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Paisagem Cultural Europeia Paisagem Cultural Europeia

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Paisagens associadas a sistemas pastoris extensivos são comuns na Europa. As<br />

áreas abertas na região de Neusiedler See são vestígios de uma vasta e antiga<br />

paisagem pastoral, os ‘Puszta’. No passado era frequentada por grandes manadas<br />

de vacas, cavalos, cabras e porcos. Os focos de biodiversidade daí resultantes<br />

apenas podem ser mantidos pelos sistemas de pastoreio tradicionais de baixa<br />

intensidade, a maior parte dos quais perdidos nos anos sessenta do Século XX.<br />

Esforços intensos efectuados ao nível da conservação da natureza resultaram<br />

por fim na constituição de um parque nacional em 1992, e este foi o início do<br />

desenvolvimento regional sustentável em termos de ecologia e de economia.<br />

A paisagem cultural única em the Burren é sobretudo o<br />

resultado da interacção dos povos agrícolas com o seu<br />

ambiente local ao longo de seis milénios. Uma paisagem<br />

aberta, criada e mantida por agricultores, possibilitou floração<br />

de plantas típicas de Burren como as avencas da montanha e as<br />

gencianas. A remoção das árvores conduziu à perda generalizada<br />

da fina cobertura de turfa e ao ulterior desenvolvimento<br />

das características cársicas distintivas pelas quais o the Burren<br />

é internacionalmente famoso. A agricultura, e especialmente o<br />

pastoreio nas terras altas durante o Inverno, continua a ter um<br />

papel vital na manutenção da elevada biodiversidade e na<br />

manutenção desta significativa paisagem cultural.<br />

As ilhas de Aran, caracterizadas por uma densa rede de<br />

altos muros de pedra e outras construções feitas pelo<br />

homem, são testemunhos de uma paisagem transformada<br />

pelo árduo trabalho humano ao longo de muitas<br />

gerações. Pinhais, bosques de avelaneiras, teixos, carvalhos<br />

e ulmeiros dominavam antes da introdução da<br />

agricultura. A agricultura mais precoce era baseada na<br />

pastorícia, enquanto durante a maior parte do último<br />

milénio a agricultura baseada na terra arável assumiu<br />

importância. Actualmente, o cultivo quase cessou mas os<br />

muros de pedra, que foram provavelmente construídos<br />

para providenciar abrigo às culturas e ao gado,<br />

sobreviveram e servem como traço distintivo destas ilhas.<br />

No Alto Vale do Vara toda a terra comum era aberta e<br />

destinada à pastagem, mas durante os dois últimos séculos<br />

amplos terraços foram construídos em torno das aldeolas e<br />

quintas que povoavam os baldios. A terra comum nos cumes<br />

das montanhas foi, até 1950, um ‘ponto de encontro’ para os<br />

jovens e para os pastores que tocavam música e dançavam<br />

nos pastos. Os instrumentos musicais tradicionais incluíam<br />

gaitas-de-foles, acordeão e oboé. A paisagem agro-pastoril<br />

não possuía apenas importância económica: era também<br />

crucial para o desenvolvimento social e cultural. A música<br />

popular e de dança, assim como os mitos e os contos de<br />

fadas também pertencem às paisagens culturais da Europa.<br />

Os sistemas tradicionais de terraços na região mediterrânica<br />

possibilitaram uma agricultura diversificada nas encostas, ao<br />

mesmo tempo que preveniram a erosão do solo. Na agricultura<br />

moderna, porém, o cultivo de uma pequena porção de<br />

terra em terraços não é economicamente viável. Os sistemas<br />

de terraços encontram-se no presente amplamente abandonados,<br />

os muros desmoronam-se e as encostas ficam<br />

cobertas de arbustos e matas. A punição pela ausência da<br />

manutenção da terra inclui fogos florestais frequentes e<br />

erosão do solo. O caso do Vale de Aveto, onde as pessoas ainda<br />

cuidam da terra através da criação de vacas e produção de<br />

queijo, é um modelo para o Sul da Europa – para um novo<br />

desenvolvimento rural.<br />

Os Fiordes, particularmente os da Noruega ocidental, maravilham pela sua beleza<br />

natural. Sogneorden consiste num mosaico de elementos de paisagem ligados à<br />

estrutura das quintas do fiorde e ao seu ciclo anual, utilizando áreas a diferentes<br />

altitudes para assegurar a forragem de Inverno. As quintas situam-se na margem<br />

estreita do fiorde ou nos socalcos na vertente íngreme da montanha. Devido à<br />

topografia irregular apenas pequenos retalhos de campo podem ser destinados ao<br />

cultivo de colheitas e à produção de forragem de Inverno. Forragem de folhas<br />

também era colhida dos prados arborizados ou nos pastos de baixa altitude. Assim<br />

que as condições permitiam, o gado era deslocado para cima para utilizar os<br />

recursos de forragem dos declives da montanha, e eventualmente dos amplos<br />

pastos da montanha. As quintas de Verão encontravam-se normalmente localizadas<br />

junto à linha das árvores devido à necessidade de lenha, e destinavam-se<br />

sobretudo à produção de lacticínios.<br />

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