Revista - Colégio Sagrado Coração de Maria
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Carros híbridos – O futuro<br />
Evolução da língua – Novo Acordo Ortográfico<br />
<strong>Revista</strong> do <strong>Colégio</strong><br />
do <strong>Sagrado</strong> <strong>Coração</strong><br />
<strong>de</strong> <strong>Maria</strong> <strong>de</strong> Lisboa<br />
<strong>Revista</strong> trimestral<br />
Número 26<br />
Ano 2010 | 2011<br />
O que é<br />
arriScar?<br />
OLHARES | REVISTA DO CSCM | JAN-MAR 2011 | 1
Se vivemos uma vida fácil, sem arriscar,<br />
nunca experimentamos algo novo.<br />
Po<strong>de</strong>mos não arriscar e nunca sair da<br />
cama, mas nunca vamos <strong>de</strong>scobrir se<br />
lá fora existem coisas boas ou más.<br />
Arriscar é fazer o que é preciso.<br />
Às vezes, nos testes arriscamos algumas<br />
respostas e po<strong>de</strong>mos ter sorte no risco que<br />
corremos.<br />
Carolina Barbeira, Raffaele Storti 5ºA<br />
Uma vida sem arriscar é monótona e<br />
aborrecida. Nunca vamos <strong>de</strong>scobrir se<br />
fazemos bem ou mal ou se gostamos ou<br />
não. É como andar <strong>de</strong> bicicleta: já tivemos<br />
aci<strong>de</strong>ntes e quedas, é arriscado andar,<br />
mas não <strong>de</strong>ixamos <strong>de</strong> o fazer pelo prazer e<br />
porque temos coragem.<br />
Catarina Baptista e Tomás Pereira, 5ºA<br />
Arriscar po<strong>de</strong> ser bom ou mau. Po<strong>de</strong>mos<br />
ganhar, mas também po<strong>de</strong>mos per<strong>de</strong>r.<br />
Quando arriscamos é porque somos<br />
ambiciosos, mas <strong>de</strong>vemos pensar nas<br />
consequências finais, porque, por vezes,<br />
há que diminuir os riscos. No dia a dia, há<br />
muitas situações <strong>de</strong> risco, como quando<br />
atravessamos uma estrada, por isso o risco<br />
faz parte da vida.<br />
Catarina Ferreira, Ema Ferreira, Pedro Azeredo Pais, Bernardo<br />
Taveira, 6ºB<br />
Na minha vida arrisco bastante. Eu pratico<br />
trampolim e todos os dias faço saltos<br />
arriscados. O risco está presente, mas se<br />
saltar com confiança tudo corre melhor.<br />
Tenho que pensar, antes <strong>de</strong> cada salto, que é<br />
mais provável correr bem do que mal..<br />
Francisco Garcia, 7ºC<br />
Só atingimos as coisas que têm um maior<br />
grau <strong>de</strong> dificulda<strong>de</strong> quando arriscamos.<br />
Nunca vamos saber se vamos conseguir<br />
ultrapassar dificulda<strong>de</strong>s ou não, se não<br />
tentarmos fazer um <strong>de</strong>safio.<br />
Francisco Cruz, Francisco Alexandrino 7ºC<br />
Arriscar é <strong>de</strong>safiarmo-nos a nós próprios.<br />
Po<strong>de</strong> correr bem ou não, mas acaba por<br />
ser divertido. O <strong>de</strong>safio po<strong>de</strong> ser difícil no<br />
presente, mas trazer frutos no futuro.<br />
Gonçalo Lopes, Ana Duarte, 7º C<br />
Arriscar po<strong>de</strong> ser positivo. Se as pessoas<br />
não tentarem fazer nada fora do normal,<br />
não sabem se po<strong>de</strong>rão alguma vez atingir<br />
certos objectivos. Arriscar é bom, quando<br />
o fazemos por uma boa causa. Quando<br />
arriscamos sentimos a adrenalina e a vida<br />
tem mais piada quando a vivemos assim.<br />
Faz falta sair da rotina.<br />
Vera Laranjo, Tomás Antunes, Henrique Pires, 8ºD<br />
Quando arriscamos é porque tentámos ser<br />
melhores do que somos. Na vela, <strong>de</strong>sporto<br />
que eu pratico, constantemente se tomam<br />
<strong>de</strong>cisões <strong>de</strong> risco e, quando correm bem,<br />
ganham-se lugares.<br />
Miguel Matos Rosa, 9ºC<br />
Quem não arrisca, não tira proveito.<br />
Quando arriscamos não ficamos a pensar<br />
como seria,mas sentimo-nos satisfeitos<br />
porque experimentámos e tentámos.<br />
Quanto mais arriscada for a situação, mais<br />
satisfação nos po<strong>de</strong> trazer.<br />
Matil<strong>de</strong> Santos, Catarina Santos, 9ºC<br />
Arriscar produz espectáculo. No<br />
basquetebol, as pessoas gostam mais <strong>de</strong><br />
ver lançamentos <strong>de</strong> três pontos. São os<br />
mais arriscados e os menos prováveis <strong>de</strong><br />
serem conseguidos com sucesso, mas são,<br />
ao mesmo tempo, os que o público aprecia<br />
mais.<br />
Simão Pereira, 9ºC<br />
Arriscar permite-nos saber o que acontece.<br />
Através do risco, conhecemos os nossos<br />
limites como pessoas e experimentamos<br />
coisas novas. Arriscar provoca sensações<br />
<strong>de</strong>sconhecidas e traz ao <strong>de</strong> cima a<br />
adrenalina. Arriscar po<strong>de</strong> não ser sempre<br />
bom, mas há riscos necessários, como por<br />
exemplo os que corre um médico quando faz<br />
uma cirurgia arriscada.<br />
Francisca Paim, Gonçalo Rodrigues, Carolina Saraiva,<br />
10ºA<br />
Arriscar é procurar viver ao máximo e sem<br />
medos. Consiste em enfrentar o perigo e o<br />
risco a que estamos expostos na socieda<strong>de</strong>,<br />
e esta influencia-nos para que tal aconteça.<br />
Arriscar faz parte da natureza humana, o<br />
ser humano sente-se provocado pelo risco<br />
e, por uma questão <strong>de</strong> afirmação, ten<strong>de</strong> a<br />
enfrentá-lo apesar da dúvida que subsiste<br />
até ao fim sobre o seu sucesso.<br />
André Diniz, Nuno Salvador Ferro, 12ºB<br />
O que é arriScar?<br />
2 | OLHARES | REVISTA DO CSCM | JAN-MAR 2011 OLHARES | REVISTA DO CSCM | JAN-MAR 2011 | 3
O peso da palavra<br />
As palavras têm peso, têm ou não têm?!<br />
Há diferença entre dizer sim ou não como<br />
há diferença entre a manhã e tar<strong>de</strong>, o frio<br />
ou o calor. Bem sabemos que nem sempre<br />
as palavras dizem tudo… umas vezes não<br />
conseguem outras vezes não queremos que<br />
digam!<br />
Desta feita, na nossa OLHARES, temos uma<br />
palavra <strong>de</strong> peso: ARRISCAR.<br />
Diz a sabedoria popular que quem não arrisca não petisca<br />
e em abono da verda<strong>de</strong> assim é. No entanto, é igualmente<br />
certo que o seguro morreu <strong>de</strong> velho … e assim<br />
sendo ficamos no meio da ponte sem saber se<br />
avançar se recuar! Por quantas situações <strong>de</strong>stas já<br />
passámos na vida?<br />
Quando se têm quatro, cinco, <strong>de</strong>z ou quinze anos, arriscar,<br />
correr riscos, <strong>de</strong>safiar limites é o máximo! E que bom! Ao<br />
lado estão outros que viveram outros riscos e que ajudam a<br />
suportar as quedas e as <strong>de</strong>silusões!<br />
O risco que não quer dizer propriamente, inconsciência,<br />
dá sabor à vida! Leva-nos longe, muito longe… Os portugueses<br />
<strong>de</strong> 1500 viveram riscos imensos e <strong>de</strong>ram novos<br />
mundos ao mundo! Só que o mundo mudou tanto… e hoje<br />
correm-se outros riscos!<br />
Arriscam os inúmeros homens e mulheres da África pobre<br />
que em pequenos botes suicidas se lançam no mar em<br />
busca do sonho,<br />
Arriscam o número crescente <strong>de</strong> jovens portugueses<br />
que, apesar da sua qualificação académica e profissional, se<br />
lançam na aventura <strong>de</strong> procurar fora da pátria outras condições<br />
para <strong>de</strong>senvolverem as suas competências.<br />
Arrisca quem per<strong>de</strong> um emprego como arrisca quem esten<strong>de</strong><br />
a mão e escon<strong>de</strong> a cara.<br />
Arriscam os muitos homens e mulheres <strong>de</strong> boa vonta<strong>de</strong><br />
que multiplicam pães para matar a fome a tantos outros<br />
que <strong>de</strong>la sofrem.<br />
Arrisca a criança quando <strong>de</strong>ci<strong>de</strong> ousar juntar as primeiras<br />
letras e sílabas.<br />
Arrisca o professor quando <strong>de</strong>ci<strong>de</strong> dar mais um voto <strong>de</strong><br />
confiança a um aluno.<br />
Arriscam os pais na educação dos filhos.<br />
Arrisca quem faz um risco numa folha em branco.<br />
Arrisca Deus na humanida<strong>de</strong>!<br />
Por estes dias vivemos a alegria da nossa festa maior:<br />
Páscoa do Senhor Jesus.<br />
Etimologicamente a palavra quer dizer passagem e cada<br />
travessia é sempre um risco.<br />
A Ressurreição é a festa da PONTE que Deus constrói entre<br />
Ele e a Humanida<strong>de</strong>. Há que fazer essa travessia, arriscar<br />
passar a PONTE para LANÇAR NOVAS PONTES.<br />
A ressurreição não é um acto, um momento ou um facto<br />
do passado! A ressurreição é um <strong>de</strong>safio a arriscar viver<br />
como ressuscitados ou <strong>de</strong>vo dizer como homens novos?!<br />
Neste TEMPO DE VIDA NOVA, e apesar <strong>de</strong> todas as dificulda<strong>de</strong>s<br />
que, como povo e nação vivemos, façamos como nos<br />
disse o Pe. Gailhac, arrisquemos uma “simplicida<strong>de</strong> que embeleze<br />
a nossa vida”.<br />
Arrisquemos a opção pela qualida<strong>de</strong>, pelo empenho,<br />
pelo esforço!<br />
Arrisquemos o trabalho pelo bem comum!<br />
Arrisquemos os gestos solidários e <strong>de</strong> atenção aos irmãos!<br />
Arrisquemos a esperança!<br />
Arrisquemos um vida interior e <strong>de</strong> relação com Deus!<br />
Arrisquemos uma confiança <strong>de</strong> coração que nos há-<strong>de</strong><br />
levar longe… muito longe!<br />
Luís Pedro <strong>de</strong> Sousa, Coord.<br />
... Esses múltiplos Olhares<br />
Nos nossos dias, a aventura e o sentido do <strong>de</strong>sconhecido é, e <strong>de</strong>ve ser, uma<br />
constante nas nossas vidas e na educação das nossas crianças. A capacida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> adaptação a situações novas, a acção perante o imprevisto, o processo <strong>de</strong><br />
tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão individual constituem saberes tão importantes quanto<br />
alguns conhecimentos <strong>de</strong> diversas matérias.<br />
Correr o risco.... arriscar... partir.<br />
Os “ses”, que nos atormentam algumas vezes antes <strong>de</strong> tomar a <strong>de</strong>cisão,<br />
fazem-nos pon<strong>de</strong>rar, mas, muitas vezes, consi<strong>de</strong>ramos que vale a pena<br />
correr o risco. Nos dias que correm os riscos são imensos e <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m<br />
diversa. Uns pelo lado mais negativo do ponto <strong>de</strong> vista dos valores,<br />
tais como: a insegurança, a não informação, a falta <strong>de</strong> formação, a<br />
