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Índice 1ª parte: Origem e Evolução das Cuecas Introdução ...

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<strong>Índice</strong><br />

<strong>1ª</strong> <strong>parte</strong>: <strong>Origem</strong> e <strong>Evolução</strong> <strong>das</strong> <strong>Cuecas</strong><br />

<strong>Introdução</strong>........................................................... 3<br />

<strong>Evolução</strong> histórica da roupa interior masculina:<br />

- Pré-história, Antigo Egipto e Grécia Antiga........... 4<br />

- Idade Média e Século XIX................................... 5<br />

- Século XX<br />

(1900-1910 e 1910-1920).............................. 6<br />

(1920-1930)................................................. 7<br />

(1930-1940 e 1940-1950).............................. 8<br />

(1950-1960)................................................. 9<br />

(1960-actualidade)....................................... 10<br />

Família <strong>das</strong> cuecas............................................... 11<br />

Conclusão........................................................... 12<br />

2ª <strong>parte</strong>: Análise de um objecto do período<br />

“Arte Nova” - Ficha de Tomás Maldonado<br />

Ficha de Análise................................................... 14<br />

Conclusão........................................................... 17<br />

3ª <strong>parte</strong>: Cartaz publicitário para revista do<br />

fato-macaco “Jockey”...................................... 18<br />

Sites consultados................................................. 19


<strong>1ª</strong> <strong>parte</strong><br />

<strong>das</strong> <strong>Cuecas</strong><br />

<strong>Origem</strong> e <strong>Evolução</strong>


<strong>Introdução</strong><br />

É verdade que ao pensarmos em roupa íntima,<br />

visualizamos conjuntos de cuequinhas e sutiãs. Mas<br />

esquecemo-nos que existem versões masculinas que<br />

podem ser encontra<strong>das</strong> em várias cores e modelos.<br />

Os tecidos sintéticos e modelos confortáveis que hoje<br />

dominam o mercado da roupa interior masculina, têm<br />

em comum com os primeiros modelos concebidos<br />

apenas a finalidade. Ainda assim, os percursores <strong>das</strong><br />

cuecas e dos boxers não tinham nem de longe a<br />

preocupação com a estética.<br />

Ao longo dos tempos notou-se uma preocupação<br />

crescente com o conforto, praticabilidade e estética,<br />

acompanhando as evoluções tecnológicas.<br />

<strong>Evolução</strong> Histórica<br />

A roupa íntima masculina sempre foi primeiramente<br />

funcional, de acordo com a forma do corpo


masculino, feita com tecidos macios e protectores<br />

preocupando-se essencialmente com o conforto.<br />

Pré-História<br />

Neste periodo a roupa interior resumia-se<br />

a um pedaço de pele de animal amarrado<br />

em volta dos quadris.<br />

Antigo Egipto<br />

Era usado um longo pedaço de linho<br />

moldado como um triângulo com tiras nas<br />

pontas. Era amarrado em redor dos<br />

quadris e laçado por entre as pernas;<br />

depois, com as tiras, era amarrado<br />

novamente nos quadris.<br />

Grécia Antiga<br />

Nesta época a roupa interior era<br />

semelhante à usada pelos antigos egípcios<br />

- o púbis era coberto com um tecido<br />

triangular preso por fios amarrados aos<br />

quadris. O uso deste tipo de roupa interior<br />

prolongou-se até à Idade Média.<br />

Idade Média<br />

O linho continuou a ser o tecido preferido na confecção <strong>das</strong><br />

roupas íntimas, visto ser o único que podia ser lavado sem


se danificar. As cuecas, frequentemente amarra<strong>das</strong> abaixo<br />

do joelho com fitas ou alfinetes, serviam como protecção<br />

contra o metal áspero <strong>das</strong> armaduras usa<strong>das</strong> pelos<br />

