Olhares - Colégio Sagrado Coração de Maria
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Revista do <strong>Colégio</strong><br />
do <strong>Sagrado</strong> <strong>Coração</strong><br />
<strong>de</strong> <strong>Maria</strong> <strong>de</strong> Lisboa<br />
Revista trimestral | Número 27<br />
Ano 2010 | 2011<br />
Suplemento<br />
Centenário da República<br />
AS<br />
MARgenS<br />
que<br />
uniMoS<br />
Famílias em Festa<br />
OLHARES | REVISTA DO CSCM | ABR-JUN 2011 | 1
A ponte do amor, porque fizemos amigos.<br />
<strong>Maria</strong> Branco Alves, 5 anos<br />
Construímos uma ponte azul, imaginada<br />
para a Sala Violeta, porque temos lá muitos<br />
amigos!<br />
Gonçalo Palhoto, 5 anos<br />
Construímos uma ponte com tijolos <strong>de</strong> paz<br />
na nossa sala com os nossos colegas.”<br />
Duarte Pedro Nunes, 5 anos<br />
Uma ponte <strong>de</strong> pinceladas coloridas,<br />
esculpida como única, fotografada com<br />
luz, <strong>de</strong>senhada ao pormenor, encenada<br />
com realismo, dançada com alegria e<br />
realizada com <strong>de</strong>dicação. Através das várias<br />
expressões artísticas comunicámos com o<br />
outro!<br />
Rita Martins, Educadora<br />
Este ano lancei uma ponte na amiza<strong>de</strong>, ao<br />
conviver com os meus amigos. Lancei uma<br />
ponte na solidarieda<strong>de</strong>, dando alimentos e<br />
produtos <strong>de</strong> higiene ao Centro Jean Gailhac.<br />
Lancei a ponte da alegria e da felicida<strong>de</strong>,<br />
apoiando uma família necessitada. Aju<strong>de</strong>i o<br />
próximo, como me ensinaram no colégio.<br />
Joana Baeta, 6ºD<br />
A Ponte da Solidarieda<strong>de</strong>! O 3º Ciclo<br />
realizou uma angariação <strong>de</strong> fundos para<br />
ajudar um aluno do Clube 10/14 – Bairro<br />
das Galinheiras, a nível ortodôncio. A<br />
Ponte entre alunos do 7º, 8º e 9º ano,<br />
encarregados <strong>de</strong> educação e professores,<br />
está a dar os seus frutos, pois o D’Japi<br />
já fez vários exames <strong>de</strong>ntários e está<br />
prestes a iniciar o tratamento, que passará<br />
pela utilização <strong>de</strong> um aparelho <strong>de</strong>ntário<br />
específico para o seu caso. A todos o nosso<br />
MUITO OBRIGADO!<br />
Marília Vaz dos Santos, Centro Jean Gailhac<br />
As pontes que lancei ao longo do 2º ciclo<br />
foram tantas! As pontes da amiza<strong>de</strong>,<br />
que se foram fortificando à medida que<br />
conhecia melhor os meus colegas. As pontes<br />
da entreajuda, que foram lançadas nas<br />
activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> acolhimento, no 1º dia <strong>de</strong><br />
aulas, e em que nos ajudámos mutuamente.<br />
As pontes do respeito, solidarieda<strong>de</strong>,<br />
generosida<strong>de</strong> e <strong>de</strong> todos esses valores<br />
necessários ao bom funcionamento <strong>de</strong> uma<br />
turma, e que fui lançando enquanto tentava<br />
tornar-me uma amiga melhor.<br />
Sara Pacheco, 6ºD<br />
“Lançar Pontes com a Família”, foi<br />
a activida<strong>de</strong> do 6ºC na qual os pais<br />
eram convidados a partilhar connosco<br />
experiências, a explicar-nos mais sobre as<br />
suas profissões e como através <strong>de</strong>las podiam<br />
lançar pontes com as pessoas e o mundo.<br />
Nessa activida<strong>de</strong> houve pais que<br />
trabalhavam na área do marketing, na<br />
Câmara Municipal, que eram médicos e<br />
outros, como o meu pai, que é militar.<br />
Des<strong>de</strong> sempre, mesmo em pequena que<br />
tenho orgulho no meu pai, naquilo que faz<br />
e como ajuda as pessoas nas suas missões<br />
por outros países, por isso pedi-lhe para<br />
partilhar com os meus colegas as suas<br />
experiências e como ajuda o nosso mundo.<br />
Eu, e creio que os meus colegas também,<br />
saí daquela activida<strong>de</strong> completa e o mais<br />
importante foi que percebi o quanto<br />
importantes são as pessoas e que cada um<br />
tem a missão <strong>de</strong> tornar este mundo melhor e<br />
contribuir para a felicida<strong>de</strong> dos outros. Esta<br />
activida<strong>de</strong> foi para mim uma experiência<br />
inesquecível.<br />
Joana Gomes, 6ºC<br />
“O tempo foi pouco para tanto que havia<br />
para partilhar...mas foi o suficiente para<br />
lançar pontes! Muitas pontes! Pontes entre<br />
pais, professores e alunos, e mesmo pontes<br />
entre os próprios pais que estiveram no<br />
colégio. Os pais contaram experiências<br />
<strong>de</strong> trabalho e <strong>de</strong> vida; os filhos faziam<br />
perguntas, por vezes difíceis (“Porque se<br />
<strong>de</strong>cidiu por essa profissão?”, ou mesmo,<br />
“Po<strong>de</strong> contar uma situação por que tenha<br />
passado e que o tenha marcado?”). Foi<br />
muito enriquecedor para todos. Parabéns<br />
pelo tema do ano e pela iniciativa!”<br />
Paula Hortinha, Enc. Educação<br />
Aprendi e cresci muito, não só<br />
intelectualmente, sentindo-me encorajada<br />
e <strong>de</strong>safiada a ser uma aluna com brio e<br />
a alcançar os meus objectivos utilizando<br />
as minhas capacida<strong>de</strong>s, como também<br />
enquanto pessoa, apren<strong>de</strong>ndo cada vez mais<br />
a importância <strong>de</strong> nos relacionarmos com os<br />
outros e a beleza da bonda<strong>de</strong> por <strong>de</strong>trás dos<br />
mais pequenos gestos caridosos e solidários.<br />
Margarida Branco Ferreira, 9ºD<br />
A ponte da responsabilida<strong>de</strong>, do empenho<br />
e do conhecimento. Foi mais um ano<br />
em que crescemos e nos tornámos mais<br />
maduros. Este crescimento conjunto foi<br />
uma experiência imprescindível que nos<br />
preparou para a vida. O nosso empenho, no<br />
próximo ano, <strong>de</strong>finirá uma parte no nosso<br />
futuro. Temos <strong>de</strong> consolidar os nossos<br />
conhecimentos para sermos bem sucedidos<br />
na nossa futura carreira e enquanto<br />
pessoas.<br />
Beatriz Fernan<strong>de</strong>s, 9ºD<br />
Olhando para a outra margem do tempo,<br />
apercebo-me <strong>de</strong> variadas pontes reforçadas<br />
no presente ano: as básicas, essenciais a<br />
qualquer ser humano, com os que me são<br />
próximos - a família, os amigos, os alunos,<br />
os colegas, os encarregados <strong>de</strong> educação -<br />
com os quais encontro pontos em comum<br />
e construo comunida<strong>de</strong>; aquelas que<br />
<strong>de</strong>nomino sociais e solidárias, à distância ou<br />
próximas dos distantes - na paróquia, nas<br />
campanhas organizadas pelo <strong>Colégio</strong> e junto<br />
<strong>de</strong> três organizações a que dou humil<strong>de</strong><br />
apoio (na verda<strong>de</strong>, uma gota <strong>de</strong> água face<br />
às necessida<strong>de</strong>s sentidas); há igualmente<br />
pontes mais pessoais, que me ajudam<br />
a crescer como profissional e pessoa,<br />
relacionando saberes adquiridos com<br />
novos saberes. Na verda<strong>de</strong>, penso que vou<br />
lançando as pontes que me vão permitindo<br />
as transformações necessárias no caminho<br />
da felicida<strong>de</strong>!<br />
Alexandra Lopes, Prof.<br />
que pontes<br />
lAnçáMoS?<br />
2 | OLHARES | REVISTA DO CSCM | ABR-JUN 2011 OLHARES | REVISTA DO CSCM | ABR-JUN 2011 | 3
Pelos seus actos<br />
os reconhecereis.<br />
Ser Cristão tem <strong>de</strong>stas coisas! Não se espera<br />
apenas a fé mas também as obras.<br />
E que bom saber que a nossa relação<br />
pessoal com Deus se converte, transmite e<br />
expressa em acções concretas em favor do<br />
bem comum.<br />
No final <strong>de</strong>ste ano lectivo em que tivemos<br />
como mote para o nosso agir o <strong>de</strong>safio <strong>de</strong><br />
Lançar Pontes, importa perguntar: Que<br />
pontes lançámos?<br />
A <strong>Olhares</strong> fez essa pesquisa que, longe <strong>de</strong> ser exaustiva,<br />
preten<strong>de</strong>u dar voz a alunos, pais e professores apontando<br />
algumas das “ligações” que fomos estabelecendo!<br />
A certeza expressa no Evangelho <strong>de</strong> Mateus <strong>de</strong> que os<br />
cristãos hão-<strong>de</strong> ser conhecidos pelas suas boas obras era<br />
a mesma certeza que gostaríamos <strong>de</strong> ter no balanço <strong>de</strong>ste<br />
ano lectivo que agora termina. A certeza <strong>de</strong> que, pelo nosso<br />
agir, muitos (ou pelo menos alguns), nos hão-<strong>de</strong> reconhecer<br />
como membros <strong>de</strong> uma comunida<strong>de</strong> educativa que se esforça<br />
por educar integralmente e unir realida<strong>de</strong>s, aproximar<br />
pessoas, fazer acontecer, dar a conhecer, <strong>de</strong>senvolver dons<br />
e capacida<strong>de</strong>s, respeitar todos e cada um.<br />
A escola é o lugar do possível! É aqui que tantos projectos<br />
saem do papel, tanta coisa se apren<strong>de</strong> e possibilita novas<br />
<strong>de</strong>scobertas, novos caminhos, novas percepções do mundo<br />
e da realida<strong>de</strong>. A Escola é, igualmente, o lugar dos mo<strong>de</strong>los<br />
e sabemos bem o quanto se apren<strong>de</strong> com os olhos e com o<br />
coração mais do que com as palavras. Por isso mesmo a necessida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> as sonhadas pontes saírem dos cartazes e papéis<br />
e se converterem em acções concretas, momentos <strong>de</strong><br />
aprendizagem, <strong>de</strong> encontro on<strong>de</strong> educadores e educandos<br />
fazem o caminho da i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> entre os valores expressões<br />
no i<strong>de</strong>ário do <strong>Colégio</strong> e o agir quotidiano.<br />
Sabemos que em educação o caminho é longo! Como<br />
dizia o nosso querido Pe. Gailhac, as árvores não dão fruto<br />
imediatamente... Há que plantar, regar, acreditar, esperar,<br />
confiar... Estamos certos que o tempo e o crescimento há-<strong>de</strong><br />
trazer à luz do dia algumas <strong>de</strong>stas pontes / sementes. Estamos<br />
certos que muitos dos nossos alunos hão-<strong>de</strong> ser conhecidos<br />
por esses actos que marcam a diferença. Temos disso<br />
muitos e bons exemplos que nos fazem renovar a esperança<br />
e lançarmo-nos na aventura <strong>de</strong> mais um ano lectivo que já<br />
começamos a preparar com empenho.<br />
Luís Pedro <strong>de</strong> Sousa, Coord.<br />
... Esses múltiplos <strong>Olhares</strong><br />
Chegados a mais um final <strong>de</strong> ano lectivo, é<br />
tempo <strong>de</strong> fazer balanço, projectando o futuro.<br />
É tempo <strong>de</strong> pensarmos no tema <strong>de</strong>ste ano<br />
«Lançar Pontes», e confirmar as pontes que<br />
lançámos e que atravessámos e ainda aquelas<br />
que esperamos atravessar num futuro muito<br />
próximo.<br />
As pontes do conhecimento a diversos níveis<br />
e para todos os níveis <strong>de</strong> ensino; as pontes <strong>de</strong><br />
solidarieda<strong>de</strong>, nas campanhas, nas várias activida<strong>de</strong>s<br />
do Centro Jean Gailhac, nas activida<strong>de</strong>s<br />
da Pastoral, as pontes do autoconhecimento,<br />
com os vários projectos do Serviço <strong>de</strong> Psicologia, na Formação Cívica e em<br />
muitas outras activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> carácter lúdico.<br />
Juntamos nesta edição um suplemento sobre as comemorações do centenário<br />
da Républica, que foram salpicando os dias da nossa comunida<strong>de</strong> educativa<br />
<strong>de</strong> cor, festa e alegria ao longo do ano .<br />
O Torneio Internacional marca presença nesta edição, este ano no Marymount<br />
School <strong>de</strong> Paris, on<strong>de</strong> a gran<strong>de</strong> família <strong>de</strong>sportiva dos colégios das Religiosas<br />
do <strong>Sagrado</strong> <strong>Coração</strong> <strong>de</strong> <strong>Maria</strong> participou nos vários <strong>de</strong>sportos programados.<br />
Para alguns, a peregrinação a pé a Fátima integrada no programa da pastoral<br />
da Provincia Portuguesa das RSCM, constituiu uma oportunida<strong>de</strong> para reflectir<br />
no essencial da vida e carregar baterias para esta etapa final.<br />
O Voleibol feminino no nosso colégio este ano <strong>de</strong>u cartas a nível nacional e<br />
chegamos à fase final. Um muito merecido e honroso segundo lugar. Esta foi<br />
uma activida<strong>de</strong> que agregou gran<strong>de</strong> parte da nossa comunida<strong>de</strong> educativa ao<br />
longo <strong>de</strong> todo o ano até à gran<strong>de</strong> final, cuja organização foi da responsabilida<strong>de</strong><br />
do nosso colégio.<br />
Também nesta edição damos conta da Festa das Famílias, este ano com organização<br />
renovada e diferente, on<strong>de</strong> todos conseguimos criar um bom ambiente<br />
<strong>de</strong> verda<strong>de</strong>ira confraternização e <strong>de</strong>scontração.<br />
Obrigada a todos por este ano tão cheio <strong>de</strong> Vida, <strong>de</strong> pontes estabelecidas, <strong>de</strong><br />
trabalho, <strong>de</strong> envolvimento, <strong>de</strong> presença.<br />
Que esta fase final do ano seja <strong>de</strong> muito trabalho para uns, aqueles que vão ter<br />
exames e <strong>de</strong>cisões importantes para tomar respeitantes à sua vida futura, e <strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>scanso alargado e muito merecido para outros.<br />
Partimos para férias com o Olhar lançado no proximo ano lectivo,<br />
mais propriamente nas comemorações dos 70 anos do nosso <strong>Colégio</strong><br />
logo no início do 1º período!<br />
Até lá!<br />
Boas Férias, bom <strong>de</strong>scanso!<br />
Margarida Marrucho Mota Amador, Directora Pedagógica<br />
que pontes<br />
lAnçáMoS?<br />
4 | OLHARES | REVISTA DO CSCM | ABR-JUN 2011 OLHARES | REVISTA DO CSCM | ABR-JUN 2011 | 5
1º escalão | Benedita Sá e Cunha, 5º C<br />
uma verda<strong>de</strong>ira carta<br />
<strong>de</strong> amor<br />
o<br />
Homem tinha uma verda<strong>de</strong>ira paixão<br />
pela linda Lua. Todas as noites, à mesma<br />
hora, sempre na janela do quarto,<br />
os dois se encontravam, para se verem<br />
um ao outro.<br />
Os olhos do Homem, ver<strong>de</strong>s e curiosos,<br />