ausência <strong>de</strong> relações <strong>de</strong> verda<strong>de</strong>, as dificulda<strong>de</strong>s económico-financeiras, e outros<br />
do ponto <strong>de</strong> vista mais positivo, como a honestida<strong>de</strong>, a verda<strong>de</strong>, o bom<br />
<strong>de</strong>sempenho, a integrida<strong>de</strong>, a solidarieda<strong>de</strong>. Quantos <strong>de</strong> nós não somos conhecedores<br />
<strong>de</strong> situações reais <strong>de</strong> injustiças e riscos permanentes por que<br />
passam pessoas que teimam viver a vida através <strong>de</strong>ste último conjunto <strong>de</strong><br />
valores? Na actualida<strong>de</strong>, e perante a socieda<strong>de</strong> em que vivemos, com a crise<br />
político-financeira actual, há critérios que parecem ter uma importância<br />
maior do que aqueles que são essenciais para uma vida transparente e coerente.<br />
Quem assenta a sua vida em valores morais <strong>de</strong> elevada exigência corre<br />
sérios riscos <strong>de</strong> viver mal. Mas vive bem....com a sua consciência. Por vezes,<br />
sobrevive-se com a consciência, outras vezes nem isso! É contra este risco<br />
que temos que nos rebelar, e ousadamente viver e fazer viver com base nos<br />
valores mais simples e cristalinos da vida. Este sentido do risco é a ousadia<br />
<strong>de</strong> lançar pontes a situações extremas, ou que po<strong>de</strong>m não ser extremas,<br />
mas são reais e muito próximas <strong>de</strong> nós. É o risco <strong>de</strong> acolher dificulda<strong>de</strong>s, <strong>de</strong><br />
ajudar alguém com <strong>de</strong>terminadas características, <strong>de</strong> criar condições para<br />
conseguir ir mais longe no futuro, é ter alguma capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> visão e agir<br />
em conformida<strong>de</strong>, é solidarizar-se <strong>de</strong> forma activa com situações concretas<br />
e próximas dos que vivem e trabalham connosco.<br />
Neste número da Olhares vemos o acordo ortográfico como um <strong>de</strong>safio<br />
e, <strong>de</strong> certa forma, um risco para a língua <strong>de</strong> Camões, conhecemos questões<br />
diversas relacionadas com a ecologia e com o ambiente, nomeadamente<br />
a vivência do Dia do Ambiente no nosso colégio, apresentamos os participantes<br />
nos Jogos Matemáticos e no V Festival da Canção das Obras do IRSCM<br />
em Portugal, on<strong>de</strong> a ponte do intercâmbio cultural é evi<strong>de</strong>nte. Um <strong>de</strong>safio<br />
mais uma vez conseguido.<br />
Muitas activida<strong>de</strong>s, muitos <strong>de</strong>safios, alguns riscos controlados.<br />
Esta ousadia <strong>de</strong> arriscar, em muito se aproxima do actual tempo litúrgico:<br />
a quaresma e o tempo pascal. A conversão que nos chama a viver <strong>de</strong> forma<br />
coerente e clara, o arriscar na morte para se conseguir a Luz, a Liberda<strong>de</strong>, a Paz.<br />
Que seja a ponte, a outra margem, o outro, a imagem da vonta<strong>de</strong> concreta <strong>de</strong><br />
promover e proporcionar experiências positivas e melhor bem estar.<br />
Com votos <strong>de</strong> Santa Páscoa,<br />
Margarida Marrucho Mota Amador, Directora Pedagógica<br />
4 | OLHARES | REVISTA DO CSCM | JAN-MAR 2011 OLHARES | REVISTA DO CSCM | JAN-MAR 2011 | 5
Notícias<br />
dO pré-eScOlar<br />
Pais artistas, filhos<br />
aprendizes – Dia do Pai<br />
“Pequenos & Gran<strong>de</strong>s Artistas”<br />
Encimava o cartaz<br />
Desafio impressionista<br />
Para ver do que são capazes.<br />
Pais e filhos receptivos<br />
A tarefa tão abstracta<br />
Miram esboços figurativos,<br />
Para saberem do que se trata.<br />
Sacam do pincel… sai um traço,<br />
Sobe a confiança,<br />
Imaginação não mansa,<br />
“-Cuidado com o braço!”<br />
O resultado? Mirabolante!<br />
Um vitral, um puzzle, um mural<br />
São mil cores por quadrante<br />
No Mundo <strong>de</strong>certo sem rival.<br />
Obra feita, os Pais agra<strong>de</strong>ceram<br />
Um presente feito com muito carinho.<br />
E juntos contentes ao bar rumaram<br />
Para bebericar um miminho.<br />
Obrigado Pais por este dia<br />
Deixaram impressão <strong>de</strong> monta,<br />
Pintaram traços <strong>de</strong> alegria<br />
In<strong>de</strong>léveis aos olhos <strong>de</strong> quem conta.<br />
6 | OLHARES | REVISTA DO CSCM | JAN-MAR 2011<br />
Todos Diferentes,<br />
todos iguais –<br />
Multiculturalida<strong>de</strong><br />
Para conhecer a América<br />
Foi necessário pesquisar<br />
Com a ajuda do pai e da mãe<br />
Po<strong>de</strong>mos sempre contar.<br />
A Teresa, a Elisa, a Madalena e o Francisco<br />
Apresentaram trabalhos muito originais,<br />
Os amigos agra<strong>de</strong>ceram<br />
E pediam mais e mais....<br />
Juntos vamos conhecendo o Mundo<br />
E <strong>de</strong>scobrindo as diferenças<br />
Cada continente é único<br />
E cada um <strong>de</strong> nós tem as suas preferências!<br />
Sala Violeta<br />
Poesia do 4º ano para os 4 anos<br />
No final <strong>de</strong> Fevereiro e antes que o Inverno se fosse embora, os nossos amigos do 4ºAno brindaram-nos com mais uma<br />
visita e um óptimo momento <strong>de</strong> poesia criadas pelos próprios alunos.<br />
As crianças da Sala Rosa retribuíram, recitando uma poesia e cantando uma canção sobre o Inverno. No final, os alunos<br />
do 4º ano recitaram também o poema “Adamastor”, acompanhado <strong>de</strong> mímica e entoação. Para os nossos pequenos<br />
ouvintes, entre expressões <strong>de</strong> susto, espanto e gargalhadas, foram muitas as emoções vividas. Aguardamos ansiosamente<br />
o nosso reencontro no dia 24 <strong>de</strong> Março para fazermos uma pintura colectiva com a chegada da Primavera.<br />
Ed. Ana Montoia, Sala Rosa<br />
OLHARES | REVISTA DO CSCM | OUT-DEZ 2007 | 7
Notícias<br />
dO 1.º ciclO<br />
8 | OLHARES | REVISTA DO CSCM | OUT-DEZ JAN-MAR 2007 2010<br />
No Carnaval<br />
No Carnaval<br />
É tempo <strong>de</strong> festa,<br />
Gostava que ele acontecesse<br />
Num tempo semanal!<br />
Mascara-te do que queres:<br />
Fada; bruxa; chinesa.<br />
Coisas originais<br />
Pessoas da realeza!<br />
O Carnaval é uma festa<br />
Uma festa <strong>de</strong> alegria<br />
Muita gente cheia <strong>de</strong> cor<br />
E ao <strong>de</strong>sfile eu iria.<br />
Leonor Sequeira, 3ºC<br />
OLHARES | REVISTA DO CSCM | JAN-MAR 2011 | 9
Notícias<br />
dO 1.º ciclO<br />
O valor da amiza<strong>de</strong><br />
No âmbito da unida<strong>de</strong> lectiva: Ser Amigo, da disciplina<br />
<strong>de</strong> Educação Moral e Religiosa Católica, foi<br />
possível fazer uma aprendizagem vivenciada do que<br />
é TER amigos mas, sobretudo, do que é SER Amigo. A<br />
palavra aos protagonistas <strong>de</strong>sta experiência:<br />
“Ser amigo é ajudar os outros, não nos preocuparmos<br />
só com as nossas coisas; é ser verda<strong>de</strong>iro, não enganar<br />
os outros.”<br />
Leonor C....<br />
“Ser amigo é partilhar, é <strong>de</strong>ixar brincar com os outros;<br />
é ser solidário.”<br />
Francisco F...<br />
“Ser amigo é uma coisa especial porque se não tivermos<br />
amigos a nossa vida é triste.”<br />
Henrique...<br />
“Ser amigo é um tesouro fantástico. Os amigos são<br />
pessoas em quem po<strong>de</strong>mos confiar. Eles são um<br />
tesouro precioso.”<br />
Marta T....<br />
10 | OLHARES | REVISTA DO CSCM | JAN-MAR 2011<br />
Como construímos<br />
a nossa história<br />
No dia três <strong>de</strong> Março, tivemos a presença da Professora Dra.<br />
Augusta Rosa Osório que fez uma pequena conferência para<br />
os alunos do 3ºano sobre o tema: “Como construímos a nossa<br />
História”.<br />
Tudo <strong>de</strong>correu <strong>de</strong> uma forma clara e entusiasta e os alunos<br />
pu<strong>de</strong>ram disfrutar <strong>de</strong>sta activida<strong>de</strong>.<br />
A abordagem ao tema foi simples, breve e esclarecedora<br />
tendo em conta a faixa etária do público.<br />
Foi criado um momento interactivo <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> interesse<br />
e entusiasmo.<br />
A apresentação terminou convidando-se os alunos a iniciarem,<br />
<strong>de</strong>s<strong>de</strong> já, a sua “ Caixa <strong>de</strong> Memória” para contribuirem<br />
para a sua história e quem sabe para a História do País.<br />
As Professoras do 3.ºAno<br />
Notícias<br />
dO 2.º ciclO<br />
O 2ºCEB, JI e a República<br />
As comemorações do Centenário da República inspiraram alunos e professores. Assim, e<br />
após longo trabalho no 1º período em Área <strong>de</strong> Projecto, os alunos do 2º CEB apresentaram<br />
aos meninos e meninas do Jardim <strong>de</strong> Infância os símbolos da República. Foi um encontro<br />
muito enriquecedor, com partilha <strong>de</strong> jogos criados pelos maiores a pensar nos mais pequenos<br />
– agora po<strong>de</strong>m jogar nas salas ao Dominó dos Presi<strong>de</strong>ntes, fazer puzzles com a Ban<strong>de</strong>ira<br />
Portuguesa ou mesmo exercitar a memória com caras e locais da nossa República. Gostámos<br />
muito <strong>de</strong> estar nas salas<br />
dos 4 e 5 anos a brincar<br />
e ensinar.<br />
OLHARES | REVISTA DO CSCM | OUT-DEZ 2007 | 11
Notícias<br />
dO 2.º ciclO<br />
Amigos dos Castelos<br />
No final do mês <strong>de</strong> Fevereiro, os alunos do 5º ano realizaram<br />
uma visita <strong>de</strong> estudo à Associação dos Amigos dos Castelos,<br />
em Lisboa, para participarem numa activida<strong>de</strong> subordinada<br />
ao tema “Vida Civitatis”. Esta abordou o tema curricular da vida<br />
quotidiana na Ida<strong>de</strong> Média, levando os alunos a experimentar<br />
os diversos palcos da socieda<strong>de</strong> da época, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o scriptorium<br />
até à feira medieval. Neste âmbito, os alunos foram chamados<br />
a vestir os trajes da época, participando num banquete, numa<br />
armação <strong>de</strong> cavaleiro e num torneio medievais!<br />
Visita <strong>de</strong> Estudo ao Aquário<br />
Vasco da Gama<br />
No âmbito da disciplina <strong>de</strong> Ciências da<br />
Natureza e do projecto Eco-Escolas,<br />
realizou-se durante o mês <strong>de</strong> Fevereiro, uma<br />
visita <strong>de</strong> estudo ao Aquário Vasco da Gama.<br />
