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Política
Vem aí a intenção de fazer passar no Congresso
a adoção do voto em lista, se possível já para a próxima
eleição. O voto em lista funciona da seguinte
maneira: os candidatos que ficarão no topo da lista
serão escolhidos pelo partido e, dependendo de
quantos votos a legenda obtenha, os primeiros colocados
vão se elegendo. Na verdade, o voto em
lista acaba com o voto no candidato, na pessoa; o
eleitor não saberá mais em quem estará votando. A
outra deformação é a briga interna que acontecerá
para saber quem estará nos primeiros lugares da
lista. Os candidatos poderão “comprar” o lugar na
lista, por exemplo. Poucos países no mundo adotam
esse estilo de votação. Portugal e Grécia estão entre
eles e é fácil verificar que, por conta disso, partidos
como o PSD português e o ND (Nova Democracia)
grego dominam a cena política há mais de
vinte anos. É bom que o eleitor esteja bem atento
para reagir a essa manobra eleitoreira e desastrosa
para o nosso sistema eleitoral. O Brasil vem aos
poucos conseguindo manter o sistema atual que se
mostrou ideal. Alterá-lo agora é andar para trás.
A outra surpresa preparada é o financiamento
público de campanha. Que maravilha! Fazer campanha
com o dinheiro público é chegar à perfeição,
“As dores se multiplicarão aqueles que fazem oferendas
a outro deus, eu não oferecerei as libações de sangue,
nem tomarei os seus nomes nos meus lábios”
Salmos 16:4
Leonardo Andrade Aguiar
Mais uma tentativa
Tiragem: 20 mil exemplares
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Elaine Lima (site)
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Arte Finalista: Felipe Rodrigues
Repórter: Ana Carolina Mascarenhas
EDITORA XAMÃ LTDA ME
CNPJ: 02.513.561 / 0001-10
Semana de 16 a 22 de março de 2013
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já pensaram? As alegações favoráveis para adoção
da medida é que as campanhas sairiam mais
baratas. Pura mentira. Eles iriam pegar o dinheiro
público e mais as doações. A razão é simples: a
doação é que garante a benesse posterior, pois sem
a doação todo mundo é japonês. Nenhum político
esquece quem botou dinheiro em sua campanha.
Se passarem, o voto em lista e o financiamento público
das campanhas serão dois duros golpes. O
primeiro no sistema eleitoral como um todo, e o segundo
na cara do eleitor ao retirar dele a chance de
eleger o seu candidato preferido.
Se a vontade é a de realmente tornar as eleições
mais baratas - o que seria louvável, porque as
eleições brasileiras são caríssimas - a medida mais
simples seria acabar com o voto obrigatório, esse
sim, um modelo atrasado, antigo e anacrônico. A
democracia pressupõe liberdade, inclusive a de votar
ou não. Obrigar o cidadão a votar em pleno 2013
é uma contradição. Mas é o voto obrigatório que
sustenta os currais eleitorais num país de tamanho
continental como o Brasil. Por aqui, o voto ainda é
uma fortíssima moeda de troca e, pelo jeito, querem
perpetuar isso. Sem o voto obrigatório Renan
Calheiros se elegeria?
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