p - Basílica Santuário Nossa Senhora da Conceição em Caconde

abençoada terra que me viu nascer e que há de fender-se, um dia, para trancar a minha
existência num túmulo quente de afeiçoes e de saudades...
Casou-se me orgulho o conhecer essa página fulgurante que os meus bravos
conterrâneos escreveram para a história de minha terra. Para eles, o carinhoso e
afetivo amplexo deste irmão longínquo.
Conhecer o Misael, como o conheço, é felicidade. O seu caráter impoluto e as
suas maneiras de tratar levam-no á conta de uma personalidade que todos desejam
conquistar e manter intáta, visto que, junto dela, desfruta-se uma amizade sempre
imprenada de superioridade moral e espiritual.
As declarações e afirmativas do Misael, são, pois, dignas de crédito.
Contou-me, nesse dia, duas notícias, impressionantes: a morte do bravo
comandante Salgado e versões de que a Marinha de guerra havia aderido ao
movimento constitucionalista.
Há notícias que, no fundo, se chocam entre si, como no caso em apreço. Uma
dolorosa e outra regosijante. Entre o pezar e a alegria do espírito da gente inferiorisa,
porque perde o sentido de manifestar-se.
A ser verdade a morte do comandante Salgado, mil vezes desejar-se-ia a
mentira da adesão, de fato, de nossa Marinha de guerra.
Entretanto, logo no dia seguinte, a imprensa publicava a veracidade do luto
paulista. Salgado deixara de existir.
Quanto à Marinha, nenhum comunicado. Dura realidade!
São Paulo foi golpeado assim, nessa luta gloriosa. Perdeu valores que não
poderia jamais perder. Alguns, aqui dentro, que já estavam identificados com o ideal
comum e outros, lá fora, vencidos ou pela adversidade dos acontecimentos ou pela
sedução das promessas do adversário.
Nesse dia, à tarde, o Misael e seus companheiros partiam rumo à Santa Rita,
numa despedida de saudades, sonhando, como todos, a realidade do triunfo final.
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