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Jornal do Agrupamento de Escolas da Sé - Lamego

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Escola Aberta MAIS COISAS 9<br />

Com este testemunho, quero alertar os<br />

a<strong>do</strong>lescentes para uma reali<strong>da</strong><strong>de</strong>: existem<br />

pessoas que “nos falam ao coração” e existem<br />

aqueles que convivem connosco há já algum<br />

tempo! Os que “nos falam ao coração” não são<br />

os amigos, mas sim aqueles que preten<strong>de</strong>m<br />

atingir algum objectivo com a nossa aju<strong>da</strong>!<br />

Aqueles que convivem connosco há já algum<br />

tempo, incluin<strong>do</strong> os pais/ familiares, po<strong>de</strong>m<br />

refilar connosco, chamar-nos muitas vezes à<br />

atenção ou até implementar medi<strong>da</strong>s duras! Mas<br />

são estes que gostam ver<strong>da</strong><strong>de</strong>iramente <strong>de</strong> nós,<br />

querem que cresçamos saudáveis, que sejamos<br />

adultos responsáveis e que tenhamos um futuro<br />

brilhante!<br />

Venho com uma tarefa muito complica<strong>da</strong>:<br />

falar <strong>da</strong> amiza<strong>de</strong>!<br />

Durante os últimos três anos, compartilhei<br />

vários tipos <strong>de</strong> amiza<strong>de</strong>.<br />

Por muito tempo, mantive uma falsa e<br />

interesseira amiza<strong>de</strong>, com um grupo <strong>de</strong> pessoas<br />

<strong>de</strong> quem hoje só quero distância… Mas, na<br />

altura, eu gostava <strong>de</strong>les, eu sentia-me bem ao<br />

an<strong>da</strong>r com aquelas pessoas! Quan<strong>do</strong> reparei,<br />

eles haviam-me leva<strong>do</strong> (talvez com intenção, ou<br />

não!) para um mun<strong>do</strong> ao qual eu não pertencia!<br />

Ao fingir pertencer àquele mun<strong>do</strong>, enganava<br />

to<strong>da</strong> a gente, mas sobretu<strong>do</strong> duas pessoas <strong>de</strong><br />

quem eu gosto muito: a minha mãe e a minha<br />

directora! Mas também me enganava a mim<br />

própria. Em momentos <strong>de</strong> luci<strong>de</strong>z, o<br />

arrependimento e a vergonha apareciam… Mas,<br />

No dia 24 <strong>de</strong> Abril tivemos o prazer <strong>de</strong><br />

receber o senhor Bispo D. Jacinto na nossa<br />

escola, acompanha<strong>do</strong> pelo senhor padre<br />

Arman<strong>do</strong>.<br />

Cantámos-lhes a seguinte canção:<br />

Guia<strong>do</strong> pela mão com Jesus eu vou<br />

E sigo como ovelha que encontrou pastor<br />

Guia<strong>do</strong> pela mão com Jesus eu vou<br />

Aon<strong>de</strong> ele vai<br />

Se Jesus me diz “amigo”<br />

Deixa tu<strong>do</strong> e vem comigo<br />

Como posso resistir ao seu amor<br />

Se Jesus me diz “amigo”<br />

Deixa tu<strong>do</strong> e vem comigo<br />

Minha mão porei na sua, irei com Ele.<br />

O senhor Bispo gostou e disse que nós<br />

cantámos muito bem.<br />

A seguir, oferecemos-lhe um postal feito por<br />

nós, on<strong>de</strong> lhe escrevemos uma <strong>de</strong>dicatória e foi<br />

assina<strong>do</strong> por to<strong>do</strong>s os alunos <strong>de</strong>sta escola,<br />

professores e auxiliares.<br />

inconscientemente, voltava a seguir aqueles<br />

a quem eu chamava “amigos”.<br />

Só quan<strong>do</strong> “ apanhei um gran<strong>de</strong> susto “<br />

é que consegui parar com aquela vi<strong>da</strong>! Havia<br />

<strong>de</strong>stroça<strong>do</strong> e magoa<strong>do</strong> muitas pessoas, que<br />

me eram muito queri<strong>da</strong>s.<br />

De uma vez por to<strong>da</strong>s percebi que se<br />

continuasse a seguir as pega<strong>da</strong>s <strong>da</strong>quele<br />

grupo <strong>de</strong> pessoas, iria envere<strong>da</strong>r por um beco<br />

que não tem saí<strong>da</strong>!<br />

Muitas foram as pessoas que me<br />

apoiaram e que acreditaram que eu conseguia<br />

mu<strong>da</strong>r! Mas é <strong>de</strong> extrema importância o papel<br />

