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Slides referente a ORIGEM DA VIDA

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<strong>ORIGEM</strong> <strong>DA</strong> VI<strong>DA</strong><br />

PASTA BIOGEOGRAFIA BIBLIOTECA)<br />

EL-HANI - A EVOLUÇÃO <strong>DA</strong> TEORIA <strong>DA</strong>RWINIANA<br />

STEARN & HOEKSTRA - A HISTORIA <strong>DA</strong> VI<strong>DA</strong> 1<br />

(CAP. 13)<br />

RIDLEY – EVOLUÇÃO (CAP.18)<br />

FICHAMENTO: <strong>DA</strong>TA (30/08) EVOLUÇÃO <strong>DA</strong> VI<strong>DA</strong> –<br />

S. J. GOULD-----------enviar para geoexe10@yahoo.com<br />

Senha geocode10


Conceitos de vida<br />

Origem da vida<br />

Stern & Hoeskstra A biologia conceitua vida por duas<br />

características essenciais:<br />

um ser vivo deve apresentar metabolismo (um sistema<br />

coordenado de reações químicas contribuindo para sua<br />

manutenção)<br />

uma replicação hereditária (sistema de copias no qual a<br />

nova estrutura se parece com a velha)<br />

Neiel Campbel “ a vida é o processo cumulativo de<br />

interações entre muitas espécies de substancias que<br />

constituem as células do organismo


Outros conceitos de vida<br />

A definição Fisiológica<br />

Um ser vivo é definido como sendo um ser capaz de realizar<br />

algumas funções básicas, como comer, metabolizar, excretar,<br />

respirar, mover, crescer, reproduzir e reagir a estímulos<br />

externos. Várias máquinas realizam todas estas funções e,<br />

entretanto, não são seres vivos.. Por outro lado, algumas<br />

bactérias vivem na ausência completa de oxigênio, isto é, não<br />

respiram, e, sem dúvida, são seres vivos. A definição, portanto,<br />

tem falhas.<br />

A definição Metabólica<br />

popular entre muitos biólogos. Descreve um ser vivo como um<br />

objeto finito, que troca matéria continuamente com as<br />

vizinhanças, mas sem alterar suas propriedades gerais. A<br />

definição parece correta mas, novamente, existem exceções:<br />

certas sementes e esporos são capazes de permanecer imutáveis,<br />

dormentes, durante anos ou séculos e, depois, nascerem aos<br />

serem semeados.


Cont....<br />

A definição Bioquímica (ou bio-molecular)<br />

Seres vivos contém informação hereditária<br />

reproduzível codificada em moléculas de ácidos<br />

nucléicos e que controlam a velocidade de<br />

reações de metabolização pelo uso de catálise<br />

com proteínas especiais chamadas de enzimas.<br />

Esta é uma definição de vida muito mais<br />

sofisticada que a metabólica ou fisiológica.<br />

Existem, também neste caso, alguns contraexemplos:<br />

existe um tipo de vírus que não<br />

contém ácido nucléico e é capaz de se reproduzir<br />

sem a utilização do ácido nucléico do hospedeiro.


Cont...<br />

A definição Genética<br />

Um sistema vivo é capaz de evolução por seleção natural.<br />

Em 1859 Charles Darwin publicou o livro que o tornou<br />

famoso: “A Origem das Espécies”. Um parafraseamento<br />

moderno de sua teoria poderia ser algo como: informação<br />

hereditária é transportada por grandes moléculas<br />

conhecidas como genes. Genes diferentes são responsáveis<br />

por características diferentes do organismo. Na<br />

reprodução, este código genético é repassado para o<br />

organismo gerado. Ocasionalmente, pequenas “falhas”<br />

ocorrem na replicação do código, e surgem indivíduos com<br />

pequenas variações - ou mutações. Algumas mutações<br />

podem conferir características especiais que tornam o<br />

organismo mais apto à sobrevivência. Como um resultado,<br />

estes genes “mutantes” vão se reproduzir com mais<br />

facilidade do que os normais, e esta será a espécie<br />

dominante.


