18.04.2013 Views

Lisboa - Destak

Lisboa - Destak

Lisboa - Destak

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

04 ·<br />

Actualidade<br />

SAÚDE Representantes dos médicos recusaram comparecer a encontro<br />

Tentativa do Governo<br />

não demove médicos:<br />

greve vai avançar<br />

Paulo Macedo diz-se disposto a negociar com os médicos, mas estes só o admitem fazer depois da greve<br />

Tutela apresentou<br />

proposta no sábado,<br />

mas sindicatos não<br />

aceitam termos para<br />

uma negociação.<br />

CARLA MARINA MENDES<br />

cmendes@destak.pt<br />

A greve dos médicos vai<br />

mesmo avançar. As batas<br />

brancas vão parar quarta<br />

e quinta-feira e prometem ainda<br />

sair à rua, na sequência de<br />

um protesto que a proposta do<br />

Ministério da Saúde, apresentada<br />

no sábado, não conseguiu<br />

evitar. Paulo Macedo ainda tentou<br />

ontem um encontro com os<br />

representantes sindicais dos<br />

IDOSOS<br />

médicos, mas estes recusaram<br />

comparecer, alegando que<br />

«não é possível em três dias antes<br />

da greve desenvolver qualquer<br />

processo credível de negociação».<br />

Mantendo a disponibilidade<br />

para negociar, os médicos<br />

alegam, no entanto, que<br />

a negociação não pode «estar<br />

na dependência de uma agenda<br />

de encenação mediática».<br />

No que diz resposta à proposta<br />

feita pela tutela, o Sindicato<br />

Independente e a Federação<br />

Nacional dos Médicos<br />

defendem que o «distanciamento<br />

entre o conteúdo do documento<br />

e as questões reivindicativas<br />

é tão marcado que<br />

não se justifica qualquer reunião<br />

negocial antes da realização<br />

da greve».<br />

LUSA<br />

Mas Paulo Macedo chegou<br />

mesmo a deslocar-se ao local<br />

do encontro, na companhia do<br />

seu secretário de Estado, negando<br />

ameaças feitas aos médicos,<br />

nomeadamente de uma<br />

requisição civil.<br />

Encontro com tutela<br />

só depois da greve<br />

O Sindicato Independente<br />

dos Médicos vai propor ao<br />

ministério a realização de uma<br />

reunião sexta-feira. «Dado<br />

o historial das situações de<br />

falta de palavra, os médicos (...)<br />

entenderam que a negociação<br />

deveria ser sempre depois da<br />

greve», avançou a agência Lusa.<br />

Associação denuncia aumento de lares ilegais<br />

A Associação de Apoio<br />

Domiciliário de Lares e<br />

Casas de Repouso de Idosos<br />

alertou para a «proliferação»<br />

de lares clandestinos, estimando<br />

que atinjam já os 3 500, uma<br />

situação que está a levar a despedimentos<br />

nas instituições legais.<br />

«É um problema já antigo,<br />

mas a percepção é que a situação<br />

se agravou muito nos últimos<br />

dois anos e é generalizada<br />

no País», disse à agência Lusa<br />

o presidente da associação.<br />

Ainda de acordo com a mesma<br />

fonte, só na zona do Médio<br />

Tejo foram identificadas 86 casas<br />

ilegais, que constam de uma<br />

lista que a associação elaborou<br />

e enviou para os centros distritais<br />

da Segurança Social. No entanto,<br />

reclama, as denúncias<br />

tem colhido poucas reacções.<br />

Contactado pela Lusa, o Ministério<br />

da Solidariedade e da Segurança<br />

Social assegurou que<br />

não recebeu «qualquer lista».<br />

EDITORIAL<br />

ISABEL STILWELL<br />

editorial@destak.pt<br />

Por um país que fale<br />

em português claro<br />

Move-se no<br />

palco do Tedx<br />

Porto com<br />

todo o à-vontade<br />

e diz o<br />

que tem a dizer com graça e<br />

clareza. Sandra Fisher Martins<br />

é um fantástico exemplo<br />

daquilo que prega: a obrigação<br />

que todos temos de nos<br />

expressar de forma simples,<br />

para que os outros nos entendam.<br />

Sobretudo se o que está<br />

em causa é um documento<br />

legal, o contrato de uma casa<br />

ou de um banco, uma carta da<br />

Justiça, que quem recebe tem<br />

o direito de entender, sob risco<br />

de fica a perder. E Sandra dá<br />

um exemplo: o senhor Domingos,<br />

porteiro da sua casa, que<br />

