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4 UMAVITÓRIAEM QUATROENCONTROS: DESILUSÃOLUSANOSJUNIORES GARRA. Gastão Elias lutou, mas sucumbiu faceaum adversário americano Portugueses no US Open 2007 Nova Iorque – Já dizia a canção de Frank Sinatra: “If you can make it there, you can make it everywhere”. E a verdade é que, ao contrário do que se verifica ocasionalmente nos outrostrêstorneiosdoGrandSlam, nunca houve um campeão masculino do US Open que não tivesse passado pelo primeiro lugar do ranking ATP… nem mesmo o australiano Patrick Rafter, vencedor das edições de 1997 e 1998, que esteve somente uma semana no topo da hierarquia. ENVIADO RUI OLIVEIRA (TEXTOS E FOTOS), NOVAIORQUE, Gastão Elias e Michelle Brito não conseguiram ser bem sucedidos em Nova Iorque. Ainda terão outras hipóteses de voltar a jogar a prova júnior do Open dos Estados Unidos – mas, pelo segundo ano consecutivo, volta- ram a ser afastados nas primeiras rondas. Depois de terem tido assinalável destaque na imprensa internacional ao longo dos últimos meses e sido apresentados na revista de ténis de maior tiragem do Mundo (a americana “Tennis Magazine”) como os jogadores que colocarão o nome de Portugal na ribalta do ténis, as duas promessas nacionais duraram muito pouco em Flushing Meadows. FRUSTRAÇÃO. Tal como em 2006, Gastão quedou-se pela segunda ronda. Há um ano, perdeu com o futuro vice-campeão (o checo Dusan Lodja, então 10.º cabeça-de-série); este ano, cumpriu ao bater o italiano de origem paraguaia Da- DESESPERO. Algo febril, Michelle Brito não soube lidar bem com a adversidade Objectivosestã Luís Miguel Nascimento havia traçado o objectivo de, no final do ano, Gastão terminar nos dez primeiros da classificação de juniores e entre os 500-600 ATP. No entender do técnico, esses objectivos – embora dependendo de um conjunto de torneios que ainda vão ser disputados – permanecem intactos apesar da derrota prematura em Flushing Meadows. “Estou empenhado em dotar o Gastão de ferramentas para que o nível niel-Alejandro Lopez por 6-4 e 6-4 na primeira ronda e depois sofreu precisamente os mesmos parciais na eliminação pela promessa “yankee” Rhyne Williams (9.º cabeça-de-série). O momento chave acabouporserononojogodoprimeiro set, no qual Gastão cometeu duas duplas-faltas, superiormente aproveitadas pelo americano para fazer o “break” perante o entusiástico apoio do seu público. Em pares, ao lado do mexicano Cesar Ramirez (que, curiosamente, havia sido derrotado por Rhyne Williams nos singulares), o rapaz da Lourinhã perdeu por 4-6, 6-4 e 6-4 com a dupla ítalo-bielorrussa Thomas Fabbiano/Andrei Karatchenia. Ainda poderá jogar a próxima edição da prova júnior do US Open, enquanto Michelle ainda tem mais quatro anos à sua frente Bastad Ganhar e perd partedodia-a-d qualquer tenista dor, candidato a p sional ou mesmo fissional. Michell to tem estado a p rar-se arduamente exercer a profissã raquetas e, tal com ano passado, não g mos da sua atitude deve ser completam distanciada do result Se a jovem lusa ti ganho, a opinião s mesma. Vociferar c si, contra os deuses, gestos inopinados c raqueta, gritar e (sob do) chorar durante contro antes de esta cluído – quando é s que no ténis se de tar até ao derra ponto – é intoleráv BLACK-OUT?! Em 20 tinha sido assim; p
Sexta-feira, 7 de Setembro de 2007 ointactos de jogo dele atinja um patamar elevado e isso é, nesta fase, mais importante do que os resultados. Dito isto, é óbvio que o Gastão está chateado por o seu serviço não ter funcionado melhor”. Curiosamente, no par da véspera, embora também derrotado, esteve bem melhor no saque. O rapaz da Lourinhã vai regressar a Portugal para integrar a Selecção Nacional de Taça Davis que defronta a Holanda entre 21 e 23 de Setembro. nos sub-18. Espera-se é que comecem entretanto a fazer mossa nos circuitos ATP e WTA Tour… Gastão ainda pode jogar para o ano, enquanto Michelle tem idade para competir até 2011! POTENCIAL. Mesmo com apenas 14 anos, a jovem lisboeta radicada na Florida decepcionou claramente na sua estreia com entrada directa no quadro principal de singulares raparigas do Open dos Estados Unidos. Não apenas pela derrota averbada em dois sets pelos parciais de 6-2 e 6-3 frente à romena Simona Halep mas, sobretudo, por ter evidenciado um ténis muito limitado elágrimas er faz ia de amarofisproeBrirepapara odas ono ostá- – que ente ado. vesse ria a ontra fazer om a retuoenrconabido ve ludeiro el. 06 já erdeu logo de entrada na primeira ronda do qualifying com a norte-americana Gail Brodski e não evitou as lágrimas. Este ano, a sina repetiu-se perante uma romena pouco mais velha do que ela e que nem era apontada como uma das favoritas. Compreende-se a desilusão, mas faz parte da profissão que quer abraçar. E, tal como sucede nas mais velhas, não pode e não deve recusar falar com a imprensa – como aconteceu em Flushing Meadows. Importa, todavia, salientar