brilhavam à luz do lindo luar, que iluminava sempre a<br />
sua bela casa. Ambos trocavam olhares, e nesses olhares, palavras.<br />
Palavras que só eles entendiam. Palavras que só um<br />
amor como aqueles entendia.<br />
Para além da distância entre ambos, nada mais os<br />
separava.<br />
O Homem escrevia e <strong>de</strong>dicava-lhe lindos e belos poemas<br />
<strong>de</strong> amor. A Lua procurava sempre brilhar o mais possível,<br />
sempre por cima da casa do Homem e oferecia-lhe um luar<br />
especial. O luar mais bonito <strong>de</strong> todos.<br />
Um dia, o Homem conseguiu fazer aquilo que ele e a Lua<br />
mais queriam. O Homem conseguiu ir ter com a sua amada.<br />
Estar ao pé <strong>de</strong>la. Senti-la. Vê-la <strong>de</strong> perto e não a anos-luz <strong>de</strong><br />
distância.<br />
Aquele fora o melhor momento das suas vidas.<br />
Chegou o momento da <strong>de</strong>spedida. Era tar<strong>de</strong>, e o Homem<br />
tinha <strong>de</strong> regressar à Terra. Foi muito difícil para ambos. Mas,<br />
ambos sabiam que mais valia sorrir porque aconteceu, do<br />
que lamentar porque acabou.<br />
Mas, apesar <strong>de</strong>sta iniciativa, era completamente óbvia a<br />
sauda<strong>de</strong> e a tristeza.<br />
A Lua estava mesmo muito triste. A única coisa que lhe<br />
restava fazer era esperar. Esperar por um sinal, um gesto,<br />
uma simples carta...<br />
Ela esperou, esperou e ainda esperou mais. Mas nada.<br />
Nem um pequeno sinal, um simples gesto, uma simples<br />
carta…<br />
Mas <strong>de</strong> uma coisa a Lua não se apercebera:<br />
O Homem preparara-lhe uma surpresa. Procurava <strong>de</strong>dicar-lhe<br />
os mais lindos e belos poemas que jamais fizera. Ele<br />
escreveu, escreveu e escreveu até lhe doerem as mãos. Mas<br />
o que <strong>de</strong>las saíam eram apenas frases sem sentido, textos<br />
sem imaginação, basicamente nada!<br />
Mas ele teve uma i<strong>de</strong>ia muito melhor do que qualquer<br />
outra coisa: melhor do que poemas <strong>de</strong> amor, melhor do que<br />
palavras mansas…melhor que tudo! Uma carta <strong>de</strong> amor.<br />
Uma verda<strong>de</strong>ira carta <strong>de</strong> amor!<br />
Passados alguns dias, finalmente, a Lua recebeu um pequeno<br />
sinal do seu amado. Uma carta.<br />
O que é que ela trazia? Nada. Bom, tecnicamente, nada.<br />
Mas no fundo, até trazia uma coisa. Uma coisa que eles os<br />
dois entendiam. Um sentimento tão gran<strong>de</strong>, tão gran<strong>de</strong>,<br />
mas invisível. O amor. O verda<strong>de</strong>iro amor.<br />
os nossos<br />
o ConCuRSo<br />
eSCReVeR CSCM teve<br />
este ano a sua 1ª edição.<br />
Apresentamos na nossa<br />
revista os quatro textos<br />
vencedores, concorrentes<br />
em diferentes escalões<br />
2º escalão | <strong>Maria</strong>na Pereira, 8º B<br />
lançar Pontes<br />
O mundo sempre a girar<br />
e o tempo sempre a andar<br />
a infância já passou<br />
e a adolescência começou<br />
Apren<strong>de</strong>r a ajudar<br />
a sorrir e a estudar<br />
pontes que atravessei<br />
e as dificulda<strong>de</strong>s superei<br />
Dei-me conta do tempo a passar<br />
e com passos largos tentei alcançar<br />
novas realida<strong>de</strong>s confrontei<br />
na outra margem quando cheguei<br />
Ah, raças, credos e religiões!<br />
As diferenças são naturais<br />
brancos ou pretos todos iguais<br />
diversas amiza<strong>de</strong>s criei<br />
durante o percurso que atravessei<br />
Vacilo,eu? Não!<br />
Ao outro lado quero chegar<br />
com bagagem para po<strong>de</strong>r partilhar.<br />
eSCRiToS<br />
3º escalão | Simão Correia, 9ºD<br />
Todos os anos, o colégio promove<br />
um novo tema do ano. Todos os<br />
anos, aos alunos, é-lhes pedido que<br />
reflictam sobre estes temas. Que comentemos<br />
e expliquemos o que o<br />
tema significa para nós.<br />
Quanto mais pequenos somos, menos capacida<strong>de</strong><br />
temos <strong>de</strong> ver para além da base geral dos temas, o significado<br />
mais simples e superficial. Mas à medida que<br />
crescemos, ganhamos esta capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> interpretar a<br />
mensagem por <strong>de</strong>trás dos temas, não apenas através<br />
<strong>de</strong> uma perspectiva católica ou religiosa, mas através<br />
da perspectiva do que são os valores e a maneira <strong>de</strong><br />
pensar, pela qual nos regemos durante a nossa vida.<br />
Isto é <strong>de</strong> extrema importância, pois trata-se do nosso<br />
julgamento e da nossa visão <strong>de</strong>ste mundo. E um reflexo<br />
<strong>de</strong> quem somos na realida<strong>de</strong>.<br />
Mas, afinal, o que é mesmo lançar pontes? Qual é<br />
o significado <strong>de</strong>ste tema? A resposta certamente varia<br />
<strong>de</strong> pessoa para pessoa, consoante a sua maneira <strong>de</strong> ser.<br />
O romano Cícero uma vez disse: “ Tirar a amiza<strong>de</strong><br />
da vida é tirar o Sol <strong>de</strong>ste mundo ”. Isto é, para mim,<br />
aquilo que po<strong>de</strong>mos consi<strong>de</strong>rar como uma boa razão<br />
para lançar pontes. Lançar pontes é criar ligações, facilida<strong>de</strong>s,<br />
ajudas para viver. A mente do ser humano, esta<br />
espécie em tudo aquilo que é e faz, existe e foi criada<br />
para viver em conjunto, na companhia <strong>de</strong> iguais companheiros.<br />
(…) Lançar pontes é ser humano.<br />
5º escalão | Rita Chaves, EE<br />
Carta aos meus filhos<br />
Há pontes <strong>de</strong> pedra, <strong>de</strong> betão, <strong>de</strong> ferro,<br />
<strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira, <strong>de</strong> corda, <strong>de</strong> legos e <strong>de</strong><br />
tudo o mais que possam imaginar.<br />
Quantas vezes não foram pontes as<br />
minhas próprias pernas, em <strong>de</strong>stemidas<br />
travessias entre sofás? Passar<br />
uma ponte po<strong>de</strong> ser uma brinca<strong>de</strong>ira, uma necessida<strong>de</strong>, um<br />
passeio, um gosto. E po<strong>de</strong> ser muito mais do que isso. Passar<br />
uma ponte é querer ir mais além.<br />
É tocar, cheirar, ver, sentir e compreen<strong>de</strong>r o que parecia<br />
não estar tão próximo. É dar oportunida<strong>de</strong> para nos envolvermos<br />
em algo novo. É ver por outra perspectiva. É ousar<br />
conhecer mais. É <strong>de</strong>ixarmo-nos surpreen<strong>de</strong>r. É recusar o<br />
limite confortável do conhecido. É transformar obstáculos<br />
em <strong>de</strong>safios. É crescer. É simplesmente a mais pura forma<br />
<strong>de</strong> Ser.<br />
Por isso, meus tesouros, aprendam a gostar <strong>de</strong> pontes.<br />
Sim, mais ainda do que vocês já gostam! Prometo ajudar-vos<br />
na medida do possível. Haverá umas em que já não po<strong>de</strong>rão<br />
contar comigo, não só por estarem mais pesados e os<br />
meus ossos irem ficando cada vez mais fracos, mas porque<br />
vos cabe <strong>de</strong>cidir e atravessar por vós próprios; haverá muitas<br />
mais em que não só terão <strong>de</strong> atravessar, como também<br />
<strong>de</strong> construir. (Como as que tantas vezes fizemos com legos.<br />
Aquelas gran<strong>de</strong>s davam algum trabalho e caíam muitas<br />
vezes, mas não ficávamos tão contentes quando as terminávamos?<br />
E já repararam bem a quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> pontes que<br />
fizemos com as mesmas peças?)<br />
Construam e lancem pontes pela vida fora. Atravessem<br />
algumas, mas lembrem-se que as pontes também<br />
servem para <strong>de</strong>ixar que venham ter connosco. Muitas<br />
vezes tereis vós próprios <strong>de</strong> ser as pontes. E vos garanto<br />
que isso é tão ou mais gratificante. O diálogo, a<br />
amiza<strong>de</strong>, a compreensão e o amor. Aqui têm os vossos<br />
legos. São legos invisíveis que po<strong>de</strong>m ser reutilizados<br />
vezes sem conta para construir as pontes que quiserem.<br />
Para e por on<strong>de</strong> quiserem. Para e por quem quiserem.<br />
E nunca se esqueçam meus filhos, que por maiores e mais<br />
grandiosas que sejam todas as pontes que se lançam, as<br />
mais valiosas e realmente eficazes são aquelas cujo orçamento<br />
pouco mais passa <strong>de</strong> um olhar e um sorriso.<br />
Um olhar e um sorriso. Com todo o meu amor,<br />
6 | OLHARES | REVISTA DO CSCM | ABR-JUN 2011 OLHARES | REVISTA DO CSCM | ABR-JUN 2011 | 7
2011<br />
Ano Internacional<br />
da Química<br />
Este ano celebra-se o Ano Internacional<br />
da Química. Este é sem dúvida um<br />
acontecimento assinalável, não obstante<br />
é <strong>de</strong> frisar que por vezes, tais datas<br />
internacionais caem no esquecimento da<br />
população em geral. Tal ten<strong>de</strong> a acontecer<br />
porque são já inúmeros (<strong>de</strong>masiados?) os<br />
‘dias’ e ‘anos’ internacionais que se afiguram<br />
nos calendários, não sendo assim possível<br />
dar o merecido <strong>de</strong>staque a alguns <strong>de</strong>les.<br />
E a Química é uma ciência omnipresente, que não só abrange<br />
um largo espectro nas áreas da pesquisa e investigação<br />
em prol da socieda<strong>de</strong>, como também é parte integrante<br />
do fenómeno que é a vida. Tais consi<strong>de</strong>rações levam-nos<br />
a compreen<strong>de</strong>r que a <strong>de</strong>signação do ano <strong>de</strong> 2011 como o<br />
‘Ano Internacional da Química’ - a par das florestas – é algo<br />
que surge naturalmente como reconhecimento por esta ciência<br />
que, apesar <strong>de</strong> já muito ter contribuído para melhorar<br />
a vida do Homem, não se esgota nos conhecimentos e paradigmas<br />
actuais da investigação, vislumbrando-se ainda um<br />
longo caminho a percorrer cheio <strong>de</strong> novas e importantes<br />
<strong>de</strong>scobertas.<br />
Este ano internacional surge por iniciativa da IUPAC e<br />
da UNESCO com a finalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> celebrar a Química e o seu<br />
contributo para o Homem. Relembra-se um passado repleto<br />
<strong>de</strong> importantes <strong>de</strong>scobertas e avanços, mas sempre com os<br />
olhos postos no futuro, sob o lema: “Química – a nossa vida,<br />
o nosso futuro”. Este é um evento on<strong>de</strong> todos são convidados<br />
a participar, com o objectivo <strong>de</strong> dar a conhecer os contributos<br />
da Química para suprimir as necessida<strong>de</strong>s actuais<br />
do nosso planeta. Procura-se também <strong>de</strong>spertar nos mais<br />
novos o interesse e o entusiasmo por esta ciência assegurando<br />
assim um futuro prodigioso nesta área.<br />
O ano <strong>de</strong> 2011 marca os cem anos <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a formação da<br />
Associação Internacional <strong>de</strong> Socieda<strong>de</strong>s Químicas, contudo,<br />
um dado que confere ainda maior simbolismo e importância<br />
a esta data, é o facto <strong>de</strong> celebrarmos também nesta<br />
ocasião o centenário da atribuição do Prémio Nobel a Marie<br />
Curie, prémio esse atribuído em 1911 a esta brilhante cientista<br />
pela <strong>de</strong>scoberta dos elementos Rádio e Polónio. Este<br />
facto vem também ele celebrar o papel das mulheres no<br />
<strong>de</strong>senvolvimento da Química procurando assim realçar a<br />
i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> que esta ciência é algo ao alcance <strong>de</strong> todos e que<br />
ninguém se <strong>de</strong>ve abster <strong>de</strong> dar o seu contributo.<br />
Muitas serão as activida<strong>de</strong>s a realizar no âmbito das comemorações<br />
<strong>de</strong>ste Ano Internacional da Química um pouco<br />
por todo o Mundo. Em Portugal assinalar-se-á também<br />
esta data com múltiplos eventos abertos ao público. Uma<br />
forma fácil <strong>de</strong> obter mais informações será através do website<br />
da Socieda<strong>de</strong> Portuguesa <strong>de</strong> Química (www.spq.pt) que<br />
curiosamente também comemora o seu centenário neste<br />
ano <strong>de</strong> 2011. Po<strong>de</strong> também ser visitado um website exclusivamente<br />
<strong>de</strong>dicado às comemorações <strong>de</strong>ste ano em www.<br />
chemistry2011.org.<br />
A Química é então a ciência que estuda a essência da Natureza:<br />
as substâncias que a constituem, as suas características,<br />
proprieda<strong>de</strong>s, ligações, aplicações… Empenha-se em<br />
explicar tudo o que existe no Universo, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a composição<br />
das estrelas até aos átomos. I<strong>de</strong>ntifica-se como ciência complexa,<br />
multidisciplinar e <strong>de</strong> carácter próprio, todavia é também<br />
a Química que fornece as bases a tantas outras áreas do<br />
conhecimento humano tendo um papel vital no bem-estar<br />
das socieda<strong>de</strong>s, estando presente em todos os seus sectores.<br />
Uma ciência fascinante que merece então ser celebrada,<br />
<strong>de</strong>vendo chegar a todos neste seu ano internacional. Uma<br />
parte intrínseca <strong>de</strong> nós; porque a Química é a essência da<br />
vida...<br />
Manuel Dias 12ºA<br />
Rumos 11<br />
Peregrinação a Fátima<br />
do Movimento Juvenil<br />
do <strong>Coração</strong> <strong>de</strong> <strong>Maria</strong><br />
– ComTigo<br />
Um dia o Papa João XXIII dizia: “Hoje,<br />
apenas hoje, adaptar-me-ei às circunstâncias<br />
sem preten<strong>de</strong>r que sejam as circunstâncias a<br />
adaptarem-se aos meus <strong>de</strong>sejos”. Assim foi a<br />
experiência da peregrinação a Fátima on<strong>de</strong><br />
as circunstâncias <strong>de</strong> um tempo chuvoso e da<br />
dureza do caminho se tornaram um enorme<br />
<strong>de</strong>safio para quem se dispôs a sair <strong>de</strong> casa<br />
e se pôs a caminhar. Uma experiência <strong>de</strong><br />
quem ainda não chegou à meta…<br />
Caminhámos em filas em direcção a Fátima por caminhos<br />
que não conhecíamos, vivemos momentos <strong>de</strong> encontro e<br />
<strong>de</strong> silêncio… Uma experiência on<strong>de</strong> apren<strong>de</strong>r a rezar com<br />
os pés se tornou a nossa missão enquanto grupo, vindos<br />
<strong>de</strong> diferentes pontos do país mas sentindo que entre todos<br />
