2 Sexta Feira , 15 de Julho de 2011
EDITORIAL Do céu ao inferno Desde a última quarta- -feira, não há outro assunto, senão o caso do vereador Bim, detido juntamente com outros três homens, por estar portando em seu veículo 11 cápsulas de cocaína. Em qualquer canto, rua ou boteco, todos querem saber qual o futuro político do vereador mais votado nas eleições de 2008. Sem contar a exposição em vários meios de comunicação, como televisão, internet e jornais. De acordo com o presidente de Câmara de vereadores haverá apuração das denúncias e dentre as punições estão advertência, afastamento, suspensão e cassação do mandato do vereador. Em entrevista para a EPTV.com o vereador se defendeu dizendo não ser usuário e disse que este foi o primeiro contato que teve com a droga. Nunca precisou disso, afirmou. Não sabia o que era aquilo e “eles começaram a cheirar”. Disse ainda não ter usado cocaína, mas quis sentir o cheiro por “curiosidade”, contou. Pouco tempo atrás, abrimos espaço neste mesmo jornal para o vereador Bim desaba- Poesia da semana Vanilde de Souza Araujo Edições-ME Rua: Julia Armbrust Wiezel, 177 Fone: (16) 3954-5413 / 9175-4792 Contato Comercial Vanilde de Souza Araújo (16) 9175.4792 E-Mail: folhafavorita@hotmail.com vanilde_kj@hotmail.com Alexandre – se ele falasse Tantos anos ali parado E devidamente reconhecido Cheio de mistérios guardados Centenas de segredos escondidos É o Alexandre, simpático e observador Do centro a Fazenda Amália Segredo do ódio ao amor E se ele abrir a boca, vai ser fogo na palha Por isso, é tão respeitado Faz pose pra foto, é o queridinho far e rebater a onda de boatos que assolavam a pessoa do mesmo, deixando – o até mesmo com depressão. Será traição do destino? Por outro lado, o problema das drogas, é mais uma vez posto em foco e prova mais uma vez que ela atinge, indistintamente, homens e mulheres de todos os níveis sociais e econômicos - independente da idade, do grupo étnico, do nível de instrução e de profissionalização , afetando as sociedades, em todos seus setores. Se não houver consumidores não haverá produção, é o que se prega, mas esta é uma esperança vã, da mesma forma que se não houver receptadores de coisas roubadas não haverá ladrões. Ensinar e orientar para o perigo das drogas é um dos caminhos, mas só a deflagração de uma intensa campanha de destruição da infra-estrutura dos poderosos que há por trás é que poderá eliminar essa pestilência social. Esta terá de ser uma decisão dos políticos de todas as esferas: Federais, estaduais e até mesmo municipais. Todos fazem pose ao seu lado Medo de que ele revele o segredinho E, num gesto seco e bruto Arrancaram Alexandre da sociedade Milhares de corações em luto Volte Alexandre! Protestou a cidade E num barulho geral Foi possível que ele voltasse Todos sabem o que Le já viu Imagine se o Alexandre falasse! Redação João José Araujo EXPEDIENTE Colaboradores João de Bem Ricardo Carvalho Joel Premiani Diagramação e Arte Filipe Oliveira (16) 9249-7201 J.Carllos “Artigos e cartas assinadas são de responsabilidade de seus autores. Conceitos, ideias e opiniões expressos não condizem necessariamente com o pensamento da Folha <strong>Favorita</strong>. Sexta Feira, 15 Julho de 2011 03 ANTENADO O CIRCO ONDE OS PALHAÇOS SÃO MAIORIA ABSOLUTA João de Bem Não faz tanto tempo assim que Don João VI, rei de Portugal mudou-se em 1807 com toda a corte para a colônia Brasil, do outro lado do Atlântico. O monarca escafedeu-se da terrinha com medo de ser aprisionado por Napoleão, imperador da França. Ruim para Portugal, bom para o Brasil. A abertura dos portos brasileiros para o comércio internacional precipitou a independência dessa terra de <strong>Santa</strong> Cruz. Don João foi-se, Don Pedro ficou I ficou, abdicou e deixou Don Pedro II. A corte até então continuava com todas as mordomias inerentes. Dom Pedro II foi deposto por militares e partiu, com toda a família para o exílio. Isto aconteceu em novembro de 1889. A republica tupiniquim estava criada. De lá pra cá a coisa não mudou em termos de corte. Apenas o nome – naquela época era a corte e os cortesãos apaniguados, vivendo das benesses que a posição no império lhes proporcionava. Hoje não mudou quase, apenas o rótulo que foi reescrito com outra denominação – é só dar uma olhada na matéria “Saiba quem são os campeões de gastos na Câmara dos Deputados” do portal UOL – controlado pela Folha de São Paulo. Prezados brasileiros – é uma barbaridade de dinheiro o que esses representantes do povo gastam. Tem deputado (Garotinho – PR Rio de Janeiro) que gastou de correio no semestre, quase quarenta mil reais. Os deputados desse partido são os maiores gastadores individuais da casa legislativa! O deputado Cleber Verde (imagina se fosse maduro) do PRB do Maranhão é o campeão de gastos. Em seis meses derreteu a bagatela de R$ 166.781,22 – só em mordomias (telefone, viagens, hotéis, alimentação e outras “necessidades”). E ainda acha pouco – dizem que precisam se deslocar para seus redutos eleitorais, as chamadas bases, as vezes com a família e pasmem – dizem que tiram dinheiro do bolso para Charge - Banco de Empregos completar a missão. Então perguntamos – nós os palhaços em maioria: - Onde está a lógica do “estar” deputado? - O cara vai lá para perder dinheiro e tranqüilidade? Corta essa ACM Neto – Você tem no DNA a mesma bactéria da corrupção herdada de seu avô, aquele que fez fortuna como político profissional. Veja lá – você deve estar no meio da disputa pelo patrimônio deixado por ele – uma bagatela de mais de quinhentos milhões de reais! Os caras estão se posicionando de vítimas – o sacrifício que fazem é muito grande para dar ao povo do Brasil o retorno em serviços dos mais 37% de arrecadação sobre tudo que é produzido por 190 milhões de palhaços. É lógico que no “reino democrático republicano” a imperatriz e seus chegados não ficam muito atrás. A corte mais próxima abriga mercenários de outros partidos, como os integrantes do PR, necessários para controlar a corte legislativa. As notícias sobre superfaturamento no ministério dos transportes é evidente, segundo as más línguas. E tem o PMDB – partido do vice monarca. Os raposos mais “posudos” e com mais tempo na corte estão abrigados nessa legenda. - Podemos melhorar a democracia? - Sim, podemos. - Como e quando? - Com o voto consciente e conseqüente, nas próximas eleições em 2012. Vamos começar a treinar a partir das eleições municipais do ano que vem. De cara – vamos eliminar de nossa lista de candidatos os “bonzinhos”, os “necessitados” e os clientelistas. Eficiência, decência e competência são imprescindíveis para mudarmos o perfil político, não só do município, mas de todo o reino tupiniquim. NOTA: Os tachões continuam lá, “esculhambando” com a suspensão e os pneus dos veículos e causando acidentes. Até quando?