eficácia dos resultados que<br />
podem ser alcançados.<br />
Não é possível que a sociedade continue<br />
passiva frente às afirmações de que a<br />
escola é a instituição social que menos<br />
mu da. Portanto, falar sobre educação, e<br />
trabalhar com ela, requer gestão, planejamento<br />
e efetiva intencionalidade dos go <br />
vernos e da instituição escolar. A educação<br />
14 DEzEMBrO DE 2007<br />
pOr MarTa riBEirO BULLing<br />
ESPECiAliSTA EM EDuCAção E CoNSElHEirA ESTADuAl DE EDuCAção<br />
merece e precisa ser vista como um processo<br />
permanente de reflexão e desafio<br />
para mudança.<br />
o gestor educacional deve estar sempre<br />
focado no que é mais crítico, a fim de<br />
po der obter o máximo dos escassos recursos<br />
com os quais trabalha. A definição das<br />
metas e dos objetivos é fundamental, e<br />
para que isso seja possível são imprescindíveis<br />
conhecimentos, técnicas, habilidades<br />
e ferramentas que transcendam vícios,<br />
modelos e ideologias.<br />
é necessário ter presentes as gestões<br />
do conhecimento, do poder e a das competências.<br />
Aplicar a gestão do conhecimento<br />
significa, dentre outras coisas, saber que to <br />
do o conhecimento que não é aplicado ge <br />
ra dificuldades. é ter práticas associadas<br />
ao desenvolvimento de competências, e é<br />
gerar capacitação para um melhor desempe<br />
nho funcional, assumindo para si a res ponsabilidade<br />
por sua carreira e por seus pa péis.<br />
Entender a gestão do poder é ter cla<br />
reza que o verdadeiro poder não é dado<br />
gra tuitamente, mas que ele tem de ser<br />
con quistado. é sair da visão monofuncional<br />
para a multifuncional.<br />
Trabalhar gestão das competências é<br />
entender que competência é a qualificação<br />
de um indivíduo e não de um posto. Ela<br />
inclui conhecimentos, habilidades e atitudes<br />
em uma visão sistêmica de processo;<br />
é por isso que a escola, o estado e a sociedade<br />
não têm como trabalhar e avaliar<br />
com petências sem desenvolver e avaliar<br />
uma gestão de processos.<br />
Trabalhar em educação – e para a educação<br />
– é poder acreditar em sistemas e<br />
métodos a serem seguidos. é desta forma<br />
que se torna possível atingir metas e resultados,<br />
tendo na autonomia, na motivação,<br />
no envolvimento pessoal, no assumir respon<br />
sabilidades e no rompimento de paradigmas<br />
o sentido coletivo das ações, em<br />
um processo de gestão sistêmica da educação,<br />
voltado para resultados.
Gerais<br />
Tempo de serviço de alunoaprendiz pode<br />
ser computado para fins previdenciários<br />
o professor luiz Alberto Bittencourt<br />
Fos sari, do Colégio Agrícola Daniel de oliveira<br />
Paiva, de Cachoeirinha, ganhou na<br />
Justiça o direito de ter reconhecido pelo<br />
instituto Nacional do Seguro Social (iNSS)<br />
o tempo de serviço enquanto atuou como<br />
alunoaprendiz. A causa já tinha sido dada<br />
como ganha pelo Tribunal regional Federal<br />
da 4ª região, mas o iNSS recorreu alegando<br />
não terem sido preenchidos os pressupostos<br />
legais necessários à averbação<br />
do tempo no caso concreto. o recurso foi<br />
negado e a primeira sentença confirmada.<br />
Dos 7 anos que Fossari esteve interno, es <br />
tu dando na instituição, lhe foi concedido<br />
4 anos, 7 meses e 25 dias referentes aos<br />
pe ríodos letivos.<br />
Para entender melhor o caso, acompanhe<br />
a justificativa apresentada na primeira<br />
sentença, que teve como relator o Desem<br />
Casas Solidárias: abrigos da cidadania<br />
ir em busca de atendimento clínico es <br />
pe cializado em outra cidade é uma das sé <br />
rias preocupações de quem enfrenta uma<br />
doença ou tem um familiar nestas condições.<br />
Mas uma iniciativa cidadã, idealizada<br />
há 12 anos pelo deputado estadual<br />
Gio vani Cherini, possibilitou o que para<br />
mui tos pode ser o fator decisivo entre ter<br />
ou não tratamento médico. São as Casas<br />
Solidárias – associação civil, de direito privado,<br />
de caráter social e filantrópico, sem<br />
fins lucrativos –, instaladas em Porto Alegre,<br />
Passo Fundo e Santa Maria.<br />
Tratamse de espaços que oferecem<br />
hos pedagem para o paciente e familiares,<br />
onde também têm acesso a uma cozinha<br />
comunitária e a algumas atividades organizadas<br />
por voluntários, como palestras,<br />
mo mentos de reflexão, etc. A capacidade<br />
de atendimento dos três locais é de 170<br />
pes soas por dia, sendo 30 na capital, 100<br />
em Passo Fundo e 40 em Santa Maria.<br />
De vido a demanda verificada, ainda em<br />
2007 a Capital contará com mais uma<br />
Casa Solidária, que terá capacidade para<br />
receber 70 pessoas.<br />
bargador Federal luís Alberto Aurvalle:<br />
“(...) a jurisprudência entende ser possível<br />
a contagem de serviço ao aluno-aprendiz<br />
des de que preenchidas determinadas condições.<br />
Para tanto, faz-se mister uma clara<br />
distinção entre aluno-aprendiz e em -<br />
pre gado-aprendiz. O empregado-aprendiz,<br />
sujeito da proteção legal, é o que re -<br />
cebe formação profissional na própria em -<br />
presa, ou em escola vinculada a ela, cuja<br />
tu tela resulta da própria relação de em -<br />
pre go que lhe é inerente. Na qualidade de<br />
empregado, tem sua condição de aprendiz<br />
dirigida a uma proficiência pessoal no<br />
interesse de seu empregador, por este<br />
sustentado, com todos os direitos oriundos<br />
das leis trabalhistas e previdenciárias,<br />
estando o curso de aprendizado inserido<br />
no expediente de trabalho. Por outro lado,<br />
o aluno-aprendiz apren de trabalhando em<br />
Casa Solidária de Passo Fundo<br />