existia uma verda<strong>de</strong>ira ponte.<br />
Apren<strong>de</strong>mos a paciência do caminhar… <strong>de</strong>sejar chegar<br />
mas aceitar a <strong>de</strong>mora em lá chegar, ultrapassando os obstáculos.<br />
Por isso é que andar a pé é aceitar o <strong>de</strong>safio <strong>de</strong> um<br />
caminho exigente <strong>de</strong> quem não está sozinho e que todos<br />
os momentos contribuem para nos transformarmos… Significa<br />
fazer a experiência <strong>de</strong> sair <strong>de</strong> si para entrar em algo<br />
diferente, como diz o padre Tolentino Mendonça a respeito<br />
do ser peregrino: “A parte mais importante dos quilómetros<br />
que percorrem não está em nenhum mapa: eles caminham<br />
para um centro invisível on<strong>de</strong> po<strong>de</strong> acontecer o encontro e<br />
o renascimento.”<br />
Assim, tudo o que vivemos ao longo da peregrinação,<br />
<strong>de</strong>s<strong>de</strong> condições adversas, passando pelo convívio, o encontro,<br />
a partilha <strong>de</strong> experiências, as orações e reflexões<br />
marcaram todo o caminhar e orientaram-se para a alegria da<br />
chegada, que com a ajuda <strong>de</strong> <strong>Maria</strong>, <strong>de</strong>u sentido ao <strong>de</strong>sejo<br />
que tínhamos <strong>de</strong> sermos peregrinos.<br />
Tal como a mulher samaritana, procurámos quem nos<br />
<strong>de</strong>sse <strong>de</strong> beber e fomos <strong>de</strong>scobrindo através das diferentes<br />
pontes que só com Jesus temos a certeza <strong>de</strong> que a fonte<br />
é inesgotável.<br />
Uma experiência gratificante e especial on<strong>de</strong> todos fomos<br />
importantes e on<strong>de</strong> <strong>Maria</strong> nos encorajou a não <strong>de</strong>sistir<br />
pelo caminho.<br />
COMTIGO… UM PROJECTO QUE NOS FAZ CAMINHAR!<br />
Irene Esteves, Prof.<br />
8 | OLHARES | REVISTA DO CSCM | ABR-JUN 2011 OLHARES | REVISTA DO CSCM | ABR-JUN 2011 | 9
notícias<br />
do PRé-eSColAR<br />
Maio – Mês <strong>de</strong> <strong>Maria</strong><br />
“No mês <strong>de</strong> Maio, as Salas do Jardim <strong>de</strong><br />
Infância celebraram o “Mês <strong>de</strong> Maio... Mês<br />
<strong>de</strong> <strong>Maria</strong>!”<br />
Levantaram-se bonitos e coloridos altares<br />
em homenagem a Nossa Senhora que foram<br />
enfeitados com lindas flores!<br />
Diariamente, as crianças fizeram pequenas<br />
orações em que não foram esquecidos os<br />
meninos, pais, irmãos, avós, professores,<br />
familiares doentes, os (manos) bebés que<br />
vão nascer, entre outros.<br />
Ao som <strong>de</strong> um cântico singelo terminámos a<br />
nossa oração!<br />
Hora do Conto<br />
No dia 6 <strong>de</strong> Maio, às 9:30, realizou-se a Hora do Conto no<br />
nosso colégio e contámos com a presença <strong>de</strong> RITA VILELA.<br />
As salas dos 3 anos ouviram atentamente as suas Histórias.<br />
Rita Vilela, licenciada em psicologia, <strong>de</strong>senvolveu o seu percurso<br />
profissional na área da formação. Hoje, conjuga esse<br />
trabalho com o exercício da terapia, a escrita e outras activida<strong>de</strong>s<br />
ligadas às palavras...e às pessoas.<br />
Descobriu tar<strong>de</strong> a sua vocação <strong>de</strong> escritora, mas iniciada,<br />
nunca mais parou. Esta autora portuguesa, nascida em<br />
1964, publicou o seu primeiro livro em Maio <strong>de</strong> 2008 e hoje<br />
apresenta já no seu currículo diversos livros infantis e juvenis,<br />
a par <strong>de</strong> uma visão mais adulta.<br />
Escrever tornou-se uma paixão, um vício que não quer<br />
largar! A inspiração? Encontra-a nas pessoas que conhece,<br />
no mundo que a ro<strong>de</strong>ia e bem <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> si.<br />
Patrícia Vidigal, Educ. / Mafalda Vicente, prof.<br />
Dia da Mãe<br />
No dia 2 <strong>de</strong> Maio festejou-se o Dia da Mãe no nosso colégio.<br />
Todas as Mães do Jardim <strong>de</strong> Infância foram convidadas<br />
a vir ao colégio fazer várias activida<strong>de</strong>s com os seus filhos/<br />
as. Os 3 anos fizeram uma activida<strong>de</strong> <strong>de</strong> expressão motora<br />
e dança; os 4 e 5 anos fizeram uma activida<strong>de</strong> <strong>de</strong> expressão<br />
plástica e verbal. O bom ambiente sentido nos vários grupos,<br />
assim como o empenho e motivação das mães e filhos<br />
<strong>de</strong>ram lugar a bonitos trabalhos e a momentos <strong>de</strong> diversão<br />
e convívio.<br />
A Mãe é<br />
especial… é um<br />
Mundo cheio <strong>de</strong><br />
surpresas!<br />
“ Em certos dias, ela é carinhosa.<br />
Aconchego-me no seu peito<br />
como quando eu era pequenino.<br />
Envolvemo-nos em carinho<br />
Mãe Ternura<br />
Em certos dias, ela é misteriosa.<br />
Como se andasse perdida num sonho.<br />
É como se tivesse partido<br />
para uma galáxia longínqua<br />
Mãe Ovni<br />
Em certos dias, ela é toda aromas...<br />
Baunilha, rosas ou jasmim.<br />
Sinto-me tão bem ao pé da minha mãe,<br />
a respirar o seu perfume!<br />
Mãe Flor<br />
Em certos dias, ela é como o Sol:<br />
brilha, cintila. Usa um lindo vestido<br />
e põe brincos nas orelhas.<br />
Mãe Maravilha<br />
Em certos dias, ela fica triste…<br />
a sua luz apaga-se<br />
e o mundo fica cinzento.<br />
Fico quietinho e porto-me bem.<br />
Mãe Nuvens<br />
Em certos dias, ela trabalha muito: não po<strong>de</strong>mos incomodá-la.<br />
Fecha-se no escritório a escrever,<br />
a fazer contas, a pensar…<br />
Mãe Aborrecimento<br />
Em certos dias, ela zanga-se:<br />
os seus olhos faiscam.<br />
A minha vonta<strong>de</strong> é enfiar-me num buraquinho para que<br />
ninguém me veja<br />
Mãe Trovão<br />
Em certos dias, ela é divertida,<br />
Cheia <strong>de</strong> risos e brinca<strong>de</strong>iras.<br />
Fazemos piqueniques, brincamos às escondidas e mascaramo-nos.<br />
Mãe Surpresa<br />
Em certos dias, ela é como um furacão,<br />
uma rajada <strong>de</strong> vento, vira tudo<br />
do avesso.<br />
Tem tantas coisas para fazer,<br />
que não consegue ficar quieta.<br />
Mãe Corrente <strong>de</strong> Ar<br />
Em certos dias, ela é como um furacão,<br />
uma rajada <strong>de</strong> vento, vira tudo<br />
do avesso.<br />
Tem tantas coisas para fazer,<br />
que não consegue ficar quieta.<br />
Mãe Corrente <strong>de</strong> Ar<br />
Em certos dias, ela é só música,<br />
canta e põe o rádio bem alto.<br />
Dançamos juntos na sala.<br />
A casa fica toda em festa.<br />
Mãe Canção<br />
Em certos dias, ela está ausente.<br />
Na escola, brinco com os meus amigos; em casa, fico aborrecido.<br />
Falta alguém em casa.<br />
Mãe Silêncio<br />
Mas quando ela regressa, que alegria! Tenho tanto para lhe<br />
contar!<br />
Ela sorri para mim com ternura.<br />
Fica ainda mais bonita.<br />
Minha Mãe Querida”<br />
Elen Lescoat, Mamã Maravilha<br />
10 | OLHARES | REVISTA DO CSCM | ABR-JUN 2011 OLHARES | REVISTA DO CSCM | ABR-JUN 2011 | 11
notícias<br />
do 1.º CiClo<br />
Matemática ao<br />
quadrado<br />
O concurso da Matemática ao quadrado foi<br />
organizado pela turma do 9.º E. O objectivo<br />
<strong>de</strong>ste projecto era que todos os alunos<br />
começassem a gostar muito da Matemática.<br />
Por isso mesmo, todas as pessoas tiveram<br />
<strong>de</strong> tirar uma fotografia com coisas<br />
matemáticas. A minha fotografia tinha uma<br />
gran<strong>de</strong> esfera.<br />
Passados alguns dias, vi que tinha passado na 1.º ronda.<br />
Com a 1.º ronda feita, tive <strong>de</strong> esperar alguns dias para a resposta<br />
final.<br />
Os meus amigos estavam muito contentes, porque em treze<br />
fotografias passaram onze da minha turma. Quando chegou<br />
o dia da resposta final, estávamos todos muito nervosos.<br />
Às 17:30m começou a gala. Primeiro disseram o nome<br />
dos meninos que não tinham ficado nos três primeiros lugares,<br />
e a seguir, disseram o nome dos meninos que tinham<br />
ficado no pódio. Primeiro disseram o 3.º lugar, que foi ganho<br />
pela minha colega <strong>Maria</strong> Inês. O 2.º lugar foi ganho por<br />
um menino do 8.º ano. O primeiro lugar foi ganho por mim,<br />
Diogo Lourenço. Quando soube que tinha ganho, foi uma<br />
gran<strong>de</strong> alegria, para mim e para todos, porque ganharam<br />
duas pessoas da minha turma. Um agra<strong>de</strong>cimento especial<br />
a todas as pessoas que me ajudaram.<br />
Diogo Lourenço, 4.º C<br />
Neste concurso, eu fiz um cubo mágico. A minha foto exemplificava<br />
um cubo, que reflectido no espelho, formava dois<br />
cubos ou, noutro ponto <strong>de</strong> vista, formava um rectângulo. Eu<br />
tive esta i<strong>de</strong>ia com a ajuda dos meus familiares. O meu pai<br />
montou o cenário e tirou a fotografia vencedora do 3.º lugar.<br />
Foi o 9.º E que organizou este campeonato, com a ajuda <strong>de</strong><br />
alguns professores e é com muito orgulho que admiro o trabalho<br />
feito.<br />
O auditório tinha uma mesa para os professores se sentarem<br />
e em cima do palco estava um ecrã, microfones e uma<br />
mesa.<br />
Fizemos uma gran<strong>de</strong> festa, com música e um dançarino<br />
particular, o nosso colega Francisco Frazão. Senti muita alegria<br />
e emoção, não só pelo prémio, mas sim pelo esforço,<br />
vonta<strong>de</strong>, diversão e pela esperança <strong>de</strong> este ter sido apenas,<br />
o primeiro <strong>de</strong> muitos futuros.<br />
<strong>Maria</strong> Inês Berardo – 4.º Ano C<br />
12 | OLHARES | REVISTA DO CSCM | ABR-JUN 2011 OLHARES | REVISTA DO CSCM | ABR-JUN 2011 | 13<br />
Diz3<br />
Diz3 é a mais recente competição multidisciplinar para o 1.º<br />
Ciclo. O seu principal objectivo é testar os conhecimentos<br />
<strong>de</strong> cada aprendiz nas 3 gran<strong>de</strong>s áreas disciplinares: Matemática,<br />
Português e Estudo do Meio. No dia 9 <strong>de</strong> Maio <strong>de</strong><br />
2011, das 9h às 13h, na Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Aveiro teve lugar a<br />
primeira edição.<br />
O nosso <strong>Colégio</strong> esteve presente com 12 equipas do<br />
4ºano (2 alunos cada) e 4 equipas do 5º e 6ºano na competição<br />
mais virada para a Matemática, MAISmat<br />
A participação foi gratificante não só pela possibilida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> pôr à prova os conhecimentos adquiridos, mas também<br />
pelas activida<strong>de</strong>s lúdicas que existiam para todos os participantes.<br />
Se quiseres saber mais vai ao site do Pmate: http://<br />
pmate2.ua.pt/pmate/<br />
António Nunes, Prof. 1º Ciclo e Elisabete Oliveira, Prof. 2º<br />
Ciclo<br />
Visita <strong>de</strong> estudo à RTP<br />
No dia 16 <strong>de</strong> maio, realizámos uma visita <strong>de</strong><br />
estudo às instalações da Rádio e Televisão<br />
<strong>de</strong> Portugal, para percebermos melhor o<br />
que são e para que servem os meios <strong>de</strong><br />
comunicação social.<br />
Desta visita, resultou a reportagem<br />
fotográfica que apresentamos <strong>de</strong> seguida:<br />
Estamos num estúdio! É igual aos que<br />
vemos na televisão, mas este serve para as<br />
pessoas que visitam o Museu da RTP serem<br />
“jornalistas por um dia”.<br />
E nós experimentámos! Dissemos os nossos<br />
nomes e cantámos uma canção. Entretanto<br />
estávamos a ser filmados e trouxemos o<br />
DVD para o <strong>Colégio</strong>.<br />
Também estivemos no estúdio da Antena 1.<br />
Este é um dos maiores estúdios <strong>de</strong> rádio, da<br />
RDP.<br />
Turma do 2ºC
notícias<br />
do 2.º CiClo<br />
Noite do Conto<br />
De noite, à hora combinada, fui para o <strong>Colégio</strong>. Estávamos<br />
todos muito entusiasmados. Ao passar pelo portão senti<br />
que a minha aventura acabara <strong>de</strong> começar. Chegámos ao ginásio,<br />
que estava <strong>de</strong>corado com fitas, can<strong>de</strong>eiros e ca<strong>de</strong>iras.<br />
De repente, a professora apareceu disfarçada <strong>de</strong> princesa e<br />
leu-nos “O livro que só queria ser lido”. Foi o máximo!<br />
Marta Portugal, 5ºA<br />
Para mim a Noite do Conto foi <strong>de</strong> entusiasmo e divertimento.<br />
O conto foi giro e os jogos relacionados com a história<br />
também. Acho que foi uma noite muito diferente das outras<br />
e, ainda por cima, passada no <strong>Colégio</strong>. Foi espectacular!<br />
Carlota Figueiredo, 5º B<br />
A Noite do Conto foi única, pois o <strong>Colégio</strong> acolheu-nos <strong>de</strong><br />
braços abertos. Adorei a história, mas também gostei bastante<br />
do momento em que cantámos e dormimos na nossa<br />
2ª casa, o <strong>Colégio</strong>!<br />
Carolina Cunha, 5ºC<br />
Gostei da Noite do Conto, porque foi divertido passar a noite<br />
num sítio diferente. A parte que gostei mais foi quando alguns<br />
meninos fizeram jogos e leram partes da história.<br />
João Fonseca, 5ºD<br />
Estávamos ansiosos por entrar no ginásio e quando a professora<br />
abriu a porta, ficámos todos <strong>de</strong> boca aberta! Leram-<br />
-nos um conto e fomos fazendo activida<strong>de</strong>s muito divertidas<br />
pelo meio. Eu adorei e acho que todos adoraram…<br />
Leonor Catarino, 5ºE<br />
Encontros <strong>de</strong> Formação<br />
do 5º Ano<br />
Os alunos do 5º ano realizaram o seu<br />
Encontro <strong>de</strong> Formação no Seminário Maior<br />
<strong>de</strong> São Paulo em Almada. Um espaço muito<br />
agradável, com uma vista muito bonita<br />
sobre o Tejo e sobre Lisboa on<strong>de</strong> cada<br />
uma das turmas teve a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
rezar, conviver, estreitar laços com os seus<br />
colegas e Directores <strong>de</strong> Turma e reflectir<br />
individualmente e em grupo sobre o Tema<br />
do ano “Lançar Pontes”.<br />
Os alunos tiveram também a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> visitar o Santuário<br />
do Cristo Rei e a Quinta Pedagógica que está integrada<br />
no Seminário.<br />
Segundo a avaliação dos alunos, foi uma experiência<br />
muito enriquecedora e muitos manifestaram a vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong>,<br />
ao jeito <strong>de</strong> Jesus, do padre Jean Gailhac, das Irmãs e <strong>de</strong> muitas<br />
