Viabilidade de Investimentos: um Estudo em uma ... - aedb
Viabilidade de Investimentos: um Estudo em uma ... - aedb
Viabilidade de Investimentos: um Estudo em uma ... - aedb
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
1. Introdução<br />
Uma das principais características que diferenciam o hom<strong>em</strong> dos outros animais é a<br />
relação que ele <strong>de</strong>senvolveu com a natureza. Enquanto os outros animais se adaptam a ela, o<br />
hom<strong>em</strong> a domina e a transforma <strong>de</strong> acordo com suas necessida<strong>de</strong>s. “A função produção,<br />
entendida como o conjunto <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s que levam à transformação <strong>de</strong> <strong>um</strong> b<strong>em</strong> tangível <strong>em</strong><br />
<strong>um</strong> outro com maior utilida<strong>de</strong>, acompanha o hom<strong>em</strong> <strong>de</strong>s<strong>de</strong> sua orig<strong>em</strong>” (MARTINS;<br />
LAUGENI, 2003, p.1). A realida<strong>de</strong> social cont<strong>em</strong>porânea da h<strong>um</strong>anida<strong>de</strong> é constituída <strong>de</strong><br />
organizações, sendo a indústria <strong>um</strong> tipo <strong>de</strong> organização na qual se <strong>de</strong>senvolveram, durante a<br />
era industrial, os fatores <strong>de</strong> produção: natureza, capital e trabalho.<br />
A socieda<strong>de</strong>, <strong>de</strong> modo global, t<strong>em</strong> sido tomada pelo <strong>de</strong>sejo <strong>de</strong>senfreado <strong>de</strong> cons<strong>um</strong>ir, e<br />
suas necessida<strong>de</strong>s se renovam diariamente. Desta forma, gran<strong>de</strong> é a corrida das indústrias <strong>em</strong><br />
busca <strong>de</strong> atualizações tecnológicas que as permitam suprir as <strong>de</strong>mandas da socieda<strong>de</strong>; e, ainda,<br />
alcançar maiores retornos, produzindo maiores quantida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> forma mais otimizada. Sobre<br />
essa questão, Chiavenato (2005, p. 01) afirma que:<br />
O mundo cont<strong>em</strong>porâneo requer <strong>um</strong>a contínua, intensa e incessante<br />
produção <strong>de</strong> bens e serviços, para que as pessoas possam se alimentar,<br />
vestir, repousar, educar-se, movimentar-se, viver, enfim. Torna-se<br />
necessário produzir e abastecer continuamente <strong>um</strong> mercado que não<br />
pára <strong>de</strong> exigir, e cujas necessida<strong>de</strong>s se tornam cada vez mais complexas<br />
e sofisticadas.<br />
Ainda <strong>de</strong> acordo com Chiavenato (2005), a capacida<strong>de</strong> produtiva <strong>de</strong> <strong>um</strong>a <strong>em</strong>presa é<br />
<strong>de</strong>finida por <strong>um</strong>a gran<strong>de</strong>za n<strong>um</strong>érica, que permitirá a mensuração da quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vezes que<br />
se po<strong>de</strong>rá produzir <strong>um</strong> produto, ou prestar <strong>um</strong> serviço, <strong>em</strong> <strong>um</strong> <strong>de</strong>terminado período <strong>de</strong> t<strong>em</strong>po.<br />
Desse modo, a capacida<strong>de</strong> produtiva po<strong>de</strong> ser medida pelo t<strong>em</strong>po <strong>em</strong> que se produz <strong>um</strong><br />
produto/serviço, pela quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> produtos/serviços produzidos, ou ainda, pelo valor que<br />
esses produtos/serviços geram para a <strong>em</strong>presa. A escolha pelo melhor método <strong>de</strong> medição, fica<br />
a critério a <strong>em</strong>presa.<br />
Sendo assim, é necessário citar aqui, o conceito <strong>de</strong> gargalo <strong>de</strong> produção, pois, para<br />
Martins e Laugeni (2003, p. 109) “[...] a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> produção da <strong>em</strong>presa <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> dos<br />
gargalos, isto é, dos processos e dos equipamentos que limitam a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> produção e<br />
que <strong>de</strong>v<strong>em</strong> ser i<strong>de</strong>ntificados”.<br />
Os gargalos são todos os pontos <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> <strong>um</strong> sist<strong>em</strong>a industrial que<br />
limitam a capacida<strong>de</strong> final <strong>de</strong> produção. E, por capacida<strong>de</strong> final <strong>de</strong><br />
produção, <strong>de</strong>v<strong>em</strong>os enten<strong>de</strong>r a quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> produtos<br />
disponibilizados ao cons<strong>um</strong>idor final <strong>em</strong> <strong>um</strong> <strong>de</strong>terminado intervalo <strong>de</strong><br />
t<strong>em</strong>po (MARQUELI, 2008).<br />
Deste modo, é possível inferir que, a velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>um</strong> sist<strong>em</strong>a produtivo é <strong>de</strong>finida<br />
pela velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> seu gargalo. Para Barros e Moccellin (2004), <strong>em</strong> função <strong>de</strong> ser<strong>em</strong> a<br />
principal restrição do sist<strong>em</strong>a, os gargalos <strong>de</strong>v<strong>em</strong> ser administrados <strong>de</strong> modo que seja possível<br />
aten<strong>de</strong>r à <strong>de</strong>manda, ou seja, é preciso manter a função que representa o ‘gargalo do sist<strong>em</strong>a’<br />
<strong>em</strong> utilização pelo maior t<strong>em</strong>po possível. Essa utilização máxima do ‘gargalo do sist<strong>em</strong>a’,<br />
reduzirá o t<strong>em</strong>po <strong>de</strong> espera entre tarefas sucessivas e, ainda, para aquelas relacionadas às filas<br />
<strong>de</strong> espera nos estágios anteriores <strong>de</strong> produção.<br />
Nesse contexto, é vital para as organizações, cujas ativida<strong>de</strong>s estejam ligadas a <strong>um</strong><br />
processo produtivo, <strong>de</strong>tectar on<strong>de</strong> estão os gargalos do sist<strong>em</strong>a e tomar as providências