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JORNAL DO - Cremerj

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26<br />

O CREMERJ promoveu no último<br />

dia 20 de outubro o fórum<br />

“Fitoterapia na Prática Clínica”.<br />

O encontro foi aberto pela<br />

Coordenadora do Grupo de<br />

Trabalho sobre Fitoterapia,<br />

Conselheira Kássie Regina Neves<br />

Cargnin, que salientou a<br />

importância do tema e<br />

aproveitou para solicitar a<br />

participação dos colegas na<br />

campanha “Quanto vale o<br />

médico?”.<br />

O professor Roberto Soares de<br />

Moura explicou como surgiu o vinho,<br />

do que ele é composto e quais seus efeitos<br />

benéficos sobre o organismo para<br />

justificar como foi desenvolvido o extrato<br />

da casca de uva vinífera - resultado<br />

de pesquisa coordenada por ele na<br />

UERJ em busca de um produto com vantagens<br />

semelhantes a do vinho, sem<br />

contudo as desvantagens do etanol. Ele<br />

apresentou as conclusões obtidas em<br />

estudos feitos em ratos, que indicam efeitos<br />

vasodilatadores, antioxidante, antihipertensivo<br />

e antidiabético, também<br />

encontrados no suco de uva.<br />

Ele lembrou, no entanto, que o<br />

suco contém um alto teor de frutose,<br />

nem sempre recomendável. O extrato<br />

foi utilizado ainda em ratas prenhas. O<br />

resultado observado foi a redução da<br />

pressão arterial e conseqüentemente<br />

a fetoproteção.<br />

- Estamos agora indo para a segunda<br />

fase da pesquisa, que é a aplicação<br />

em seres humanos para checar como<br />

o organismo humano responde ao uso<br />

do extrato - contou.<br />

A nutróloga Fátima Christina Machado<br />

Cardoso, membro do Grupo de<br />

Trabalho sobre Fitoterapia do CRE-<br />

MERJ e organizadora do evento, fez<br />

uma ampla explanação sobre a atividade<br />

antioxidante e imunoestimulante<br />

dos fitoterápicos. Ela se deteve em<br />

cerca de dez plantas, comercializadas<br />

no país, que, após pesquisas clínicas e<br />

científicas, foram liberadas pela Agência<br />

de Vigilância Sanitária (Anvisa), para<br />

uso como medicamentos. São plantas<br />

que saíram da cultura popular para<br />

ocupar espaço nas prateleiras de remédios<br />

formais e industrializados.<br />

<strong>JORNAL</strong> <strong>DO</strong> CREMERJ OUTUBRO/2007<br />

A utilização da fitoterapia na prática clínica<br />

- Esse Grupo foi iniciado para orientar<br />

médicos a prescreverem fitoterápicos,<br />

porque até então a fitoterapia era prescrita<br />

por leigos, que não sabem o que estão<br />

fazendo e, muitas vezes, mexem em<br />

plantas altamente tóxicas. Um exemplo é<br />

a erva-doce, tão comum, mas que tem efeito<br />

abortivo em grávidas, e a arnica, que<br />

pode lesionar o fígado, ou o confrei, que<br />

pode causar hepatite - advertiu.<br />

A ginecologista Célia Regina da Silva abordou<br />

a ação das isoflavonas, especialmente as<br />

provenientes da soja. Segundo ela, o interesse<br />

dos estudiosos sobre tais substâncias surgiu<br />

quando constatou-se que mulheres orientais<br />

não apresentavam os mesmos efeitos<br />

do climatério, particularmente os fogachos,<br />

que mulheres ocidentais. As orientais tinham<br />

em comum uma dieta rica em isoflavonas. Os<br />

estudos também sugerem que a isoflavona<br />

atenua a perda de massa óssea.<br />

Roberto Soares de Moura, Fátima Christina Machado Cardoso, Luiz Paulino Guanaes da Silva e a Conselheira Kássie Regina Cargnin<br />

Atuação nas dislipidemias<br />

A nutróloga Jane Corona Viveiros de Castro abordou como a fitoterapia<br />

atua nas dislipidemias. Ela ressaltou que, entre os fatores de<br />

risco para doenças cardiovasculares, a dieta inadequada era o mais<br />

recorrente. E citou as qualidades do azeite, da linhaça, do Omega 3 e<br />

do alho, além dos chás.<br />

Jane revelou que dietas que seguem cardápios próximos ao da<br />

dieta mediterrânea são mais indicadas para a prevenção. Atividade<br />

física, peso controlado e vinho com moderação, segundo ela, também<br />

ajudam.<br />

- O que faz uma dieta com muita fruta, muitas nozes, óleos naturais,<br />

vegetais, peixes e grãos integrais? Entre outras vantagens, diminui<br />

a oxidação, inibe a agregação plaquetária e ajuda a manter o peso.<br />

O intestino vai funcionar melhor e ele terá um aumento da atividade<br />

antioxidante. Deveríamos fazer um tratamento não medicamentoso,<br />

por seis meses, uma dietoterapia, para as dislipidemias e, só depois,<br />

se não houver resposta positiva, partir para os medicamentos – disse.<br />

O evento contou com um bom público que pode acompanhar as palestras com as novidades da área

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