Esta visita <strong>de</strong> estudo teve como principais<br />
objectivos a observação da biodiversida<strong>de</strong><br />
aquática e a sensibilização dos alunos para<br />
a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> preservação dos diversos<br />
ecossistemas aquáticos.<br />
Os animais que os alunos mais gostaram<br />
<strong>de</strong> conhecer foram: as otárias, os cavalosmarinhos,<br />
os corais, o tubarão pata-roxa,<br />
a rã <strong>de</strong> unhas, a salamandra mexicana, o<br />
peixe balão, a baleia anã, a lula gigante,<br />
o peixe-leão, a moreia, a raia riscada, a<br />
cenoura-do-mar, o polvo e o peixe-cão.<br />
Desta visita <strong>de</strong> estudo resultaram trabalhos<br />
muito interessantes sobre os animais<br />
aquáticos, os alunos <strong>de</strong>senvolveram os<br />
trabalhos nos fóruns da página da disciplina<br />
no Moodle. Esta forma <strong>de</strong> apresentar<br />
trabalhos foi novida<strong>de</strong> para os alunos, que<br />
a<strong>de</strong>riram muito bem e que permitiram<br />
partilhar as informações e curiosida<strong>de</strong>s<br />
dos seus animais preferidos com todos os<br />
colegas do 5ºano. Parabéns a todos!<br />
A visita foi bastante interessante. Tivemos oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
observar, atentamente, vários animais, <strong>de</strong> diferentes espécies,<br />
formatos <strong>de</strong> corpo, membros, órgãos, <strong>de</strong> diferentes cores<br />
e padrões, conseguindo associar tudo o que vimos à matéria<br />
que estamos a dar. Não só vimos animais, mas também<br />
observámos conchas, <strong>de</strong>ntições <strong>de</strong> animais, vários animais<br />
embalsamados (<strong>de</strong>s<strong>de</strong> aves, mamíferos, insectos e até<br />
mesmo animais já extintos e pré-históricos). Alguns dos animais<br />
estavam em frascos <strong>de</strong> conservação. No museu, pu<strong>de</strong>mos<br />
também observar algumas imagens dos barcos do<br />
rei D. Carlos (este teve bastante influência na construção<br />
do Aquário). O que mais gostei <strong>de</strong> ver foi a secção dos peixes,<br />
pois eram todos <strong>de</strong> cores vivas e padrões estranhos, mas<br />
muito bonitos.<br />
Benedita Manuel Sá e Cunha, 5ºC<br />
Adorei visitar o Aquário Vasco Da Gama! Espero ir lá outra<br />
vez, principalmente para ver as tartarugas marinhas; foi fascinante<br />
comparar o seu tamanho com o das tartarugas que<br />
temos em casa no aquário. Também gostei <strong>de</strong> tocar nos peixes,<br />
dar-lhes comida e, acima <strong>de</strong> tudo, <strong>de</strong> os conhecer. É melhor<br />
eu parar <strong>de</strong> contar, porque é impossível <strong>de</strong>screver o<br />
meu fascínio num simples comentário.<br />
Raffaele Storti, 5ºA<br />
A visita ao Aquário foi para mim uma agradável surpresa,<br />
uma vez que ainda não o conhecia. A sua localização junto<br />
ao Rio Tejo e o seu edifício antigo fizeram logo aumentar a<br />
minha curiosida<strong>de</strong>.<br />
Gostei muito dos habitats artificiais criados para os animais.<br />
No museu, vimos a colecção <strong>de</strong> peixes conservados e expostos<br />
em gran<strong>de</strong>s e bonitas salas, com tectos pintados e<br />
pare<strong>de</strong>s muito altas.<br />
Na galeria dos invertebrados marinhos, pu<strong>de</strong>mos tocar<br />
nas estrelas-do-mar e corais e nos aquários tocámos no revestimento<br />
dos linguados.<br />
O que eu mais gostei foi a Galeria das Otárias e o espectáculo<br />
preparado com estes animais. Foi muito divertido assistir<br />
às suas brinca<strong>de</strong>iras com o tratador e com bolas.<br />
António Neves, 5º E<br />
Do you speak English?<br />
Os nossos alunos foram postos à prova no dia 15 <strong>de</strong><br />
Fevereiro quando o professor Gary da Escola EF veio<br />
até ao nosso <strong>Colégio</strong> dar uma aula exclusivamente<br />
em Inglês. Estiveram à altura, divertiram-se e pu<strong>de</strong>ram<br />
comprovar que afinal falar e perceber Inglês não<br />
é nada difícil.<br />
Well done and don´t forget to practise<br />
your English!<br />
12 | OLHARES | REVISTA DO CSCM | JAN-MAR 2011 OLHARES | REVISTA DO CSCM | JAN-MAR 2011 | 13
14 | OLHARES | REVISTA DO CSCM | JAN-MAR 2011<br />
Notícias<br />
dO 3.º ciclO<br />
Gil Vicente representado<br />
nos claustros do Mosteiro<br />
dos Jerónimos<br />
No dia 16 <strong>de</strong> Dezembro <strong>de</strong> 2010, os alunos do 9º ano assistiram<br />
a uma representação do Auto da Barca do Inferno, <strong>de</strong> Gil<br />
Vicente, no piso superior dos claustros do Mosteiro dos Jerónimos.<br />
Essa representação foi produzida pelo grupo ” Ar<br />
<strong>de</strong> Filmes” e teve encenação <strong>de</strong> António Pires. O elenco era<br />
composto por João Araújo, João Barbosa, Graciano Dias, Rafael<br />
Fonseca, Mário Sabino Sousa, Solange Santos e Andresa<br />
Soares.<br />
Achamos que a peça foi muito bem dramatizada e foi <strong>de</strong>veras<br />
interessante, <strong>de</strong>vido a cómicos <strong>de</strong> linguagem (inclusão<br />
<strong>de</strong> referências a assuntos da actualida<strong>de</strong>) e a cómicos<br />
<strong>de</strong> situação (o posicionamento das personagens em cima<br />
<strong>de</strong> escadotes, por exemplo) que provocaram o riso <strong>de</strong> todos<br />
os espectadores, incluindo os professores. Os actores estiveram<br />
muito bem nos seus respectivos papéis, principalmente<br />
o actor João Araújo, que representou o Diabo, conseguindo<br />
interagir directamente com o público, <strong>de</strong> forma muito dinâmica<br />
e engraçada.<br />
Aconselhamos esta peça a todos os alunos <strong>de</strong> 9º ano!<br />
Diogo Vinhais e Pedro Pais, 9ºE<br />
Um dia no Centro Social<br />
e Paroquial das Galinheiras<br />
ou uma ponte no coração<br />
Na sexta-feira, dia 25 <strong>de</strong> Fevereiro, foi o dia do nosso Encontro<br />
<strong>de</strong> Formação no Centro Social e Paroquial das Galinheiras!<br />
Chegámos ao local e fizemos uma oração da manhã. A<br />
irmã Bina veio falar-nos um pouco do centro e <strong>de</strong> todas as<br />
suas valências, e <strong>de</strong> algumas experiências que tem vivido no<br />
centro.<br />
Depois dividimos a turma em 3 grupos e cada grupo foi<br />
para a sala que lhe foi atribuída – 3, 4 ou 5 anos – e brincámos<br />
muito com os meninos. Pintámos-lhes as caras, jogámos<br />
vários jogos e brincámos no escorrega com<br />
eles. Quando chegou a hora <strong>de</strong> eles almoçarem puseram-se<br />
em filas e foram para o refeitório. Nós também<br />
fomos comer o que tínhamos trazido. A seguir<br />
ao almoço, fizemos uns cartazes para darmos às três<br />
salas.<br />
Depois disto, enquanto os pequeninos dormiam<br />
a sesta, fomos até ao Centro <strong>de</strong> Dia para estar-mos<br />
um pouco com os idosos e cantámos-lhes algumas<br />
músicas, foi uma momento muito importante para<br />
todos nós.<br />
Em seguida, juntámo-nos todos outra vez para ver um vi<strong>de</strong>o<br />
sobre o tema do ano: “Lançar Pontes’’ e reflectimos um<br />
pouco sobre o que este significa e sobre a importância <strong>de</strong><br />
cada um <strong>de</strong> nós construir uma ponte na sua vida. Depois fizemos<br />
vários grupos e, numa caixa, reflectimos e escrevemos<br />
<strong>de</strong> que forma po<strong>de</strong>mos ser pontes e pensámos sobre a<br />
experiência da ponte que lançámos neste dia.<br />
Por fim, fomos entregar os cartazes às salas e os meninos<br />
<strong>de</strong>spediram-se <strong>de</strong> nós com muitos abraços e beijinhos.<br />
Este dia foi muito divertido e ajudou-nos a crescer e a<br />
olhar os outros <strong>de</strong> outra forma. Foi muito importante, porque<br />
fizemos com que os meninos e os idosos voltassem a<br />
sorrir!!<br />
Luísa Ferreira, 8ºE<br />
Gato Malhado e a Andorinha<br />
Sinhá <strong>de</strong> Jorge Amado<br />
O Tempo prometera à Manhã uma rosa azul se a história que<br />
ela lhe contasse fosse boa. Era uma história <strong>de</strong> amor entre o<br />
Gato Malhado e a Andorinha Sinhá.<br />
Gato Malhado era um gato já velho, mal-humorado e<br />
muito mau. Um dia, todos os animais do parque fugiram do<br />
gato, mas uma jovem andorinha permaneceu num galho <strong>de</strong><br />
uma árvore.<br />
– Eu não tenho medo <strong>de</strong> ti! Tu não me po<strong>de</strong>s alcançar,<br />
não tens asas para voar. És um gatarrão feio e tolo,aliás, mais<br />
feio que tolo.<br />
Assim começa uma bela história <strong>de</strong> amor impossível entre<br />
um gato e uma ave, inimigos por natureza. Todos os dias<br />
se encontravam para passear e conversar, o Gato até disse à<br />
Andorinha que casava com ela.<br />
– Os gatos não po<strong>de</strong>m casar com andorinhas, foi assim<br />
que me ensinaram.<br />
“O mundo só vai prestar, para nele se viver<br />
No dia em em que a gente vir<br />
Um gato maltês casar<br />
Com uma alegre andorinha<br />
Saindo os dois a voar<br />
O noivo e a sua noivinha<br />
Dom Gato e Dona Andorinha<br />
Quem <strong>de</strong>terminou que o amor só po<strong>de</strong> florescer e<br />
frutificar entre os pares!? Quem disse isso é porque nunca<br />
viveu nem sonhou com uma história <strong>de</strong> amor.”<br />
Este foi o espectáculo que a Prepositário Azul, associação<br />
artística, trouxe ao nosso colégio no dia 14 <strong>de</strong> Fevereiro,<br />
uma história <strong>de</strong> amor num dia em que se comemorava<br />
o amor.<br />
OLHARES | REVISTA DO CSCM | OUT-DEZ 2007 | 15
16 | OLHARES | REVISTA DO CSCM | JAN-MAR 2011<br />
Notícias<br />
dO 3.º ciclO<br />
Visita <strong>de</strong> estudo<br />
ao Media Lab<br />
do Diário <strong>de</strong> Notícias<br />
No passado dia 2 <strong>de</strong> Fevereiro realizou-se, no âmbito da<br />
disciplina <strong>de</strong> Língua Portuguesa, uma visita ao Media<br />
Lab do Diário <strong>de</strong> Notícias.<br />
Os alunos que se inscreveram pu<strong>de</strong>ram conhecer melhor<br />
a história <strong>de</strong>ste jornal, saber como se fazem notícias,<br />
perceber a importância da primeira página, entre outras<br />
coisas.<br />
No princípio da visita os alunos vestiram um colete,<br />