cavaleiros. Este é considerado o verdadeiro antecedente da<br />

roupa interior masculina, que continuou em uso até ao início<br />

do Século XIX.<br />

Século XIX<br />

Com a Revolução Industrial, novas<br />

invenções como a máquina de fiação, de<br />

tecelagem e a máquina de custura<br />

vieram revolucionar a confecção da<br />

roupa interior. As roupas íntimas, até<br />

agora feitas à mão em casa, passam a<br />

ser produzi<strong>das</strong> em série. No ínicio do<br />

século começaram a ser utilizados novos<br />

tecidos na feitura <strong>das</strong> roupas, e na<br />

década de 1830 tornaram-se muito<br />

populares as roupas interiores de flanela<br />

e algodão. Em 1895, o catálogo <strong>das</strong><br />

lojas Montegomery Ward oferecia<br />

roupas íntimas masculinas feitas de<br />

algodão e flanela; as cores mais<br />

populares eram o cinza e o vermelho.<br />

Século XX<br />

1900-1910


No primeiro decénio do século XX, a industria começou a<br />

preocupar-se em responder às<br />

necessidades do homem de roupa interior<br />

limpa e durável. Começou-se a produzir<br />

uma espécie de fato-macaco, de mangas e<br />

pernas compri<strong>das</strong>, feito em malha ( com a<br />

desvantagem de se tornar muito quente<br />

no verão ). O sugimento do moinho<br />

movido a água e o aumento da mão-deobra<br />

empregue nesta industria, vieram<br />

ajudar o aumento da produção. Com as<br />

novas máquinas de cortar, dezenas de<br />

tecidos eram cortados em simultâneo, o<br />

que acelerava o processo da confecção. Assim, uma peça<br />

interior que levaria de um a três dias a ser feita<br />

manualmente em casa, podia agora ser feita por máquinas<br />

em menos de uma hora.<br />

1910-1920<br />

Nesta década surgiu pela primeira vez a<br />

publicidade à roupa interior, que reflectia as<br />

mudanças. Pinturas a óleo do americano J.C.<br />

Leyendecker (artista do jornal Saturday Evening<br />

Post) retratavam homens nos seus fatos<br />

interiores da marca Kenosha Klosed Krotches.<br />

Estes foram os primeiros anúncios de roupa<br />

interior masculina publicados.


Ambas as Guerras Mundiais contribuiram para um grande<br />

desenvolvimento da roupa interior masculina, e durante a<br />

<strong>1ª</strong> Guerra Mundial (1914-1918) surgiram os primeiros shorts<br />

com botões. À medida que se<br />

aproximava 1920, começavam a<br />

aparecer novos modelos<br />

patenteados, que reduziam os<br />

botões para maior conforto e<br />

acessibilidade. Alguns dos primeiros<br />

fatos completos tinham braguilhas<br />

abertas ( por motivos de higiene)<br />

que se mantinham fecha<strong>das</strong> com<br />

botões. Depois apareceram os modelos de braguilha<br />

fechada. Alguns modelos tinham uma abertura nas nádegas,<br />

e mantinham-se mais ou menos fecha<strong>das</strong> devido à<br />

sobreposição dos tecidos. Outros tinham uma aba em forma<br />

de D na <strong>parte</strong> traseira, presa com um único botão no meio<br />

da nádega direita para o manter fechado. O conforto tinhase<br />

tornado o objectivo principal na roupa interior masculina.<br />

1920-1930<br />

Nesta década apareceu um novo tecido de algodão. Muitos<br />

homens e rapazes ainda usavam o<br />

fato-macaco como roupa interior, em<br />

vários modelos. Eram necessárias as<br />

medi<strong>das</strong> do peito, cintura e tronco<br />

(uma medida circular por cima do<br />

ombro e por baixo da braguilha) para<br />

determinar o tamanho correcto.<br />

Surgiram os primeiros tecidos que não<br />

encolhem, assim como outras novas<br />

tecnologias. Por exemplo, a marca<br />

Duofold comercializava roupa interior


numa fibra de algodão que separava o suor do corpo; a<br />

Swiss American apresentou um modelo de fato interior com<br />

pinças nas costas para um melhor ajuste ao corpo; a<br />

Hatchway criou um modelo sem botões; a Carter’s começou<br />

a fabricar roupa interior em malhas de algodão mais<br />

elegantes, lã e misturas de seda.<br />

1930-1940<br />

A partir de 1930, a marca Jockey patenteou uma peça de<br />

roupa interior com a braguilha<br />

sobreposta em forma de Y invertido, em<br />

modelos curtos e<br />

compridos. Surgiu<br />

assim uma peça que<br />

se assemelha às<br />

cuecas actuais, que foi<br />

muito popular na<br />

altura. Retiraram-se os<br />

botões e colocavam-se ban<strong>das</strong> elásticas à<br />

volta da cintura. Surgiram assim os boxers,<br />

semelhantes aos calções usados pelos<br />

lutadores de boxe. A Scovill Manufacturing<br />

introduziu pela primeira vez as molas de<br />

pressão, que ganharam preferência sobre<br />

os botões.<br />

1940-1950<br />

Em meados do século, surgiram os teares eléctricos que se<br />

vieram sobrepôr aos equipamentos movidos a água,<br />

aumentando a rapidez de produção.