que o seu potencial tenístico continua intacto. Umameninade14anos que bate na bola tão bem etãofortecomoelaofaz não deixa de ser um fenómeno. Michelle Brito tem fibra de jogadora... mas também tem muito trabalho pela frente. R.O e um comportamento a exigir completa reviravolta. Em pares, o destino não foi melhor. Associada a Mallory Cecil, foi derrotada por 7- 5 e 6-4 no seu compromisso face à dupla constituída por Jessica Moore e Valeria Pulido-Velasco… depois de ter estado a comandar por 4-1 no primeiro set. É certo que, em tão tenra idade, surge como prematuro falar-se de Michelle Brito como uma tenista profissional. Mas também não é menos verdade que, sendo uma aspirante com elevado potencial, para além do seu ténis propriamente dito, também a atitude deve contar. Estabelecendo uma comparação fácil entre aquilo que se observou em 2006 – então nas qualificações para o quadro júnior – e a realidade de 2007, é notório que, com o desenvolvimento natural da sua compleição física, Michelle está mais encorpada e potente. As suas pancadas de fundo de court têm muito peso e ritmo mas, infelizmente, não são variadas. MONOCÓRDICO.A portuguesa assenta o seu jogo em pancadas fortes do fundodocourt,masnãofezuma única (!) tentativa, na verdadeira acepção da palavra, para alterar uma estratégia que visivelmente não colhia frente à húngara. Não se viu um amortie, uma subida à rede que não tivesse sido provocada pela sua adversária; o ténis de Michelle foi totalmente monocórdico, com a agravante de, também no serviço, nunca ter conseguido tirar qualquer vantagem. Não se viu qualquer variação de jogo e, quando em face estava uma jogadora que aguentava bem o ritmo das suas pancadas, a inevitabilidade do desfecho estava bem à vista. Simona Halep limitou-se a responder na mesma moeda, aguardando pelo erro; ficou a noção de que poderiam defrontar-se dez vezes que a portuguesa perderia outras tantas – tal a apatia com que viu esfumar-se a oportunidade de repetir a façanha registada em Roland Garros, onde atingiu os quartos-de-final. EstorilOpen:sim! RafaelNadal:não Com quatro campeões masculinos do Jamor nos quartos-de-final do US Open (Nikolay Davydenko, Carlos Moya, Novak Djokovic e Juan Ignacio Chela), o Estoril Open tem estado de parabéns no US Open – e nas reuniões realizadas em Nova Iorque durante o torneio ficou confirmada a data do evento português no calendário de 2008: 12 a 20 de Abril. Quem está na mó de baixo é Rafael Nadal: o seu estilo de jogo demasiado vigoroso está a repercutirse negativamente no físico do espanhol, que voltou a não ir muito longe em Flushing Meadows. Perdeu com David Ferrer nos oitavos-de-final e, para além dos joelhos e dos pés, também sentiu problemas no braço e na mão! Viktorioso É sempre bom ver portugueses nos torneios do Grand Slam, para além dos habituais representantes lusos nas equipas de arbitragem (como Carlos Ramos e Mariana Alves, que têm dirigido encontros de destaque) e, claro, dos jogadores. Luís Miguel Nascimento continua a acompanhar Gastão Elias e teve a oportunidade de trocar notascomocolegaAntónio Van Grichen, que ajudou a sua jovem pupila bielorrussa Viktoria Azarenka a fazer o melhor resultado da sua carreira profissional num evento do Grand Slam. Azarenka, que foi vicecampeã no Estoril Open e treina com “Tovan” na cidade americana de Scottsdale, derrotou Martina Hingis pelo caminho e só foi batida nos oitavos-de-final por uma Svetlana Kuznetsova em crescendo de forma. R.O. JOGADOR IDADE FASE TORNEIO ANO João Cunha e Silva 17 ¼ final Wimbledon 1985 Nuno Marques 16 ¼ final Wimbledon 1986 Nuno Marques 16 ¼ final US Open 1986 Nuno Marques 17 ¼ final Roland Garros 1987 Gastão Elias 16 ¼ final Wimbledon 2007 Michelle Brito 14 ¼ final Roland Garros 2007 5 ‘Quartos’semvistapara‘meias’ Ainda não foi desta que um representante português passou dos quartos-de-final de um evento júnior do Grand Slam. APREENSIVO. Nick Bollettieri, algo escondido, averjogar Michelle TÉCNICOS. António Van Grichen e Luís Miguel Nascimento no US Open Nuno Marques, com três presenças nessa fase, é o júnior luso com melhores resultados. Michelle Brito foi a mais jovem. Bollettieri analisou Escondido num canto, apenas visível para quem estivesse mais atento, Nick Bollettieri acompanhou todooencontroqueditou a eliminação de Michelle Brito na prova júnior do Open dos Estados Unidos. Num curto diálogo com o Jornal do Ténis, eis a análise do lendário técnico que já treinou Andre Agassi, Jim Courier, Monica Seles, Boris Becker, Tommy Haas e tantos outros – e que sempre afirmou que a portuguesa será uma jogadora de topo: “A Michelle tem de melhorar o serviço; para além disso, para se ser profissional não basta bater na bola com força: não a vimos procurar ângulos, ainda há muito para trabalhar”, afirmou Nick, um tanto desiludido. R.O.
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