outras pessoa, serem agentes da construção da unida<strong>de</strong>,<br />
indo ao encontro dos outros ultrapassando as barreiras que<br />
nos separam. Como recordação os alunos construíram uma<br />
ponte on<strong>de</strong> ficaram registados os valores indispensáveis<br />
para a construção da unida<strong>de</strong>: amor; esperança; saber; dig-<br />
nida<strong>de</strong>; alegria; diálogo; paz; solidarieda<strong>de</strong>; perdão, justiça;<br />
fé; tempo ...<br />
Para saberes mais sobre os nossos Encontros <strong>de</strong> Formação<br />
consulta o testemunho dos Delegados no Blog da Pastoral.<br />
http://pastoral.cscm-lx.pt/<br />
Armindo Rodrigues, Prof.<br />
Oficina “Partitura pura<br />
e Dura” – Gulbenkian<br />
No âmbito da disciplina <strong>de</strong> Educação<br />
Musical, os alunos do 5º ano participaram<br />
numa oficina que visa estimular o<br />
<strong>de</strong>senvolvimento da criativida<strong>de</strong> em<br />
crianças e jovens com recurso às novas<br />
tecnologias digitais.<br />
Esta oficina foi a primeira activida<strong>de</strong><br />
inserida num novo projecto do Descobrir, o<br />
LabMóvel. Nela os alunos experimentaram<br />
novas técnicas <strong>de</strong> produção <strong>de</strong> sons, <strong>de</strong><br />
diferentes combinações sonoras, tendo<br />
acabado a referida oficina com a execução<br />
<strong>de</strong> um conjunto <strong>de</strong> resultados sonoros<br />
criado pelos próprios alunos.<br />
As plantas – Ciências da<br />
Natureza<br />
Aqui, no <strong>Colégio</strong>, há vida, uma gran<strong>de</strong> diversida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida!<br />
Em qualquer canto conseguimos observar a gran<strong>de</strong> diversida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> plantas que existe, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> as plantas da Irmã Olinda<br />
às plantas do Sr. Gonçalves.<br />
Neste sentido, na disciplina <strong>de</strong> Ciências da Natureza, o<br />
mês <strong>de</strong> Maio foi inteiramente <strong>de</strong>dicado às plantas!<br />
Os alunos do 5ºano realizaram uma aula no Jardim das<br />
Margaridas, um espaço que todos conhecem. Durante esta<br />
aula viram o Jardim numa outra perspectiva, po<strong>de</strong>ndo observar<br />
muitas das características das plantas, estudadas nas<br />
aulas <strong>de</strong> C.N. e recolhendo folhas (apenas as caídas no chão)<br />
para construir um herbário.<br />
Foi ainda possível visitar a horta do <strong>Colégio</strong>, um espaço<br />
da responsabilida<strong>de</strong> do Sr. Gonçalves que colaborou nesta<br />
activida<strong>de</strong>, partilhando o seu vasto conhecimento sobre as<br />
plantas e o seu cultivo.<br />
O jardim do <strong>Colégio</strong> tem tanta diversida<strong>de</strong> <strong>de</strong> plantas,<br />
que até foi possível recolher um trevo <strong>de</strong> quatro folhas! Que<br />
sorte!<br />
Também os alunos do 6ºano pu<strong>de</strong>ram observar <strong>de</strong> perto<br />
a diversida<strong>de</strong> das plantas, durante uma visita <strong>de</strong> estudo ao<br />
Jardim Botânico <strong>de</strong> Lisboa. Esta visita foi guiada por monitores<br />
do Jardim e permitiu conhecer e observar algumas<br />
características das plantas, nomeadamente a reprodução, as<br />
adaptações ao meio e a evolução e a utilida<strong>de</strong> das espécies<br />
vegetais. Alguns alunos pu<strong>de</strong>ram ainda, conhecer e provar<br />
um fruto diferente, vulgarmente conhecido como o fruto<br />
<strong>de</strong>licioso, da Monstera Deliciosa.<br />
Estas activida<strong>de</strong>s são provas <strong>de</strong> que a Ciência é um tema<br />
estimulante e <strong>de</strong>ve ser trabalhado, sempre que possível, <strong>de</strong><br />
forma a <strong>de</strong>safiar a curiosida<strong>de</strong> e a permitir a observação e<br />
a exploração do mundo que nos ro<strong>de</strong>ia. Permitem ainda,<br />
trabalhar a educação ambiental, <strong>de</strong>senvolvendo nos alunos<br />
o sentido <strong>de</strong> responsabilida<strong>de</strong>, tornando-os cidadãos mais<br />
activos. É neste sentido que o Departamento <strong>de</strong> Ciências Experimentais<br />
as <strong>de</strong>senvolve, em coor<strong>de</strong>nação com o projecto<br />
Eco-Escolas.<br />
Luísa Alves e Cidália Cristóvão, Profs.<br />
14 | OLHARES | REVISTA DO CSCM | ABR-JUN 2011 OLHARES | REVISTA DO CSCM | ABR-JUN 2011 | 15
notícias<br />
do SeCundáRio<br />
Conferência do<br />
Euro<strong>de</strong>putado<br />
Dr. Carlos Coelho<br />
O <strong>Colégio</strong> teve o prazer <strong>de</strong> receber, no<br />
passado dia 13 <strong>de</strong> Maio <strong>de</strong> 2011, o Dr.<br />
Carlos Coelho, para uma conferência<br />
subordinada ao tema: “ Os 25 anos da<br />
a<strong>de</strong>são <strong>de</strong> Portugal à União Europeia”.<br />
Com um entusiasmo muito motivante para quem o ouviu,<br />
o Senhor Deputado começou por abordar esta temática<br />
optando pela análise <strong>de</strong> vários indicadores económicos, sociais<br />
e <strong>de</strong>mográficos relativamente à evolução verificada em<br />
Portugal <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1986- altura em que a<strong>de</strong>riu à UE- até à actualida<strong>de</strong>.<br />
A exposição terminou com resposta a uma questão<br />
que às vezes se coloca aos portugueses: “Terá valido a pena<br />
a integração europeia?” A opinião do Deputado Carlos Coelho<br />
é que o balanço foi positivo, representando um claro<br />
<strong>de</strong>senvolvimento para Portugal e os custos <strong>de</strong> uma não-<br />
Europa teriam sido muito <strong>de</strong>svantajosos.<br />
Após a sua apresentação, o Euro<strong>de</strong>putado abriu espaço<br />
a uma <strong>de</strong>bate, no qual os alunos participaram activamente,<br />
colocando questões muito pertinentes,<br />
oportunas e algumas<br />
previamente preparadas, nomeadamente<br />
sobre: “ Desafios<br />
que representam para a União<br />
Europeia os fluxos migratórios<br />
provenientes <strong>de</strong> países em <strong>de</strong>senvolvimento<br />
ou em conflito”;<br />
“ As consequências dos futuros<br />
alargamentos, com o exemplo<br />
da Turquia”; “O que po<strong>de</strong> esperar<br />
um jovem português, no<br />
contexto actual e relativamente<br />
às saídas profissionais”. Outras<br />
questões foram abordadas<br />
com serieda<strong>de</strong> pelos nossos<br />
alunos em consciência da actual<br />
situação económica que o<br />
nosso país atravessa.<br />
Portugal, como forma <strong>de</strong> viabilizar a coesão, recebeu<br />
fundos comunitários, que em algumas áreas se revelaram<br />
produtivos mas noutras não tanto, espelhando alguma divergência<br />
relativamente aos Estados Membros mais <strong>de</strong>senvolvidos.<br />
Coloca-se a questão: “Porque são <strong>de</strong>volvidos fundos<br />
estruturais direccionados ao melhoramento do sector<br />
agrícola, no nosso país?”ou “Em que contexto é que Portugal<br />
tem uma elevada <strong>de</strong>pendência alimentar?”<br />
A quem imputar responsabilida<strong>de</strong>s da situação económi-<br />
ca actual? Neste momento pouco interessa falar no passado<br />
mas é sobretudo urgente que os nossos jovens tomem<br />
consciência do seu <strong>de</strong>ver <strong>de</strong> cidadania europeia. Se os jovens<br />
franceses, alemães, italianos, intervêm na construção<br />
<strong>de</strong> uma Europa, também os jovens portugueses o po<strong>de</strong>m e<br />
<strong>de</strong>vem fazer. Este foi o apelo que o Euro<strong>de</strong>putado Dr. Carlos<br />
Coelho fez aos nossos estudantes- a geração futura- capazes<br />
<strong>de</strong> promover uma mudança para melhor garantindo verda<strong>de</strong>iramente<br />
um <strong>de</strong>senvolvimento sustentável.<br />
Cristina Fonseca e Catarina Silva, Profs e Rodrigo Moreira,<br />
11º C.<br />
Conferência do<br />
Dr. Eduardo Ribeiro<br />
e Costa<br />
No passado dia 25 <strong>de</strong> Maio, o <strong>Colégio</strong> teve<br />
o prazer <strong>de</strong> receber um antigo aluno, hoje<br />
Director do <strong>de</strong>partamento <strong>de</strong> Recuperação<br />
<strong>de</strong> Crédito, da Caixa Central <strong>de</strong> Crédito<br />
Agrícola – o Dr. Eduardo Ribeiro e Costa.<br />
A Conferência foi dirigida aos alunos <strong>de</strong> Economia A, do 10º<br />
e 11º anos que tiveram a oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ouvir falar este<br />
economista, sobre vários conteúdos leccionados nesta disciplina.<br />
Lançou-se assim a ponte para a realida<strong>de</strong> profissional<br />
<strong>de</strong> quem trabalha nesta área específica. Várias perguntas<br />
foram formuladas pelos alunos, tais como:<br />
• Como é que quem investe, sabe qual a melhor altura para<br />
investir?<br />
• Até que ponto o investimento influencia a Economia <strong>de</strong><br />
um país?<br />
• É mais vantajoso um investimento público ou privado?<br />
• O que leva um Banco a pedir uma garantia do Estado para<br />
ter um financiamento?<br />
• Quais os <strong>de</strong>partamentos que constituem um Banco?<br />
Estas e outras perguntas e respectivas respostas entusiasmaram<br />
e satisfizeram a curiosida<strong>de</strong> dos nossos alunos, no<br />
âmbito <strong>de</strong>stes temas, e pren<strong>de</strong>ram-lhes a atenção durante<br />
os 90 minutos que durou o encontro.<br />
Matemática sem limites<br />
Durante o 1º semestre <strong>de</strong> 2011, a FCUL<br />
organizou uma série <strong>de</strong> palestras abertas<br />
sobre vários temas inseridos na Matemática<br />
com o objectivo <strong>de</strong> mostrar que esta po<strong>de</strong><br />
ser aplicada nas mais diversas situações.<br />
A primeira palestra a que assistimos tinha como orador o<br />
Professor Jorge Nuno Silva, do Departamento <strong>de</strong> Matemática<br />
da FCUL, e intitulava-se “O Princípio do Prazer”. Nesta palestra<br />
discutiram-se a origem e evolução dos jogos matemáticos<br />
e das suas regras, bem como a optimização <strong>de</strong> jogadas<br />
e as aplicações <strong>de</strong>sta mesma optimização em problemas da<br />
vida real. Foi focada também a importância que estes jogos<br />
têm como estimulantes <strong>de</strong> um raciocínio lógico e rápido,<br />
importantes para a resolução <strong>de</strong> problemas em muitas áreas<br />
do conhecimento. Concluindo, foi transmitida a i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong><br />
que, através do raciocínio <strong>de</strong> algo tão simples quanto um<br />
jogo matemático, é possível pegar nesse mesmo raciocínio<br />
e traduzi-lo a uma escala maior e encontrar soluções para<br />
problemas complexos nessa escala. É importante referir<br />
uma das i<strong>de</strong>ias mais interessantes da palestra: a inserção <strong>de</strong><br />
problemas complexos em jogos <strong>de</strong> computador online com<br />
muitos jogadores <strong>de</strong> forma à sua resolução, que ten<strong>de</strong>rá a<br />
ser mais rápida e menos dispendiosa, pois uma pessoa estará<br />
mais disponível para raciocinar se estiver a divertir-se ao<br />
mesmo tempo.<br />
David Anastácio e João Ribeiro, 11ºB<br />
Outra das palestras a que assistimos, “Como funciona o<br />
Google?” mostrou <strong>de</strong> que forma o nome <strong>de</strong>ste ciclo <strong>de</strong> palestras<br />
se aplica na perfeição, tendo o orador, o Professor<br />
João Filipe Queiró, transmitido a sua mensagem <strong>de</strong> forma<br />
clara e divertida sem quaisquer limites <strong>de</strong> entendimento<br />
e perceptível a todas as ida<strong>de</strong>s. A explicação do funcionamento<br />
do motor <strong>de</strong> busca mundialmente conhecido foi feita<br />
usando conhecimentos triviais como funções compostas,<br />
função co-seno e analisada <strong>de</strong> forma elementar, cativante e<br />
jovial. Tendo contado com a presença <strong>de</strong> alunos <strong>de</strong> outras<br />
escolas, o orador explicou <strong>de</strong> que forma a matemática era a<br />
base <strong>de</strong> toda a organização do Google, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o tempo necessário<br />
para o surgimento dos links até à organização dos<br />
mesmos. Através do uso <strong>de</strong> algum suporte informático <strong>de</strong>monstrou<br />
também o lado enigmático do mesmo e <strong>de</strong> que<br />
forma a sua soli<strong>de</strong>z é assegurada. Desta forma, foi possível<br />
enten<strong>de</strong>r que a matemática é a base do funcionamento do<br />
motor <strong>de</strong> busca.<br />
<strong>Maria</strong>na Morais, 11ºB<br />
Faça-se Justiça<br />
O <strong>Colégio</strong> do <strong>Sagrado</strong> <strong>Coração</strong> <strong>de</strong> <strong>Maria</strong><br />
associou-se ao projecto Faça-se Justiça<br />
promovido este ano pela primeira vez pela<br />
Fórum Estudante. O objectivo primordial<br />
<strong>de</strong>ste programa foi promover uma acção<br />
<strong>de</strong> educação para a Justiça e para o Direito<br />
para os alunos do secundário, com uma<br />
vertente eminentemente prática.<br />
Esta iniciativa teve o apoio <strong>de</strong> várias entida<strong>de</strong>s e contou<br />
também com a participação <strong>de</strong> escolas <strong>de</strong> todo o país. A<strong>de</strong>riram<br />
ao projecto em Setembro <strong>de</strong> 2010, 81 escolas mas<br />
concluíram 60.<br />
Procurou-se incutir nos alunos uma maior consciência<br />
cívica dando a conhecer os fundamentos essenciais da lei e<br />
da justiça aplicados a um caso prático específico escolhido<br />
pelos próprios alunos: Violência no namoro.<br />
A exploração do caso permitiu também aprofundar<br />
questões éticas e sensibilizar os alunos para a i<strong>de</strong>ntificação<br />
<strong>de</strong> situações <strong>de</strong> violência e a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> promover<br />
comportamentos saudáveis. Pu<strong>de</strong>mos contar com a colaboração<br />
da APAV que ajudou a i<strong>de</strong>ntificar atitu<strong>de</strong>s menos<br />
positivas, e <strong>de</strong>u a conhecer as formas <strong>de</strong> actuação a adoptar<br />