aMigOS SOLiDáriOS<br />
No final de 2006, os parceiros da entidade<br />
começaram a ser oficializados. São<br />
os chamados amigos Solidários, que já<br />
so mam aproximadamente 550, entre pessoas<br />
físicas e jurídicas – a <strong>AGPTEA</strong> é uma<br />
delas. Todos podem ajudar as Casas Solidárias,<br />
basta autorizar débito em conta de<br />
um valor semestral mínimo de r$ 12,00<br />
(r$ 2,00 por mês). Ao efetuar o primeiro<br />
desconto – nos bancos Sicredi ou Banrisul<br />
– o colaborador receberá uma carteirinha<br />
ou, no caso de pessoa jurídica, um certifica<br />
do de amigo Solidário, emitidos pela<br />
ins tituição. Para os apoiadores sempre sa <br />
be rem onde estão sendo aplicados os re <br />
Arquivo CASAS SoliDáriAS<br />
escola técnica, manti da pelo governo, du -<br />
rante todo o curso, re cebendo ou não pe -<br />
cú nio à conta do Orçamento e/ou salário<br />
in direto representado pelo alimento, fardamento,<br />
atendimento médico-odontológico,<br />
alojamento, e, em de terminados ca -<br />
sos, retribuição por servi ços prestados a<br />
terceiros. Deduz-se, pois, que podem ser<br />
equiparados aos emprega dos-aprendizes<br />
para fins de contagem de tempo de serviço<br />
aqueles alunos-aprendi zes cujo trabalho<br />
seja remunerado especi fi camente, ca -<br />
racterizando esta retribuição ao trabalho<br />
efetuado a relação empregatícia ensejadora<br />
do direito previdenciá rio pleiteado”.<br />
Eis aí uma jurisprudência que muito po <br />
de interessar a todos que já freqüentaram<br />
ou estão estudando nas escolas agrícolas<br />
gaú chas. é reconhecidamente um direito<br />
que pode e deve ser exigido.<br />
cursos, a cada seis meses a prestação de<br />
contas será enviada por email.<br />
núMErO Da COnTa nO BanriSUL<br />
Agência: 0839<br />
C/C: 06.854.020.06<br />
núMErO Da COnTa nO SiCrEDi<br />
Agência: 0116<br />
C/C: 069515<br />
Para fazer a doação, informe o CNPJ das<br />
Casas Solidárias: 07.845.380/0001-04<br />
EnDErEçOS DaS CaSaS SOLiDáriaS<br />
Santa Maria<br />
rua Erly de Almeida lima, 595<br />
porto alegre<br />
rua Duque de Caxias, 624<br />
passo Fundo<br />
rua Eduardo de Brito, 308<br />
para EnTrar EM COnTaTO<br />
(51) 8425.6027<br />
casassolidarias@gmail.com<br />
rua Duque de Caxias, 624 –<br />
porto alegre/rS – CEp 90010-280<br />
15
caPa<br />
o nascimento de um novo<br />
A <strong>AGPTEA</strong> é o pólo de representação<br />
concreta dos sonhos de quem a faz. Associados,<br />
dirigentes, funcionários e apoiadores<br />
têm como carro chefe a valorização<br />
deste todo que é a Educação Profissional.<br />
E valorizar significa cuidar, refletir a respeito,<br />
operacionalizar, deixar acontecer e, por<br />
fim, reconhecer e permitir a natural evolução.<br />
Na tentativa de materializar esse processo,<br />
o ícone mais importante da entidade,<br />
o seu símbolo de apresentação e circu<br />
16 DEzEMBrO DE 2007<br />
lação pelo conhecimento público, foi re <br />
pen sado. A partir de julho de 2007, o<br />
ma pa do rio Grande do Sul, o arado virador<br />
e a coruja, símbolos que foram incorporados<br />
ao logotipo da <strong>AGPTEA</strong> nos seus 38<br />
anos de existência – e estão protegidos no<br />
afeto da memória de cada professor de<br />
es cola agrícola – passaram por uma metamorfose.<br />
o rio Grande, semeado por mãos<br />
dedicadas, ganhou a projeção onipresente<br />
do mundo; e a coruja, em toda sua carga<br />
mi tológica, se lança em um tipo de vôo<br />
em particular, somente possível quando<br />
há saber. A seguir, o publicitário Adel Fa <br />
bian Giacomini, autor da no va logotipia, fa <br />
la sobre a im portância de tornar as transformações<br />
e evoluções possíveis. Depois,<br />
acompanhe no co mentário do presi den te<br />
da <strong>AGPTEA</strong>, Fritz roloff, as boasvindas à<br />
nova marca e uma análise so bre a importância<br />
de respeitarse a ne cessida de de<br />
mudança.<br />
A riqueza de ser simples aDEL FaBian giaCOMini | PuBliCiTário, AuTor Do Novo loGoTiPo DA <strong>AGPTEA</strong><br />
Vivemos um momento no qual o acesso ao mundo<br />
da informa ção e das imagens é bastante acessível.<br />
Justamente por isso, para se obter mais coerência<br />
no que se quer comunicar com elas, há a necessidade<br />
de profundidade, qualidade e discernimento na<br />
sua uti lização. uma logomarca deve primar pelo uso<br />
racional e sintéti co das formas e cores. Formas têm<br />
po der e cores dão a tonalidade da emoção. Atualmen te,<br />
uma marca é tanto mais rica se conseguir ser sim -<br />
ples e comunicativa, e mais poderosa se puder inte-<br />
grar em sua simplicidade várias características. A<br />
simplicidade é importan te porque em um universo<br />
vi sualmente poluído e repleto de imagens gra tuitas,<br />
a memorização de uma logomarca que não prime pe -<br />
la sín tese e pelo uso ponderado dos seus significados,<br />
será bem mais di fícil.<br />
No processo histórico de uma or ganização, ultrapassar<br />
gerações é sinal de virtude e vitória sobre os<br />
desafios dos novos tempos. Entretanto, estes novos<br />
tempos possuem os seus também novos paradigmas<br />
de comportamento, que afetam todas as áreas de<br />
convívio humano.<br />
uma instituição perdurar significa possuir valores<br />
intrínsecos que lhe dão sustentação, e estes sim,<br />
no caso de uma logomarca, de vem ser reforçados e<br />
realinhados com as tendências modernas, principalmente<br />
neste período, em que as empresas reconfiguram<br />
suas metas e ampliam suas missões para irem<br />
além da própria his tória e, conseqüentemente, da<br />
sua representação gráfico-visual.