Historia das teorias sobre a origem da<br />

vida na terra<br />

Até hoje não existe uma resposta científica<br />

definitiva para a origem da vida no planeta. Sua<br />

origem remota a cerca de 3,5 bilhões de anos, 1<br />

bilhão de anos após a formação da Terra quando<br />

o planeta tinha uma atmosfera diferente das<br />

atuais. Um problema fundamental, portanto,<br />

para a origem da vida é a origem do código<br />

genético/molécula replicadora.


A maioria das explicações giram em torno<br />

de 4 hipóteses:<br />

I) A origem da vida é o resultado de um<br />

evento sobrenatural, isto é, além dos poderes<br />

descritivos da química e da física.<br />

II)A vida surge espontaneamente a partir da<br />

matéria não viva em curtos períodos de<br />

tempo, hoje e no passado.<br />

III)A vida é coexistente com a matéria e não<br />

tem começo. Chegou à Terra no mesmo<br />

tempo da origem do planeta, ou<br />

imediatamente depois.<br />

IV)A vida se iniciou na Terra primitiva por<br />

uma série de reações químicas progressivas.


1. Fixismo<br />

Esta teoria pretende explicar o surgimento das<br />

espécies, afirmando que estas surgiram sobre a<br />

Terra, cada qual já adaptada ao ambiente onde foi<br />

criada, pelo que, uma vez que não havia<br />

necessidade de mudanças, as espécies<br />

permaneciam imutáveis desde o momento em que<br />

surgiram. Deste modo, e de acordo com esta teoria,<br />

não haveria um antepassado comum. No entanto,<br />

para a explicação do surgimento das espécies<br />

primordiais há várias opiniões:<br />

outras teorias que pretendiam explicar o surgimento<br />

das espécies dentro do fixismo:


Abiogênese<br />

1-Geração espontânea: Aristóteles, autor desta teoria, foi<br />

influenciado pela teoria platônica da existência de um<br />

mundo das imagens, afirmava que as espécies surgem<br />

por geração espontânea, ou seja, existiam diversas<br />

fórmulas que dariam origem às diferentes espécies. Isto<br />

é, segundo ele, os organismos podem surgir a partir de<br />

uma massa inerte segundo um princípio ativo. (Por<br />

exemplo, nascer um rato da combinação de uma camisa<br />

suja e de um pouco de milho).<br />

A geração espontânea permaneceu como idéia<br />

principal do surgimento das espécies devido à influência<br />

que as crenças religiosas incutiam na civilização ocidental,<br />

principalmente. Assim, a geração espontânea tornou-se<br />

uma idéia chave para a teoria que surgiria a seguir.


2- O criacionismo<br />

era visto por teólogos e filósofos de modos<br />

diferentes: os teólogos afirmavam que Deus, o ser<br />

supremo e perfeito, tinha criado todos os seres e,<br />

uma vez que era perfeito, tudo o que criava era<br />

perfeito também, pelo que as espécies foram<br />

colocadas no mundo já adaptadas ao ambiente onde<br />

foram criadas, e permaneceram imutáveis ao longo<br />

dos tempos; os filósofos, embora também<br />

apoiassem a criação das espécies por Deus,<br />

acrescentavam que, quando se verificava uma<br />

imperfeição no mundo vivo, esta devia-se ao<br />

ambiente, que era corrupto e mutável, portanto<br />

imperfeito<br />

Assim, e segundo esta teoria, o aparecimento de<br />

novas espécies eram impensável, bem como a<br />

extinção de outras.


Biogênese<br />

até há pouco tempo atrás, a hipótese da geração espontânea<br />

de vida, era plenamente aceita nos meios acadêmicos.<br />

no final do século que o biólogo italiano Francesco Redi<br />

demonstrou que as larvas provinham de ovos deixados por<br />

moscas ou mosquitos adultos<br />

Um padre italiano, Lazzaro Spallanzi, mostrou que os<br />

espermatozóides eram necessários para a reprodução dos<br />

mamíferos. Mas, mesmo assim, a idéia da geração<br />

espontânea sobrevivia: como explicar a fermentação do suco<br />

de uva? De onde vinham as "criaturas minúsculas" que<br />

promoviam a transformação do açúcar em álcool?