e as instituições <strong>de</strong> apoio à vítima.<br />
A importância do papel do direito na socieda<strong>de</strong> e o<br />
modo <strong>de</strong> funcionamento dos tribunais foi sendo transmitida<br />
aos alunos ao longo <strong>de</strong> todo este processo e foi ponto <strong>de</strong><br />
partida para o arranque <strong>de</strong>ste projecto. Os encontros que<br />
se seguiram com a advogada tutora , Dra. Leonor Chastre<br />
da Abreu Advogados, permitiram criaram um maior envolvimento<br />
da turma. As questões mais relacionadas com o Direito<br />
Penal foram sendo elaboradas pelos alunos criando uma<br />
dinâmica <strong>de</strong> etapas construtivas das aprendizagens.<br />
Na preparação efectiva do Julgamento os alunos tomaram<br />
contacto pela primeira vez com uma vertente muito<br />
prática, tomando conhecimento das peças processuais e<br />
preparando a sessão do julgamento. Este foi sempre visto<br />
16 | OLHARES | REVISTA DO CSCM | ABR-JUN 2011 OLHARES | REVISTA DO CSCM | ABR-JUN 2011 | 17
notícias<br />
do SeCundáRio<br />
como o culminar do programa e criou enorme expectativa<br />
nos alunos. Sem dúvida, que assistimos a um <strong>de</strong>senvolvimento<br />
da capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> análise <strong>de</strong> um problema, argumentação<br />
e <strong>de</strong>fesa <strong>de</strong> pontos <strong>de</strong> vista dos nossos alunos, que<br />
ao tomarem as suas posições no <strong>de</strong>sempenho dos papéis<br />
que lhes couberam, vivenciaram in loco, como se produz a<br />
justiça.<br />
No Tribunal foi produzida prova, <strong>de</strong>batida a matéria <strong>de</strong><br />
facto apresentada, e ,<strong>de</strong>pois <strong>de</strong> discutida a questão jurídica,<br />
foi proferida uma <strong>de</strong>cisão pelo Exmo Senhor Dr. Juiz Ivo<br />
Rosa, que alertou a turma no sentido da compreensão <strong>de</strong><br />
como a lei se po<strong>de</strong> aplicar a casos específicos e como é difícil<br />
procurar a verda<strong>de</strong> e construir consensos. Mas, mais importante<br />
que a <strong>de</strong>cisão final, foram as aprendizagens realizadas<br />
ao longo <strong>de</strong>ste ano lectivo que se espera venham a contribuir<br />
para formar cidadãos com uma maior consciência cívica<br />
e uma melhor compreensão do Direito e do papel das leis<br />
numa socieda<strong>de</strong> <strong>de</strong>mocrática.<br />
Os nossos alunos compreen<strong>de</strong>ram estas questões como<br />
fundamentais, na consolidação <strong>de</strong> uma socieda<strong>de</strong> mais <strong>de</strong>mocrata<br />
e <strong>de</strong> uma coesão social fortalecida.<br />
Catarina Silva; Olívia Afonso, Profs.<br />
Como conclusão do programa “Faça-se<br />
Justiça”, consi<strong>de</strong>rámos oportuno entrevistar<br />
a nossa advogada-tutora, a Drª Leonor<br />
Chastre. A entrevista foi realizada por:<br />
<strong>Maria</strong>na Marques, Tomás Filipe e Margarida<br />
Paim, alunos do 12º ano turma C.<br />
O que a motivou a participar no projecto “Faça-se Justiça”?<br />
Senti que foi uma oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> transmitir estes conceitos<br />
a pessoas que não estão a trabalhar todos os dias com<br />
matérias como: O que é o Direito e Justiça, bem como a<br />
forma como são aplicáveis estes conceitos na realida<strong>de</strong>. Isto<br />
porque temos uma i<strong>de</strong>ia sobre o funcionamento da Justiça<br />
que é fruto do que vemos nos filmes, na maior parte, séries<br />
americanas que têm um sistema judicial distinto do nosso,<br />
porque têm um juri. Este sistema <strong>de</strong> Direito é Anglo-saxónico<br />
enquanto o nosso sistema se baseia no sistema <strong>de</strong> Direito<br />
Francês que é mais escrito.<br />
O tempo em que este projecto é <strong>de</strong>senvolvido pareceu-me<br />
também oportuno, pois possibilita aos alunos pré-universitários<br />
a oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se po<strong>de</strong>rem i<strong>de</strong>ntificar, ou não,<br />
com esta área profissional.<br />
Não sendo advogados, nem juízes, todos nós vivemos, num<br />
Estado <strong>de</strong> Direito e temos <strong>de</strong> nos submeter a ele. Há uma<br />
regulamentação que nós <strong>de</strong>vemos conhecer, por exemplo:<br />
Os nossos direitos enquanto consumidores, enquanto pessoas<br />
e até mesmo, normas do Direito Civil. O gran<strong>de</strong> mérito<br />
<strong>de</strong>ste projecto foi tornar estes conceitos <strong>de</strong> Direito e Justiça<br />
mais perceptíveis a pessoas que não tinham contacto com<br />
eles. E resultou!<br />
Consi<strong>de</strong>ra que os objectivos, estabelecidos para este<br />
programa, foram atingidos?<br />
Penso que se estabeleceu uma sinergia e um trabalho em<br />
equipa, muito positivos. Quer na fase preparatória do julgamento,<br />
em que fomos muito mais além do que era suposto,<br />
pois abordámos temáticas como: O que é o processo penal?<br />
O que não aconteceu noutras escolas. Em termos do julgamento,<br />
gostei muito, porque não correu bem, correu muito<br />
bem! Superaram o que eu achava que era exigível, porque<br />
estavam muito empenhados e fizeram com que o julgamento<br />
parecesse real. A dada altura, vi testemunhos, que gostava<br />
muitas vezes <strong>de</strong> ter em julgamentos reais, porque eram<br />
bem fundamentados. Isso mostra que todo o trabalho que<br />
se <strong>de</strong>senvolveu fez sentido, já que foi além da preparação<br />
que vos <strong>de</strong>i.<br />
MARCA<br />
<strong>Sagrado</strong><br />
Fui aluna do <strong>Colégio</strong> <strong>Sagrado</strong> <strong>Coração</strong> <strong>de</strong> <strong>Maria</strong> entre os 11 e<br />
os 17 anos. Hoje tenho uma carreira consolidada como coreógrafa<br />
e bailarina que comecei a <strong>de</strong>linear logo cedo nas aulas<br />
com a minha mãe, e professora do colégio, Luna An<strong>de</strong>rmatt.<br />
Em 1980, fui estudar para Londres, on<strong>de</strong> vivi quatro anos.<br />
Tirei o curso da Royal Aca<strong>de</strong>my of Dancing <strong>de</strong> Londres, fiz estágios<br />
em Inglaterra e nos E.U.A. , fui bailarina da Companhia<br />
<strong>de</strong> Dança <strong>de</strong> Lisboa e da Companhia Metros em Barcelona.<br />
Quando voltei a Portugal comecei a fazer trabalhos como<br />
coreógrafa, criei a minha própria companhia (1991) e realizei<br />
vários projectos em Cabo Ver<strong>de</strong>, um país fascinante que acabou<br />
por ser fundamental na minha carreira que se caracteriza<br />
muito por este lado nómada, <strong>de</strong> viajante compulsiva entre<br />
lugares entre pessoas e entre disciplinas.<br />
Recuar 30 anos não é tarefa fácil mas vou tentar <strong>de</strong>screver-<br />
-vos aquelas recordações que perduraram até hoje na minha<br />
memória. Não terei sido uma aluna fácil, o meu temperamento<br />
um pouco rebel<strong>de</strong> aliado a uma sensação <strong>de</strong> excesso <strong>de</strong><br />
controlo, talvez por a minha mãe ser professora do colégio<br />
e a minha irmã mais velha aluna do quadro <strong>de</strong> honra, po<strong>de</strong><br />
ter contribuído para ter ganho a fama <strong>de</strong> dinamizadora <strong>de</strong><br />
diabruras.<br />
Claro que as aulas <strong>de</strong> Ballet e ginástica eram as minhas<br />
preferidas mas também gostava das aulas <strong>de</strong> Religião e Moral<br />
e <strong>de</strong> Português. Escrevia muito, adorava escrever e ler alto<br />
nas aulas. Também escrevia redacções para as minhas amigas.<br />
Recordo-me que a minha redacção sobre morrer e renascer<br />
foi escolhida para publicar no jornal da escola. Também an<strong>de</strong>i<br />
no teatro e entrei em várias peças orientadas pelo professor e<br />
encenador Mário Pereira.<br />
Tenho recordações muito vivas das instalações, dos pátios,<br />
jardins e hortas; do portão do Sr. Armindo, nosso alvo preferido<br />
para tentar negociar uma fugida da escola. Na altura o <strong>Sagrado</strong><br />
<strong>Coração</strong> <strong>de</strong> <strong>Maria</strong> era um colégio só <strong>de</strong> raparigas. Havia<br />
sempre muitos rapazes nas suas motas à espera das alunas<br />
no portão... Fiz muitas amiza<strong>de</strong>s. Tinha um grupo <strong>de</strong> amigas<br />
do qual faziam parte a Ana Góis, <strong>Maria</strong> João, Ana Castilho...<br />
Lembro-me <strong>de</strong> termos discussões secretas e apaixonadas sobre<br />
a pedra filosofal.<br />
Com o 25 <strong>de</strong> Abril mudou tudo, <strong>de</strong>ixámos <strong>de</strong> usar uniforme<br />
e ficou tudo muito mais flexível.<br />
Recordo a Madre Visitação com gran<strong>de</strong> admiração, sentimento<br />
que é também partilhado pela minha mãe <strong>de</strong> quem<br />
era muito amiga. Era uma figura que inspirava respeito mas<br />
não diminuía mesmo assim a frequência com que eu era chamada<br />
ao seu gabinete...<br />
Apesar <strong>de</strong>sta rebeldia e dificulda<strong>de</strong>s que causei às professoras<br />
fui sempre bem tratada e acarinhada. Já <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> ter<br />
saído do colégio, percebi que o lado da rebeldia não me <strong>de</strong>ixou<br />
dar valor a uma série <strong>de</strong> coisas que mais tar<strong>de</strong> se vieram<br />
a revelar como pilares da minha personalida<strong>de</strong> quer como<br />
pessoa quer como profissional.<br />
Hoje, tenho orgulho <strong>de</strong> dizer que fui aluna do <strong>Sagrado</strong> <strong>Coração</strong><br />
<strong>de</strong> <strong>Maria</strong>.<br />
Clara An<strong>de</strong>rmatt<br />
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FOTO INêS D’OREy
Festa<br />
dAS FAMíliAS 2011<br />
Famílias em festa<br />
no <strong>Sagrado</strong><br />
Costuma haver um dia por ano em que as<br />
famílias “inva<strong>de</strong>m” os pateos, as salas,<br />
os cantos e recantos do nosso <strong>Colégio</strong>.<br />
São pais, avós, amigos, primos, irmãos,<br />
antigos alunos que nos entram pelo<br />
portão a<strong>de</strong>ntro e instalam a alegria do<br />
reencontro.<br />
Desta vez, a festa alargou-se e durante<br />
dois dias (Sexta e Sábado), com um<br />
programa vasto on<strong>de</strong> para além das<br />
actuações das salas e turmas houve tempo<br />
e espaço para activida<strong>de</strong>s para pais,<br />
<strong>de</strong>sporto e um verda<strong>de</strong>iro arraial popular.<br />
A Câmara do ONMultimédia passou por<br />
lá. Fica aqui o registo.<br />
Como diria Chico Buarque: “Foi bonita a<br />
festa, pá”.<br />
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Festa<br />
dAS FAMíliAS 2011<br />
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Torneio<br />
Internacional<br />
RSCM<br />
– Paris 2011<br />
O Desporto é uma óptima forma <strong>de</strong><br />
Lançar Pontes. Quantas vezes na emoção<br />
<strong>de</strong> um jogo, no espírito saudável <strong>de</strong><br />
competição ou na interajuda <strong>de</strong> equipa<br />
se constroem e lançam tantas e tantas<br />
pontes<br />
O Marymount International School of<br />
Paris acolheu no passado mês <strong>de</strong> Maio<br />
o 6º Torneio Internacional das RSCM e<br />
o grupo do <strong>Sagrado</strong> partiu para a bela<br />
cida<strong>de</strong> da luz com muita vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> bem<br />
representar as nossas cores e estabelecer<br />
novas pontes.<br />
Novos colegas e respectivas famílias,<br />
vitórias, <strong>de</strong>rrotas, tudo valeu a pena<br />
em 5 dias cansativos mas que passaram<br />
rapidamente.<br />
Os nossos alunos <strong>de</strong>sfrutaram<br />
bastante <strong>de</strong> mais uma experiência <strong>de</strong><br />
internacionalida<strong>de</strong> que os torneios<br />
internacionais proporcionam. Os<br />
resultados foram bons, mas no final<br />
das contas esse será mesmo o aspecto<br />
que menos importa, e amanhã, se fosse<br />
preciso, partiríamos novamente!<br />
Nuno Oliveira, Coord. Departamento Educação Física.<br />
A nossa gente<br />
Pontes que nos<br />
permitem ser melhores<br />
Partindo do tema do ano lectivo que está<br />
a finalizar, pedimos a Francisco Sassetti,<br />
Encarregado <strong>de</strong> Educação do nosso<br />
colégio, pianista e professor <strong>de</strong> piano,<br />
que nos respon<strong>de</strong>sse à pergunta que nos<br />
acompanhou durante este ano.<br />
OLHARES: Que pontes po<strong>de</strong>mos e <strong>de</strong>vemos lançar como<br />
pessoas em constante mudança, como pais e encarregados<br />
<strong>de</strong> educação?<br />
FRANCISCO SASSETTI: Antes <strong>de</strong> mais, e como ponto prévio,<br />
queria saudar o CSCM pelo tema do ano que me parece<br />
tão rico e oportuno no actual contexto sócio-económico e<br />
<strong>de</strong> crise civilizacional que atravessamos.<br />
As alterações sucessivas do nosso estilo <strong>de</strong> vida (em especial<br />
nos últimos 40 anos) e a aceleração <strong>de</strong>corrente do<br />
progresso tecnológico alteraram radicalmente os nossos<br />
valores e paradigmas bem como as instituições em que nos<br />
movemos mais assiduamente: a Família e o Trabalho para só<br />
referir talvez as mais importantes.<br />
Assim, que pontes lançar?<br />
Para um crente, consciente da” interligação e inter<strong>de</strong>pendência<br />
da humanida<strong>de</strong> e <strong>de</strong> toda a criação” todas as<br />
pontes que nos permitam tornarmo-nos melhores pessoas<br />
para nós e para os outros são legítimas e <strong>de</strong>sejáveis.<br />
De um ponto <strong>de</strong> vista mais pessoal gostava <strong>de</strong> referir a<br />
importância <strong>de</strong> ter um “terreno” sólido antes <strong>de</strong> construir<br />
as pontes. Isto é: a nossa<br />
margem <strong>de</strong>ve estar minimamente<br />
consolidada,<br />
o que trocado por miúdos<br />
significa que temos<br />
que estar bem connosco,<br />
aceitarmo-nos como somos<br />
e fazermos as coisas<br />
<strong>de</strong> que gostamos. Todos<br />
nós transportamos algumas<br />
cruzes <strong>de</strong>snecessariamente,<br />
ou conhecemos<br />
pessoas que o fazem,<br />