Com a 2ª Guerra Mundial (1939-1945) houve necessidade<br />

de reduzir os custos, o que levou ao abandono <strong>das</strong> cinturas<br />

elásticas pelo retorno às cinturas ajustáveis<br />

com botões de lado. Este<br />

retrocesso revoltou os principais<br />

fabricantes de roupa interior e<br />

alguns consumidores, porque<br />

para além de as roupas interiores terem de ser<br />

de menor qualidade devido à crise, muitas vezes<br />

eram difíceis de encontrar à venda. As cuecas de<br />

malha, os shorts com botões, as molas de<br />

pressão, as costas com pinças e o ainda muito<br />

usado fato-macaco, tinham-se tornado<br />

indispensáveis a muitos homens.<br />

Após a guerra, surge um novo processo de prélavagem<br />

que impede os tecidos de encolherem, que foi<br />

imediatamente adoptado pelos produtores mais importantes.<br />

São comercializa<strong>das</strong> umas cuecas com o tecido cortado em<br />

viés, que se adaptavam a todos os movimentos. Surgem<br />

também uns boxers largos feitos em tecido semi-elástico,<br />

para maior conforto. Começa a haver semelhanças notáveis<br />

com a roupa interior actual.<br />

1950-1960<br />

Foi na década de 50 que se deu o maior avanço na evolução<br />

da roupa interior masculina. O<br />

homem desta época era mais<br />

atrevido, e as tradicionais boxers<br />

brancas foram abandona<strong>das</strong> em<br />

função de roupas interiores<br />

colori<strong>das</strong> e com os mais variados<br />

padrões.


Acabada a crise causada pela guerra, tanto as<br />

cuecas como os boxers eram muito vendidos.<br />

São utilizados novos materiais tais como a<br />

seda artificial e o nylon. Tornaram-se muito<br />

populares as cuecas em malha de nylon numa<br />

vasta gama de cores, e no final da década<br />

apareceu um modelo sem braguilha em<br />

padrões leopardo, tigre e zebra. Também os<br />

boxers eram muito decorados. Apesar disso, o algodão<br />

manteve-se como o material mais utilizado. Nos anúncios<br />

publicitários, as marcas satirizavam o antigamente.<br />

1960-actualidade<br />

Desde o ínicio do século, os preços da roupa interior<br />

mantiveram-se constantes durante mais de 50 anos, mas na<br />

década de 60, os preços começaram a aumentar.<br />

Actualmente, a roupa interior tornouse<br />

uma questão de moda. Algumas<br />

<strong>das</strong> marcas mais antigas (como a<br />

Jockey) ainda são <strong>das</strong> mais vendi<strong>das</strong>,<br />

mas há também muitas marcas<br />

novas, e quase to<strong>das</strong> usam a<br />

sensualidade do corpo masculino<br />

como chamativo nos seus anúncios<br />

publicitários. Nas páginas <strong>das</strong> revistas<br />

e em cartazes, marcas como a<br />

2(x)ist, Calvin Klein, Sauvage, Ron<br />

Chereskin e Tommy Hilfiger procuram chamar a atenção<br />

recorrendo ao sex-appeal.