Cont...<br />

em 1850, Louis Pasteur demonstrou que quem<br />

promovia a fermentação do suco de uva eram<br />

germes microscópicos, que flutuavam no ar.<br />

Mostrou que uma filtração adequada era capaz<br />

de remover os germes e evitar a fermentação.<br />

Pasteur demonstrou que germes microscópicos<br />

estão no ar e com experiências com frascos tipo<br />

“pescoço de cisne” mostrou que uma solução<br />

nutritiva previamente esterilizada, mantém-se<br />

estéril indefinidamente, mesmo na presença de<br />

ar (pasteurização).


A TEORIA <strong>DA</strong> SOPA PRIMITIVA: Aleksandr Oparin,<br />

bioquímico russo e John S. B. Haldane, bioquímico inglês,<br />

sugeriram, independentemente, que várias substâncias<br />

orgânicas poderia ser sintetizada em solução aquosa, sob<br />

uma atmosfera redutora e com energia fornecida por<br />

descargas elétricas.<br />

Oparin afirmou em 1924 que os seres vivos se originaram<br />

espontaneamente nos oceanos primitivos, em uma lenta e<br />

gradual transformação em um caldo "quente e diluído".<br />

Compostos orgânicos puderam associar-se e formar<br />

sistemas progressivamente mais complexos, os quais se<br />

alimentavam do material orgânico encontrado no oceano.<br />

Haldane afirmava que as condições da terra primitiva<br />

teriam permitido o surgimento de moléculas orgânicas a<br />

partir de moléculas inorgânicas.


Em base no modelo Haldane-Oparin, a primeira<br />

simulação experimental destas condições<br />

primitivas foi conduzida em 1953 por um<br />

estudante de química americano, S.L. Miller, sob a<br />

supervisão do químico H.C. Urey. Uma mistura de<br />

metano, amônia, vapor de água e hidrogênio<br />

foram continuamente borbulhadas em uma<br />

solução de água líquida. Descargas elétricas eram<br />

aplicadas sobre a solução, simulando os raios.<br />

Após algum tempo, a solução aquosa se tornou<br />

marrom. Análises demonstraram a presença de<br />

vários aminoácidos, principalmente glicina e<br />

alanina, os blocos elementares para a construção<br />

da vida. Estes aminoácidos são monômeros que<br />

formam polímeros como as proteínas e os ácidos<br />

nucléicos síntese abiótica-quimiosíntese.


Independentemente das condições precisas da<br />

evolução química pré-biótica, uma coleção de<br />

compostos orgânicos não implica em vida, assim<br />

é fundamental entender a origem dos<br />

replicadores hereditários neste ambiente<br />

químico.<br />

A maioria dos cientistas acredita que o RNA teria<br />

sido o replicador primitivo antes do advento do<br />

DNA. O RNA pode agir como uma superfície para<br />

a replicação e também pode funcionar como uma<br />

enzima, assistindo ao processo.


A vida teve origem no exato instante em que ocorreu alguma<br />

associação funcional entre as proteínas e os polinucleotídeos, ou<br />

seja, com a origem do primeiro código genético/molécula<br />

replicadora.<br />

Os mecanismos auxiliares à reprodução do código, as enzimas,<br />

os mensageiros, ribossomos, etc., são o produto de uma longa<br />

história evolutiva, e são produzidos de acordo com instruções<br />

contidas no código genético. No momento da origem, o código<br />

para tais mecanismos estava, obviamente, ausente.<br />

Várias linhas de evolução de moléculas replicadoras distintas<br />

pode ter iniciado em vários pontos do planeta, porém, na<br />

competição, somente um modelo de código sobreviveu: todos os<br />

organismos vivos da Terra são descendentes do mesmo código.<br />

Estas evidências levam o conceito de seleção natural para o nível<br />

pré-biótico.