boicotando assim a nossa<br />
felicida<strong>de</strong> e a dos que nos<br />
ro<strong>de</strong>iam.<br />
Como pai as minha principais preocupações são as <strong>de</strong><br />
passar o máximo <strong>de</strong> tempo possível com os meus filhos (o<br />
Francisco e a Filipa), e o conversar com eles ouvindo, aceitando<br />
e valorizando as suas emoções. O resto, a chamada<br />
“educação” (e não é pouco!), vem por acréscimo.<br />
Como po<strong>de</strong>mos ainda hoje e, com aquilo que já se sabe<br />
sobre a psicologia humana, <strong>de</strong>svalorizar as crianças, reprimindo<br />
os seus medos, raivas e tristezas, enfim, as suas emoções<br />
mais profundas? Tudo aquilo que não é exteriorizado/<br />
conversado fica lá <strong>de</strong>ntro e po<strong>de</strong> redundar num processo<br />
<strong>de</strong> auto-culpabilização.<br />
Como pai, portanto, o lançar pontes significa estar e falar<br />
verda<strong>de</strong>iramente com eles. E, claro, BRINCAR e RIR muito!<br />
Como Encarregado <strong>de</strong> Educação pertencente a uma<br />
comunida<strong>de</strong> escolar é-me exigido o acompanhamento do<br />
percurso escolar dos meus filhos, o seu bem-estar e <strong>de</strong>senvolvimento<br />
pessoal, o diálogo com os seus professores e a<br />
participação nas reuniões e activida<strong>de</strong>s escolares que incluam<br />
os pais.<br />
Este ano <strong>de</strong> 2011 incluiu ainda a minha participação<br />
como pianista no Festival da Canção realizado em Março a<br />
convite da professora Patrícia Carmo e da Direcção do <strong>Colégio</strong>,<br />
o que foi uma experiência bem divertida.<br />
Devo referir, com alguma alegria, algumas atitu<strong>de</strong>s muito<br />
positivas <strong>de</strong> altruísmo e sensibilida<strong>de</strong> para com o Outro<br />
da parte dos meus filhos que, sem qualquer favor, adquiriram<br />
por frequentar o <strong>Colégio</strong>.<br />
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SAGRADO é<br />
Vice-Campeão no<br />
Campeonato Nacional<br />
<strong>de</strong> Voleibol – Infantis<br />
Femininos<br />
Há muito aguardada, a final do Campeonato Nacional <strong>de</strong><br />
Voleibol em Infantis Femininos <strong>de</strong>correu no fim <strong>de</strong> semana<br />
<strong>de</strong> 4, 5 e 6 <strong>de</strong> Junho. No Pavilhão da Universida<strong>de</strong> Lusófona,<br />
viveram-se momentos <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> emoção. Apresentaram-<br />
-se na competição quatro equipas (ver quadro da classificação)<br />
bem preparadas, que ofereceram a todos os presentes<br />
bons espectáculos. No pavilhão respirou-se uma atmosfera<br />
<strong>de</strong> entusiasmo, muita alegria e apoio a todas as equipas. A<br />
organização da final, a cargo do nosso colégio, foi digna da<br />
importância do acontecimento, sendo que professores, alunos<br />
e pais colaboraram, sem olhar a esforços, naquele que<br />
foi, para o <strong>Colégio</strong> <strong>Sagrado</strong> <strong>Coração</strong> <strong>de</strong> <strong>Maria</strong> <strong>de</strong> Lisboa, o<br />
acontecimento <strong>de</strong>sportivo mais importante do ano.<br />
No <strong>de</strong>sporto, ganhar não é a única coisa importante, no<br />
entanto, quando se chega a uma final nacional, com tudo<br />
o que isso significa <strong>de</strong> trabalho, esforço, horas <strong>de</strong> treino e<br />
preparação afincada, tudo o que não seja uma vitória parece<br />
ingrato aos olhos <strong>de</strong> quem competiu para chegar o mais<br />
longe possível, nomeadamente quando aquelas <strong>de</strong> quem<br />
falamos são meninas <strong>de</strong> treze anos.<br />
A verda<strong>de</strong>, contudo, é outra. Quem assistiu aos jogos nos<br />
três dias <strong>de</strong> dura competição viu uma equipa do nosso colégio<br />
cheia <strong>de</strong> virtu<strong>de</strong>s <strong>de</strong>sportivas, com uma qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
jogo e maturida<strong>de</strong> competitiva acima da média para o escalão<br />
em que está inserida. Os gestos técnicos <strong>de</strong> uma modalida<strong>de</strong><br />
difícil como o voleibol estão perfeitamente assimilados<br />
e são executados com gran<strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> – o serviço, o<br />
remate, o bloco, a <strong>de</strong>fesa baixa fazem parte do vocabulário<br />
das nossas alunas.<br />
Ao longo da competição, também se viu uma equipa bem<br />
organizada e disciplinada em que cada atleta sabe o que fazer<br />
e como se movimentar em campo. A juntar a tudo isto, a solidarieda<strong>de</strong><br />
que cada membro da equipa mostrou e o comportamento<br />
exemplar no aceitar da vitória e da <strong>de</strong>rrota.<br />
Tudo somado, o saldo é francamente positivo. A equipa<br />
<strong>de</strong> voleibol <strong>de</strong> infantis femininos é VICE-CAMPEÃ nacional.<br />
Foi este o excelente lugar que conseguiu nesta competição.<br />
Em tudo o resto, foram campeãs: na <strong>de</strong>dicação, na coragem,<br />
na aplicação, na boa imagem, no talento e no esforço.<br />
Com treze anos apenas, todas têm muito tempo pela<br />
frente, muitos jogos para fazer e títulos para ganhar.<br />
Parabéns às nossas campeãs: Matil<strong>de</strong> Saraiva; Catarina<br />
Anjos; Catarina Ferreira; Beatriz Rodrigues; Sofia Paulo; Beatriz<br />
Durão; <strong>Maria</strong>na Gomes; Joana Marchante; Joana Morais;<br />
Rita Feio; Catarina Quintas e aos treinadores Fernando Alves<br />
e Joana Serranho.<br />
Parabéns também à equipa vencedora, <strong>Colégio</strong> <strong>de</strong> Lamego,<br />
que com mérito conseguiu a vitória na final four.<br />
Catarina Carrilho, Coord.<br />
Jogos Sets Pontos<br />
Pos. Cód. Equipa Pontos Vitórias Derrotas Vitórias Derrotas Rácio Ganhos Perdidos Rácio<br />
1 COL Lamego 6 3 0 9 4 2.250 284 230 1.235<br />
2 CCM <strong>Sagrado</strong> CM 5 2 1 8 5 1.600 275 227 1.211<br />
3 GDG Gueifães 4 1 2 7 8 0.875 268 296 0.905<br />
4 EGC Esmoriz 3 0 3 2 9 0.222 181 255 0.710<br />
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Brevemente<br />
Violence amongst young people<br />
I must admit it took me a long time before I ma<strong>de</strong> up my mind about what to write. Everything seemed so superfluous or<br />
uninteresting. But then, something happened which totally grabbed my attention (and I am sure that, after you un<strong>de</strong>rstand<br />
what I am talking about, you will agree with me when I say the same must have happened to many of you).<br />
I first heard about it on the news yesterday: “13-year-old girl brutally assaulted”. I was absolutely aghast when I saw the movie<br />
in which a girl was being beaten by two others while, at the same time, some boys simply watched, indifferent to what was<br />
happening and recording the moment that would afterwards be quickly spread on Facebook.<br />
It makes us think how different from other animals we are after all, we the mankind who is supposed to control their instincts<br />
and act rationally... No matter what the reason is, no one should ever act the way they did. What is more, nobody moved a<br />
muscle and the boys even encouraged such shocking behaviour. It ma<strong>de</strong> me not only revolted but also sick to witness the<br />
<strong>de</strong>grading state of society.<br />
It is also quite important to realize the great impact social networks have had on societies, how they have ma<strong>de</strong> possible<br />
what was scarcely likely to have happened some years ago. And I honestly won<strong>de</strong>r whether we still distinguish between<br />
what is socially acceptable and what´s insanity, if we are still aware of the limits.<br />
Well, I shall now finish my letter leaving you to think about this. By the way, for those who have them, good luck for the exams<br />
this year!<br />
Marta Almeida Santos<br />
Porta-viagens, um projecto inovador para o 5º ano<br />
As nossas professoras <strong>de</strong> Língua Portuguesa, Ana Soares e Marta Branco, concretizaram este ano o projecto da elaboração<br />
<strong>de</strong> um manual <strong>de</strong> Língua Portuguesa para o 5º ano <strong>de</strong> escolarida<strong>de</strong>.<br />
O mesmo nasceu <strong>de</strong> um convite da Texto Editores e da muita vonta<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> criar um projecto inovador, apoiando os professores na árdua tarefa<br />
<strong>de</strong> motivar os alunos em ano <strong>de</strong> transição entre ciclos (do 1º para<br />
o 2º) e <strong>de</strong> regime (os alunos passam <strong>de</strong> um regime <strong>de</strong> monodocência<br />
para um mundo <strong>de</strong> inúmeras disciplinas e novos professores).<br />
O manual intitula-se Porta-viagens e é exactamente em torno <strong>de</strong>ste<br />
conceito da viagem que o mesmo se <strong>de</strong>senvolve. Este projecto inovador<br />
visa apresentar a alunos e professores uma experiência diversificada<br />
na disciplina <strong>de</strong> Língua Portuguesa, com paragens obrigatórias<br />
nas diversas competência que a constituem.<br />
É caso para dizer “Parabéns!” e continuem o bom trabalho.<br />
eco<br />
logiCAMenTe<br />
O Eco-escolas e suas<br />
etapas<br />
Estamos no fim <strong>de</strong> mais um Eco–Ano lectivo,<br />
repleto <strong>de</strong> activida<strong>de</strong>s e iniciativas que<br />
enquadram o respeito pelo meio ambiente...<br />
É gratificante ver que no <strong>de</strong>correr das<br />
activida<strong>de</strong>s lectivas, já temos interiorizada<br />
esta preocupação, tanto nos alunos como<br />
nos professores... As nossas «pegadas» são a<br />
pouco e pouco, cada vez mais ecológicas...<br />
• Foram instalados no <strong>Colégio</strong> painéis solares;<br />
• Os alunos do primeiro ciclo realizaram trabalhos no âmbito<br />
Escola da Energia;<br />
• Alunos do 5º ano <strong>de</strong>senvolveram trabalhos integrados no<br />
Projecto Mini-ONU;<br />
• No âmbito da Geração Depositrão, foram recolhidos 100kg<br />
<strong>de</strong> pequenos electrodomésticos e pilhas;<br />
• Cada vez mais são usados os nossos eco-pontos;<br />
no âmbito da participação no concurso «Biodiversida<strong>de</strong> na<br />
minha Cida<strong>de</strong>», alguns alunos do 7º ano foram vencedores<br />
do prémios com duas fotografias a serem integradas em roteiros<br />
da cida<strong>de</strong>, <strong>de</strong> Lisboa;<br />
• Recolhemos cápsulas Nespresso e juntámos mais <strong>de</strong> trinta<br />
kg que serão convertidos em arroz, entregues ao Banco<br />
Alimentar;<br />
• Como forma <strong>de</strong> assinalar o Dia da Terra, o Dia da Florestas e<br />
da Água, tivemos diversas exposições, como a do Ano Internacional<br />
das Florestas - «Floresta não é só Paisagem»; Exposição<br />
«Cantinho dos aromas», com diversas plantas aromáticas<br />
e com as suas características medicinais.<br />
A 5 <strong>de</strong> Abril assinalou-se o Dia Eco-escolas, no qual tivemos<br />
muitas activida<strong>de</strong> dirigidas a todos, como a habitual<br />
Feira <strong>de</strong> Produtos Biológicos, maçãs biológicas ao almoço,<br />
Jogo LX Game para os Eco-<strong>de</strong>legados do 3º ciclo, Jogos sobre<br />
Ambiente para 2º ciclo, projecção do filme «Terra 2100»<br />
para os alunos do 3º ciclo que se prolongou ao longo da semana,<br />
distribuição <strong>de</strong> panfletos com as «10 medidas <strong>de</strong> pro-<br />
tecção do ambiente», palestra sobre «Bons hábitos alimentares<br />
- Produtos biológicos» para os alunos do 8º ano e projecção<br />
<strong>de</strong> spots sobre a sensibilização para a separação <strong>de</strong> resíduos.<br />
Para os professores foi realizada uma pequena mostra <strong>de</strong><br />
Comida Vegetariana, confeccionada por vários professores<br />
para uma <strong>de</strong>gustação mais ecológica.<br />
No âmbito <strong>de</strong> respeito pelo meio ambiente, queremos<br />
todos que a nossa presença neste planeta seja pouco penalizadora<br />
para as gerações vindouras. Nesta perspectiva, a<br />
nossa Pegada Ecológica (quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> recursos da natureza<br />
necessários para vivermos com qualida<strong>de</strong>, bem como os necessários<br />
para <strong>de</strong>gradar os nossos <strong>de</strong>sperdícios) <strong>de</strong>ve ser tão<br />
reduzida quanto possível.<br />
Existem estudos que afirmam que se fizermos uma alimentação<br />
mais rica em vegetais e frutas e mais pobre em<br />
alimentos <strong>de</strong> origem animal, diminuímos a nossa Pegada<br />
Ecológica e corremos menor risco <strong>de</strong> doenças cardiovasculares.<br />
Este é um caminho que <strong>de</strong>vemos procurar seguir...<br />
Estamos também a preparar algumas activida<strong>de</strong>s que<br />
assinalam o encerramento do ano lectivo, com a realização<br />
do último conselho Eco-Escolas e elaboração do relatório <strong>de</strong><br />
Final <strong>de</strong> Ano e nova Auditoria Ambiental.<br />
Agra<strong>de</strong>cemos a todos quantos se envolveram directa e<br />
indirectamente nas activida<strong>de</strong>s propostas: À Direcção Pedagógica<br />
pela abertura, à administração pela disponibilida<strong>de</strong>,<br />
aos funcionários não docentes pela colaboração e aos professores<br />
pela vonta<strong>de</strong> e criativida<strong>de</strong>, em especial a todos os<br />
que pertencem ao conselho Eco-escolas e aos 55 Eco-Delegados<br />
dos 2º e 3º ciclos pelo empenho.<br />
Ser Eco é uma forma <strong>de</strong> respeitar a natureza e <strong>de</strong> a viver...<br />
Quem se habitua a ser Amigo do Ambiente não consegue<br />
<strong>de</strong>ixar ter uma postura ecológica...<br />
Obrigada a todos!<br />
Esperemos que o sucesso do trabalho <strong>de</strong>senvolvido, por<br />
estas e tantas outras iniciativas, resulte em mais um Galardão<br />
Ban<strong>de</strong>ira Ver<strong>de</strong> Eco-Escolas... Até Setembro!<br />
Saudações ecológicas!<br />
Elisabete Santos, Prof. Coor<strong>de</strong>nadora Projecto<br />
Eco-escolas<br />
28 | OLHARES | REVISTA DO CSCM | ABR-JUN 2011 OLHARES | REVISTA DO CSCM | ABR-JUN 2011 | 29
Ler... escrever... eis a<br />
questão<br />
