MECANISMOS DE INVASÃO E METÁSTASES
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egião submembranar. Direciona-se assim o pool citoplasmático de β−catenina<br />
para uma função associada à organização do citoesqueleto. As células então<br />
parariam de proliferar. Há formas alternativas de controlar-se o pool citoplasmático<br />
de β−catenina, como por exemplo, estimulando-se sua degradação. Esta função<br />
depende de moléculas como o produto do gene APC, frequentemente alterado em<br />
pacientes com polipose adenomatosa colônica familial. A falta deste mecanismo<br />
de degradação ou a perda funcional de E-caderina levam ao acúmulo do pool<br />
citoplasmático de β−catenina e sua ulterior translocação para o núcleo. A β-<br />
catenina também exerce papel no controle da proliferação e apoptose e também<br />
está aumentada em alguns tipos de câncer. Dados recentes mostraram que a E-<br />
caderina suprime o crescimento de células de carcinoma de cólon por inibir a via<br />
de sinalização β-catenina/Wnt.<br />
A transição epitélio-mesenquimal<br />
Ao mesmo tempo que a células tumorais se soltam do tumor primário por<br />
diminuição da interação célula-célula, elas devem ter a capacidade de migrar e<br />
invadir o estroma adjacente. Células de carcinomas passam por um processo<br />
denominado de transição epitélio-mesenquimal: a célula tumoral, de origem<br />
epitelial passa a expressar um conjunto de genes tipicamente expressos em<br />
células do tecido conjuntivo. Segundo Thierry, do ponto de vista celular, a<br />
transição se dá entre um morfotipo epitelióide, menos migratório, para um<br />
morfotipo fibroblastóide, mais migratório. Por muito tempo, este fenômeno foi<br />
chamado de desdiferenciação, e definido por parâmetros morfológicos, e não<br />
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