Outras teorias sobre a origem da vida<br />

b) Panspermia- Esporos vindos do universo,<br />

viajando no espaço sideral, atingiram a Terra, e<br />

como as condições eram favoráveis,<br />

desenvolveram-se.<br />

c) Panspermia Induzida- Seres superiores de<br />

outros sistemas solares ou galáxias visitaram a<br />

Terra e, como as condições eram favoráveis,<br />

semearam-na com os esporos de formas de vida.


Evolucionismo:<br />

Esta idéia, como o nome indica, apóia o princípio que<br />

afirma que as espécies não permaneceram imutáveis ao<br />

longo dos milênios e que, portanto, evoluíram.<br />

o aparecimento das teorias evolucionistas apenas foi<br />

possível devido a algumas descobertas decisivas:<br />

-A sistemática: Estudo e nomenclatura das espécies<br />

atuais<br />

- A paleontologia: O estudo dos fósseis, que são<br />

registros valiosos das espécies que existiram<br />

em tempos antigos.


Eventos-chave da evolução segundo MAYNARD SMITH<br />

E SZATHMÁRY (1995)<br />

Considerações:<br />

a importância de eventos-chave só pode ser julgada<br />

retrospectivamente.<br />

Eventos-chave são julgados como tais por meio de<br />

suas conseqüências de longo prazo.<br />

Mudança evolutiva ocorre devido a vantagens de<br />

curto prazo.<br />

Não há mudança evolutiva destinada a obter<br />

benefícios de longo prazo.<br />

(p/ex: a origem do sexo teve muitas<br />

conseqüências a longo prazo, mas apareceu por<br />

outras razões, e não poderia ser prevista no<br />

momento do seu aparecimento )


Nossa percepção de eventos-chave é tendenciosa.<br />

Se pensarmos sobre a evolução como historia tendemos<br />

a iniciar com a nossa espécie.<br />

Isso sugere que a evolução produziu uma complexidade<br />

sempre crescente e que nossa espécie é o ponto<br />

culminante da evolução.<br />

Todas as espécies existentes apresentam uma<br />

ancestralidade evolutiva tão velha quanto a nossa<br />

Temos mais informações sobre algumas poucas<br />

linhagens (animais e vegetais) que sobre as linhagens<br />

que produziram diversos microorganismos.


Eventos-chave na evolução<br />

A origem das moléculas replicadoras<br />

O seqüestro de moléculas replicadoras em compartimentos<br />

A condensação de moléculas replicadoras em cromossomos<br />

A transição do RNA como gene e enzima para o DNA, com<br />

seu código genéticos para proteínas.<br />

A origem simbiótica dos eucariontes a partir dos<br />

procariontes.<br />

A origem de clones assexuados a partir de populações<br />

sexuadas<br />

A origem dos multicelulares entre vegetais animais e<br />

fungos<br />

A origem das sociedades em castas reprodutivas<br />

A origem da linguagem


<strong>ORIGEM</strong> <strong>DA</strong>S MOLECULAS<br />

REPLICADORAS<br />

QUESTÃO FUN<strong>DA</strong>MENTAL PARA A <strong>ORIGEM</strong> <strong>DA</strong> VI<strong>DA</strong> NA TERRA<br />