símbolo<br />
Quebrando os paradigmas<br />
FriTz rOLOFF<br />
PrESiDENTE DA <strong>AGPTEA</strong><br />
As instituições, especialmente as escolares, estão sempre<br />
em busca do perfil desejado. Para isso buscam refletir<br />
so bre os valores e as prioridades até então defendidas, questionando<br />
o ambiente e as próprias relações de trabalho, especialmente<br />
sobre que enfoque e direção querem dar para diminuir<br />
a distância entre a realidade constatada e o ideal.<br />
A <strong>AGPTEA</strong>, especialmente a partir deste ano de 2007,<br />
considera fundamental que alguns paradigmas sejam quebrados.<br />
Desta forma, pode recriar a realidade e planejar o futuro<br />
den tro dos princípios já conquistados de liberdade, justiça,<br />
de mocracia e solidariedade, enfrentando – e superando – si -<br />
tuações de dominação e de pré-conceitos de incapacidade ou<br />
até de inferioridade. Acreditamos que somente a partir de<br />
dis cussões em busca de mais quali dade, não somente da<br />
ins tituição <strong>AGPTEA</strong>, mas do processo de profissionalizações,<br />
se remos capazes de realizar transformações significativas,<br />
que tenham repercussão e, assim, melhorar a qualidade de<br />
vi da. optamos, enquanto organização, por re-planejar as nossas<br />
funções, metas e os objetivos. Após redefinirmos a nossa<br />
filosofia, que passa a ser centrada na “promoção da formação<br />
e capacitação permanente”, nos voltamos aos planejamentos<br />
de curto, médio e longo prazo.<br />
Durante muitos anos, a nossa “marca” (logomarca) represen<br />
tou ações de assistencialis mo, prestação de serviços técnicos<br />
e apoio logístico. Temos a convicção que devemos avançar,<br />
assumindo posições claras frente à Educação Profissional,<br />
não só no Rio Grande do Sul, mas nos comprometendo com<br />
a vida no planeta.<br />
Diante disso, sem deixarmos de homenagear o nosso passado,<br />
adotamos um novo símbolo. Na nossa opinião, ele am -<br />
plia os horizontes, representando uma visão de mundo na<br />
qual a coruja não apenas está sentada no arado, mas denota<br />
uma postura de prontidão para al çar qualquer vôo, ao mesmo<br />
tempo em que abre sua asa para agregar e proteger uma ca -<br />
te goria profissional, e até mesmo propagar seu potencial educativo,<br />
fazendo jus aos tão atuais conceitos tecnológicos. Após<br />
as muitas discussões e análises, o grupo chegou à conclusão<br />
que devemos fortalecer o foco das nossas ações em favor da<br />
educação para um mun do mais cooperativo. Temos a certeza<br />
que deste modo estaremos criando meios de cres cimento e<br />
de transformação das pessoas para que vivenciem seu projeto<br />
de vida sob um novo prisma, centrado na ética, e também oferecendo<br />
ferramentas no processo de geração de renda. um<br />
exemplo bastante atual para isso é a luta pela criação de uma<br />
categoria es pecífica para a Educação Profissional, além da<br />
dinamização das ações pedagógicas.<br />
São várias as comissões e muitas as pessoas envolvidas<br />
nesse novo “pensar a <strong>AGPTEA</strong>”. Quero convocar também você,<br />
professor-leitor, para que participe ativamente. Entre em contato,<br />
se engaje e opine!<br />
17
notícias da aGPtea<br />
Novo site<br />
da <strong>AGPTEA</strong><br />
No dia 6 de novembro de 2007 o novo<br />
site da <strong>AGPTEA</strong> foi colocado no ar. o endereço<br />
www.agptea.org.br, além de manter<br />
a entidade conectada no hoje imprescindível<br />
espaço cibernético, pretende ser um<br />
dos pontos de encontro dos professores de<br />
escolas agrícolas e de todos que se interessam<br />
pela Educação Profissional. “A As -<br />
sociação, repensando o seu perfil e a sua<br />
missão no contexto da Educação Profissional,<br />
en tendeu que devia adotar o do mínio<br />
‘org.br’ no seu portal, uma vez que esta<br />
é a termi na ção destinada às entidades<br />
filantrópicas”, explica o presidente da<br />
<strong>AGPTEA</strong>, Fritz roloff.<br />
No portal podem ser encontradas as<br />
principais informações sobre a Associação,<br />
registros sobre ações e eventos dos quais<br />
par ticipa, notícias de interesse da categoria,<br />
legislações que englobem a área educa<br />
cional, artigos, links, bem como um fó <br />
rum de discussão a respeito de assuntos<br />
que envolvam Educação Profissional, sustentabilidade<br />
e cooperativismo. é importante<br />
ressaltar que o site também é um espaço<br />
para divulgar trabalhos e iniciativas de professores,<br />
escolas e alunos.<br />
A <strong>AGPTEA</strong> conta com a participação de<br />
todos. Dicas, sugestões e críticas são sem<br />
