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V A S C O: A C R U Z D O B A C A L H A U<br />
para o cargo José Lopes de Freitas, Virgílio Carvalho Amaral, Francisco<br />
França <strong>do</strong> Nascimento, Vicente Alves <strong>Cruz</strong> e Heitor Gama.<br />
Coube a José Lopes de Freitas a responsabilidade pelos símbolos<br />
<strong>do</strong> clube, bandeira e flâmulas. No dia em que solicitou a sua<br />
filiação na União de Regatas Fluminense, houve a apresentação <strong>do</strong><br />
uniforme que viria a ser usa<strong>do</strong> pelos rema<strong>do</strong>res: boné, calções, sapatos<br />
e camisa pretos. Sobre o peito <strong>do</strong>s rema<strong>do</strong>res uma faixa em<br />
diagonal, na cor branca, onde se acrescentava uma cruz vermelha. As<br />
meias eram brancas e o boné tinha uma borda preta e branca. Com<br />
relação à cruz houve uma curiosidade: na verdade, o símbolo que o<br />
navega<strong>do</strong>r <strong>Vasco</strong> da Gama aplicava nas suas embarcações e nos seus<br />
estandartes era a <strong>Cruz</strong> da Ordem de Cristo. Acabou sen<strong>do</strong> incorporada<br />
pelos vascaínos uma cruz que mereceu a denominação de<br />
<strong>Cruz</strong>-de-malta. Na realidade, a cruz que acabou sen<strong>do</strong> transformada<br />
no símbolo <strong>do</strong> clube não tem nada a ver com a verdadeira <strong>Cruz</strong>-<br />
-de-malta – conhecida também como <strong>Cruz</strong> de São João –, cujo desenho<br />
é chanfra<strong>do</strong> nas extremidades.<br />
Sob a presidência de Francisco <strong>do</strong> Couto Júnior deram-se os<br />
primeiros passos na organização. Nessa época o clube era dividi<strong>do</strong><br />
em duas sedes: uma social e outra administrativa, que funcionava<br />
no sobra<strong>do</strong> da rua da Saúde, no bairro de Nossa Senhora da Saúde,<br />
em frente ao Largo da Imperatriz, nas proximidades <strong>do</strong>s morros<br />
São Bento e da Conceição e <strong>do</strong> cais, hoje conheci<strong>do</strong> como Praça<br />
Mauá. Neste mesmo local, o <strong>Vasco</strong> foi reverencia<strong>do</strong> pelos clubes de<br />
remo da cidade. Os rema<strong>do</strong>res, vesti<strong>do</strong>s com os uniformes <strong>do</strong>s seus<br />
clubes, organizaram uma “navegata”, desfilan<strong>do</strong> as embarcações até<br />
a sede vascaína, onde promoveram uma coreografia com os remos<br />
agita<strong>do</strong>s ao alto para saudar o recém-cria<strong>do</strong> clube de regatas cruz-<br />
-maltino. A outra sede, onde com o remo começavam a se estrutu-<br />
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