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eletrônica digital

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ELETRôNICA 4<br />

Figura 4.1<br />

Dispositivos de<br />

memória elementar.<br />

Figura 4.2<br />

Detalhe interno do latch<br />

RS mostrando duas portas<br />

NOR acopladas por<br />

realimentações cruzadas.<br />

Os circuitos lógicos combinacionais permitem funções como decodificação,<br />

soma e subtração, comparação e muitas outras. Entretanto,<br />

funções mais avançadas (que dependem do tempo, memorização de<br />

dados, sequência de operações etc.) não podem ser implementadas com o mesmo<br />

princípio. Nesse caso, devemos recorrer ao projeto de circuitos lógicos sequenciais.<br />

Em um circuito sequencial, os valores das saídas em determinado instante dependem<br />

não só da combinação das variáveis de entrada, mas também do valor<br />

anterior, isto é, do valor que a saída tinha antes da aplicação da nova combinação<br />

de valores nas entradas. Para isso, é necessário utilizar dispositivos de memória<br />

elementares capazes de armazenar as variáveis de saída internamente a cada<br />

transição de estado (figura 4.1).<br />

Entradas<br />

Circuito<br />

Combinacional<br />

Estado<br />

interno<br />

4.1 Elementos de memória<br />

Saídas<br />

O latch RS é um elemento de memória simples com capacidade de armazenamento<br />

temporário de um bit. Esse dispositivo consiste em duas portas NOR<br />

acopladas por realimentações cruzadas (figura 4.2).<br />

S<br />

R<br />

Q<br />

Q<br />

Analisando a figura 4.2, podemos notar que as entradas S (set) e R (reset) ficam<br />

normalmente em nível “0”, sendo ambas ativas em nível lógico “1”. Fazendo<br />

S = 1, obtém-se Q = 1. Esse nível é mantido após a retirada do nível “1” da<br />

entrada S e permanece até que seja aplicado nível “1” na entrada R. Fazendo<br />

R = 1, obtém-se Q = 0. Esse nível é mantido após a retirada do nível “1” da<br />

entrada R e permanece até que seja aplicado nível “1” na entrada S.<br />

A tabela verdade referente ao latch RS (figura 4.3) considera as entradas ativas<br />

em nível lógico alto.<br />

86 87<br />

Reset<br />

0<br />

0<br />

1<br />

1<br />

Tabela verdade<br />

Analisando a tabela, podemos notar que S = 1 e R = 1 é inválido. Isso acontece<br />

porque:<br />

• Nesse caso particular, as duas saídas Q e Q’ seriam iguais a “0”, o que implicaria<br />

de imediato a inconsistência com a teoria das saídas Q e Q’.<br />

• Outro ponto crítico ocorre quando passamos desse estado para S = 0 e<br />

R = 0. Nesse caso, seguindo a tabela verdade e o comportamento do latch, a<br />

saída deveria permanecer inalterada, o que não acontece, gerando um estado<br />

indefinido para Qn + 1 e Q’n + 1.<br />

Devido a essa ambiguidade, a condição S = 1 e R = 1 não é usada para latch RS.<br />

O circuito do latch RS com portas NAND é mostrado na figura 4.4.<br />

S<br />

R<br />

Set<br />

0<br />

1<br />

0<br />

1<br />

Q<br />

mantém<br />

1<br />

0<br />

/Q<br />

0<br />

1<br />

inválido<br />

O circuito da figura 4.4 é equivalente ao apresentado no item anterior, portanto<br />

sua tabela verdade e símbolo lógico não se alteram (figura 4.5).<br />

S<br />

R<br />

Q<br />

Q<br />

Q<br />

Q<br />

Figura 4.3<br />

Representação do latch<br />

RS mostrando somente as<br />

entradas e saídas e a tabela<br />

verdade correspondente.<br />

Figura 4.4<br />

Detalhe interno do<br />

circuito do latch RS<br />

com portas NAND.<br />

CAPÍTULO 4

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