Que tal dez dias na praia?<br />
Agora associado da <strong>AGPTEA</strong> tem casa na praia!<br />
E o melhor: não precisa se preocupar com a segurança<br />
e manutenção dela quando não está lá, nem<br />
pagar impostos ou taxas. os interessados que se<br />
inscreverem podem usufruir até dez dias por veraneio<br />
(dezembro, janeiro e fevereiro), em apartamentos<br />
mobiliados, a duas quadras do mar, em itapeva, no<br />
município de Torres.<br />
os valores das diárias são de R$ 30,00 para os<br />
apartamentos de um quarto, para até cinco pessoas;<br />
e de R$ 40,00 para os de dois dormitórios, com capacidade<br />
para até seis hóspedes. Mas a Casa de Praia<br />
da <strong>AGPTEA</strong> também pode ser uma ótima alternativa<br />
de passeio durante os demais meses do ano. E fora<br />
da alta temporada de verão, os valores cobrados<br />
18 DEzEMBrO DE 2007<br />
pre muito bemvindas, pois o objetivo do<br />
por tal é ser necessário para os associados.<br />
o antigo endereço eletrônico (www.<br />
agptea.com.br) já foi desativado, mas ele<br />
Vista lateral do prédio<br />
serão simbólicos. Eles ainda estão sendo estudados,<br />
mas a diretoria da Associação garante: serão apenas<br />
suficientes para garantir o consumo de água e luz.<br />
SérGio luiZ CrESTANi<br />
cumpriu muito bem a sua missão, o que só<br />
foi possível pela dedicação constante de<br />
ré gis Freitas Paim, responsável pelo de partamento<br />
Administrativo da entidade.<br />
COMO RESERVAR APARTAMENTOS<br />
Para esta temporada, são nove apartamentos<br />
disponíveis. As reservas são efetivadas a partir de<br />
inscrições, portanto a preferência é dada aos primeiros<br />
que manifestam interesse. Para conferir a tabela<br />
de disponibilidade de diárias, basta acessar o site<br />
www.agptea.org.br e escolher o melhor período.<br />
Depois é só preencher um breve cadastro, fazer o<br />
download do Termo de Reserva e enviá-lo assinado<br />
para um dos contatos abaixo:<br />
Fax: (51) 3225.5748 (aos cuidados de Régis Freitas<br />
Paim)<br />
ou por carta:<br />
<strong>AGPTEA</strong><br />
A/C Régis Freitas Paim<br />
Av. Getúlio Vargas, 283 – Menino Deus<br />
Porto Alegre/RS – CEP 90150001
notícias da aGPtea<br />
agpTEa e inmetro<br />
promovem curso<br />
sobre consumo<br />
sustentável<br />
Nos dias 25 e 26 de setembro, a Casa<br />
do Professor de Ensino Agrícola,<br />
localizada no Parque de Exposições<br />
Assis Brasil, em Esteio, foi sede do<br />
Curso de Formação de<br />
Multiplicadores em Educação para<br />
o Consumo Sustentável. o evento foi<br />
uma promoção da <strong>AGPTEA</strong> e do<br />
instituto Nacional de Metrologia,<br />
Normalização e Qualidade industrial<br />
(inmetro), e foi destinado a<br />
educadores e gestores educacionais.<br />
As inscrições foram gratuitas e as<br />
aulas coordenadas por técnicos do<br />
inmetro, entidade que assinou os<br />
certificados recebidos pelos 37<br />
participantes.<br />
Dia do professor e do<br />
Funcionário público<br />
um sábado para celebrar<br />
trabalhadores! Foi o que a <strong>AGPTEA</strong><br />
organizou para o dia 20 de outubro, na<br />
Casa do Professor de Ensino Agrícola,<br />
no Parque de Exposições Assis Brasil,<br />
em Esteio. um ótimo churrasco e a<br />
presença do grupo musical Eco do<br />
Pampa proporcionaram um<br />
descontraído clima de<br />
confraternização.<br />
Dia de campo em<br />
Encruzilhada do Sul<br />
o Colégio Estadual Técnico<br />
Agropecuário Dr. Zeno Pereira luz,<br />
de Encruzilhada do Sul, promoveu o<br />
IV Dia de Campo, dando ênfase ao<br />
plantio direto na palha. o evento<br />
aconteceu em 13 de dezembro e teve<br />
o patrocínio da <strong>AGPTEA</strong>, o apoio do<br />
Banco do Brasil e da Suepro/RS, e<br />
contou ainda com mais de 20 outros<br />
parceiros. “Sempre que solicitada, a<br />
Associação colabora com atividades<br />
como esta, que são verdadeiros<br />
laboratórios de aperfeiçoamento dos<br />
futuros técnicos agrícolas”, garante<br />
o vice-presidente Educacional da<br />
<strong>AGPTEA</strong>, Danilo oliveira de Souza.<br />
30ª Expointer confirma:<br />
Casa da <strong>AGPTEA</strong> é ponto<br />
de encontro de professores<br />
Alunos de escolas agrícolas apresentando seus trabalhos na 30ª Expointer<br />
A participação da <strong>AGPTEA</strong> na 30ª Ex -<br />
pointer, que aconteceu de 25 de agosto a 2<br />
de setembro de 2007, no Parque de Ex po <br />
sições Assis Brasil, em Esteio, foi mais uma<br />
vez um sucesso. Além da Casa do Pro fessor<br />
de Ensino Agrícola ter sido o já tradi cional<br />
palco para as escolas técnicas agrí co las apresentarem<br />