É A <strong>ORIGEM</strong> DO CODIGO GENÉTICO/MOLECULA REPLICADORA<br />

A EVOLUÇÃO QUIMICA PRÉ-BIÓTICA (OPARIN-HAL<strong>DA</strong>NE)<br />

A maioria dos cientistas acredita que o RNA teria sido o<br />

replicador primitivo antes do advento do DNA. O RNA pode<br />

agir como uma superfície para a replicação e também pode<br />

funcionar como uma enzima, assistindo ao processo<br />

O DNA NÃO PODERIA TER SIDO A PRIMEIRA MOLECULA<br />

REPLICADORA POIS DEPENDE DE ENZIMAS, QUE ELE<br />

MESMO PRODUZ, PARA SE REPRODUZIR


ESTA PRÉ-CÉLULA, PROVAVELMENTE SEMELHANTE A UMA<br />

BACTERIA, SERIA HETEROTRÓFICA, ALIMENTANDO-SE DO<br />

“CALDO ORGÂNICO” DO MEIO ABIÓTICO<br />

TRANSIÇÃO DO RNA PARA O DNA = MUNDO A RNA<br />

(MAYNARD SMITH), CAPAZ DE SE REPLICAR E AGIR COMO<br />

ENZIMA DESNCADEANDO REAÇÕES CATALÍTICAS<br />

OUTRA QUESTAO POLÊMICA É O “SEQUESTRO” <strong>DA</strong>S<br />

MOLECULAS REPLICADORAS EM COMPARTIMENTOS: SABE-<br />

MOS QUE AS MEMBRANAS SÃO CONSTITUI<strong>DA</strong>S DE ÁCIDOS<br />

GRAXOS DE CADEIA LONGA QUE FORMAM PEQUENAS<br />

MEMBRANAS ESFÉRICAS, SINTETIZADOS POR ENZIMAS:<br />

COMO ELAS SE FORMARAM NA AUSENCIA DE ENZIMAS?


EVOLUÇÃO DOS CROMOSSOMOS<br />

EM TODOS ORGANISMOS CONHECIDOS OS GENES ESTÃO<br />

ASSCIADOS AOS CROMOSSOMOS<br />

NO INICIO <strong>DA</strong> VI<strong>DA</strong> DEVE TER HAVIDO UMA TRANSIÇÃO PARA<br />

GENES NÃO ASSOCIADOS PARA GENES ASSOCIADOS<br />

OS GENES NÃO MAIS SE REPLICAM DE MANEIRA AUTÔNOMA,<br />

MAS EM SINCRONIZA, DIMINUINDO A COMPETIÇÃO PELA<br />

REPLICAÇÃO,<br />

(ex. Transposon = genes saltadores movem-se para novas<br />

posições no cromossomos ou para outros, o que reduz o<br />

desempenho dos indivíduos, induzindo mutações. Cerca de 25%<br />

dos genes humanos são transposons


<strong>ORIGEM</strong> <strong>DA</strong> CELULA EUCARIÓTICA<br />

A maioria dos biólogos considera que a divisão fundamental no<br />

mundo biológico é a que separa os seres procariontes dos<br />

eucariontes, divisão esta, baseada na estrutura celular dos<br />

organismos. No entanto, apesar das diferenças bem<br />

conhecidas entre estes dois grupos, têm sido estabelecidas<br />

importantes relações entre eles.<br />

Os procariontes constituem, mesmo na atualidade, mais de<br />

metade da biomassa da Terra, e colonizaram todos os<br />

ambientes.


Crê-se que os seres eucarionte tiveram origem nos<br />

procariontes, visto estes serem bem mais simples que os<br />

outros, mas também pela evidência fornecida pelos<br />

ribossomos e pelo DNA dos cloroplastos e mitocôndrias, que<br />

são do mesmo tipo que os dos procariontes. Existem duas<br />

teorias que tentam explicar como se deu esta evolução:<br />

Hipótese autogênica = a células eucaríóticas teriam derivado<br />

de procariontes unicelulares por um processo de<br />

complexificação, por meio de especialização de membranas<br />

internas, derivadas de invaginações de membranas<br />

plasmáticas.


Modelo endossimbiótico (Lynn Margullis), segundo o<br />

qual alguns procationtes entraram em simbiose com<br />

outros, quando uma célula - hospedeira - capturava<br />

outra - hóspede-, que passaria a fazer parte da primeira.<br />

Esta teoria baseia-se na procura da explicação do fato de<br />

os cloroplastos e as mitocôndrias possuirem o seu<br />

próprio DNA, que, por sinal, é circular, tal como nos<br />

procariontes, e os seus próprios ribossomos, que são do<br />

mesmo tipo que os dos procariontes.<br />

Estas células envolvidas teriam originado os organelas<br />

de uma célula eucariótica atual.