Família <strong>das</strong> <strong>Cuecas</strong><br />

Actualmente, a roupa interior masculina existe em<br />

vários modelos de acordo com o gosto e<br />

personalidade de cada um e é indispensável no<br />

guarda roupa de qualquer homem.<br />

Slip<br />

É a cueca mais clássica, é um modelo que fica<br />

bem em qualquer tipo de homem. Ideal para<br />

usar com calças justas (como jeans) e praticar<br />

desporto.<br />

Boxers<br />

Justos<br />

Ideal para os homens mais magros, são mais<br />

justos, mas como são feitos de 100% algodão,<br />

são muito macios e confortáveis.<br />

Largos<br />

Provavelmente a mais confortável de to<strong>das</strong><br />

para além de ser a mais descontraída. Mais<br />

ventilada, muitos homens preferem usar esse<br />

tipo de boxer quando vestem ternos. Não é<br />

aconselhável usar esse tipo de boxer com<br />

calças justas porque ao vesti-las o boxer


enrola na perna. Também não é o tipo ideal para usar com<br />

calções.<br />

Conclusão<br />

Actualmente existem diversas marcas que<br />

comercializam roupa interior masculina de<br />

grande qualidade, apesar de por vezes darem<br />

mais importância ao aspecto do que à<br />

funcionalidade, mais às tendências da moda do<br />

que à qualidade do design.<br />

São utilizados no fabrico de roupa interior<br />

masculina diversos tecidos, padrões e recortes<br />

anatómicos. Tecnologias modernas na<br />

confecção foram agrega<strong>das</strong> ao produto final,<br />

permitindo uma sensação de maciez, toque<br />

suave e elasticidade na medida certa. São<br />

utiliza<strong>das</strong> tecnologias de ponta até há pouco<br />

tempo exclusivas da roupa interior feminina. O<br />

sistema “Seamless” (que substitui as costuras<br />

por ban<strong>das</strong> de silicone) adoptado agora em<br />

cuecas, permite efeitos realmente significativos<br />

de total conforto com modelagem ajustada e<br />

aderência total à pele. Resultado final: beleza,<br />

conforto e praticabilidade totais garanti<strong>das</strong>.


2ª <strong>parte</strong><br />

Objecto “Arte Nova”<br />

Ficha de Análise de<br />

Tomás Maldonado


Ficha de Análise de Tomás Maldonado<br />

Nome do objecto: “Union Suit” (fato-<br />

-macaco).<br />

Autor: Desconhecido.<br />

Produtor: Jockey.<br />

Dimensões: As dimensões do objecto<br />

são adequa<strong>das</strong> para a sua utilização. O<br />

facto de as mangas e as pernas serem<br />

compri<strong>das</strong> adequa-se à estação para a<br />

qual a peça está destinada (Inverno).<br />

Materiais: Os materiais utilizados eram adequados. O<br />

objecto era produzido em malha, o que era uma vantagem<br />

no aquecimento do corpo. Tinha zonas com botões<br />

separa<strong>das</strong>, para maior conforto e acessibilidade.<br />

Peso: O peso do objecto era proporcional à sua dimensão e<br />

adequado sua à função.<br />

Técnicas: As técnicas utiliza<strong>das</strong> no fabrico eram adequa<strong>das</strong><br />

à época (1910) e às tecnologias conheci<strong>das</strong>.<br />

Custo: O custo era relativamente baixo, devido ao<br />

surgimento da produção em série.<br />

Embalagem: Não é conhecida.


Função declarada: A função do objecto era<br />

essencialmente a função prática, cumprindo todos os<br />

requisitos para tal.<br />

Funcionalidade: O uso de botões tornava funcional o<br />

objecto, porque facilitava a vestir e a despir.<br />

Ruído: Não se aplica.<br />

Manutenção: Era de fácil manutenção, sendo os únicos<br />

cuidados necessários a lavagem, e a costura em caso de<br />

danificação.<br />

Ergonomia: O objecto adapta-se ergonomicamente ao<br />

corpo humano.<br />

Acabamentos: Os acabamentos não eram muito perfeitos,<br />

porque o objecto era produzido industrialmente e as técnicas<br />

da indústria têxtil ainda não eram muito evolui<strong>das</strong>.<br />

Manobrabilidade: Sendo uma peça de vestuário dobrável,<br />

era de fácil transporte e manobrabilidade. A sua abertura e<br />

fecho é feita através de botões.<br />

Duração: O objecto é de longa duração, apesar de a malha<br />

poder encolher com a lavagem.<br />

Toxicidade: Não é constituido por nenhum material tóxico.<br />

Estética: Nesta época não havia preocupação com a<br />

estética da roupa interior. Ainda assim, o objecto funcionava<br />

como um todo harmonioso.


Moda e Styling: O objecto não tem essas preocupações,<br />

preocupando-se apenas com a funcionalidade.<br />

Valor social: Não tem valor social relevante.<br />

Essencialidade: To<strong>das</strong> as <strong>parte</strong>s do objecto são essenciais<br />

à sua utilização. Não tem elementos decorativos.<br />

Antecedentes: O objecto sofreu uma evolução<br />

relativamente aos botões e às costuras comparando com os<br />

seus antecedentes.<br />

Aceitação por <strong>parte</strong> do público: O objecto teve grande<br />

adesão por <strong>parte</strong> do público, tendo inicialmente a sua<br />

campanha publicitária sido chocante para a época.


Conclusão<br />

Conclui-se assim que, para a época, o objecto<br />

foi bem concebido, preocupando-se apenas<br />

com o essencial e não com questões de moda e<br />

valor social.<br />

Adaptava-se perfeitamente ao corpo masculino<br />

e era de fabrico relativamente fácil, o que<br />

reduzia o seu custo.<br />

Comparativamente às cuecas actuais, é um<br />

objecto rude e pouco elaborado.


Sites Consultados:<br />

www2.correioweb.com.br<br />

www.delrio.com.br<br />

www.vintageskivvies.com

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