Quem não gosta <strong>de</strong> ler? E <strong>de</strong> escrever? Não ficaremos à espera<br />
<strong>de</strong> resposta, pois tivemos connosco o David Machado,<br />
no dia cinco <strong>de</strong> Maio, que veio apresentar a sua obra, numa<br />
sessão tão viva e motivadora, capaz <strong>de</strong> <strong>de</strong>safiar muitos <strong>de</strong><br />
nós para o prazer <strong>de</strong> ler e <strong>de</strong> escrever.<br />
Focando o seu percurso <strong>de</strong> escritor, acentuou a magia<br />
que para si representava a criativida<strong>de</strong>, o muito imaginar.<br />
Recuando à sua infância, sublinhou a importância das histórias<br />
ouvidas ao <strong>de</strong>itar e, <strong>de</strong>pois, as suas tentativas <strong>de</strong> criar as<br />
suas próprias histórias, que construía no seu imaginário infantil,<br />
dia após dia. Até que <strong>de</strong>cidiu passar ao papel. Amontoar<br />
apontamentos, i<strong>de</strong>ias, registos, que, mais tar<strong>de</strong>, ganhariam<br />
forma, até esse ponto <strong>de</strong>cisivo em que aquilo que se<br />
escreve ganha direitos <strong>de</strong> aparecer publicamente.<br />
Um escritor é como um super-herói, afirma David Machado.<br />
Um escritor tem um po<strong>de</strong>r muito especial: o <strong>de</strong> conduzir<br />
o seu leitor a universos inesperados e fascinantes. Como um<br />
super-herói, é capaz <strong>de</strong> criar mundos, personagens, enredos,<br />
<strong>de</strong>sfechos, acompanhado <strong>de</strong> uma multidão <strong>de</strong> leitores.<br />
Assim, a magia da leitura e da escrita é o <strong>de</strong>safio que nos<br />
fica. LER…LER…LER…Enriquecer o nosso espírito com outras<br />
experiências <strong>de</strong> vida, outros saberes, outras “viagens”. E,<br />
pelo enriquecimento que a leitura proporciona, passamos a<br />
saber escrever melhor. E – quem sabe ?- a escrever também<br />
como o David, as nossas obras-primas.<br />
Como o David foi aluno do <strong>Colégio</strong>, muito mais nos honram<br />
os seus sucessos.<br />
Parabéns, David! Apren<strong>de</strong>mos muito contigo.<br />
Filipa Botto, Prof.<br />
Feira do Livro<br />
do <strong>Sagrado</strong><br />
Em Maio, no âmbito da realização da Feira<br />
do Livro, tiveram lugar duas interessantes<br />
activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>stinadas aos alunos do 2º<br />
ciclo, 3º ciclo e Secundário. Contámos com<br />
a presença <strong>de</strong> David Machado, escritor<br />
e antigo aluno do nosso colégio, cuja<br />
activida<strong>de</strong> se dirigiu aos alunos mais novos.<br />
Jorge Serafim, contador <strong>de</strong> estórias, foi o<br />
convidado para os mais velhos.<br />
Contos <strong>de</strong> Serafim<br />
Esta história começa assim: Serafim começou a falar. Contou<br />
um conto sobre um Califa, sobre a Tia Miséria, sobre um Homem<br />
Sem Sorte e sobre um Árabe Pobre...<br />
Contou contos sérios e contos menos sérios, contos com<br />
moral e sem moral, contos curtos, longos, ingleses, árabes,<br />
portugueses, asiáticos, mirabolantes, realísticos, interessantes,<br />
cativantes, fantásticos, impossíveis... enfim! Toda uma<br />
mistura elegante e bem estruturada <strong>de</strong> contos que <strong>de</strong>ixaram<br />
os alunos e professores que assistiram com um sorriso<br />
na cara e, na maior parte das vezes, a rir <strong>de</strong>salmadamente.<br />
Para fazer interlúdios a estes contos, utilizou críticas<br />
sociais que mais ninguém se lembraria <strong>de</strong> fazer. Salientou<br />
cúmulos <strong>de</strong> coisas simples do dia-a-dia, como usar um telemóvel<br />
ou ir às compras no Pingo Doce. Falou sobre anúncios<br />
<strong>de</strong> televisão, sobre pasta <strong>de</strong> <strong>de</strong>ntes e até sobre fiambre da<br />
perna extra. Por outras palavras, temas muito originais.<br />
Na minha opinião pessoal, penso que Jorge Serafim fez<br />
uma óptima gestão do tempo, nomeadamente das alturas<br />
em que <strong>de</strong>via contar um certo e <strong>de</strong>terminado tipo <strong>de</strong> conto<br />
ou que <strong>de</strong>via fazer uma pausa, com uma das suas hilariantes<br />
críticas sociais. Também foi extremamente expressivo,<br />
fazendo com que fosse quase impossível per<strong>de</strong>r a concentração<br />
no conto. Quase parecia que o estávamos a viver.<br />
Esta história acaba assim: os espectadores presentes não<br />
se sentiram arrependidos pelo tempo dispendido!<br />
<strong>Maria</strong>na Silvestre, 9ºA<br />
Notícias do Centenário<br />
Suplemento especial da Revista olhares<br />
Por ocasião da Semana das Artes, os alunos do 8º ano dramatizaram 5 momentos alusivos ao<br />
Centenário da República Portuguesa. Pág. 36<br />
Comemorar o Centenário da República através da craiação <strong>de</strong> “ban<strong>de</strong>iras ecológicas” feitas com<br />
material reciclado foi uma das muitas activida<strong>de</strong>s levadas a cabo pelo primeiro ciclo. Pág. 34<br />
30 | OLHARES | REVISTA DO CSCM | ABR-JUN 2011 OLHARES | REVISTA DO CSCM | ABR-JUN 2011 | 31
Centenário da República<br />
Associando-se às comemorações do Centenário da Implantação da República,<br />
o Departamento <strong>de</strong> Ciências Sociais e Humanas, no contexto das suas activida<strong>de</strong>s anuais,<br />
levou a cabo um conjunto diversificado <strong>de</strong> intervenções, tendo como objectivo a Comunida<strong>de</strong><br />
Educativa nas suas múltiplas vertentes. Todas elas foram programadas em conjunto, sendo<br />
envolvidas, implícita ou explicitamente todas as disciplinas que integram o Departamento.<br />
Assim, e para começar, no átrio do Pavilhão I assinalou-se a efeméri<strong>de</strong>, no dia 6 <strong>de</strong> Outubro,<br />
com uma pequena exposição evocativa, e um Power Point explicativo. No intervalo<br />
cantou-se o Hino Nacional.<br />
Depois, foram-se realizando as várias activida<strong>de</strong>s programadas: aos Encarregados<br />
<strong>de</strong> Educação, Alunos, Professores foi proposta, como motivação para a activida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
encerramento, uma conferência sobre Memórias Familiares e República, orientada<br />
pela Doutora <strong>Maria</strong> <strong>de</strong> Lur<strong>de</strong>s Rosa, <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> interesse, mas que teve pouca a<strong>de</strong>são; com<br />
os alunos foi realizado, com êxito, um dinâmico programa <strong>de</strong> interdisciplinarida<strong>de</strong><br />
e <strong>de</strong> conferências, que envolveu muitas turmas, do jardim <strong>de</strong> Infância ao<br />
12º ano, tendo sido convidados como oradores a Doutora Laurinda Alves e o Doutor Leite<br />
Campos; para professores e funcionários foram realizadas duas visitas guiadas pelos<br />
professores do Departamento, uma ao Palácio da Pena , como testemunho do fim<br />
da Monarquia, e outra à Casa Museu Anastácio Gonçalves, insigne republicano, as quais,<br />
embora muito interessantes e significativas, tiveram muito fraca a<strong>de</strong>são.<br />
Para terminar, foi levada a efeito, com a colaboração <strong>de</strong> todo o Departamento, uma<br />
exposição sobre a Importância das Memórias Familiares para a História, só<br />
com contribuições <strong>de</strong> encarregados <strong>de</strong> educação, alunos e professores. Foi gratificante<br />
verificar que, finalmente, houve alguma resposta ao nosso pedido <strong>de</strong> colaboração, e<br />
po<strong>de</strong>mos dizer que <strong>de</strong>spertou muito interesse entre todos os que participaram, no dia 27<br />
<strong>de</strong> Maio, na Festa das Famílias.<br />
Como Coor<strong>de</strong>nadora do Departamento <strong>de</strong> Ciências Sociais e Humanas reconheço neste<br />
conjunto <strong>de</strong> activida<strong>de</strong>s, um trabalho <strong>de</strong> grupo, programado e levado a efeito com a<br />
colaboração e o empenho <strong>de</strong> todos os professores que o integram. De acordo com o nosso<br />
I<strong>de</strong>ário e mais concretamente o tema do ano – Lançar Pontes – a formação integral<br />
dos alunos só se consegue com a colaboração <strong>de</strong> todos os elementos da Comunida<strong>de</strong><br />
Educativa, o que inclui também a reflexão sobre os momentos importantes da nossa vida<br />
colectiva, assim como a sua comemoração.<br />
<strong>Maria</strong> Luísa Serrano, Coor<strong>de</strong>nadora do DCSH<br />
Na semana correspon<strong>de</strong>nte ao<br />
Centenário da República, em<br />
Outubro do ano transacto, o Departamento<br />
<strong>de</strong> Ciências Sociais e Humanas dinamizou<br />
uma exposição comemorativa do<br />
respectivo Centenário, na qual procurou<br />
apresentar as principais fases <strong>de</strong><br />
Implantação da República Portuguesa.<br />
A exposição <strong>de</strong>senvolveu-se em<br />
torno <strong>de</strong> duas gran<strong>de</strong>s faixas,<br />
uma com as cores da monarquia,<br />
na qual estavam sintetizadas as<br />
causas que conduziram à queda do<br />
regime monárquico, e outra com as<br />
cores da república, on<strong>de</strong> estavam<br />
apresentadas as consequências<br />
e principais alterações <strong>de</strong>sta<br />
revolução.<br />
Entre as duas faixas, no écran <strong>de</strong> televisão,<br />
foi visualizada uma apresentação em<br />
powerpoint explicativa da própria<br />
revolução.<br />
Com o objectivo <strong>de</strong> envolver toda a<br />
comunida<strong>de</strong> educativa na comemoração<br />
<strong>de</strong>ste evento, foi, ainda, cantado o hino, na<br />
manhã <strong>de</strong> dia 6 <strong>de</strong> Outubro, pelos alunos<br />
do 5º ano, que se vestiram a rigor com as<br />
cores da República, inaugurando, assim,<br />
um vasto ciclo <strong>de</strong> comemorações que se<br />
<strong>de</strong>senvolveram ao longo <strong>de</strong> todo o ano.<br />
Marília Santos (Professora <strong>de</strong> História e Geografia <strong>de</strong><br />
Portugal)<br />
O projecto À <strong>de</strong>scoberta <strong>de</strong><br />
Lisboa foi muito giro<br />
A primeira coisa que vimos<br />
foi a Praça do Pelourinho, que<br />
agora é a Praça do Município,<br />
on<strong>de</strong> foi a implantação da<br />
República.<br />
No autocarro [os alunos do 11º ano] explicaram-nos a vida<br />
<strong>de</strong> uma criança no tempo da República. As crianças naquele<br />
tempo chegavam à escola, <strong>de</strong>spiam o casaco, entravam<br />
na sala, cumprimentavam o professor ou a professora e começavam<br />
a trabalhar. No fim das aulas <strong>de</strong>spediam-se já com<br />
as coisas arrumadas e rapidamente se iam embora pois estavam<br />
à espera <strong>de</strong>les. Os jogos dos rapazes eram os berlin<strong>de</strong>s<br />
e os piões e os das meninas eram o das 5 pedrinhas e<br />
saltar à corda.<br />
Leonor Sequeira, 3º C<br />
no dia 1 <strong>de</strong> Junho <strong>de</strong><br />
2011 fomos fazer uma<br />
visita <strong>de</strong> estudo<br />
À <strong>de</strong>scoberta <strong>de</strong> Lisboa.<br />
Primeiro, começámos por ouvir como era a vida das crianças<br />
no tempo da República. Todos os dias as crianças iam para a<br />
escola e trabalhavam até à tar<strong>de</strong>, como nós. Mas, <strong>de</strong>pois, na<br />
hora <strong>de</strong> ir embora iam jogar à bola e saltar à corda até os pais<br />
os chamarem para casa on<strong>de</strong> toda, toda, mas mesmo toda a<br />
gente, trabalhava.<br />
Naquele tempo as refeições estavam “todas trocadas”: o almoço<br />
era <strong>de</strong> manhã; o jantar a meio do dia; e a ceia por volta<br />
das oito horas da noite. Depois <strong>de</strong>sta explicação, passámos<br />
pela Praça do Município que na monarquia se chamava Praça<br />
do Pelourinho. Foi na varanda <strong>de</strong>ssa praça que foi <strong>de</strong>rrubada<br />
a monarquia e proclamada a República.<br />
Depois, parámos no Miradouro <strong>de</strong> S. Pedro <strong>de</strong> Alcântara,<br />
no Bairro Alto, ao pé do elevador da Glória, on<strong>de</strong> havia uma<br />
bela vista para o Castelo <strong>de</strong> S. Jorge e para o rio Tejo.<br />
De seguida fomos à Basílica da Estrela, on<strong>de</strong> vimos um belo<br />
presépio. A seguir, fomos a Belém on<strong>de</strong> vimos o museu dos<br />
Coches, o museu da Presidência da República e os famosos<br />
pastéis <strong>de</strong> Belém. Também passámos pelos Jerónimos e pela<br />
Torre <strong>de</strong> Belém. Foi uma boa visita.<br />
Gonçalo Reis, 3º C<br />
32 | OLHARES | REVISTA DO CSCM | ABR-JUN 2011 OLHARES | REVISTA DO CSCM | ABR-JUN 2011 | 33
1º ciclo<br />
Dois meninos do 7º ano vieram à nossa aula fazer uma apresentação<br />
sobre a I Guerra Mundial.<br />
na apresentação disseram que a i<br />
guerra Mundial começou em 1914<br />
e acabou em 1918. disseram que os<br />
portugueses tinham feito uma aliança<br />
com a inglaterra, e que tinham<br />
enviado tropas para combater na<br />
Flandres.<br />
Durante o período da guerra morreram muitas pessoas <strong>de</strong><br />
todos os países envolvidos.<br />
A I Guerra Mundial também ficou a ser conhecida como a<br />
guerra das trincheiras porque durante muito tempo os soldados<br />
não conseguiam sair <strong>de</strong> lá.<br />
No final da apresentação os alunos fizeram perguntas. Gostei<br />
muito <strong>de</strong> ver a apresentação; foi muito interessante.<br />
Pedro Pires Lalanda Vieira, 3ºC<br />
Quem veio apresentar a 1ª Guerra Mundial foram dois meninos<br />
e um professor. Um chamado João e outro Gonçalo.<br />
Achei a apresentação gira e divertida. Gostei muito e fiquei a<br />
saber um bocadinho mais sobre a 1ª Guerra Mundial.<br />
Eles falaram-nos <strong>de</strong> várias coisas<br />
sobre a 1ª guerra Mundial.<br />
- Quando é que começou.<br />
- Quem é que lutava.<br />
- Com quem.<br />
- Quando é que acabou...<br />
No fim vimos um filme muito interessante sobre a 1ª Guerra<br />
Mundial. Também nos fizeram algumas perguntas sobre o<br />
que tinham apresentado.<br />
Mafalda Alves da Silva – 3º C<br />
No âmbito das Comemorações do Centenário da República as turmas do 1º ciclo<br />
elaboraram ban<strong>de</strong>iras <strong>de</strong> Portugal, revelando criativida<strong>de</strong>, assim como respeito pelo<br />