ia deitar fora o cheque-cirurgia<br />

para a operação a uma perna.<br />

Não deitou porque teve a sorte<br />

de alguém lhe ter traduzido<br />

o que ali vinha escrito, mas<br />

Sandra descobriu que só 20%<br />

das pessoas que recebem um<br />

destes cheques o usam. «Porque<br />

se curaram espontaneamente?<br />

Duvido. O mais natural<br />

é que tenham deitado fora,<br />

achando que era mais uma<br />

carta sem importância».<br />

A culpa é do grau de iliteracia<br />

nacional, responde o autor de<br />

um qualquer daqueles documentos<br />

impenetráveis. Em<br />

parte, diz Sandra. Os números<br />

que mostra são chocantes:<br />

CLICK<br />

10% dos portugueses não sabem<br />

ler, nem escrever, 40% juntam as<br />

letras, mas não entendem o que<br />

lêem, 45% safam-se, desde que o<br />

texto não seja muito complicado,<br />

e apenas 5% têm um grau elevado<br />

de literacia, números muito abaixo<br />

dos países nórdicos. Mas em<br />

parte, apenas porque mesmo essa<br />

elite tropeça quando os documentos<br />

são estupidamente obtusos.<br />

Ou seja, por uma e outra razão a<br />

maioria de nós vive à margem dos<br />

nossos direitos, mas também dos<br />

nossos deveres. Sandra começou<br />

a tomar consciência desta situação<br />

quando, de regresso ao País, tratou<br />

da papelada para alugar casa,<br />

abrir conta no banco, assinar um<br />

contrato de trabalho, de água, luz<br />

e por aí adiante. E, de repente,<br />

recordou-se de um extracto bancário<br />

que recebera em Londres,<br />

e que por baixo do símbolo de um<br />

diamante dizia que o documento<br />

era escrito em linguagem clara, ao<br />

abrigo da campanha pelo uso de<br />

um inglês simples (Plain English<br />

Campaign). E decidiu fundar um<br />

movimento semelhante, a “Português<br />

Claro”. Vá até www.portuguêsclaro.pt<br />

e veja o filme da conferência<br />

escolhida para integrar o<br />

TED Global. É claro que é urgente<br />

melhorar o nível de literacia, mas<br />

que não seja desculpa para não<br />

começar já a adoptar o lema<br />

“Simplifique, simplifique, simplifique”.<br />

E a não ter vergonha<br />

de dizer “Não compreendo!”<br />

VASCO CÉLIO/LUSA<br />

Ter sombra pode custar até 21 euros<br />

Ter um dia de sombra numa praia do Algarve este ano custa<br />

entre oito e 21 euros. Quarteira e Vale de Lobo são as zonas<br />

balneares com os preços mais elevados, avança a agência Lusa.<br />

2ª Feira · 9 de Julho de 2012<br />

TODA A INFORMAÇÃO EM<br />

www.destak.pt<br />

MADEIRA<br />

Regime político<br />

deve mudar,<br />

defende Jardim<br />

Presidente do Governo da<br />

Madeira critica actual política<br />

Para o presidente da<br />

Madeira, Alberto João<br />

Jardim, o regime político deve<br />

ser substituído por outro<br />

porque o actual trouxe Portugal<br />

sob administração estrangeira.<br />

«Disse há 30 anos<br />

que este regime político ia<br />

bater com Portugal no fundo<br />

e pôs-nos sob administração<br />

estrangeira», disse<br />

Jardim, na 57ª edição da<br />

Feira do Gado, na Santa,<br />

Porto Moniz. E quando «os<br />

regimes políticos não funcionam»,<br />

diz, «só há uma solução:<br />

substituí-los».<br />

PENÍNSULA IBÉRICA<br />

GREGÓRIO CUNHA<br />

Gestão da água<br />

tem que passar<br />

pelos dois países<br />

CÁTIA BARBOSA<br />

Excepção por causa da seca<br />

discutida por País e Espanha<br />

O ex-ministro do Ambiente<br />

Nunes Correia<br />

defende que Portugal «não<br />

pode descurar nem um dia»<br />

a relação com Espanha no<br />

que respeita à água, alertando<br />

que excepções na gestão<br />

dos rios têm de ser decididas<br />

pelos dois países. À agência<br />

Lusa, o especialista explicou<br />

que a Convenção de Albufeira,<br />

que rege a gestão dos caudais<br />

dos rios partilhados, estipula<br />

que, «quando se entra<br />

em regime de excepção,<br />

Espanha tem de sentar-se<br />

à mesa com Portugal para<br />

acordar como se vai gerir»<br />

a situação.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!