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6.5. Caso KPMG Consulting - Universidade do Minho

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dimensão como pela estratégia de negócio prosseguida. Tal como se viu atrás, a empresa<br />

procurava colocar-se no merca<strong>do</strong> de forma relativamente selectiva, aceitan<strong>do</strong> os projectos<br />

mais exigentes, ainda que não fossem os maiores. Esta orientação estratégica era vista como<br />

ten<strong>do</strong> implicações directas para a GRH, ao assentar numa escolha deliberada de procurar para<br />

a empresa profissionais com experiência <strong>do</strong> terreno . Enquanto na maioria das outras<br />

empresas estudadas era comum contratar-se jovens recém-licencia<strong>do</strong>s e formá-los<br />

internamente como consultores, a <strong>KPMG</strong> preferia ir buscar às indústrias pessoas já<br />

experientes. Assim, a capacidade que a empresa apresentava ao merca<strong>do</strong> era, no fun<strong>do</strong>,<br />

composta pelo conjunto das competências <strong>do</strong>s seus consultores. Isto foi realça<strong>do</strong> pelos<br />

responsáveis entrevista<strong>do</strong>s, que afirmavam:<br />

«É impossível numa lógica destas em que as pessoas já têm de ter autonomia funcional, técnica e<br />

tu<strong>do</strong>, colocar as pessoas recém-licenciadas. Porque as pessoas nessa altura ainda não estão<br />

preparadas para este tipo de projectos. Já são pessoas que têm que ter alguma autonomia funcional.<br />

Que infelizmente um recém-licencia<strong>do</strong> não tem, não é. ( ) Depois, isso obviamente vai se<br />

reflectir em tu<strong>do</strong> o que é, por exemplo, a definição das políticas, e a execução das mesmas.»<br />

Senior manager<br />

«E a aposta que a empresa fez é que as pessoas da Consultoria, nesta área, são pessoas que vêm<br />

sempre <strong>do</strong> terreno. Ou seja, saíram da universidade, tem que ter obrigatoriamente um tempo de<br />

experiência. E de ter feito!» Manager<br />

Desta forma, a postura estratégica da empresa parecia afectar de forma mais imediata a<br />

sua política de contratações que, como veremos adiante, acabava por condicionar<br />

praticamente todas as outras políticas de GRH.<br />

<strong>6.5.</strong>3.1. Recrutamento e selecção<br />

Ao contrário <strong>do</strong> que se pretendia que acontecesse no grupo<br />

e ao contrário <strong>do</strong> que era<br />

prática na auditoria , as contratações em consultoria não se concentravam nos níveis iniciais<br />

da carreira. Consoante as necessidades de competências identificadas para o lançamento de<br />

novas áreas de negócio ou no âmbito <strong>do</strong>s projectos ganhos, iam sen<strong>do</strong> procura<strong>do</strong>s no merca<strong>do</strong><br />

profissionais já com experiência. Estas pessoas eram integradas na estrutura hierárquica<br />

sobretu<strong>do</strong> de acor<strong>do</strong> com os seus anos de experiência e com a posição que ocupavam no<br />

anterior emprego. Uma das justificações apresentadas para esta preferência tinha a ver com a<br />

reduzida dimensão da empresa. A maioria <strong>do</strong>s projectos desenvolvi<strong>do</strong>s eram pequenos ou<br />

médios, e não havia espaço neles para ter pessoas sem experiência, que estão sobretu<strong>do</strong> a<br />

aprender e necessitam de muita orientação. Por outro la<strong>do</strong>, para o desenvolvimento de novas<br />

áreas de negócio, havia que ir buscar ao merca<strong>do</strong> competências especializadas que não<br />

existiam internamente. Uma das entrevistadas explicava:<br />

«É porque somos muito pequenos, e precisamos de gente já com experiência. Porque é um<br />

investimento muito grande estar a formar alguém. E nós quan<strong>do</strong> precisamos de alguém é para<br />

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