ambiente. Esta activida<strong>de</strong> foi realizada em conjunto com as professoras <strong>de</strong> Expressão<br />
Plástica. As ban<strong>de</strong>iras foram apresentadas numa exposição que contou também com<br />
fotografias e textos realizados pelos alunos do 3º e 4º anos a propósito da Visita <strong>de</strong><br />
Estudo ao Museu da Presidência. Os alunos do 1ºciclo, vestidos com<br />
as cores da ban<strong>de</strong>ira, reuniram-se no campo <strong>de</strong> jogos para<br />
cantar o Hino <strong>de</strong> Portugal.<br />
2º ciclo<br />
No 1º Período <strong>de</strong>ste ano, foi-nos pedido, em<br />
Área <strong>de</strong> Projecto, que fizéssemos um trabalho<br />
relacionado com o Centenário da República.<br />
Foram-nos apresentados vários<br />
temas, mas <strong>de</strong> todos os que podíamos<br />
escolher, aquele que nos <strong>de</strong>spertou a<br />
curiosida<strong>de</strong> foi a Revolução do 5 <strong>de</strong><br />
Outubro <strong>de</strong> 1910.<br />
Ainda não tínhamos dado esta matéria, portanto, este assunto<br />
era-nos familiar apenas <strong>de</strong> ouvido. Sabíamos o que tinha<br />
acontecido, mas faltava enten<strong>de</strong>r.<br />
Enquanto <strong>de</strong>senvolvíamos este trabalho, <strong>de</strong>scobrimos várias<br />
coisas. Já sabíamos o que era o Regicídio. Já sabíamos o<br />
quão <strong>de</strong>scontente estava a população. Já sabíamos que nesta<br />
altura podia-se “cheirar a revolução que estava para vir”, nas<br />
palavras da nossa professora <strong>de</strong> História. Mas o que era essa<br />
revolução?<br />
Pois é, <strong>de</strong>scobrimos que esta revolução não era apenas<br />
“mais uma”, porque foi a mesma que iniciou a I República, que<br />
apesar <strong>de</strong> ter durado apenas 16 anos, foi um gran<strong>de</strong> impacto<br />
para os portugueses, pois fez a “transição” da Monarquia para<br />
a República.<br />
Terminados os estudos sobre o que acontecera verda<strong>de</strong>iramente,<br />
a maquete ia sendo <strong>de</strong>senvolvida. A verda<strong>de</strong> (modéstia<br />
à parte) é que até estava a ficar bem gira, e mais importante<br />
que tudo: realista.<br />
E as aulas foram passando, e sem darmos conta, a maquete<br />
estava terminada, a apresentação ensaiada e o powerpoint<br />
preparado. Estava tudo a postos. Durante o trabalho falámos<br />
sobre vários assuntos que achámos que seriam do interesse da<br />
turma: fizemos uma espécie <strong>de</strong> B.I do Rei D. Carlos, pois achámos<br />
que era importante saber o que tinha acontecido ao rei e<br />
como tinha sido o seu reinado. Falámos também sobre outra<br />
personagem, que era <strong>de</strong>sconhecida <strong>de</strong> todo o grupo: Machado<br />
dos Santos. Para quem não sabe, Machado dos Santos foi<br />
um conspirador anti-monárquico que teve um papel <strong>de</strong>terminante<br />
nesta Revolução. Além das personagens que marcaram<br />
esta Revolução, utilizámos também textos do nosso livro, que<br />
retratavam muito bem este acontecimento.<br />
Carolina Costa (6ºB)<br />
34 | OLHARES | REVISTA DO CSCM | ABR-JUN 2011 OLHARES | REVISTA DO CSCM | ABR-JUN 2011 | 35
A visita do 6ºC aos<br />
pequeninos da sala<br />
Violeta<br />
No passado dia 13 <strong>de</strong> Janeiro, o 6ºC<br />
foi apresentar, aos mais pequenos, os<br />
trabalhos realizados no 1º Período. No<br />
nosso caso fomos à sala violeta. Foi muito<br />
enriquecedor. Os alunos da sala violeta<br />
apren<strong>de</strong>ram muito sobre a República e nós<br />
apren<strong>de</strong>mos como os pequeninos gostam <strong>de</strong><br />
fantoches, <strong>de</strong> teatros, <strong>de</strong> puzzles… etc. No<br />
final <strong>de</strong>ste dia, só se ouvia a turma do 6ºC<br />
a dizer que se pudéssemos repetir isto, o<br />
iríamos fazer com muito gosto. (Para verem<br />
algumas fotos, vão à galeria <strong>de</strong> fotos)!<br />
Marta Gagean Duarte Ribeiro (6ºC)<br />
3º ciclo<br />
Por ocasião da Semana das<br />
Artes, os alunos do 8º ano<br />
dramatizaram 5 momentos<br />
alusivos ao Centenário da<br />
República Portuguesa. De segunda<br />
a sexta feira, a comunida<strong>de</strong> escolar teve<br />
oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> testemunhar o talento dos<br />
nossos alunos num trabalho que se revelou<br />
<strong>de</strong>monstrativo do gran<strong>de</strong> rigor artístico e<br />
empenho que as turmas do 8º ano tiveram<br />
em relação aos projectos criativos em que<br />
participam.<br />
Do programa da disciplina <strong>de</strong> Expressão Dramática faz parte<br />
uma apresentação dos trabalhos que os alunos <strong>de</strong>senvolvem<br />
ao longo do ano lectivo. Assim, e a partir <strong>de</strong> uma pesquisa<br />
exaustiva acerca dos objectos, vestuário e locais importantes<br />
no processo <strong>de</strong> implantação da República, os alunos<br />
transpuseram a realida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ssa época para os espaços<br />
do colégio e, com vários elementos cenográficos, recriaram<br />
os passos que os primeiros republicanos <strong>de</strong>ram no 5 <strong>de</strong> Outubro<br />
<strong>de</strong> 1910. Des<strong>de</strong> a morte <strong>de</strong> D. Luís, passando pelo regicídio,<br />
até à implantação da República, as cinco turmas do 8º<br />
ano apresentaram com sucesso no espaço exterior do colégio<br />
e contaram com a presença <strong>de</strong> muitos encarregados <strong>de</strong><br />
educação, funcionários, professores e alunos que assistiram<br />
com muito entusiasmo às dramatizações.<br />
Vítor Oliveira, Professor <strong>de</strong> Expressão Dramática<br />
ÁREA DE PROJECTO<br />
7º e 8º ANOS<br />
Este ano o nosso país comemora o Centenário da República.<br />
Por este motivo foi-nos proposto que realizássemos,<br />
no âmbito da Área <strong>de</strong> Projecto, um trabalho<br />
sobre este tema, com a finalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ser apresentado<br />
aos colegas do 1º Ciclo. Por isso, cada grupo teve<br />
como preocupação fundamental não só o rigor científico,<br />
mas também a simplicida<strong>de</strong>, criativida<strong>de</strong> e originalida<strong>de</strong>s<br />
das apresentações.<br />
Os temas <strong>de</strong>senvolvidos foram:<br />
as causas do fim da monarquia, o<br />
regicídio, a revolução <strong>de</strong> 5 <strong>de</strong> Outubro<br />
e a I Guerra Mundial.<br />
Todos nós a<strong>de</strong>rimos com gran<strong>de</strong> entusiasmo ao tema<br />
proposto e disputámos, entre nós, qual o trabalho que<br />
superava as expectativas. Foi muito divertido e sobretudo<br />
muito enriquecedor.<br />
<strong>Maria</strong> Vitorino, <strong>Maria</strong> Teresa Assunção<br />
e <strong>Maria</strong> Catarina Ferreira (7ºA)<br />
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Secundário<br />
Dia da Filosofia<br />
Este ano lectivo comemorámos o Dia<br />
Internacional da Filosofia no dia 18<br />
<strong>de</strong> Novembro. As professoras <strong>de</strong><br />
Filosofia associaram-se às<br />
celebrações do Centenário<br />
da República convidando a<br />
jornalista e escritora laurinda<br />
Alves para vir ao <strong>Colégio</strong> falar<br />
aos alunos do 10º ano sobre o<br />
tema Política e Cidadania.<br />
Laurinda Alves partilhou muita da<br />
sua experiência pessoal e profissional,<br />
envolvendo os alunos neste tema tão actual.<br />
A jornalista sublinhou a importância da<br />
participação activa dos jovens enquanto<br />
membros da socieda<strong>de</strong> e incentivou-os a ser<br />
actores políticos responsáveis.<br />
As Professoras <strong>de</strong> Filosofia<br />
Conferência sobre a<br />
importância do Direito<br />
<strong>de</strong> Voto. No âmbito das<br />
comemorações do centenário da<br />
República levadas a cabo pelo<br />
Departamento <strong>de</strong> Ciências Sociais<br />
e Humanas do <strong>Colégio</strong> do <strong>Sagrado</strong><br />
<strong>Coração</strong> <strong>de</strong> <strong>Maria</strong>, convidámos o<br />
Dr. Leite <strong>de</strong> Campos para nos falar<br />
sobre a importância do direito <strong>de</strong><br />
voto.<br />
Nesta conferência dirigida aos alunos do secundário, o<br />
tema inicial foi a distinção entre o direito e o <strong>de</strong>ver <strong>de</strong> voto.<br />
O Dr. Leite <strong>de</strong> Campos referiu-se ao processo da conquista<br />
<strong>de</strong>ste direito salientando que só após revoluções liberais<br />
surge o conceito <strong>de</strong> cidadão e o direito <strong>de</strong> voto se generaliza,<br />
tornando-se universal.<br />
Em Portugal após a implantação da República em 1910,<br />
mantiveram-se grupos <strong>de</strong> interesse que condicionaram a<br />
vonta<strong>de</strong> do povo e o voto das mulheres continuou a não<br />
ser possível. A capacida<strong>de</strong> eleitoral foi reconhecida aos portugueses<br />
maiores <strong>de</strong> 21 anos que soubessem ler e escrever<br />
ou que fossem chefes <strong>de</strong> família. Deste modo, a médica Carolina<br />
Beatriz Ângelo, invocando a sua qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> chefe<br />
<strong>de</strong> família, uma vez que era viúva e mãe, conseguiu que um<br />
tribunal lhe reconhecesse o direito a votar com base no sentido<br />
plural da expressão “cidadãos portugueses”. Como consequência<br />
do seu acto a lei foi alterada no ano seguinte com<br />
a especificação <strong>de</strong> que apenas os chefes <strong>de</strong> família do sexo<br />
masculino po<strong>de</strong>riam votar.<br />
Com a implantação do Estado Novo há um estreitamento<br />
político e a instituição do partido único, que <strong>de</strong>ixa sem po<strong>de</strong>r<br />
a oposição. Só com o 25 <strong>de</strong> Abril o direito <strong>de</strong> voto é generalizado.<br />
Por fim, o Dr. Diogo <strong>de</strong> Campos referiu-se à actualida<strong>de</strong>, <strong>de</strong>stacando<br />
a questão do aumento da abstenção tanto em Portugal<br />
como no resto da Europa e EUA.<br />
Lembrou que a obtenção do direito <strong>de</strong> voto foi longa e difícil,<br />
tendo exigido sacrifícios por parte <strong>de</strong> muitos, nomeadamente<br />
<strong>de</strong> todos os que lutaram pela liberda<strong>de</strong> <strong>de</strong> expressão.<br />
João Neves e Margarida Morais 12 C<br />
No âmbito das comemorações<br />
do Centenário da Implantação<br />
da República, o Departamento<br />
<strong>de</strong> Ciências Sociais e Humanas<br />
organizou uma conferência<br />
subordinada ao tema: “Memórias<br />
Familiares e História”, cuja<br />
oradora foi a Professora Doutora<br />
<strong>Maria</strong> <strong>de</strong> Lur<strong>de</strong>s Rosa, doutorada<br />
em História Medieval pela FCSH-<br />
UNL- Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Ciências Sociais<br />
e Humanas da Universida<strong>de</strong> Nova <strong>de</strong><br />
Lisboa<br />
Os objectivos consistiram em motivar os alunos e suas famílias<br />
para a importância da conservação <strong>de</strong> arquivos familiares,<br />
através do <strong>de</strong>staque das memórias recentes, sobretudo<br />
relacionadas com o fim da Monarquia e da I República, em<br />
Portugal (1890-1926). A Professora Doutora <strong>Maria</strong> <strong>de</strong> Lur<strong>de</strong>s<br />
Rosa salientou a facilida<strong>de</strong> com que po<strong>de</strong>mos guardar objectos,<br />
que fazem ou fizeram parte da vida <strong>de</strong> cada um, por<br />
exemplo, numa “caixa <strong>de</strong> memória”. Ainda neste contexto,<br />
serviu também esta conferência para informar acerca da exposição<br />
promovida pelo Departamento <strong>de</strong> Ciências Sociais<br />
e Humanas, realizada na semana <strong>de</strong> 25 a 29 <strong>de</strong> Maio, composta<br />
por fotografias <strong>de</strong> peças familiares enviadas pelos Encarregados<br />
<strong>de</strong> Educação, relativas ao período já referido.<br />
Quem esteve presente <strong>de</strong>certo adquiriu uma nova forma <strong>de</strong><br />
olhar todas as recordações que guarda em casa.<br />
Catarina Silva, professora <strong>de</strong> Economia<br />
Memórias<br />
familiares<br />
Esta exposição estava muito realista e<br />
retrata bem a época. É importante verificar<br />
e sublinhar a correspondência visto que<br />
ainda não existiam e-mails e telemóveis<br />
que usamos no nosso dia-a-dia. Po<strong>de</strong>mos<br />
ainda verificar que após o golpe que <strong>de</strong>u<br />
origem à República, criaram-se postais e<br />
selos com os heróis <strong>de</strong>ssa época, entre eles<br />
Buíça e Teófilo Braga. Na escola havia aulas<br />
extremamente diferentes, como a aula <strong>de</strong><br />
culinária e bordados, para além <strong>de</strong> castigos<br />
muito mais severos e penosos como a<br />
famosa palmatória.<br />
Francisco Cruz, 7º C<br />
Esta exposição está muito engraçada,<br />
gostei muito <strong>de</strong> a ver, pois apren<strong>de</strong>mos um<br />
pouco mais sobre a 1ª República.<br />
Cristina Rio, 6º C<br />
Gostei muito da exposição, é muito<br />
divertido reviver estes tempos.<br />
Mafalda Silva, 6º B<br />
Gostei imenso e dou os meus parabéns pelo<br />
esforço e todo o trabalho que reflecte!<br />
Mª <strong>de</strong> Lur<strong>de</strong>s Rosa, mãe da <strong>Maria</strong> do Carmo Rosa Osório,<br />
3º C<br />
Gostei imenso da exposição, <strong>de</strong>vemos<br />
dar valor a iniciativas novas. Dar valor à<br />
História é um bem que <strong>de</strong>vemos preservar.<br />
Rita Encarnação Gomes, mãe da Joana Encarnação<br />
Gomes, 6º C<br />
<strong>Olhares</strong><br />
NúMERO 27 | ANO 9 | PROPRIEDADE: COLÉGIO DO SAGRADO<br />
CORAçÃO DE MARIA DE LISBOA | AV. MANUEL DA MAIA, Nº 2,<br />
1000 – 201 LISBOA | TEL. 21 8477575 | FAX. 21 8476435 | DIRECçÃO:<br />
MARGARIDA MARRUCHO MOTA AMADOR | COORDENAçÃO:<br />
CATARINA CARRILHO E LUíS PEDRO DE SOUSA | APOIO GRÁFICO:<br />
FERNANDO COELHO | IMPRESSÃO: CLIO, ARTES GRÁFICAS |<br />
TIRAGEM: 1330 EXEMPLARES | DISTRIBUIçÃO: GRATUITA À<br />
COMUNIDADE EDUCATIVA<br />
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