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Abílio Wolney Aires Neto - DNO

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O Duro e a Intervenção Federal <strong>Abílio</strong> <strong>Wolney</strong> <strong>Aires</strong> <strong>Neto</strong><br />

______________________________________________________________<br />

No mesmo expediente, repetiram o que outros já<br />

haviam feito. Pediram também a intervenção federal em Goiás,<br />

para São José do Duro, o que na verdade não queriam senão para<br />

fulminarem Abilio <strong>Wolney</strong>.<br />

Segundo o escritor Zoroastro Artiaga, o Juiz de<br />

Direito Comissionado, Celso Calmon Nogueira da Gama, estava<br />

no Rio de Janeiro acusado de ter “abandonado a Comarca e a<br />

Comissão que havia aceito. A imprensa logo divulgou isto, para<br />

que a responsabilidade desses crimes não recaísse em pessoas<br />

inocentes. O magistrado viajou para o rumo do Rio de Janeiro, em<br />

vez de procurar o caminho de Goiás. Lá conferenciou com o<br />

Desembargador Alves de Castro que lhe exprobrou, então, que<br />

tudo era culpa dos oficiais. O Juiz relatou que havia demitido um<br />

dos oficiais da sua escolta de comando, o substituindo pelo<br />

Tenente Catulino Viegas. O demitido, era alcoólatra. Por fim, o Juiz<br />

confessou a sua retirada e disse que a Comarca de São José do<br />

Duro ficara entregue à sanha de oficiais que considerava perigosos<br />

e mesmo irresponsáveis. Realmente, o Tenente Catulino<br />

traçou um terrível plano para evitar que Abilio <strong>Wolney</strong>, enlutado,<br />

viesse para retirar dali os seus parentes e vingar a morte do pai”. 25<br />

Jornais como A Pacotilha, de S. Luiz do Maranhão,<br />

bem como O Rio-Jornal, do Rio de Janeiro, então Capital da<br />

República e Distrito Federal, denunciavam a gravidade dos fatos.<br />

Ainda no Rio, o Presidente do Estado, João Alves de Castro, fez<br />

publicar na edição de 10.02.1919, do Jornal O Comércio, a<br />

seguinte expli-cação, verbum ad verbum:<br />

“Diante das acusações feitas ao governo de<br />

Goiás pelos lamentáveis acontecimentos de S. José do Duro,<br />

cumpro o dever de declarar às pessoas que me conhecem o<br />

seguinte: não sou e não posso ser culpado por esses tristes<br />

acontecimentos. Agi como Governador, na defesa da lei e das<br />

25 Zoroastro Artiaga, História de Goiás.<br />

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