Segundo Margulis, a célula eucariótica típica teria surgido<br />

seqüencialmente, em 3 etapas:<br />

proto-eucarionte tornou-se hospedeiro de bactérias<br />

aeróbias, obtendo mitocôndrias;<br />

proto-eucarionte tornou-se hospedeiro de bactérias<br />

espiroquetas, obtendo cílios, flagelos e, mais tarde, outras<br />

estruturas com base em microtúbulos como os centríolos e<br />

citosqueleto;<br />

proto-eucarionte tornou-se hospedeiro de cianobactérias<br />

obtendo plastos.


Um bom exemplo de como esta teoria pode ser correta é a<br />

evolução dos cloroplastos em protistas fotossintéticos, que<br />

parece resultar de uma série de processos endossimbióticos.<br />

Aparentemente todos os cloroplastos remontam ao<br />

envolvimento de uma cianobactéria ancestral por uma outra<br />

célula, um proto-eucarionte. Este será designado o fenómeno<br />

endossimbiótico primário e teria resultado na formação do<br />

cloroplasto clássico com duas membranas (uma resultante da<br />

membrana plasmática da cianobactéria e outra da membrana<br />

da vesícula de endocitose da célula maior).<br />

Teria sido assim que surgiram os cloroplastos das algas verdes<br />

e vermelhas.


Alguns outros fatos parecem apoiar a teoria endossimbiótica:<br />

material genético igual entre procariontes e<br />

eucariontes;<br />

transcrição e tradução semelhantes;<br />

simbiose é um processo muito comum no mundo<br />

vivo;<br />

tamanho de cloroplastos e mitocôndrias muito<br />

semelhante ao dos procariontes atuais;<br />

membrana interna dos cloroplastos e mitocôndrias<br />

é produzida pelas próprios organelas;<br />

ribossomos dos cloroplastos semelhantes em<br />

tamanho e características aos dos procariontes ;<br />

síntese proteica das mitocôndrias e cloroplastos é<br />

inibida por substâncias inibidoras de procariontes<br />

(estreptomicina e cloranfenicol) mas não por<br />

inibidores de eucariontes (ciclo-heximida);


aminoácido iniciador da cadeia polipeptídica<br />

de uma mitocôndria ou cloroplasto é a formilmetionina,<br />

como nas bactérias, e não a<br />

metionina, como nos eucariontes (e<br />

arqueobactérias);<br />

DNA próprio nas mitocôndrias e cloroplastos,<br />

semelhante, em estrutura, ao material<br />

genético bacteriano, não associado a<br />

histonas;<br />

divisão autónoma das mitocôndrias e dos<br />

cloroplastos;<br />

protozoários que vivem em simbiose com<br />

bactérias não têm mitocôndrias mas realizam<br />

respiração aeróbia por intermédio das<br />

bactérias, localizadas no interior de vacúolos.


<strong>ORIGEM</strong> <strong>DA</strong> MULTICELULARI<strong>DA</strong>DE:<br />

cooperação celular em algas coloniais<br />

A associação entre duas células é comum e pode trazer<br />

vantagens importantes, tanto em procariontes como em<br />

eucariontes. As bactérias formam freqüentemente<br />

agregados simples, em que as células não apresentam<br />

ligações citoplasmáticas, mas beneficiam, apesar disso, da<br />

proteção do número. O estudo de situações deste tipo<br />

revelou, no entanto, que um conjunto de procariontes<br />

nunca funcionará como uma estrutura multicelular.<br />

Surge, portanto, um corolário para esta afirmação, que<br />

consiste na obrigatoriedade da presença de células<br />

eucarióticas para o desenvolvimento da multicelularidade..


