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04 GERAL
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ELEIÇÕES ANÚNCIO OFICIAL DO SENADOR PODE SER FEITO AMANHÃ
PDT autoriza Osmar
a se aliar ao PSDB
O
presidente do PDT estadual,
deputado Augustinho
Zucchi, afirmou ontem que
a direção nacional do partido autorizou
coligações diferentes nos
estados, o que possibilita ao senador
Osmar Dias se aliar ao
PSDB no Paraná. O que ele e o
senador ainda não sabem são as
condições que serão impostas
pelo partido, que realiza sua convenção
nacional sábado, em São
Paulo. Como o PDT faz parte da
base aliada do presidente Luiz
Inácio Lula da Silva, as coligações
estaduais não poderiam dar
palanque ao tucano José Serra
para presidente.
Mas ainda falta o principal: a
decisão do senador Osmar Dias.
Zucchi deixou no ar o mistério.
Mas, se o partido fez a consulta
formal ao Diretório Nacional no
sentido de participar de outra aliança,
é um forte sinal de que caminha
para a união com os tuca-
nos. “Continuo dizendo que são
duas opções: ou o Osmar sairá
candidato ao governo ou será candidato
ao Senado”, resume.
O PDT paranaense realiza
sua convenção amanhã, às 17h.
Osmar poderá anunciar a desistência
ou protelar a decisão para
depois da convenção nacional
marcada para sábado, mas a
definição não deve ultrapassar a
próxima semana.
CONVENÇÃO TUCANA
Ontem o pré-candidato tucano
ao governo, Beto Richa, anunciou
que o senador Osmar Dias estará
presente na convenção multipartidária
do dia 19, na Expotrade, em
Pinhais e que reunirá todos os
partidos que caminharão juntos na
eleição de outubro. Outro sinal que
o acordo, se já não foi acertado,
está muito próximo.
Pessoas ligadas ao PDT dizem
que apenas uma mudança
radical nos rumos de PMDB
EXECUTIVA
Requião não quer Pessuti
candidato, diz Pugliesi
A reunião da Executiva do
PMDB, segunda-feira à noite,
expôs não apenas o desgaste
no relacionamento entre o exgovernador
Roberto Requião e o
seu sucessor, Orlando Pessuti,
como também a divisão dos integrantes
do diretório. Enquanto
o grupo liderado pelo ex-governador
defende uma coligação
com PDT e PT, lançando o senador
Osmar Dias ao governo,
a bancada de deputados prefere
se juntar ao chapão liderado
pelo tucano Beto Richa. Uma
minoria prefere a candidatura
própria com Orlando Pessuti.
“É fato: o Requião não quer que
o Pessuti seja candidato”, confirmou
o presidente da sigla,
deputado Waldyr Pugliesi.
“Tem gente que quer ir com o
Osmar e gente querendo acertar
com o Beto Richa”.
Orlando Pessuti não participou
do encontro de segunda-feira.
Mas a Executiva se convenceu
que precisará pressionar o
pré-candidato a tomar uma decisão,
sabendo que não tem
apoio dentro do próprio partido.
Ontem à noite seria feita uma
reunião com o governador para
apresentar os argumentos que
salvem a sua candidatura.
O PT aceita se aliar ao
PMDB, desde que a coligação
da chapa majoritária não se repita
na proporcional. A bancada de
deputados do PMDB rechaça a
possibilidade e quer aliança integral,
o que dificulta um acordo.
Requião disse no encontro
que pouco antes da reunião conversou
com o Senador Osmar
Dias e que apresentava ali uma
proposta de aliança, na qual Osmar
sairia candidato ao governo,
com apoio do PMDB e do
PT, tendo Gleisi Hoffmann como
vice. “Hoje a saída do PMDB do
Paraná é a coligação. Estamos
sem atitude, afirmação e a firmeza
que nos manteve até agora.
É tarde, mas ainda é tempo”,
declarou o ex-governador.
O presidente pedetista, Augustinho
Zucchi, confirmou a
conversa, mas disse que Requião
não estava autorizado a
fazer qualquer proposta. (Vanderson
Luiz Pereira)
Decisão será de Pessuti
A única decisão do diretório foi que a reunião do partido
será realizada no dia 26. “São reuniões interlocutórias, de
decisão só saiu que nossa convenção será no dia 26. Até lá,
seguiremos conversando, tanto internamente quanto com
outros partidos”, disse o vice-presidente do PMDB, deputado
Luiz Cláudio Romanelli.
O deputado garantiu que a decisão sobre a candidatura
caberá exclusivamente ao governador. “A questão básica é a
postura do Pessuti. Ele é candidato e tem o apoio do partido.
Ninguém irá contra ele na convenção. Só cabe a ele decidir e
não achamos que ele irá desistir”, disse Romanelli. Anúncio
pode ser feito na convenção de amanhã.
e PT faria o senador encarar a
disputa para o governo. Mas
para isso o governador Orlando
Pessuti não poderia buscar a
reeleição e a petista Gleisi Hoffmann
desistiria do Senado. A
probabilidade de isso ocorrer é
remota. O PT parece mais disposto
a lançar candidatura própria
e caminhar sozinho a atender
a exigência de Osmar Dias,
que não foi feita agora, mas há
pelo menos um ano. (Vanderson
Luiz Pereira).
A votação do projeto
que cria o Fundo Social
com os recursos do pré-sal
ficou para hoje. O líder do
governo no Senado, Romero
Jucá (PMDB-RR),
fechou acordo com os
líderes da oposição para
que o seu relatório fosse
apenas lido e discutido
ontem, após insistência do
Democratas e do PSDB.
“O governo não tem
nenhuma intenção de
aprovar nada sem discutir.
Eu estou aqui à disposição
para debater o quanto
vocês quiserem. Então
Cascavel, 09 de junho de 2010
PRÉ-SAL
Senado adia para hoje
votação dos projetos
leremos o relatório do
Fundo Social e discutiremos
a matéria. Depois
suspendemos esse debate
e o senador Delcídio
Amaral (PT-MS) lê o
relatório dele. Em seguida
discutimos o texto da
capitalização e amanhã
[hoje] votamos os dois
projetos”, explicou Jucá.
Mais cedo, o líder do
governo disse que o governo
e sua base manteriam
as discussões até a madrugada,
caso fosse necessário,
para votar o texto do
Fundo Social hoje.