os trabalhos dos alunos, este ano<br />
A Audiência Pública para discutir a situação das es -<br />
colas técnicas agrícolas estaduais, cujo proponente foi o<br />
de putado estadual Edson Brum (PMDB), aconteceu no<br />
dia 30 de agosto de 2007, durante a 30ª Expointer. Entre<br />
os presentes, estavam o diretor geral da Secretaria de<br />
Edu cação (Seduc), Ervino Deon, o superintendente da<br />
Edu cação Profissional, lúcio Vieira, o vice-presidente da<br />
Co missão de Educação da Assembléia legislativa, Daniel<br />
Bordignon, representantes da <strong>AGPTEA</strong>, do Sindicato dos<br />
Téc nicos Agrícolas do Rio Grande do Sul (Sintargs) e do Conselho<br />
de Diretores de Escolas Agrícolas; bem como professores<br />
e diretores de escolas de diversos municípios.<br />
Falando em nome da secretária estadual da Educação,<br />
Mariza Abreu, Deon anunciou que a Seduc encaminharia<br />
à Assembléia legislativa um projeto de lei visando<br />
a realização de concurso público para funcionários de<br />
ati vidades específicas desenvolvidas nas escolas técni-<br />
ficou confirmado o fato do local ter sido instituído<br />
pela categoria co mo ponto de encontro<br />
na Feira. Muitas pes soas passaram por lá,<br />
tanto quem é da área como interessados e<br />
simpatizantes. A movimentação constante foi<br />
incrementada com muitas conversas sobre<br />
educação, agronegócio e, claro, sempre acompanhadas<br />
de um bom chimarrão.<br />
Audiência pública aborda situação das escolas agrícolas<br />
cas estaduais.<br />
Vieira expôs dados da autonomia financeira e da gestão<br />
das escolas técnicas e afirmou que são repassados<br />
mensalmente aos 147 estabelecimentos de ensino técnico<br />
cerca de R$ 145 mil, sendo que R$ 71 mil (49,4%) vão<br />
para as instituições que atuam na área da agricultura.<br />
Segundo ele, apesar da crise fiscal vivida pelo Estado, a<br />
verba está sendo enviada em dia.<br />
Em uma demonstração numérica do panorama econômico<br />
de uma escola, o presidente do Conselho de Diretores<br />
de Escolas Agrícolas, Raul Hopp, divulgou que ao<br />
di vidir-se o valor do repasse mensal pelo total de alunos<br />
da instituição, o resultado é de R$ 0,28 por aluno/dia. o<br />
presidente da <strong>AGPTEA</strong>, Fritz Roloff, comparou este valor<br />
com o recebido pelos Centros Federais de Educação Tecnológica<br />
(CEFET’s), nos quais o custeio por aluno/dia é<br />
de R$ 17,00.<br />
Arquivo <strong>AGPTEA</strong><br />
19
notícias da aGPtea<br />
20 DEzEMBrO DE 2007<br />
Projeto quer alterar legislação para<br />
legalizar cooperativas escolares<br />
A <strong>AGPTEA</strong> defende a regulamentação<br />
do funcionamento de cooperativas nas<br />
escolas técnicas estaduais que geram renda<br />
a partir das unidades educativas de<br />
pro dução. Por acreditar que elas representam<br />
tanto uma importante ferramenta pe <br />
dagógica como uma alternativa gerencial<br />
da renda obtida a partir das atividades, a<br />
Associação sugeriu ao legislativo Estadual<br />
que estudasse a possibilidade de alterar<br />
as leis que dispõem sobre o assunto. A partir<br />
desta iniciativa, o deputado estadual<br />
Gio vani Cherini (PDT) elaborou a proposta<br />
do Projeto de lei 366/2007, que tem o<br />
ob jetivo de permitir o funcionamento de<br />
cooperativas nas instituições públicas de<br />
ensino. A organização das Cooperativas<br />
do rio Grande do Sul (ocergs) também<br />
ma nifestou o seu apoio.<br />
A matéria altera e acrescenta artigos à<br />
lei Estadual 10.576, de novembro de<br />
1995, que dispõe sobre a Gestão Democrá<br />
tica do Ensino Público. De forma geral, o<br />
pro jeto prevê a livre organização dos segmentos<br />
da comunidade escolar em cooperativas<br />
que promovam o gerenciamento de<br />
atividades produtivas e a geração de ren da.<br />
De acordo com o Projeto de lei, os re <br />
cursos obtidos com a comercialização dos<br />
produtos da cooperativa escolar deverão<br />
ser reaplicados integralmente na continuidade<br />
e no desenvolvimento das atividades<br />
realizadas. Além disso, a administração<br />
das suas unidades educativas deve ser<br />
acompanhada pelo Conselho Escolar.<br />
Formado e pósgraduado em Cooperativismo,<br />
Cherini vê benefícios na instalação<br />
de cooperativas escolares. “O aluno co -<br />
me ça a aprender a se organizar, a fazer<br />
as sembléias, a se preparar para atuar em<br />
uma entidade, em uma empresa, a administrar<br />
rendas. A cooperativa é um grande<br />
laboratório”, justifica o deputado.<br />
Para o presidente da <strong>AGPTEA</strong>, Fritz<br />
Cooperativismo é tema de palestras em escolas<br />