que assumiu a minha mãe, a minha directora<br />

e as minhas duas gran<strong>de</strong>s ver<strong>da</strong><strong>de</strong>iras<br />

amigas!<br />

Hoje prefiro estar sozinha a juntar-me a<br />

(principalmente) duas pessoas <strong>do</strong> meu<br />

antigo grupo!<br />

Lamento no que eles se tornaram. Tenho<br />

pena <strong>de</strong> não terem ti<strong>do</strong> pulsos firmes e mãos<br />

amigas que os aju<strong>da</strong>ssem, na altura certa, a<br />

seguirem um caminho saudável e com saí<strong>da</strong>.<br />

Talvez hoje já seja tar<strong>de</strong> <strong>de</strong>mais!<br />

Finalmente aprendi que uma ver<strong>da</strong><strong>de</strong>ira<br />

amiza<strong>de</strong> constrói-se ao longo <strong>de</strong> muito<br />

tempo!<br />

-Convosco, minhas lin<strong>da</strong>s, aprendi que<br />

os ver<strong>da</strong><strong>de</strong>iros amigos nos “puxam muito as<br />

orelhas” até não voltarmos a cometer os<br />

erros já assumi<strong>do</strong>s.<br />

Porque connosco, aprendi: o<br />

ver<strong>da</strong><strong>de</strong>iro significa<strong>do</strong> <strong>da</strong> palavra<br />

“amiza<strong>de</strong>”, a levar uma vi<strong>da</strong> saudável, a<br />

divertir-me sem me prejudicar, que pessoas<br />

(inicialmente) diferentes po<strong>de</strong>m se juntar,<br />

a ter personali<strong>da</strong><strong>de</strong> própria, que os amigos<br />

são aqueles que não fazem perguntas:<br />

simplesmente ficam <strong>do</strong> nosso la<strong>do</strong> à<br />

espera que sejamos nós a querer <strong>da</strong>r uma<br />

justificação! Convosco aprendi que<br />

Amiza<strong>de</strong> é sinónimo <strong>de</strong> felici<strong>da</strong><strong>de</strong> e não<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>struição!<br />

Tenho pena <strong>de</strong> ter <strong>de</strong>ixa<strong>do</strong> uma pessoa,<br />

<strong>de</strong> quem gosto muito, para trás. Mas eu<br />

sei que não o conseguiria aju<strong>da</strong>r e não<br />

conseguiria mu<strong>da</strong>r a minha vi<strong>da</strong> se<br />

continuasse ao la<strong>do</strong> <strong>de</strong>le!<br />

A to<strong>do</strong>s aqueles que me aju<strong>da</strong>ram a<br />

erguer a cabeça e mu<strong>da</strong>r o rumo <strong>da</strong> minha<br />

vi<strong>da</strong>: muito obriga<strong>da</strong>! Desculpem ter-vos<br />

<strong>de</strong>siludi<strong>do</strong> tanto.<br />

Àquelas pessoas que aban<strong>do</strong>nei:<br />

gostava <strong>de</strong> vos ter aju<strong>da</strong><strong>do</strong> a mu<strong>da</strong>r o<br />

vosso rumo, mas apesar <strong>de</strong> eu ter si<strong>do</strong><br />

fraca <strong>de</strong>mais, para que tal aconteça, é<br />

necessário iniciativa própria e força <strong>de</strong><br />

vonta<strong>de</strong>…E vós não a ten<strong>de</strong>s!<br />

A vi<strong>da</strong> é feita <strong>de</strong> sofrimento. Sofri muito<br />

ao passar por tu<strong>do</strong> isto. Porém, só assim<br />

conseguimos apren<strong>de</strong>r e crescer!<br />

Vânia Roque - 9.º D n.º 24<br />

Ele leu o postal e gostou muito.<br />

Também lhe oferecemos um ramo<br />

<strong>de</strong> flores.<br />

Explicou-nos que an<strong>da</strong>va a fazer<br />

uma Visita Pastoral à nossa<br />

freguesia, por isso veio à nossa<br />

escola EB 1 Britian<strong>de</strong>. A seguir ía ao<br />

Jardim-<strong>de</strong>-infância, aos <strong>do</strong>entes e<br />

aos velhinhos.<br />

Alguns alunos fizeram<br />

perguntas, às quais ele respon<strong>de</strong>u<br />

com gosto.<br />

Por fim pediu-nos para rezarmos, to<strong>do</strong>s os dias em família, para termos paz.<br />

Cantámos mais uma vez a canção, para nos <strong>de</strong>spedirmos <strong>do</strong> senhor Bispo D.Jacinto.<br />

Gostámos muito <strong>de</strong> o receber e sentimos muita paz e alegria.

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