DADOS CADASTRAIS Nome Completo ANEXO I Ficha <strong>de</strong> Inscrição Apelido CPF Dt nascimento RG Telefones En<strong>de</strong>reço Número Bairro Cida<strong>de</strong> UF CEP Pais E-mail INFORMAÇÕES ADICIONAIS Conte em poucas palavras o motivo pelo qual <strong>de</strong>seja participar da <strong>Escola</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Atores</strong> Já participou ou participa <strong>de</strong> alguma ativida<strong>de</strong> artística? Se sim, <strong>de</strong>screva. Assinatura
MONÓLOGO MASCULINO ANEXO II OBS: Personagem coloca-se num estado impaciente e preocupado andando <strong>de</strong> um lado para o outro na sala. Tempo <strong>de</strong> espera... Já nem sei á quanto tempo aqui estou... com certeza há algumas horas, dias, semanas... Morri cedo. bem, cedo, com 48 anos já sou "cota" como diziam os meus filhos... ai os meus filhos... nunca lhes <strong>de</strong>i verda<strong>de</strong>ira atenção. Não sei se alguma vez irão perceber que eu gostava <strong>de</strong>les. De certa forma todos somos assim. Todos nos <strong>de</strong>batemos com a questão do "nunca me expressei corretamente...". cedo. morri cedo. Mas em compensação vi muita coisa... A praia... ai a praia... sempre gostei.inverno ou verao. tanto faz. E adorava observar coisas. Homens e mulheres sempre foram diferentes, ate na maneira <strong>de</strong> chegar á praia. a mulher? Chega, tira a roupinha, dobra a roupinha, esten<strong>de</strong> a toalhinha, <strong>de</strong>ita-se... "<strong>de</strong>itadinha"... e o homem? um buraco na areia! pelo menos sempre aconchega mais (apontando) á raparigas quase nuas! e <strong>de</strong>pois ela dizia sempre "Se vire <strong>de</strong> frente... você está ficando muito queimado nas costas!" e a gente "calma filha... eu aguento...". lembro-me tão bem disso... Enfim. O que é que eu mais odiava? Andar <strong>de</strong> ônibus. Sobretudo quando ia a ler alguma coisa, ou nem que fosse ver uma foto... dava sempre pela braguilha <strong>de</strong> alguém <strong>de</strong>sconhecido, a centímetros da minha boca! sempre! Porém adorava ver o sistema <strong>de</strong> engate. Qual? Aquele em que há sempre um homem que se segura com as duas mãos lá em cima, e aproveita sempre o balanço do ônibus numa curva ou a passagem <strong>de</strong> uma mulher para fazer isto (exemplifica). (riso) os seres humanos têm coisas incríveis. (riso) aposto que se o meu funeral já foi, alguém terá dito "ele está lá em cima a olhar por nós.". (para pensativo) é que nunca ninguém se lembra que posso ir parar lá abaixo... nunca ninguém se lembra disso. o pai ou a mãe: estão sempre lá em cima... nunca lá em baixo... imaginaram o vosso pai lá em baixo? pois... (tempo <strong>de</strong> espera...) Oh São Pedro! Demora muito? Ou para cima ou para baixo!?! Porra! São Pedro...! Deci<strong>de</strong> logo...(enquanto sai <strong>de</strong> cena) MONÓLOGO FEMININO Obs: Entra no elevador e aperta o botão do térreo. Puta da cara Só faltava essa agora. Que falta <strong>de</strong> respeito. Não, é brinca<strong>de</strong>ira, meu. Se eu contar pra Cinthia ela não vai acreditar. Homem é tudo igual mesmo, só pensa naquilo. A gente se arruma, quer ficar bonita, dar uma boa impressão, e o cara… não, é foda. É foda mesmo. (Ela tira da pasta um papel. Olha o papel com <strong>de</strong>sprezo) Secretária bilíngüe… se eu soubesse que ia me meter numa roubada <strong>de</strong>ssas… o pior é que a empresa parece bacana mesmo, décimo andar, na Faria Lima… quem diria hein, que é tudo um bando <strong>de</strong>… não, hoje em dia não dá pra acreditar em ninguém. Foda. (Ela joga o papel ao chão, com <strong>de</strong>sprezo. Percebe que está sendo observada pela câmera do elevador. Se dirige a ela.) Sim, eu jogo o papel no chão, tá olhando o quê, babaca? Não tem nada pra fazer, meu? (Ela insiste em apertar o botão do térreo.) Homem é tudo idiota mesmo. Só pensam naquilo. E eu, ah eu é que sou trouxa. Me preparo pra entrevista, me arrumo toda, <strong>de</strong>pilo da barriga ao <strong>de</strong>dão com cera quente que dói pra burro, boto essa sainha ridícula, saio pra rua sem calcinha, com perigo <strong>de</strong> pegar friagem, e pra quê? Po<strong>de</strong> crer que o cara não olhou nem uma vez pra minha perna? E olha que eu cruzei, <strong>de</strong>scruzei, <strong>de</strong>i maior show e nada. O idiota só quis saber <strong>de</strong> qualificação, experiência, informática, blérfs. Eu não entendo, antes não era assim. Homem é tudo igual, mesmo: só pensa em grana. (Abre-se a porta do elevador.) Da próxima eu venho cabeluda mesmo. (Sai do elevador, batendo o salto no chão) Obs: Comparecer dia 02/06/2012 às 14h no Salão <strong>de</strong> Atos do Centro Socioeducacional Dom Orlando Dotti.