o cooperativismo é um dos três pilares que compõem<br />
a filosofia de atuação da <strong>AGPTEA</strong>, ao lado da<br />
Educação Profissional e da sustentabilidade. Além<br />
de acreditar no potencial da cultura cooperativa como<br />
a melhor forma para se viver em sociedade, a Associação<br />
também trabalha para disseminar este conceito.<br />
No contexto escolar não poderia ser diferente. De<br />
setembro a novembro a entidade realizou três palestras<br />
de motivação para o cooperativismo em escolas<br />
técnicas de osório, São lourenço do Sul e Viamão.<br />
“O nosso objetivo com estas atividades é proporcionar<br />
um despertar para o cooperativismo, para possibilitar<br />
um mundo mais solidário e a eventual criação<br />
de uma cooperativa, para atuar como co-gestora<br />
dos recursos advindos das unidades educativas de<br />
produção”, afirma o presidente da <strong>AGPTEA</strong> e coordenador<br />
destes eventos, Fritz Roloff. Escolas interessadas<br />
em oferecer palestras sobre cooperativismo,<br />
podem entrar em contato pelo telefone (51) 3225.5748<br />
ou pelo e-mail presidencia@agptea.org.br.<br />
Wolfran Metzler<br />
aposta na formação<br />
continuada de<br />
professores<br />
A presença da <strong>AGPTEA</strong> na Escola Santa Isabel, de São Lourenço do Sul<br />
roloff, as instituições que desenvolvem<br />
atividades educativas que geram produção<br />
agrícola enfrentam problemas para comercializar<br />
os produtos. “Muitas vezes as<br />
escolas necessitam emitir nota. Por exemplo,<br />
se querem transportar alguma coisa,<br />
precisam de uma nota de transporte; para<br />
vender para outra entidade precisam fornecer<br />
um documento de venda, e elas não<br />
têm. Várias instituições continuam ge rindo<br />
os recursos através do Circulo de Pais<br />
e Mestres (CPM), mas esta prática não<br />
tem respaldo legal”, alerta roloff, comentando<br />
ainda que a ferramenta de gestão<br />
que o Estado oferece – uma conta corrente<br />
em nome do diretor da escola, na qual são<br />
de positados os recursos – não consegue<br />
atender a essa demanda. “O Projeto de Lei<br />
366/2007, proposto pelo deputado Cherini,<br />
viria legalizar as ações das cooperativas<br />
que já existem informalmente nas<br />
escolas técnicas”, finaliza o presidente.<br />
As palestras foram realizadas nas seguintes instituições:<br />
Escola Estadual de Ensino Médio Ildefonso Simões Lopes, em osório, no dia 27 de setembro<br />
Escola Estadual de Ensino Médio Santa Isabel, em São lourenço do Sul, no dia 18 de outubro<br />
Escola Estadual Técnica de Agricultura, em Viamão, no dia 11 de novembro<br />
Nos dias 13 e 14 de setembro, a Escola Estadual de Ensino Médio Wolfran Metzler, de Venâncio Aires, realizou o Seminário<br />
de Formação Continuada para Professores. A iniciativa fez parte do planejamento para criar ferramentas de gestão e<br />
de alternativas para transformar a instituição em escola técnica. A <strong>AGPTEA</strong> esteve presente no evento, representada pelo seu<br />
presidente, Fritz Roloff, que ministrou as palestras Proposta Pedagógica, Jogos Cooperativos e Cooperativismo e Cursos Profissionalizantes.<br />
o técnico-agrícola Hélio Musskopf também participou, falando sobre cooperativismo.<br />
Arquivo ESColA SANTA iSABEl
educredi<br />
Educredi: cinco anos de números satisfatórios<br />
Em junho de 2007 completou cinco<br />
anos que 24 pessoas se reuniram e fundaram<br />
a Educredi. Após este período de<br />
efetiva operacionalização, oferecendo aplicações<br />
financeiras com taxas atrativas e<br />
menores juros em empréstimos pessoais,<br />
a cooperativa já soma 660 integrantes que<br />
acreditaram na idéia. veja a seguir o quadro<br />
demonstrativo das movimentações até<br />
outubro deste ano:<br />
Balanço patrimonial<br />
Número de associados 660<br />
Cotascapitais 165.621,97<br />
Aplicações financeiras r$ 208.901,37<br />
Empréstimos r$ 285.186,52<br />
A Educredi está de parabéns pelos seus<br />
resultados. uma análise comparativa das<br />
tabelas do balanço patrimonial de dezembro<br />
de 2006 e o de junho de 2007, deixa<br />
evidente o cres cimento. o item Ativo Circulante,<br />
por exem plo, aumentou 26,50%;<br />
Tí tulos e va lores teve um cres cimento de<br />
2.402,4%; a Carteira Própria aumentou<br />
26,50%; e o Passivo Circulante 34,27%.<br />
Alguns itens, claro, foram negativos, po rém,<br />
pela grandeza dos que deram positivo, sua<br />
proporção é bem menor, principalmente<br />
se for levado em consideração todo o in vestimento<br />
feito nesses cinco anos.<br />
ATIVO DEZ 06 JUN 07 % PASSIVO DEZ 06 JUN 07 %<br />