que os i<strong>de</strong>ntificava como repórteres, e dirigiram-se a um<br />
auditório on<strong>de</strong> viram um filme sobre a história, a primeira<br />
edição e o edifício do Diário <strong>de</strong> Notícias. Após a apresentação<br />
foi explicado aos alunos como se organiza uma<br />
primeira página, os nomes técnicos das diferentes partes<br />
que a compõem e o que é importante nos títulos e<br />
nas imagens. Foi também referida a forma como o D.N.<br />
se adaptou ao século XXI e às novas tecnologias, continuando<br />
a ser uma referência na imprensa em Portugal.<br />
De seguida, os alunos foram para uma sala com computadores<br />
e, a pares, fizeram a sua primeira página, que<br />
no final pu<strong>de</strong>ram levar para casa juntamente com o D.N.<br />
do dia e um porta-chaves. Para fazer esta página, os alunos<br />
utilizaram o site do Diário <strong>de</strong> Notícias, on<strong>de</strong> foram<br />
buscar as notícias e as imagens que consi<strong>de</strong>raram mais<br />
importantes. No entanto, os títulos e os textos foram totalmente<br />
elaborados pelos visitantes.<br />
No final da produção das primeiras páginas, um jornalista<br />
experiente falou com os alunos sobre como funciona<br />
um jornal internamente e sobre a “vida” do Diário<br />
<strong>de</strong> Notícias, abrindo no final espaço para questões.<br />
Para terminar a visita foi mostrado aos visitantes<br />
como podiam a<strong>de</strong>rir ao Facebook do Media Lab e como<br />
podiam receber notícias do D.N. no seu e-mail.<br />
Uma tar<strong>de</strong> enriquecedora, em que foi possível experimentar<br />
um pouco a vida <strong>de</strong> um jornalista.<br />
(Mais informações, as nossas<br />
primeiras páginas e fotos<br />
da visita em http://medialab.<br />
dn.pt/ )<br />
Luísa Veiga, 9ºD<br />
Notícias<br />
dO SecuNdáriO<br />
Meditação cristã<br />
– O mistério do silêncio<br />
À conversa com<br />
Laurence Freedman<br />
Não há dúvida que a sabedoria está em<br />
saber dizer coisas gran<strong>de</strong>s <strong>de</strong> forma<br />
simples! Foi o que se sentiu na conversa<br />
com Laurence Freedman, um Monge<br />
Beneditino que vive em Londres e que<br />
passou pelo <strong>Sagrado</strong> para uma tar<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
conversa e meditação.<br />
Há uma longa tradição <strong>de</strong> meditação no Cristianismo. Infelizmente,<br />
na nossa cultura oci<strong>de</strong>ntal, muita <strong>de</strong>ssa tradição<br />
tem-se perdido ou simplesmente ignorado. Temos abandonado<br />
a prática <strong>de</strong> meditação e assim temos abandonado<br />
o cuidado sobre nós próprios, porque a meditação faz<br />
bem ao corpo e à mente. Duas palavras são absolutamente<br />
vitais: Atenção e Ouvir! Aten<strong>de</strong>r aos <strong>de</strong>talhes e ouvir o mistério<br />
do silêncio. É viajar pelo interior! Uma viagem da mente<br />
ao coração, on<strong>de</strong> se <strong>de</strong>senvolve o potencial espiritual do<br />
ser humano.<br />
Sabemos bem da dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong> pôr em palavras o que<br />
sentimos no nosso coração.No entanto, todos precisamos<br />
<strong>de</strong> uma casa <strong>de</strong> amor, um lugar on<strong>de</strong> nos enten<strong>de</strong>mos e<br />
on<strong>de</strong> enten<strong>de</strong>mos os outros. Para tal, não precisamos <strong>de</strong><br />
uma sala especial, <strong>de</strong> um qualquer aparelho ou material.<br />
Precisamos apenas <strong>de</strong> disponibilida<strong>de</strong>, atenção e capacida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> ouvir o mistério do silêncio.<br />
Os que ali estivemos pu<strong>de</strong>mos fazer essa experiência! De<br />
uma forma muito simples, preparámos o corpo ao mesmo<br />
tempo que abríamos a mente e o coração e no silêncio que<br />
permite viajar fomos repetindo para <strong>de</strong>ntro uma palavra :<br />
Maranathá (Vem senhor)! E Ele vem, vem sempre que ousarmos<br />
fazer esta entrada em nós próprios, este cuidar <strong>de</strong> nós!<br />
O Padre Laurence contou-nos a história da sua vida, que<br />
nos permitiu compreen<strong>de</strong>r melhor as suas escolhas, a sua<br />
vocação e <strong>de</strong>dicação à meditação. Ensinou ao público, on<strong>de</strong><br />
estavam vários alunos do 11º ano, Irmãs, alguns pais, profes-<br />
sores, funcionários e também actuais praticantes <strong>de</strong> meditação<br />
em Portugal, os princípios básicos da meditação cristã.<br />
Apren<strong>de</strong>mos que meditar faz bem à saú<strong>de</strong>, ao bem estar<br />
e à auto-estima, mas que requer <strong>de</strong>dicação e esforço para se<br />
conseguir limpar a mente <strong>de</strong> preocupações, stress e problemas.<br />
É também importante procurar <strong>de</strong>dicar um momento<br />
do dia, nem que sejam cinco minutos, a uma introspecção<br />
individual e a uma re<strong>de</strong>scoberta pessoal.<br />
O Padre Laurence ensinou também algumas técnicas<br />
para conseguirmos meditar, por exemplo, durante a meditação<br />
não <strong>de</strong>vemos pensar em nada <strong>de</strong> concreto mas dizer<br />
apenas uma palavra – Maranathá – palavra Aramaica que<br />
significa Vem Senhor.<br />
Concluindo, acho que esta palestra foi bastante interessante<br />
e diferente, proferida num inglês acessível. Foi um<br />
tema que nos permitiu contactar com uma nova realida<strong>de</strong> e<br />
acabou por se tornar para todos aqueles que presenciaram<br />
um enorme <strong>de</strong>safio.<br />
Patrícia Ferreira, 11ºA<br />
OLHARES | REVISTA DO CSCM | JAN-MAR 2011 | 17
artisticamente<br />
Mascarilhas e chapéus<br />
inspirados no reino<br />
vegetal<br />
Durante as duas semanas que<br />
antece<strong>de</strong>ram o Carnaval, os alunos do<br />
2ºciclo, em EVT, construíram mascarilhas<br />
e chapéus com muitas cores e<br />
imaginação. Este ano todos se inspiraram<br />
no reino vegetal para fazer as suas<br />
criações, usando materiais reciclados e<br />
reinventando novos usos e muitas formas.<br />
O resultado foi muito criativo e divertido.<br />
18 | OLHARES | REVISTA DO CSCM | JAN-MAR 2011 OLHARES | REVISTA DO CSCM | JAN-MAR 2011 | 19
a nossa gente<br />
Cada aluno...<br />
sempre um <strong>de</strong>safio!<br />
Voltamos a entrevistar <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> portas<br />
na rubrica A Nossa Gente. A professora<br />
Elsa Coelho é conhecida <strong>de</strong> todos. É<br />
docente <strong>de</strong> primeiro ciclo e pelas suas mãos<br />
passaram muitas centenas <strong>de</strong> meninos e<br />
meninas, cujos rostos infantis “sofreram”<br />
a transformação do crescimento e da<br />
mudança. A nossa entrevistada trabalha<br />
no colégio há 19 anos e, por certo, já<br />
conhece todos os cantos à casa. De carácter<br />
entusiasta e aberto à inovação, <strong>de</strong>cidimos<br />
trocar “dois <strong>de</strong>dos <strong>de</strong> conversa”, pois agora<br />
é a nossa vez <strong>de</strong> a conhecermos melhor.<br />
Olhares: Por certo, lembra-se dos dias em que começou<br />
a leccionar no nosso colégio. Quais são as diferenças<br />
que mais sobressaem entre o passado e o presente da<br />
nossa escola?<br />
Elsa Coelho: Claro que me lembro do primeiro dia em que<br />
comecei a trabalhar no <strong>Colégio</strong>, como o po<strong>de</strong>ria<br />
esquecer! Era tão mais nova, no início<br />
da vida adulta, com sonhos e projectos, cheia<br />
<strong>de</strong> uma energia que molda essa ida<strong>de</strong>, mas<br />
que felizmente me tem acompanhado ao<br />
longo dos anos.As diferenças são algumas...<br />
mais físicas que humanas. Cheguei uns anos<br />
antes das obras do edíficio que é um ex libris<br />
do nosso <strong>Colégio</strong>. Por isso, o espaço era diferente,<br />
assim como as salas, as escadas, os<br />
jardins...até os cheiros!E ao longo dos anos,<br />
muitas pessoas foram passando. No entanto, há coisas que<br />
permanecem iguais. Não posso <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> referir o espírito<br />
e a <strong>de</strong>dicação que todas as Irmãs e a Comunida<strong>de</strong> Educativa<br />
colocam no seu trabalho diário ao longo <strong>de</strong> todos estes<br />
anos.<br />
O: Apesar <strong>de</strong> muitos pensarem que ser professor é<br />
“passar sempre pelas mesmas coisas” e “dizer sempre<br />
as mesmas coisas”, a verda<strong>de</strong> é que não será bem assim.<br />
De que modo está presente a mudança, e as novas<br />
i<strong>de</strong>ias no dia a dia <strong>de</strong> um professor <strong>de</strong> 1º ciclo?<br />
EC: Cada ano, cada dia, cada turma, cada aluno...sempre um<br />
<strong>de</strong>safio. Trabalho com a vida ou melhor com vidas. Nunca<br />
passamos pelas mesmas coisas, apesar <strong>de</strong> querer que os<br />
alunos aprendam o mesmo que os pais e os avós, nunca a<br />
forma é igual. Tentam-se novas estratégias, novos métodos<br />
que permitam tornar as aprendizagens significativas,<br />
que levem os alunos a consciencializar a própria estrutura<br />
do conhecimento, a fim <strong>de</strong> melhor o utilizar. O professor<br />
do 1ºciclo tem <strong>de</strong> ser criativo, motivador, sempre inquieto,<br />
aberto ao que possa servir o seu acto <strong>de</strong> educar. É um professor<br />
que <strong>de</strong>ve colaborar com as mudanças sociais e públicas<br />
e ampliar o horizonte da compreensão crítica da sua<br />
actuação. É um profissional que possui ginástica mental e<br />
flexibilida<strong>de</strong> cognitiva que reflecte na acção e sobre a acção.<br />
Os nossos alunos não apren<strong>de</strong>m se nós oferecermos basicamente<br />
a mesma forma <strong>de</strong> ensinar a quase todos. Cabe pois,<br />
ao professor estar atento aos <strong>de</strong>sejos dos alunos, colaborar<br />
e cooperar no seu empenho, fornecendo sem preconceitos.<br />
O: É, no entanto, difícil inovar todos os dias. Como é que<br />
um professor se po<strong>de</strong> reinventar, perante a sua turma?<br />
EC: Nem sempre se inova, há activida<strong>de</strong>s que se repetem<br />
porque assim é necessário, há rotinas saudáveis, necessárias<br />
para quem está a crescer. O bom-senso e o conhecimento<br />
consciente do alcance dos nossos actos educativos po<strong>de</strong>m<br />
