Tributo a Paulo Moura - Outorga
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Começa a tocar no conjunto de seu pai – Pedro <strong>Moura</strong> – em bailes populares, fazendo<br />
seu primeiro solo no choro composto pelo saxofonista Domingos Pecci.<br />
1942<br />
Em Santos, morre afogado Francisco <strong>Moura</strong>, seu irmão baterista.<br />
1941<br />
Precocemente, aos nove anos, <strong>Paulo</strong> <strong>Moura</strong> pede para estudar música, encantado<br />
pelas fotos de seus irmãos nos programas dos shows dos Cassinos do Rio,<br />
regularmente enviadas para a família. Ganha do seu pai a primeira clarineta.<br />
1933<br />
Em 15 de julho de 1932, na Cidade de São José do Rio Preto, interior do Estado de<br />
São <strong>Paulo</strong>, nasce <strong>Paulo</strong> <strong>Moura</strong>, filho de Pedro Gonçalves de <strong>Moura</strong> e de Cesarina<br />
Cândida de <strong>Moura</strong>:<br />
A Revolução Constitucionalista de 1932, iniciada em São <strong>Paulo</strong> contra o Governo<br />
Federal de Getulio Vargas, impediu que meu pai me registrasse na ocasião de meu<br />
nascimento. Assim surgiu a data de 17 de fevereiro de 1933, que consta até hoje em<br />
meus documentos oficiais e continuei sendo o caçula de 10 irmãos, sendo 6 homens e<br />
quatro mulheres. Todos os homens se tornaram instrumentistas e foram educados<br />
musicalmente pelo meu pai. Marceneiro de profissão e clarinetista e saxofonista da<br />
banda local, tinha seu próprio conjunto musical para animar as festas dançantes da<br />
comunidade negra.<br />
Ensinou música aos filhos com a finalidade de preservar os mais velhos da Segunda<br />
Grande Guerra que estava sendo anunciada. Se fossem convocados, poderiam servir<br />
na banda de música do Exercito, sem perigo de seguirem para a Infantaria.<br />
Poderíamos ter formado um grupo musical, apenas a família <strong>Moura</strong> — com 2<br />
trompetes (José e Alberico), 1 trombone (Waldemar), 3 saxofones ( Pedro, meu pai,<br />
Pedro Jr, e eu), 1 bateria (Francisco, Chico para os amigos) e 1 piano (Filomena ou<br />
Nena, como é conhecida em família) – se não tivessem meus irmãos mais velhos se<br />
mudado para o Rio de Janeiro, ainda na década de 30.