Ativo Circulante 327.625,56 413.285,80 26,50 Passivo Circulante 183.651,18 246.586,18 34,27<br />
Disponibilidade 2513,09 4947,20 96,85 Depósitos 175.615,85 238.751,63 35,95<br />
Títulos e Valores 3523,07 88.162,57 2.402,4 Depósitos a Prazo 175.615,85 238.751,63 35,95<br />
Carteira Própria 3523.07 88.162,57 2.402,4 Relações interfinanceiras 180,00 180,00 0,00<br />
operações de Créditos 281.958,03 278.915,83 - 1,08 Recursos Tran Terceiro 180,00 180,00 0,00<br />
Setor Privado 328.253,30 328.063,90 0,00 outras obrigações 7.856,07 7654,55 - 2,56<br />
(-) Provisões Créditos (46.295,27) (49.148,07) 6,18 Sociais Estatutárias 2.922,38 2.902,38 - 0,68<br />
outros Créditos 39.631,37 41.260,20 4,11 Fiscal / Previdência 308,49 945,07 206,35<br />
Diversos 39.631,37 41.260,20 4,11 Diversos 4.625,20 3.807,10 17,68<br />
Permanente 5.189,66 5.785,64 11,48 Patrimônio líquido 149.163,30 172.485,26 15,63<br />
investimentos 2.659,32 2.659,32 0,00 Capital no Brasil 113.577,55 154.937,92 36,41<br />
outros investimentos 2.659,32 2.659,32 0,00<br />
imobilizado de uso 2.530,34 3.126,32 23,55 Reservas de lucro 5.804,77 5.804,77 0,00<br />
outras imobilizações 2.804,00 3.699,00 31,92<br />
(-) Depreciações Acumuladas (273,66) (572,68) 109,26 Sobras / Perdas Ac 29.780,98 11.742,57 - 61,48<br />
Total do Ativo 332.815,22 419.071,44 25,92 Total do Passivo 332.815,22 419.071,44 25,92<br />
Cooperativa<br />
promove seminário<br />
No dia 8 de dezembro de 2007, a Educredi<br />
promoveu o I Seminário sobre Cooperativismo<br />
de Crédito. o evento, que contou com a palestra<br />
do mestre em Ciências Sociais – com dissertação<br />
sobre a História da evolução do Cooperativismo<br />
de Crédito – leonel Pedro Cerutti, aconteceu na<br />
Casa do Professor de Ensino Agrícola, no Parque<br />
de Exposições Assis Brasil, em Esteio.<br />
Na ocasião, também foi realizada uma As -<br />
sembléia Geral Extraordinária para retificar a so li -<br />
citação do Banco Central quanto a informação da<br />
Ata da Assembléia ordinária de 2007, para o item<br />
Critério de distribuição das sobras líquidas, re -<br />
ferentes ao exercício de 2006, conforme legislação.<br />
Educação cooperativa<br />
Seguindo o seu planejamento educacional do ano<br />
de 2007, a Educredi obteve duas vagas no curso de<br />
especialização em Cooperativismo, promovido pelo<br />
Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo<br />
(SESCooP/RS) e realizado pela uNiSiNoS.<br />
os sócios que mostraram interesse e disponibilidade<br />
de tempo são os professores Mônica Gil klein<br />
e Sérgio luiz Crestani. “O sistema cooperativo necessita<br />
de qualificação nas áreas doutrinária, legal,<br />
econômica e técnica dos quadros dirigente, funcional<br />
e associativo. Somente desta forma terá condições<br />
de afirmar o diferencial cooperativista frente<br />
às outras organizações que atuam na sociedade e<br />
no mercado, além de poder participar com mais<br />
competência e intensidade em todas as instâncias<br />
do processo cooperativo e da economia social e<br />
Mônica Gil Klein e Sérgio Luiz Crestani são alunos do curso<br />
de especialização em Cooperativismo<br />
solidária”, analisa o presidente da Educredi, Carlos<br />
Fernando oliveira da Silva.<br />
a EDUCrEDi DESEJa a TODOS UM FELiz naTaL E UM próSpErO E COOpEraTiVO 2008!<br />
21
coletânea<br />
Educação<br />
Profissional no Brasil<br />
Autora:<br />
Silvia Maria Manfredi<br />
Editora:<br />
Cortez Editora – 320 páginas<br />
Valor sugerido: R$ 41,00<br />
agpTEa lança segunda edição<br />
de obra sobre floricultura<br />
Não seria exagero dizer que Saturnino Salvador Vieira de Fraga — o professor Saturnino, como<br />
é conhecido na Escola Estadual Técnica de Agricultura (EETA), de Viamão, onde ensina desde 1976<br />
— vive no meio das flores. Ele gosta tanto do assunto que, além de compartilhar seus conhecimentos<br />
dando aulas, resolveu publicá-los. E para isso escolheu a <strong>AGPTEA</strong> como parceira. A primeira<br />
edição saiu em 2002, mas como o saber e a natureza são dinâmicos, o autor quis atualizar<br />
sua obra. o lançamento da segunda edição aconteceu no dia 28 de outubro de 2007, no Pavilhão<br />
de Autógrafos da 50ª Feira do Livro de Porto Alegre. Trata-se de um verdadeiro manual para<br />
alunos de cursos técnicos agrícolas e para apaixonados por flores e jardins em geral.<br />
22 DEzEMBrO DE 2007<br />
Os professores Nelmo Malta<br />
Gutterres e Gilberto Fraga<br />
prestigiaram lançamento<br />
Um mapa brasileiro da Educação profissional<br />
Na obra Educação Profissional no Brasil, da Coleção Docência em Formação, publicada<br />
pela Cortez Editora, a pedagoga Silvia Maria Manfredi constrói um retrato deste setor. o seu<br />