“salvar vidas” ou con<strong>de</strong>ná-las a um futuro menos feliz<br />
e inadaptado. Todas as experiências <strong>de</strong> aprendizagem <strong>de</strong>vem<br />
ser significativas, integradas, diversificadas, activas e<br />
sociabilizadoras.Temos <strong>de</strong> inventar, todos os dias, formas <strong>de</strong><br />
trabalhar que permitam que cada aluno adquira plenamente,<br />
segundo o seu ritmo e a sua especificida<strong>de</strong> as aprendizagens<br />
curriculares <strong>de</strong> que irá necessitar ao longo da vida. E,<br />
nada melhor do que inovar para mudar e para criar formas<br />
diferentes <strong>de</strong> ensinar e <strong>de</strong> apren<strong>de</strong>r.<br />
O: Sabemos que muitos alunos são entusiastas e se motivam<br />
com facilida<strong>de</strong>, contudo há outros que precisam<br />
<strong>de</strong> “uma aposta especial” do professor. Qual a importância<br />
que têm as novas metodologias e as diferentes<br />
estratégias para cativar a atenção <strong>de</strong>stes alunos?<br />
EC: A importância é igual para todos os alunos. Se uns precisam<br />
<strong>de</strong> motivação e tempo para apren<strong>de</strong>r, outros precisam<br />
<strong>de</strong> continuar a estar motivados para o fazer. E é este o gran<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>safio com que me <strong>de</strong>paro todos os dias. Tento promover<br />
a cooperação, o trabalho <strong>de</strong> pares, cada um dar o melhor<br />
que tem <strong>de</strong> si para ao superar-se conseguir ajudar o outro e<br />
perceber que o seu conhecimento foi útil.<br />
Depois há que fazer uma boa preparação do meu trabalho<br />
<strong>de</strong> modo a ter tempo para todos, o que nem sempre<br />
é tarefa fácil porque as horas voam e no final do dia nem<br />
sempre se consegue ter tempo para dar atenção especial a<br />
um ou a outro que nesse dia precisava <strong>de</strong> um mimo extra.<br />
É por vezes necessária uma nova organização pedagógica<br />
<strong>de</strong> espaços e tempos, com recurso a materiais diversificados.<br />
O professor como agente <strong>de</strong> mudança <strong>de</strong>ve organizar os<br />
meios e criar o ambiente <strong>de</strong> modo a que essa aprendizagem<br />
seja, na sala <strong>de</strong> aula, o reflexo do dinamismo das crianças.<br />
Sem dúvida que cativar a atenção dos alunos menos<br />
motivados exige tempo e <strong>de</strong>dicação, sabedoria e uma paci-<br />
ência a toda a prova, mudanças <strong>de</strong> planos e <strong>de</strong> estratégias.<br />
Sendo muito importante que eles sintam que nunca <strong>de</strong>sistimos<br />
<strong>de</strong>les e que acreditamos que eles vão conseguir.<br />
O: No feedback que vai recebendo dos seus alunos, e<br />
sabendo que os alunos <strong>de</strong> primeiro ciclo estabelecem<br />
com a professora uma relação bastante afectiva, o que<br />
consi<strong>de</strong>ra mais gratificante?<br />
EC: Os sorrisos, os olhares felizes, o seu crescimento pleno,<br />
o senti-los parte <strong>de</strong> mim, conhecê-los tão bem que me antecipo<br />
ao que preten<strong>de</strong>m, o conhecerem-me tão bem que<br />
quando os largo para uma nova etapa, voltam para falar <strong>de</strong>les<br />
e saber <strong>de</strong> mim... mesmo os da primeira hora... tudo isso<br />
é gratificante. É bom saber que lhes <strong>de</strong>ixei marcas positivas.<br />
É um orgulho formar pessoas íntegras, <strong>de</strong>spertar nelas vocações<br />
e ajudá-las a construir o futuro. É uma relação única<br />
e privilegiada. Para mim que sou tão ligada aos afectos, não<br />
po<strong>de</strong>ria ter escolhido melhor forma <strong>de</strong> estar na vida. E vemme<br />
à memória uma frase <strong>de</strong> Rubem Alves ,“ Educar é um<br />
exercício <strong>de</strong> imortalida<strong>de</strong>”.<br />
O: Nos últimos anos, o nosso colégio tem feito inúmeras<br />
apostas na inovação e na mudança, nomeadamente na<br />
área das tecnologias. Em sua opinião, qual o papel que<br />
estas tecnologias <strong>de</strong>vem ter numa sala <strong>de</strong><br />
aula <strong>de</strong> 1º ciclo e qual a melhor maneira<br />
<strong>de</strong> as utilizar?<br />
EC: Sim, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que trabalho no colégio, as<br />
tecnologias foram entrando na sala <strong>de</strong> aula<br />
e foi necessário torná-las um aliado no nosso<br />
trabalho. Não foi fácil, porque o computador<br />
e a internet não fizeram parte da minha formação<br />
profissional, mas como <strong>de</strong>vemos estar<br />
sempre abertos à inovação, foi com muita<br />
satisfação e entusiasmo que fui apren<strong>de</strong>ndo<br />
(e ainda tenho tanto a apren<strong>de</strong>r...) a utilizá-los da melhor<br />
forma.<br />
A possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> todos os alunos terem um computador<br />
na sala, também me fez reformular a forma <strong>de</strong> dar algumas<br />
aulas e motivou-os para outro tipo <strong>de</strong> trabalho. Sim,<br />
o computador <strong>de</strong>ixava <strong>de</strong> ser apenas um “brinquedo” on<strong>de</strong><br />
os alunos podiam jogar, ouvir música e comunicar com os<br />
amigos, mas passava a funcionar como um objecto <strong>de</strong> trabalho.<br />
E foi necessário ajudar e motivar os alunos a trabalharem<br />
com o computador. Mas, é com orgulho que ao fim<br />
<strong>de</strong> algumas aulas consigo ter uma turma a funcionar silenciosamente,<br />
com os seus computadores pessoais, a enviar<br />
o trabalho feito..e a ensinar à professora as virtualida<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />
muitos programas.<br />
O quadro interactivo também trouxe inovação. Po<strong>de</strong>mos<br />
preparar as aulas <strong>de</strong> outra forma, mostrar filmes, ler jornais,<br />
ouvir e ler histórias, projectar os livros adoptados e vermos<br />
em conjunto o que vamos fazendo. Sem esquecer que<br />
também é bom escrever no outro quadro com giz e sujar as<br />
mãos com o seu pó, numa relação mais física com o material.<br />
O: Por último, abor<strong>de</strong>mos o tema da Olhares <strong>de</strong>ste<br />
trimestre. Em sua opinião, qual a importância <strong>de</strong> sabermos<br />
arriscar nos momentos certos e que proveitos isso<br />
nos po<strong>de</strong> trazer?<br />
EC: A nossa vida é feita <strong>de</strong> riscos...uns calculados...outros<br />
nem tanto. Penso que quando falamos em educação não<br />
po<strong>de</strong>mos arriscar sem termos a certeza <strong>de</strong> que o resultado<br />
não irá prejudicar a vida dos nossos alunos. Mas é preciso<br />
arriscar sempre que sentimos que um aluno po<strong>de</strong> beneficiar<br />
com isso e é preciso arriscar quando acreditamos que<br />
um novo projecto po<strong>de</strong> fazer a diferença no acto <strong>de</strong> educar.<br />
Os resultados po<strong>de</strong>m ser pequenos aos olhos dos outros<br />
mas para um professor po<strong>de</strong> significar que o seu aluno ou<br />
o seu grupo <strong>de</strong> alunos conseguiu subir mais um <strong>de</strong>grau ou<br />
superou dificulda<strong>de</strong>s. Se calhar mais do que falar em arriscar<br />
<strong>de</strong>ve-se falar em inovar, voltando aqui ao tópico inicial<br />
da entrevista. É preciso arriscar quando todas as estratégias<br />
falharam, quando está em jogo uma inaptidão dos mo<strong>de</strong>los<br />
instituídos. Mas o risco <strong>de</strong>ve ser bem calculado em termos<br />
<strong>de</strong> custos v. benefícios.<br />
Os proveitos da inovação<br />
são evi<strong>de</strong>ntes. Permitem<br />
a mudança e a alteração<br />
<strong>de</strong> hábitos. Evoluir no<br />
acto educativo é acompanhar<br />
a própria evolução<br />
do educando.<br />
E termino citando Albert<br />
Einstein, “A arte mais<br />
importante do professor<br />
consiste em <strong>de</strong>spertar a<br />
motivação para a criativida<strong>de</strong><br />
e para o conhecimento”.<br />
Neste sentido...<br />
arrisquemos!<br />
Entrevista conduzida<br />
por Catarina Carrilho,<br />
coord. Olhares<br />
20 | OLHARES | REVISTA DO CSCM | OUT-DEZ 2007 OLHARES | REVISTA DO CSCM | JAN-MAR 2011 | 21
V Festival da Canção<br />
IRSCM<br />
O <strong>Sagrado</strong> foi palco <strong>de</strong> mais um Festival<br />
da Canção IRSCM. Este ano, sob o tema<br />
Lançar Pontes num Mundo Dividido, alunos<br />
e professores <strong>de</strong> quatro instituições do<br />
<strong>Sagrado</strong> <strong>Coração</strong> <strong>de</strong> <strong>Maria</strong> (<strong>Colégio</strong> <strong>de</strong><br />
Lisboa, <strong>Colégio</strong> <strong>de</strong> Fátima, <strong>Colégio</strong> do Porto<br />
e Obra Social <strong>de</strong> Guimarães) reuniramse<br />
num momento <strong>de</strong> convívio e troca <strong>de</strong><br />
experiências, on<strong>de</strong> <strong>de</strong>ram a conhecer o seu<br />
trabalho e <strong>de</strong>dicação <strong>de</strong> vários meses.<br />
O espectáculo iniciou-se com a interpretação do hino da<br />
quinta edição do festival, este ano elaborado pelos três colégios<br />
conjuntamente, seguindo-se uma palavra <strong>de</strong> abertura<br />
pela Directora do nosso <strong>Colégio</strong> e a participação especial<br />
do pianista Francisco Sassetti que salientou a importância<br />
da música enquanto linguagem universal que “permite lançar<br />
pontes para o outro.” Posteriormente, assistiu-se à apresentação<br />
dos participantes e das respectivas canções segundo<br />
os vários escalões, tendo sido apurados os seguintes<br />
vencedores:<br />
1.º Escalão (2.º Ciclo): 1.º lugar - <strong>Colégio</strong> do <strong>Sagrado</strong> <strong>Coração</strong><br />
<strong>de</strong> <strong>Maria</strong> – Lisboa, com a canção “Iluminar o Mundo”,<br />
interpretada pelas alunas Carolina Barbeira, Carolina Fidalgo<br />
e Carlota Pereira. / 2.º lugar – Obra Social <strong>Sagrado</strong> <strong>Coração</strong><br />
<strong>de</strong> <strong>Maria</strong> <strong>de</strong> Guimarães com a canção “Vale a Pena Tentar”,<br />
interpretada pelas alunas M.ª João Soares, M.ª Francisca<br />
Soares, Diana Teixeira, Sofia Leite, Ana Francisca Castro e<br />
Ana Catarina Moreira.<br />
