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Baixar - Brasiliana USP

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Via-Saepa<br />

Jesus,seguia a passos vacillantes<br />

rPelo templo repleto e entristecido ;<br />

O peito nrtáva em ancias lancinantes<br />

Sob oburel pesado, esmaecido.<br />

As estrellasi tremiam palpitantes<br />

A modular um canto enternecido;<br />

E dos que foram — ab;nas soluçantes —<br />

Erravam ao luar descolorido.<br />

Jesus triste vacilla á Cruz pregado,<br />

Humido o olharem doce resplendor<br />

Pela luz do perdão sacramentado...<br />

SONETOS<br />

Ao Dedeu.<br />

Prosegue... E em estilhaços nessa cruz,<br />

Da fé real a bemdizer o amor<br />

Vão minhas illusões, doces, azues.<br />

Rosa Rubra.<br />

7$ r>osa... A quem compiehender,..<br />

Aquella rosa branca e perfumada<br />

Que um dia me offertaste ternamente,<br />

Eu desejava tel-a, conservada,<br />

Como m'a offereceste—rcscendente —<br />

Mas a cândida flor, immaculada,<br />

Cujo encanto eu julgara persistente<br />

Apezar de com affecto ser guardada<br />

Ficou murcha — secCou inteiramente.<br />

Triste contemplo então a nivea flor<br />

üutr'ora em viço e agora emniurchecida !<br />

Com a tiorinha eu comparo o louco amor<br />

Que mejuraste immenso e verdadeiro...<br />

Ah I jura desleal e temeu tida :<br />

— Como o encanto da flor foi passageiro !<br />

Maria da Gloria Rodrigues Pereira.<br />

li<br />

^<br />

Chpísto<br />

A' irmã Martha do C. Immaculada CõnceifSâ<br />

Sobre a terra, ó Jesus, que redimiste<br />

E que com teu Amor illuminaste<br />

Quem ha que não se lembre que inda existe<br />

A sã Doutrina que exemplificaste?<br />

Tua Imagem tão pallida e tão triste<br />

Confunde-se com as sombras que espancaste,<br />

Eo Mundo que salvaste subsiste<br />

Com aquèlles mesmos crimes que encontrast*.'<br />

Os homens já não mais faliam em ti,<br />

O Bem e a Caridade andam ahi<br />

Impondo em luxo em vã ostentação I<br />

Emtanto aquelle que de ti se esquece<br />

Vaes espalhando sempre em farta messe<br />

Ten puro Amor e o teu santo perdão.<br />

Sylvia Guanabara<br />

7^ nesga poxa<br />

A' memória dr meu inesquecível irmão<br />

A tarde estava bella. E eu triste contemplava<br />

A vastidão celeste e mystica e infinita...<br />

Uma nesga avistei, tão roxa e tão bonita<br />

Que extranha sensação senti. Triste chorava<br />

Por que foi nesse instante, amargo e doloroso,<br />

Que minh'alma sentiu a saudade pungente<br />

De um anjo que adorei, em immenso innoceute;<br />

E que subiu ao céo, occulto, mvsterioso !<br />

A nesga, ao admiral-a assim, alluciuada<br />

Suppuz que elld occultava a quem idolatrei<br />

Nesta vida penosa, acerba e malfadada!<br />

cJuVerttina<br />

Para Aslerio Dardeau, o principe do acrostico<br />

Juventinaeum mimo de Beileza,<br />

Um tyrio perfumado e lactescénte ;<br />

Vejo-a sempre assim, tal uma princesa,<br />

Em branca nuvem, leve e transparente.<br />

No seu porte de santa a singelêsa,<br />

Triumpha e brilha esplendorosamente,<br />

Incensando-a de graça e de riqueza,<br />

Numa onda de perfumes, rescendente.<br />

A' do seu olhar casta illuminura<br />

Minha tuba enmudeoe deslumbrada!...<br />

E, ébrio, talvez, da mystica ternura...<br />

Lembra-me, ao vel-a, assim, divinisada,<br />

LuminOKO astro a refulgir na altura,<br />

(>nde pompeia a minha doce amada.<br />

, _ Pereira Júnior.<br />

N. B. este soneto é acrostico.<br />

Mas logo percebi ser isso uma illusão !<br />

Elevando o pensar a Deus eu implorei<br />

Que sempre protegesse o meu querido irmão<br />

Carlola Lisboa Manzana.

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