ponto de partida são as relações e tensões entre trabalho, escola e profissionalização, vistas<br />
de uma perspectiva histórico-sociológica. Ela analisa os principais projetos, experiências e<br />
agências formativas de Educação Profissional existentes nos diferentes espaços da sociedade<br />
civil, destacando as iniciativas do estado, dos empresários e das organizações populares<br />
e sindicais. Além de elaborar uma radiografia das iniciativas na atualidade, mostra<br />
que a educação se efetiva nos diversos espaços da sociedade, extrapolando o âmbito<br />
puramente escolar. Contém também uma análise das atuais políticas públicas de formulação,<br />
financiamento e gestão da Educação Profissional e dos desafios que envolvem.<br />
Resultado de pesquisas e experiências de professores especialistas de todo o País,<br />
a Coleção Docência em Formação se propõe a fazer uma integração entre a produção<br />
acadêmica e o trabalho nas escolas.<br />
Saturnino recebe a família<br />
em sessão de autógrafos na<br />
53ª Feira do Livro<br />
Floricultura, jardinagem e plantas ornamentais<br />
– 2ª Edição ampliada e revisada –<br />
Autor: Saturnino Salvador Vieira de Fraga<br />
Editora: imprensa livre – 133 páginas<br />
Valor: R$ 18,00<br />
Como comprar: A obra pode ser adquirida na sede da <strong>AGPTEA</strong><br />
(Av. Getúlio Vargas, 283 – Menino Deus –<br />
Porto Alegre) ou solicitada pelo site<br />
www.agptea.org.br
Convênios agpTEa<br />
BECKEr E FiSCH<br />
Fone 51 35901147 e 35914230<br />
São leopoldo<br />
Em todo o Estado<br />
do rio Grande do Sul<br />
Fone 51 32242000<br />
rua dos Andradas, 1234 sala 1204<br />
Fone 51 32262736<br />
Porto Alegre<br />
Contatos úteis<br />
Embrapa Clima Temperado - pelotas<br />
Fone 53 3275-8100 - Fax 53 3275-8221<br />
www.cpact.embrapa.br<br />
sac@cpact.embrapa.br<br />
Embrapa pecuária Sul - Bagé<br />
Fone 53 3242-8499 - Fax 53 3242-4395<br />
www.cppsul.embrapa.br<br />
sac@cppsul.embrapa.br<br />
Embrapa Trigo passo Fundo<br />
Fone 54 3311-3444 - Fax 54 3311-3617<br />
www.cnpt.embrapa.br<br />
sac@cnpt.embrapa.br<br />
Embrapa Florestas Colombo - pr<br />
Fone 41 3675-5600 - Fax 41 3675-5601<br />
www.cnpf.embrapa.br<br />
sac@cnpf.embrapa.br<br />
Fepagro agroindústria - Caxias do Sul<br />
Fones 54 3267-1059 e 3221-3550<br />
Fepagro Florestas - Santa Maria<br />
Fones 55 3505-1059 e 3228-1212<br />
Fepagro Fronteira Oeste - Uruguaiana<br />
Fone 55 3412-1733<br />
Desde a última edição da Letras da Terra, a Associação assinou novos convênios.<br />
Para usufruílos, basta apresentar sua carteira do respectivo convênio.<br />
rua dos Andradas, 1409 6° andar<br />
Centro Porto Alegre<br />
Fone 30217800<br />
Av. Júlio de Castilhos, 341<br />
Centro Porto Alegre<br />
Fone 51 32287044<br />
rua Mariano de Matos, 103/301<br />
Fones 51 35935211 91412348 <br />
99768399 Novo Hamburgo<br />
Fepagro Cereais - São Borja<br />
Fone 55 3431-2666<br />
Fepagro norte - Erechim<br />
Fone 54 3519-6652<br />
Fepagro noroeste e Missões - ijuí<br />
Fone 55 3333-1108<br />
Sede administrativa da Fepagro<br />
rua gonçalves Dias, 570<br />
Menino Deus - porto alegre/rS<br />
CEp 90130-060<br />
Fone 51 3288-8000 Fax 51 3233-7607<br />
www.fepagro.rs.gov.br<br />
Secretaria da agricultura<br />
e abastecimento do rS<br />
porto alegre Fone 51 2123-6200<br />
www.agricultura.rs.gov.br<br />
Emater – porto alegre<br />
Fone 51 3233-3144<br />
www.emater.tche.br<br />
Sindicato dos Técnicos agrícolas - Sintargs<br />
Fone 3231-9932 - www.sintargs.com.br<br />
sintargs@terra.com.br<br />
Av. Getúlio vargas, 318<br />
Menino Deus Porto Alegre<br />
Fone 51 32265536<br />
Av. voluntários da Pátria, 399<br />
Santo Antônio Porto Alegre<br />
Fone 51 3214.5600<br />
aline Moura | Psicóloga<br />
Av. João Corrêa, 991, sl. 501 / São leopoldo<br />
Fones: 51 91567855 e 51 35883551<br />
Superintendência da<br />
Educação profissional - Suepro<br />
Fone 51 3288-4980<br />
www.educacao.rs.gov.br<br />
suepro@seduc.rs.gov.br<br />
Federação da agricultura do<br />
Estado do rio grande do Sul - Farsul<br />
Fone 51 3214-4400<br />
www.farsul.org.br - farsul@farsul.org.br<br />
Fundação Estadual de proteção ambiental<br />
Henrique Luis roessler - Fepam<br />
Fone 51 3225-1588<br />
www.fepam.rs.gov.br<br />
fale.conosco@fepam.rs.gov.br<br />
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para SóCiOS Da agpTEa<br />
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Fone 51 3590-1147 e 3591-4230<br />
rua 1º de Março, 433, sala 602<br />
São Leopoldo/rS<br />
Henrique philomena Masseti<br />
Fone 51 3222-6826<br />
David de Vargas D’ ávila<br />
Fone 51 3591-3824