2.º Escalão (3.º Ciclo): 1.º lugar - Obra Social <strong>Sagrado</strong> <strong>Coração</strong><br />
<strong>de</strong> <strong>Maria</strong> – Guimarães, com a canção “Um Mundo Unido”,<br />
interpretada pelas alunas Ana Lage, Catarina Soares,<br />
Francisca Rebelo e M.ª O<strong>de</strong>te Meneses. / 2.º lugar – <strong>Colégio</strong><br />
do <strong>Sagrado</strong> <strong>Coração</strong> <strong>de</strong> <strong>Maria</strong> <strong>de</strong> Fátima com a canção “Desafios<br />
da Vida”, interpretada pelos alunos Joana Carriço, João<br />
Graça, Miguel Alho, José Miguel Roque e Paulo Lopes.<br />
3.º Escalão (Secundário): 1.º lugar – <strong>Colégio</strong> Nossa Senhora<br />
do Rosário - Porto, com a canção “Entre Nós”, interpretada<br />
pelas alunas Inês Maia, Inês Sampaio, Teresa<br />
Matos e Rita Gue<strong>de</strong>s. / 2.º lugar - <strong>Colégio</strong> do <strong>Sagrado</strong> <strong>Coração</strong><br />
<strong>de</strong> <strong>Maria</strong> <strong>de</strong> Lisboa com a canção “Um Lugar Especial”,<br />
interpretada pelos alunos Patrícia Manso, Ana Clara<br />
Aparício, Gonçalo Neves e Simão Cruz.<br />
Parabéns a todos os participantes!<br />
22 | OLHARES | REVISTA DO CSCM | JAN-MAR 2011<br />
Os nossos escritos<br />
Poetas do nosso colégio colégio que,<br />
inspirados nas palavras <strong>de</strong> poetas maiores,<br />
têm dado asas à sua imaginação e à vonta<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> escrever.<br />
Nem governo nem lei,<br />
Nem paz nem revolta,<br />
Não sei o que farei,<br />
Neste Portugal que está à solta.<br />
À procura da pureza,<br />
Sem a encontrar,<br />
Neste mundo <strong>de</strong> incerteza,<br />
Que tem <strong>de</strong> acabar.<br />
Procuro solução,<br />
Neste meu forte <strong>de</strong>sejo,<br />
A insatisfação,<br />
Pelo que agora vejo.<br />
Penso no futuro,<br />
No presente obscuro,<br />
No passado duro,<br />
Na esperança que procuro.<br />
Perspectiva<br />
Quantas vezes olhamos sem ver?<br />
Quantas vezes vivemos sem viver?<br />
É sempre igual e monótono?<br />
Simples repetições <strong>de</strong> outro dia?<br />
Neste filme preto e branco,<br />
Há sempre uma parte colorida, cheia <strong>de</strong> vida<br />
E as velhas rotinas, já não são tão repetidas,<br />
E <strong>de</strong>scobrimos coisas novas e divertidas.<br />
Vejo o mundo <strong>de</strong> maneira diferente<br />
Recrio-o na minha mente<br />
E aquilo que antes eu não via<br />
Olho, vejo, observo atentamente.<br />
Nuno Salvador Ferro, 12ºB<br />
Numa pedra <strong>de</strong> granito, vejo uma estátua<br />
Na lesma, a futura borboleta<br />
Depois da tempesta<strong>de</strong>, vem sempre o arco-íris.<br />
Daniel Correia, 12ºA<br />
Keep it together<br />
It is no secret to anyone that we live in a competitive, suc-<br />
cess-focused society. More and more the values in which pe-<br />
ople base their way of acting(behaving) throughout their lives<br />
are less related to being the most outstanding person<br />
they are able to be, and more with the possession of immense<br />
power and material possessions.<br />
It is of the utmost importance that we, as a community,<br />
and as a catholic school, do not lose our common-sense and<br />
sense of direction, and remain conscious of what is really important.<br />
It is obvious that we have to work (hard) to achieve<br />
the best we can be in our future jobs, but we should never<br />
give up the values given to us by our parents and our school.<br />
Of course, being as successful as we can is important, but<br />
not only as a doctor, a lawyer or a biochemist – we need to<br />
be caring and consi<strong>de</strong>rate as human beings.<br />
Bearing that in mind, we must always remember that<br />
now and after leaving our school. We are and will always be<br />
remembered for what we are, for what we do and not for the<br />
car and other material possessions we own.<br />
Therefore we must pursue our dreams, try to become<br />
everything we have ever wanted to be, but never forget<br />
who we are and what we believe in, which is <strong>de</strong>finitely not<br />
easy in a society as mind-corrupted as our own, which throws<br />
sand into our eyes everyday, until a point where we are<br />
blin<strong>de</strong>d to what is really the most important.<br />
That is the challenge of life: being everything you have<br />
ever wanted to be, not forgetting who you are, what you believe<br />
in and at the same time help as many people as you<br />
can to do the same.<br />
Rodrigo Moreira, 11º C1 nº 6<br />
OLHARES | REVISTA DO CSCM | JAN-MAR 2011 | 23
Semana Branca 2011<br />
Com o mês <strong>de</strong> Janeiro chega, em cada ano,<br />
a gran<strong>de</strong> aventura da Neve para os alunos<br />
do 9º e 10º ano. É sempre uma semana <strong>de</strong><br />
intensa activida<strong>de</strong> fisica e convivio num<br />
ambiente lindissimo on<strong>de</strong> se apren<strong>de</strong>m<br />
novas tecnicas e se aperfeiçoam outras<br />
para além <strong>de</strong> fortalecerem relações <strong>de</strong><br />
amiza<strong>de</strong> e companheirismo. Quem por lá<br />
passou sabe bem do que falamos.<br />
ECO – ESCOLAS<br />
O projecto Eco-Escolas continua a <strong>de</strong>correr<br />
com empenho, iniciativa e trabalho. Neste<br />
período já fizemos bastantes activida<strong>de</strong>s e<br />
mais estamos a preparar. Tivemos muitas<br />
novida<strong>de</strong>s que marcam uma nova forma <strong>de</strong><br />
nos envolvermos neste projecto.<br />
• um Eco-painel, junto à papelaria, on<strong>de</strong> vamos afixando<br />
alguma informação e convocatórias para os eco-<strong>de</strong>legados;<br />
• dois conselhos Eco-escolas, com a presença dos professores,<br />
direcção pedagógica, eco-<strong>de</strong>legados e representante<br />
dos funcionários, on<strong>de</strong> foram feitas sugestões para acções <strong>de</strong><br />
melhoria no colégio,<br />
• participação em vários concursos, como por exemplo, Escola<br />
da Energia on<strong>de</strong> vão ser preparadas Bandas Desenhadas pelos<br />
alunos do 9º ano e textos e Panfletos, pelos alunos do 3º ano,<br />
• participação na Geração Depositrão, com a recolha <strong>de</strong><br />
pequenos electrodomésticos a colocar no contentor vermelho<br />
junto à entrada do bar e recolha <strong>de</strong> pilhas para colocar nos<br />
Pilhões dispersos pelo <strong>Colégio</strong>;<br />
• entrega <strong>de</strong> alguns eco-pontos em salas on<strong>de</strong> não existiam;<br />
• preparação <strong>de</strong> fantoches <strong>de</strong> caixas <strong>de</strong> medicamentos, pelos<br />
meninos da Sala Rosa,<br />
• colaboração com o Clube On, no concurso <strong>de</strong> Curtas da<br />
OIKOS, cujos temas são os Objectivos<br />
<strong>de</strong> Desenvolvimento do Milénio, tendo<br />
sido realizado um pequeno filme sobre<br />
a «Sustentabilida<strong>de</strong>»;<br />
• participação no concurso «Biodiversida<strong>de</strong><br />
na minha Cida<strong>de</strong>», pelos alunos<br />
do 7º ano, em interdisciplinarida<strong>de</strong> com<br />
Ciências Naturais, Geografia e Área Projecto,<br />
para a produção <strong>de</strong> um roteiro na<br />
cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Lisboa;<br />
• participação <strong>de</strong> três alunos na 2ª Eliminatória<br />
das Olimpíadas do Ambiente;<br />
• recolha <strong>de</strong> cápsulas Nespresso, com<br />
o objectivo <strong>de</strong> serem recicladas e o resultado<br />
<strong>de</strong>ssa reciclagem ser convertidos<br />
em kilos <strong>de</strong> arroz, entregues ao Banco<br />
Alimentar;<br />
Estamos também a preparar algumas activida<strong>de</strong>s que assinalam<br />
o chegar da Primavera e o Ano Internacional das Florestas,<br />
como por exemplo exposições, mostras, apresentações<br />
e muito mais...<br />
Teremos o Dia Eco-Escolas, dia 5 <strong>de</strong> Abril, durante o qual<br />
<strong>de</strong>correrão diferentes tipos <strong>de</strong> iniciativas.<br />
Fiquem atentos, envolvam-se e sejam mais amigos do ambiente...<br />
Saudações ecológicas!<br />
Elisabete Santos, Prof. Coord. Projecto Eco-escolas<br />
Energia e Ambiente:<br />
os automóveis híbridos<br />
Vivemos uma época em que a informaçãoespectáculo<br />
ocupa a maior parte<br />
dos telejornais. Somos diariamente<br />
confrontados com <strong>de</strong>sastres naturais <strong>de</strong><br />
gran<strong>de</strong>s dimensões em locais distantes<br />
como o Golfo do México, cuja relação com o<br />
nosso País se po<strong>de</strong>ria limitar ao facto <strong>de</strong> ser<br />
lá que tem origem a bem conhecida corrente<br />
do Golfo que torna tão ameno o nosso clima,<br />
ou a Venezuela, <strong>de</strong>stino <strong>de</strong> imigração para<br />
muitos portugueses.<br />
Mais recentemente, acompanhámos interessados as revoluções<br />
em curso em países do Norte <strong>de</strong> África, como o Egipto,<br />
com uma história riquíssima, mas que normalmente associamos<br />
a <strong>de</strong>stino <strong>de</strong> férias, ou a Líbia, que muitos <strong>de</strong> nós apenas<br />
relacionamos com um tal presi<strong>de</strong>nte que gosta <strong>de</strong> montar<br />
tendas…Aparentemente, países aos quais poucas ou nenhumas<br />
afinida<strong>de</strong>s nos ligam.<br />
Então, se a ligação é fraca, qual o motivo principal <strong>de</strong> todo<br />
este interesse?<br />
Curiosamente, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> apresentadas estas notícias, seguem-se<br />
invariavelmente outras que apresentam a mais que<br />
previsível subida do preço dos combustíveis. Qual a relação<br />
<strong>de</strong> uma coisa com outra? É que em todos estes locais se explora<br />
o recurso natural mais precioso para toda a nossa civilização<br />
global – o petróleo.<br />
Para além <strong>de</strong> uma diversida<strong>de</strong> <strong>de</strong> aplicações, maioritariamente<br />
como matéria-prima para a produção <strong>de</strong> uma varieda<strong>de</strong><br />
absolutamente espantosa <strong>de</strong> outros materiais, esta rocha,<br />
<strong>de</strong> consistência fluida, fruto <strong>de</strong> “restos”, muita pressão e tempo,<br />
tem sido a fonte energética que claramente tem posto em<br />
