Página 2 - Paróquia Santa Terezinha | Joaçaba.SC
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“Um homem do povo a serviço de DEUS, um homem de DEUS a serviço do povo”.<br />
Neste mês de junho em que encerramos o ano sacerdotal, queremos<br />
homenagear todos os nossos Sacerdotes pela doação e humildade com O SACERDÓCIO NA VISÃO DA IGREJA:<br />
que abraçaram a causa de Jesus Cristo, o Sumo Sacerdote, e assim como<br />
Ele doaram suas vidas para buscar a salvação da humanidade, em O Catecismo da Igreja Católica afirma de forma enfática que no serviço<br />
continuidade ao trabalho iniciado pelo Mestre, quando viveu entre nós<br />
como homem.<br />
O Sacerdócio tem por fim uma vida consagrada única e<br />
exclusivamente a Deus. Não se trata apenas de um serviço ou de uma<br />
função. É um modo de viver o Evangelho, uma consagração de si à causa<br />
de Jesus Cristo que não rejeita o amor humano, mas o transcende.<br />
O Sacerdote é um homem igual a outros tantos homens que<br />
circulam no meio em que vivemos, mas que difere deles pela opção da<br />
renúncia a algo que lhes serviria se quisessem, mas que preferiram não<br />
ter por um amor maior. É a isto que Jesus se referia na sua expressão<br />
simbólica relatada pelo evangelista Mateus no capítulo 19, versículo 12<br />
de seu Evangelho, quando assim se pronunciou: “Porque há eunucos que<br />
o são desde o ventre de suas mães, há eunucos tornados tais pelas mãos<br />
dos homens e há eunucos que a si mesmo se fizeram eunucos por amor<br />
do Reino dos Céus. Quem puder compreender, compreenda”.<br />
Dom de Deus à Igreja, foi assim que o nosso saudoso Papa João<br />
Paulo II definiu, em sua obra Meditações e Orações, o Sacerdócio, e<br />
complementou dizendo: “O Sacerdote foi constituído a favor dos<br />
homens como mediador das coisas de Deus, para oferecer dons e<br />
sacrifícios pelos pecados”.<br />
Já disse, outrora, o Pe. Jean Baptiste Lacordaire, em sua obra<br />
Pensées Choisies: “ O Sacerdote tem a força do homem temperado pela<br />
bondade de Deus. O sábio verifica, o filósofo raciocina, o sacerdote<br />
eclesial do ministro ordenado, é o próprio Cristo que está presente à sua Igreja<br />
enquanto Cabeça de seu Corpo, Pastor de seu rebanho, Sumo Sacerdote do<br />
sacrifício redentor, Mestre da Verdade. A Igreja o expressa dizendo que o<br />
sacerdote, em virtude do sacramento da Ordem, age “in persona Christi<br />
Capitis” (na pessoa de Cristo Cabeça).<br />
Pelo ministério ordenado, especialmente dos bispos e dos presbíteros, a<br />
presença de Cristo como chefe da Igreja se torna visível no meio da<br />
comunidade dos fiéis.<br />
Esta presença de Cristo no ministro não deve ser compreendida como se<br />
este estivesse imune a todas as fraquezas humanas, ao espírito de<br />
dominação, aos erros e até aos pecados. A força do Espírito Santo não garante<br />
do mesmo modo todos os atos dos ministros. Enquanto nos sacramentos esta<br />
garantia é assegurada, de tal forma que mesmo o pecado do ministro não<br />
possa impedir o fruto da graça, há muitos outros atos em que a conduta<br />
humana do ministro deixa traços que nem sempre são sinal de fidelidade ao<br />
Evangelho e que podem, por conseguinte, prejudicar a fecundidade<br />
apostólica da Igreja.<br />
Esse sacerdócio é ministerial. “Esta missão que o Senhor confiou aos<br />
pastores de seu povo é um verdadeiro serviço”. Refere-se inteiramente a<br />
Cristo e aos Homens. Depende inteiramente de Cristo e de seu sacerdócio<br />
único, e foi instituído em favor dos homens e da comunidade da Igreja. O<br />
sacramento da ordem comunica “um poder sagrado” que é o próprio poder<br />
de Cristo. O exercício desta autoridade deve, pois, ser medido pelo modelo de<br />
afirma em nome de Deus”.<br />
Cristo que, por amor, se fez o último e servo de todos. “O Senhor disse<br />
claramente que cuidar de seu rebanho é uma prova de amor para com Ele”.<br />
O sacerdócio ministerial difere essencialmente do sacerdócio dos fiéis<br />
porque confere um poder sagrado para o serviço dos fiéis. Os ministros<br />
ordenados exercem seu serviço com o povo de Deus por meio do<br />
ensinamento (múnus docendi: “encargo de ensinar”), do culto divino (múnus<br />
liturgicum: “encargo litúrgico”) e do governo pastoral (múnus regendi:<br />
“encargo de governar”).<br />
Desde as origens, o ministério ordenado foi conferido e exercido em três<br />
graus: o dos bispos, o dos presbíteros e o dos diáconos. Os ministérios<br />
conferidos pela ordenação são insubstituíveis na estrutura orgânica da Igreja.<br />
Sem o bispo, os presbíteros e os diáconos, não se pode falar em Igreja.<br />
O Bispo recebe a plenitude do sacramento da ordem que o insere no<br />
Colégio Episcopal e faz dele o chefe visível da Igreja particular que lhe é<br />
confiada. Os Bispos, como sucessores dos apóstolos e membros do Colégio<br />
Episcopal, participam da responsabilidade apostólica e da missão de toda a<br />
Igreja, sob a autoridade do papa, sucessor de S. Pedro.<br />
Os Presbíteros estão unidos aos bispos na dignidade sacerdotal e ao<br />
mesmo tempo dependem deles no exercício de suas funções pastorais; são<br />
chamados a ser atentos cooperadores dos Bispos; formam em torno de seu<br />
Bispo o “presbitério”, que com ele é responsável pela Igreja particular.<br />
Recebem do Bispo o encargo de uma comunidade paroquial ou uma função<br />
eclesial determinada.<br />
Os Diáconos são ministros ordenados para as tarefas de serviço da<br />
Igreja; não recebem o sacerdócio ministerial, mas a ordenação lhes confere<br />
funções importantes no Ministério da Palavra, do culto divino, do governo<br />
pastoral e do serviço da caridade, tarefas que devem cumprir sob a<br />
autoridade pastoral de seu Bispo.<br />
O Sacramento da Ordem é conferido pela imposição das mãos, seguida<br />
de uma solene oração consecratória que pede a Deus, para o ordinando, as<br />
graças do Espírito Santo, necessárias para exercer seu ministério. A ordenação<br />
imprime um caráter sacramental indelével.<br />
A Igreja só confere o sacramento da ordem a homens (viris) batizados,