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FELGUEIRAS: Câmara vai pagar
78.040 euros de juros por atraso de
pagamentos à Águas do Noroeste
A
Câmara de Felgueiras
vai ter de pagar
78.040 euros de juros
à Águas do Noroeste, SA. por
não ter cumprido o plano de
subscrição de capital daquela
empresa, prevê um acordo
entre as duas partes.
Segundo o documento,
aprovado esta semana, por
maioria, pelo executivo municipal
de maioria social-democrata,
a autarquia devia ter
subscrito, até 31 de dezembro
do ano passado, 507.270 euros.
Como não o fez, a edilidade
terá de liquidar o valor
em atraso, até 2016, em nove
prestações, acrescidas dos juros
de mora de 78.040 euros,
o que corresponde à taxa de
6,5%, cumprindo uma exigência
da empresa.
O acordo prevê o encontro
de contas entre ambas as entidades,
uma vez que a Águas
do Noroeste, SA também tem
em atraso pagamentos de
rendas que teria de efetuar ao
município pela entrega das
infraestruturas existentes, no
valor de 126,977 euros.
O plano de pagamentos
agora aprovado prevê que à
dívida do município seja deduzido
o atraso das rendas da
empresa.
Na prática, a autarquia
terá de entregar, em quatro
anos, à Águas do Noroeste,
SA. 380.292 euros.
A oposição socialista
no executivo municipal de
Felgueiras votou contra o
acordo, responsabilizando a
maioria pelo atraso no pagamento.
Segundo o PS, a situação
é grave porque custará
ao município quase 80.000
euros de juros.
Para o PS de Felgueiras,
“este é mais um acordo desastroso”.
Segundo Eduardo Bragança,
a maioria “pretende
adiar um pagamento para
momentos em que a atual
Câmara Municipal não tem
responsabilidades”.
O PS censura o facto desta
“estratégia de adiamentos”
assumir “um volume de juros
de cerca de 80.000 euros”.
Também o MSP, de Fátima
Felgueiras, acusa a maioria
PSD de esbanjamento de
dinheiro.
“É incrível, esbanjam
dinheiro em propaganda em
vez de liquidarem as dívidas.
Desta forma, só perdemos
autoridade para negociar a
concretização das obras no
nosso concelho”, lê-se numa
posição daquele movimento,
acrescentando:
“Os atrasos já são consideráveis,
com manifestos
prejuízos pois há redes de saneamento
que não estão a ser
utilizadas, porque não têm
onde ser ligadas”.
|Armindo Pereira Mendes / Lusa
| 20.DEZEMBRO.2012 |