movimento a civilização nos últimos 100 anos.<br />
Como tudo o que é bom acaba <strong>de</strong>pressa, também esta utilização<br />
massiva acabará por esgotar as reservas no planeta,<br />
uma vez que o petróleo é um recurso finito, apesar do que se<br />
possa pensar <strong>de</strong>vido à sucessão <strong>de</strong> <strong>de</strong>scobertas <strong>de</strong> novas jazidas,<br />
contudo cada vez a maior profundida<strong>de</strong> ou em locais<br />
<strong>de</strong> muito difícil acesso ou permanência.<br />
Por outro lado, a emergência <strong>de</strong> uma “consciência ambiental”,<br />
nos últimos 40 anos, tem permitido perceber que a<br />
utilização <strong>de</strong>sta incrível substância tem constituído uma das<br />
maiores fontes <strong>de</strong> problemas ambientais.<br />
Símbolo dos tempos mo<strong>de</strong>rnos e da mobilida<strong>de</strong>, bem<br />
como <strong>de</strong> prosperida<strong>de</strong> individual e colectiva, o automóvel<br />
tradicional utiliza um motor <strong>de</strong> combustão interna, no qual<br />
são queimados <strong>de</strong>rivados do petróleo – gasolina ou gasóleo –<br />
como fontes <strong>de</strong> energia para movimentar as suas rodas.<br />
Como consequência <strong>de</strong>ssa combustão, são permanentemente<br />
libertados para a atmosfera partículas sólidas e gases<br />
como o monóxido <strong>de</strong> carbono e o dióxido <strong>de</strong> carbono, um<br />
dos principais responsáveis pelo efeito <strong>de</strong> estufa artificial e<br />
24 | OLHARES | REVISTA DO CSCM | JAN-MAR 2011 OLHARES | REVISTA DO CSCM | JAN-MAR 2011 | 25
consequente aquecimento global do planeta, e ainda, entre<br />
outros, os óxidos <strong>de</strong> azoto e <strong>de</strong> enxofre, substâncias a partir<br />
das quais se formam os ácidos nítrico e sulfúrico, constituintes<br />
essenciais das chuvas ácidas.<br />
Neste contexto, as empresas multinacionais construtoras<br />
<strong>de</strong> automóveis, cientes <strong>de</strong> que a sua própria sobrevivência<br />
<strong>de</strong>pen<strong>de</strong> da existência <strong>de</strong> fontes <strong>de</strong> energia alternativas<br />
para os seus motores, economicamente vantajosas e ambientalmente<br />
seguras, têm vindo a <strong>de</strong>senvolver formas <strong>de</strong> motorização<br />
mais eficientes e com um impacto ambiental cada vez<br />
menor.<br />
Diversas soluções têm vindo a ser estudadas, embora a<br />
que se apresenta actualmente mais <strong>de</strong>senvolvida e já totalmente<br />
integrada no mercado automóvel seja a tecnologia<br />
híbrida (os primeiros automóveis <strong>de</strong> série começaram a ser<br />
comercializados há mais <strong>de</strong> uma década – Toyota Prius em<br />
1997), que combina sinergicamente a utilização <strong>de</strong> motores<br />
<strong>de</strong> combustão interna (maioritariamente a gasolina, mas po<strong>de</strong>ndo<br />
ser a gasóleo, gás natural, biodiesel, álcool ou mesmo<br />
hidrogénio) e motores eléctricos.<br />
A utilização <strong>de</strong> motores eléctricos resulta do facto <strong>de</strong> serem<br />
ambientalmente limpos, embora apresentem limitações,<br />
quer na qualida<strong>de</strong> das prestações mecânicas, quer na autonomia.<br />
Na realida<strong>de</strong>, um automóvel híbrido utiliza um motor <strong>de</strong><br />
combustão interna, funcionando como unida<strong>de</strong> motriz e<br />
como gerador <strong>de</strong> corrente eléctrica, assegurando performances<br />
elevadas, combinado com um motor eléctrico <strong>de</strong> emissões<br />
nulas e uma bateria, capaz <strong>de</strong> armazenar a energia libertada<br />
durante as <strong>de</strong>sacelerações e travagens e <strong>de</strong> a fornecer,<br />
em seguida.<br />
A articulação entre as duas unida<strong>de</strong>s motrizes conduz à<br />
classificação dos automóveis híbridos em três classes:<br />
• Híbrido-série, no qual o motor eléctrico é o único responsável<br />
pela motorização;<br />
• Híbrido-paralelo, em que o motor <strong>de</strong> combustão fornece<br />
a principal força <strong>de</strong> tracção, complementado pelo motor<br />
eléctrico;<br />
• Híbrido-misto, com o motor eléctrico a constituir a principal<br />
força motriz, embora possa funcionar em simultâneo com<br />
o motor <strong>de</strong> combustão.<br />
A utilização da unida<strong>de</strong> eléctrica como principal força motriz,<br />
alimentada pela energia recuperada e que normalmente<br />
é <strong>de</strong>sperdiçada como calor, permite reduções <strong>de</strong> consumo na<br />
or<strong>de</strong>m dos 25 a 30% e emissões significativamente menores.<br />
A adição <strong>de</strong> um sistema <strong>de</strong> paragem automática do motor <strong>de</strong><br />
combustão, sempre que o veículo se imobiliza, num semáforo<br />
ou por questões <strong>de</strong> tráfego, acentua ainda mais estes ganhos.<br />
O <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong>stes veículos constitui assim um<br />
passo significativo dado pela Humanida<strong>de</strong> na redução da sua<br />
<strong>de</strong>pendência dos combustíveis fósseis e na evolução para um<br />
modo <strong>de</strong> vida qualitativamente melhor, porque ambientalmente<br />
mais sustentável.<br />
Francisco Peres, Prof.<br />
http://perfil.honda.pt/car/content/technology/engines/in<strong>de</strong>x.fsp?fullscreen=true<br />
http://www.toyota.pt/innovation/in<strong>de</strong>x.aspx<br />
Brevemente<br />
Jogos Matemáticos. Após 2 meses <strong>de</strong> treinos no Centro <strong>de</strong> Recursos, os<br />
alunos do 2º ciclo ao Secundário participaram no dia 23 <strong>de</strong> Fevereiro na eliminatória interna.<br />
Os alunos apurados participaram no VI Campeonato Nacional <strong>de</strong> Jogos Matemáticos, este<br />
ano em Lisboa, no ISEL, no dia 18 <strong>de</strong> Março. Aqui ficam os dados sobre os alunos que<br />
participaram e os jogos a que concorreram.<br />
1º CICLO Alunos Turma<br />
OURI Rodrigo Matos<br />
SEMÁFORO Pedro Santos<br />
CÃES E GATOS Rodrigo Matos<br />
2º CICLO Alunos Turma<br />
OURI Teresa Antunes 6ºA<br />
HEX António Rodrigues 5ºC<br />
CÃES E GATOS Francisca Sousa 5ºC<br />
3º CICLO Alunos Turma<br />
RASTROS Ana Catarina Silvestre 9ºA<br />
HEX Matil<strong>de</strong> Farinha 9ºB<br />
OURI <strong>Maria</strong> Madalena Costa 7ºB<br />
SECUNDARIO Alunos Turma<br />
HEX João Loureiro 12ºB1<br />
AVANÇO André Farinha 12ºB1<br />
RASTROS Luciano Noronha 11ºB<br />
Todos estão <strong>de</strong> parabéns pelo empenho e dinamismo nesta activida<strong>de</strong>.<br />
Para o ano esperamos por todos.<br />
26 | OLHARES | REVISTA DO CSCM | JAN-MAR 2011 2010<br />
OLHARES | REVISTA DO CSCM | JAN-MAR 2010 2011 | 27
Os nossos pés<br />
continuam disponíveis<br />
para voar para on<strong>de</strong><br />
o <strong>de</strong>ver chama ou a<br />
carida<strong>de</strong> reclama<br />
– Centro Jean Gailhac<br />
A poucos meses do final do ano, importa<br />
fazer um balanço do trabalho realizado e<br />
estimular todos a colaborar da forma activa,<br />
como sempre tem acontecido.<br />
O Centro Jean Gailhac tem continuado a acompanhar um<br />
conjunto <strong>de</strong> famílias. Ocupamo-nos, essencialmente, dos<br />
bairros das Galinheiras e da Quinta do Mocho, tentando dar<br />
o apoio que mais necessitam, nomeadamente através dos<br />
cabazes alimentares feitos ao longo do ano e para os quais<br />
toda a comunida<strong>de</strong> educativa tem colaborado. Não <strong>de</strong>ixamos<br />
<strong>de</strong> ajudar com roupa, calçado ou produtos <strong>de</strong> higiene<br />
que são muitas vezes necessários. Através das nossas bolsas<br />
<strong>de</strong> disponibilida<strong>de</strong> profissional arranjamos muitas vezes<br />
medicamentos ou atendimento médico facilitado. E pelas<br />
bolsas <strong>de</strong> emprego é possível, por vezes, encontrarmos emprego<br />
para os que o procuram.<br />
Mais do que a ajuda material que conseguimos prestar,<br />
vamos recolhendo, também, sorrisos e abraços agra<strong>de</strong>cidos,<br />
olhares por vezes dolorosos que se enchem <strong>de</strong> luz quando<br />
vêem chegar embrulhos <strong>de</strong> vonta<strong>de</strong> e generosida<strong>de</strong>. Um<br />
exemplo vivo <strong>de</strong>ssa gratidão surgiu-nos no final <strong>de</strong> Fevereiro<br />
quando nos enviaram um postal cheio <strong>de</strong> amiza<strong>de</strong> e criativida<strong>de</strong>.<br />
Ao longo do ano o Centro tem organizado várias campanhas,<br />
não apenas <strong>de</strong> recolha <strong>de</strong> géneros alimentares ou outros<br />
produtos, mas não <strong>de</strong>ixámos <strong>de</strong> recolher o material escolar<br />
nem os presentes <strong>de</strong> Natal que, habitualmente, enviamos<br />
às crianças que acompanhamos. O trabalho no Clube<br />
10/14 continua a recolher frutos. Estes jovens continuam a<br />
ser acompanhados pelos nossos professores e antigos alunos,<br />
pais e irmãs que põem ao serviço os seus dons enquanto<br />
os ajudam nos estudos ou em activida<strong>de</strong>s lúdicas. Este<br />
ano conseguimos, também, que fosse feito o rastreio oral às<br />
crianças do Clube, graças à colaboração da Clínica Dentária<br />
Stª Madalena, através da Drª Isabel Serpa<br />
Começamos agora a tentar ajudar aqueles que estão<br />
mais próximos <strong>de</strong> nós e, por esse motivo, esperamos, <strong>de</strong>ntro<br />
em breve, po<strong>de</strong>r auxiliar a população mais jovem e mais<br />
envelhecida da nossa freguesia, empenhados que estamos<br />
na nossa participação na Comissão Local <strong>de</strong> Acção Social da<br />
Freguesia <strong>de</strong> S. Jorge <strong>de</strong> Arroios.<br />
No final do segundo período foi ainda lançada a campanha<br />
<strong>de</strong> recolha <strong>de</strong> cápsulas Nespresso, a partir da qual será<br />
possível contribuir com pacotes <strong>de</strong> arroz para o Banco Alimentar.<br />
O nosso serviço e as nossas campanhas continuarão.<br />
E será sempre a ajuda e a persistência <strong>de</strong>sta comunida<strong>de</strong><br />
que lhes dará força. Continuamos a contar com a colaboração<br />
<strong>de</strong> todos.<br />