RELAÇÃO ÁREA/VOLUME E <strong>ORIGEM</strong> <strong>DA</strong><br />

MULTICELULARI<strong>DA</strong>DE<br />

A vida depende do metabolismo, efetuado em todo o<br />

volume celular, mas as trocas com o meio,<br />

nomeadamente a entrada de nutrientes e a saída de<br />

excreções, são realizadas através da superfície celular.<br />

Este raciocínio permite compreender facilmente que<br />

haverá uma razão ótima para a qual as trocas são<br />

adequadas ao metabolismo desenvolvido.<br />

Estudos revelaram que esse valor corresponde ao<br />

tamanho da célula eucariótica, 50 a 500 m. A partir<br />

deste valor o aumento de tamanho de um organismo<br />

implica a passagem à multicelularidade, para que a<br />

relação correta seja mantida.


No entanto, mesmo a multicelularidade apresenta a mesma<br />

limitação pois os organismos muito pequenos perdem<br />

demasiado calor, e os grandes têm grande dificuldade em<br />

perde-lo, por exemplo.<br />

A verdadeira multicelularidade, apenas presente em seres<br />

eucariontes, caracteriza-se por uma associação de células em<br />

que há interdependência estrutural e funcional entre elas.<br />

Geralmente existe igualmente uma diferenciação celular e<br />

tecidular a ela associada.<br />

Em células eucarióticas existe freqüentemente uma relação<br />

colonial, que pode ser considerada a origem da<br />

multicelularidade.


Teorias evolucionistas


NEO<strong>DA</strong>RWINISMO (mutacionismo)<br />

Hugo de Vries “”Teoria das mutações” = as variações surgem<br />

em indivíduos de uma espécie em conseqüência de alterações<br />

no material genético transmitido de pais para filhos por meio<br />

de gametas.<br />

(Os gametas são células haplóides, ou seja, têm apenas um conjunto<br />

de cromossomos, uma vez que são produzidos por meiose)<br />

Corrige as falhas do lamarquisno e do darwinismo:<br />

hereditariedade dos caracteres adquiridos<br />

Fidelidade as idéias de luta pela vida e seleção natural<br />

As mutações são fundamentalmente acidentais, ao acaso.<br />

Mutações gênicas e cromossômicas.<br />

Mutação como único fator de evolução


O termo "Teoria Sintética" ou "Síntese Evolutiva" remete ao<br />

trabalho de Julian Huxley de 1942, Evolution - The Modern<br />

Synthesis. Nos primeiros trabalhos, também é chamada de<br />

Neodarwinismo.<br />

O trabalho de Dobzhansky parece ser o primeiro com<br />

caráter realmente sintético entre Genética e Teoria da<br />

Evolução.<br />

As bases da Teoria Sintética foram lançadas por um<br />

soviético, Tchetverikof; dois ingleses, Fisher e Haldane<br />

Outros autores importantes: Mayr


Neolamarckismo<br />

o motor para a evolução seria a intervenção do meio sobre o<br />

genótipo, fazendo aparecer novos genes ou alelos. Este fato<br />

seria possível por ação de mutagénios, que aumentariam a<br />

taxa de mutação. No entanto, a principal dificuldade desta<br />

teoria é o fato de um aumento do número de mutações não<br />

conduzir a uma evolução direcionada pois as mutações<br />

continuam a ser aleatórias;


Teoria neutralista<br />

Esta teoria considera que o papel da seleção natural se<br />

reduz ao de eliminar as mutações negativas. Segundo esta<br />

teoria a maioria das mutações seria neutra do ponto de<br />

vista adaptativo, podendo fixar-se na população sem<br />

qualquer vantagem para os indivíduos delas portadores;


Teoria do equilíbrio pontuado<br />

– segundo esta teoria, a evolução decorreria em curtos<br />

períodos de alterações bruscas e radicais, em que se<br />

formariam numerosas espécies (a maioria das quais<br />

acabaria por se extinguir), intervalados por longos<br />

períodos de calma e de evolução muito lenta das<br />

espécies sobreviventes. As espécies novas seriam<br />

formadas por pequenas populações marginais da<br />

espécie-mãe, onde as mutações se espalhariam<br />

rapidamente. Neste caso, a sobrevivência da espécie<br />

não se deve exclusivamente à “sobrevivência do mais<br />

apto” mas também um pouco ao acaso.

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