RIO DESCOBERTO DAM - "IN THE WET ... - ECL | Engenharia
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superfície do paramento de montante e o diafragma. Tais estudos foram efetuados em<br />
atendimento a um pedido de verificação adicional por parte CAESB quanto aos possíveis<br />
efeitos da ação deteriorante da água do reservatório e seu alto poder de solubilidade (baixa<br />
taxa de sólidos em suspensão), sobre esta parcela do maciço que permaneceria exposta. Tal<br />
preocupação foi dissipada também pela constatação de que mesmo permanecendo em<br />
contato com a água, esta parte do maciço tem os efeitos reativos drasticamente reduzidos<br />
após a implantação do diafragma uma vez que a reação deixa de ser renovada,<br />
estrangulando o lixiviamento. Também foram efetuados testes de laboratório simulando a<br />
aplicação subaquática da argamassa com traço previsto em projeto para verificação da<br />
possibilidade de segregação.<br />
ASPECTOS CONSTRUTIVOS E LOGÍSTICOS<br />
Os trabalhos foram realizados através de dois grupos principais de atividades, as equipes<br />
de perfuração e de aplicação de argamassa subaquática:<br />
Perfuração<br />
As atividades de perfuração foram executadas com perfuratrizes equipadas com martelos<br />
de fundo (DTH – Down The Hole), guiados por um gabarito especial de alinhamento<br />
desenvolvido especialmente para este projeto. Os equipamentos de perfuração tiveram que<br />
ser fabricados e adaptados especificamente para este projeto para que as torres de<br />
perfuração pudessem estar alinhadas exatamente sobre o eixo do diafragma.<br />
O escopo incluiu 70.000 metros de perfuração de furos em diâmetros de 6” e 6 ½”<br />
executados ao longo de 18 meses de trabalho em dois turnos. Foram utilizadas<br />
perfuratrizes de porte médio a elevado com massa entre 6,0 e 11,0 toneladas. No período<br />
de pico, chegaram a trabalhar cinco perfuratrizes simultaneamente sobre a crista da<br />
barragem e vertedouro. O trecho mais profundo atingiu 38 metros de profundidade, no<br />
Bloco “I”, a profundidade media de perfuração foi de 22 metros. Foram utilizadas hastes<br />
de maior diâmetro do que usualmente é utilizado para esta faixa de diâmetro de furo<br />
(hastes de 4”). A maior rigidez da composição evita que a flexão das hastes de perfuração<br />
comprometa o alinhamento. Diversos tipos de bits de foram testados durante as obras,<br />
sendo que os tipos côncavo e drop center foram os que apresentaram a melhor<br />
performance e alinhamento. O gabarito guia foi construído através da usinagem de tubos<br />
mecânicos pesados por industrias especializadas. A seqüência de perfuração apresentada<br />
acima na figura 4.a, consiste na perfuração cuidadosa do primeiro furo que passa a<br />
trabalhar como guia para os demais com o uso do gabarito. Além de guiar os furos<br />
subseqüentes, o gabarito também tem como função evitar a sua superposição.<br />
Aplicação de Argamassa<br />
A aplicação de argamassa foi feita em processo subaquático com tubo tipo tremie a partir<br />
da crista, trabalhando conectado diretamente à linha de bombeamento de argamassa. O<br />
bombeamento da argamassa foi efetuado a partir de bombas posicionadas junto aos<br />
caminhões betoneira estacionados nas praças de concretagem posicionadas ao lado das