Joana Marques, Prof.<br />
Taizé – Essa espécie<br />
<strong>de</strong> fonte<br />
Um grupo <strong>de</strong> antigos e actuais alunos viveu, entre 5 e<br />
14 <strong>de</strong> Março, a experiência da interiorida<strong>de</strong> e do silêncio<br />
em Taizé, uma comunida<strong>de</strong> religiosa ecuménica no<br />
sul <strong>de</strong> França on<strong>de</strong> os irmãos partilham com os peregrinos,<br />
que ali acorrem, a simplicida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida e o espírito<br />
<strong>de</strong> oração e trabalho. Taizé é daquelas coisas que se cola<br />
à pele e marca o percurso dos dias seguintes...<br />
«Ver tantos jovens na colina, juntos numa<br />
gran<strong>de</strong> diversida<strong>de</strong>, é algo <strong>de</strong> muito festivo.<br />
Dá-nos a gran<strong>de</strong> esperança <strong>de</strong> que é possível<br />
uma humanida<strong>de</strong> em paz.»<br />
Irmão Alois, durante um encontro na igreja da<br />
Reconciliação<br />
28 | OLHARES | REVISTA DO CSCM | JAN-MAR 2011 OLHARES | REVISTA DO CSCM | JAN-MAR 2011 | 29
Novo Acordo Ortográfico<br />
Muita confusão e i<strong>de</strong>ias erróneas reinam<br />
relativamente ao acordo ortográfico. As<br />
mudanças na língua são lógicas, naturais e<br />
sempre ocorreram. Muitas vezes pensamos<br />
que somos “os donos” da nossa língua<br />
e que os outros (que também a falam)<br />
a “estragam”. Excesso <strong>de</strong> orgulho e<br />
preconceito.<br />
A língua é tão nossa, como dos outros povos que falam português<br />
e que ao longo dos séculos a inovaram, revitalizaram,<br />
lhe transmitiram criativida<strong>de</strong>, a impregnaram (no bom<br />
sentido) das diferenças enriquecedoras que existem entre<br />
povos <strong>de</strong> diferentes países e continentes. A língua não vai<br />
mudar por causa “<strong>de</strong>les”, vai mudar porque é natural que assim<br />
aconteça, faz parte da sua evolução. Ninguém se imagina<br />
a ficar igual para sempre.<br />
A língua vai mudar porque é importante que nos aproximemos<br />
dos outros povos que também falam o português<br />
e o “nosso português” não é melhor, nem pior que o português<br />
falado noutros sítios do mundo. Inclusive, e ao contrário<br />
do que muitas vezes pensamos, o uso <strong>de</strong> estruturas antigas<br />
do português e <strong>de</strong> vocabulário que se usava há alguns<br />
séculos no “português <strong>de</strong> Portugal”, são comuns no português<br />
falado do outro lado do Atlântico.<br />
30 | OLHARES | REVISTA DO CSCM | JAN-MAR 2011<br />
Não po<strong>de</strong>mos querer “tirar a história à língua”. Era a mesma<br />
coisa que querermos parar no tempo e ficarmos imobilizados<br />
para sempre.<br />
Na verda<strong>de</strong>, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> sempre têm ocorrido mudanças e<br />
evoluções da língua portuguesa. Estas fazem parte da sua<br />
história. Sim, as línguas também têm uma história muito<br />
rica! E muita história da língua aconteceu <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que foi escrito<br />
o testamento do Rei <strong>de</strong> Portugal, Afonso II, datado <strong>de</strong><br />
1214, do qual aqui <strong>de</strong>ixo um excerto. Vemos muitas palavras<br />
com grafia diferente e as letras que aparecem entre parêntesis<br />
não foram escritas no texto original, pois muitas eram<br />
abreviadas e as letras mais óbvias não eram escritas.<br />
En’o nome <strong>de</strong> Deus. Eu rei don Afonso pela gracia <strong>de</strong> Deus<br />
rei <strong>de</strong> Portugal, seendo sano e saluo, temëte o dia <strong>de</strong> mia morte,<br />
a sau<strong>de</strong> <strong>de</strong> mia alma e a proe <strong>de</strong> mia molier raina dona Orraca<br />
e <strong>de</strong> me(us) filios e <strong>de</strong> me(us) uassalos e <strong>de</strong> todo meu reino<br />
fiz mia mãda p(er) q(ue) <strong>de</strong>pos mia morte mia molier e me(us)<br />
filios e meu reino e me(us) uassalos e todas aq(ue)las cousas<br />
q(ue) De(us) mi <strong>de</strong>u en po<strong>de</strong>r sten en paz e en folgãcia. P(ri)<br />
meiram(en)te mãdo q(ue) meu filio infante don Sancho q(ue)<br />
ei da raina dona Orraca agia meu reino enteg(ra)m(en)te e en<br />
paz.<br />
E ssi este formorto sen semmel, o maior filio q(ue) ouuer da<br />
raina dona Orraca agia o reino entegram(en)te e en paz. E ssi<br />
filio barõ nõ ouuermos, a maior filia q(ue) ouuuermos agia’o ...<br />
Também é um facto que este assunto dos<br />
“acordos” já não é novida<strong>de</strong>. Des<strong>de</strong> há muito<br />
que a Comunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Países <strong>de</strong> Língua<br />
Portuguesa, principalmente Portugal e o<br />
Brasil, querem estabelecer acordos. Vejamos<br />
esta cronologia <strong>de</strong> acordos anteriores.<br />
Cronologia dos acordos<br />
ortográficos<br />
1907 – A Aca<strong>de</strong>mia Brasileira <strong>de</strong> Letras começa a simplificar<br />
a escrita nas suas publicações.<br />
1911 – Primeira Reforma Ortográfica – tentativa <strong>de</strong> uniformizar<br />
e simplificar a escrita, mas que não foi extensiva ao<br />
Brasil.<br />
1915 – A Aca<strong>de</strong>mia Brasileira <strong>de</strong> Letras resolve harmonizar a<br />
sua ortografia com a portuguesa.<br />
1924 – A Aca<strong>de</strong>mia <strong>de</strong> Ciências <strong>de</strong> Lisboa e a Aca<strong>de</strong>mia Brasileira<br />
<strong>de</strong> Letras começam a procurar uma grafia comum.<br />
1929 – A Aca<strong>de</strong>mia Brasileira <strong>de</strong> Letras altera as regras <strong>de</strong><br />
escrita.<br />
1931 – É aprovado o primeiro Acordo Ortográfico entre o<br />
Brasil e Portugal, que visa suprimir as diferenças, unificar e<br />
simplificar a língua portuguesa.<br />
1943 – É redigido o Formulário Ortográfico <strong>de</strong> 1943, na primeira<br />
Convenção Ortográfica entre Brasil e Portugal.<br />
1945 – Um novo Acordo Ortográfico torna-se lei em Portugal,<br />
mas não no Brasil, por não ter sido ratificado pelo Governo;<br />
os brasileiros continuam a regular-se pela ortografia do<br />
Vocabulário <strong>de</strong> 1943.<br />
1971 – São promulgadas alterações no Brasil, reduzindo as<br />
divergências ortográficas com Portugal.<br />
1973 – São promulgadas alterações em Portugal, reduzindo<br />
as divergências ortográficas com o Brasil.<br />
1986 – O presi<strong>de</strong>nte do Brasil, José Sarney promove um encontro<br />
dos então sete países <strong>de</strong> língua oficial portuguesa -<br />
Angola, Brasil, Cabo Ver<strong>de</strong>, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal<br />
e São Tomé e Príncipe -, no Rio <strong>de</strong> Janeiro. É apresentado<br />
o Memorando Sobre o Acordo Ortográfico da Língua<br />
Portuguesa.<br />
1996 – O Acordo Ortográfico é apenas ratificado por Portugal,<br />
Brasil, e Cabo Ver<strong>de</strong>.<br />
1998 – Na cida<strong>de</strong> da Praia é assinado o Protocolo Modificativo<br />
do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, retirando-se<br />
do texto a data <strong>de</strong> implementação. Mantém-se a condição<br />
<strong>de</strong> que todos os membros da Comunida<strong>de</strong> dos Países<br />
<strong>de</strong> Língua Portuguesa (CPLP) <strong>de</strong>vem ratificar as normas propostas<br />
no Acordo Ortográfico <strong>de</strong> 1990 para que este seja implementado.<br />
2006 – Brasil, Cabo Ver<strong>de</strong> e São Tomé e Príncipe ratificam<br />
o documento, possibilitando a entrada em vigor do Acordo<br />
Ortográfico <strong>de</strong> 1990.<br />
2008 – O Acordo Ortográfico <strong>de</strong> 1990 é aprovado por Cabo<br />
Ver<strong>de</strong>, São Tomé e Príncipe, Brasil e Portugal, sendo esperada<br />
a sua implementação no início <strong>de</strong> 2010.<br />
2009 – Entrada em vigor do Acordo Ortográfico <strong>de</strong> 1990 no<br />
Brasil. Atualmente, além <strong>de</strong> Portugal e do Brasil, também<br />
São Tomé e Príncipe, Cabo Ver<strong>de</strong>, Timor-Leste e Guiné-Bissau<br />
ratificaram o Acordo Ortográfico <strong>de</strong> 1990, embora estes<br />
últimos não o tenham implementado. Fica apenas a faltar a<br />
ratificação <strong>de</strong> Angola e Moçambique.<br />
Portal da língua Portuguesa (www.portaldalinguaportuguesa.org)<br />
Para finalizar, passemos<br />
aos aspecto práticos e<br />
atentemos em algumas<br />
mudanças<br />
Alteram-se aspectos simples, como o respeitante ao número<br />
<strong>de</strong> letras do alfabeto que passam a ser 26 com a inclusão do<br />
K, Y e W ou a grafia com letra minúscula dos meses do ano<br />
(janeiro, fevereiro,...) e pontos car<strong>de</strong>ais (norte, sul...).<br />
Alteram-se outros aspectos um pouco mais complexos.<br />
Desaparecem as consoantes não pronunciadas C e P, em<br />
palavras como ação, ator, diretor, batismo ou egito. Contudo,<br />
uma pessoa do Egito continua a ser um egipcío (porque,<br />
neste caso, pronunciamos o “p”).<br />
Em muitos casos <strong>de</strong> palavras com hífen, <strong>de</strong>ixam <strong>de</strong> o ter.<br />
Talvez o caso que implicará um maior grau <strong>de</strong> “habituação”<br />
seja o da ligação <strong>de</strong> formas do verbo haver com a preposição<br />
<strong>de</strong>. Assim, passamos a ter: hei <strong>de</strong>, hás <strong>de</strong>, hão <strong>de</strong>, etc...<br />
Aproveitemos a ocasião para rever o uso do verbo haver,<br />
tantas vezes mal utilizado, mesmo antes do Novo Acordo<br />
Ortográfico! Lembremo-nos que este verbo, quando é sinónimo<br />
<strong>de</strong> existir, nunca se utiliza no plural.<br />
Haverá pessoas cépticas, mas o que é certo é que sempre<br />
houve mudanças!<br />
Catarina Carrilho, coor<strong>de</strong>nadora<br />
Olhares<br />
NúMERO 26 | ANO 9 | PROPRIEDADE: COLÉGIO DO SAGRADO<br />
CORAÇÃO DE MARIA DE LISBOA | AV. MANUEL DA MAIA, Nº<br />
2, 1000 – 201 LISBOA | TEL. 21 8477575 | FAX. 21 8476435<br />
| DIRECÇÃO: MARGARIDA MARRUCHO MOTA AMADOR |<br />
COORDENAÇÃO: CATARINA CARRILHO E LUíS PEDRO DE<br />
SOUSA | APOIO GRÁFICO: FERNANDO COELHO | IMPRESSÃO:<br />
CLIO, ARTES GRÁFICAS | TIRAGEM: 1330 EXEMPLARES |<br />
DISTRIBUIÇÃO: GRATUITA À COMUNIDADE EDUCATIVA<br />
OLHARES | REVISTA DO CSCM | JAN-MAR 2011 | 31