Jornal Ecoss Edição Nº 73 - Ogawa Butoh Center
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gente da terra<br />
Eduardo Bonello, 50 anos<br />
de dedicação à Saúde<br />
Parece muito quando se<br />
fala em 50 anos de profissão. Para<br />
Eduardo Bonello, 64, o tempo não<br />
parece ter passado. Ainda jovem<br />
começou a trabalhar na farmácia<br />
de José Nayme, seu padrinho.<br />
Com ele aprendeu o ofício de<br />
aprendiz de farmácia.<br />
No começo lavava vidros<br />
para a manipulação de remédios,<br />
depois passou a atender no balcão<br />
e só depois, foi preparado<br />
para aplicar injeções.<br />
Casado, pai de uma filha e<br />
avô de um neto, Eduardo trabalha<br />
atualmente em uma farmácia.<br />
Depois de ter se aposentado, ficou<br />
quatro anos em casa, numas<br />
merecidas férias. Sabendo de seu<br />
potencial, Marcos Vinícius Cristian,<br />
convidou Bonello para fazer<br />
parte de seu quadro de funcionários.<br />
Parar de trabalhar, Bonello<br />
garante que só quando não mais<br />
agüentar, fora isso seguirá na profissão<br />
que sempre amou.<br />
"Devo o que sou ao meu<br />
padrinho Nayme que me ensinou<br />
tudo. Além dele muitos outros foram<br />
responsáveis pelo meu conhecimento<br />
em farmácia. Depois<br />
da farmácia de Nayme fiquei como<br />
funcionário do estado, na São<br />
Paulo e Minas, quando ela acabou,<br />
fui para Ribeirão Preto trabalhar<br />
na área de saúde da Fepasa<br />
e hoje estou aqui, trabalhando<br />
com o Marcão, a quem também<br />
tenho muita gratidão", diz Bonello.<br />
Fatos curiosos existem<br />
muitos na sua vida, mas nada<br />
comparado aos 14 partos que fez,<br />
dos quais oito das crianças nascidas<br />
por suas mãos, tornaramse<br />
seus afilhados. "Em um dos<br />
casos, a mãe que sofria de uma<br />
grave anemia teve uma hemorragia<br />
e teve de ser transferida com<br />
urgência para a Santa Casa.<br />
Quando retornamos ao sítio para<br />
ver a criança, que deixáramos<br />
bem, ela também estava com hemorragia<br />
e tivemos que levá-la às<br />
pressas até Ribeirão Preto onde<br />
precisou fazer transfusão de sangue.<br />
Esse garoto recebeu o meu<br />
nome e foi batizado por mim como<br />
forma de gratidão", conta Bonello.<br />
Bonello é do tempo de receitas<br />
e remédios caseiros que<br />
em determinados casos, ele ainda<br />
recomenda. "É claro que alguns<br />
chazinhos de ervas para algum<br />
mal estar faz bem, mas não<br />
é para tudo. Antigamente era recomendado,<br />
por exemplo, para<br />
quem tinha lombriga - semente<br />
de abóbora. Uns comiam alho - o<br />
que piorava ainda mais a situação.<br />
Hoje temos medicamentos<br />
eficazes, mas há casos que um<br />
bom chá também faz bem", brinca.<br />
A profissão é para Bonello<br />
como um sacerdócio. "Amo o que<br />
faço. São 50 anos na área da saúde<br />
e não pretendo deixá-la tão<br />
cedo. Tive bons mestres, sempre<br />
fui dedicado no que faço e acho<br />
que por isso a minha recompensa.<br />
Agradeço a Deus por tudo que<br />
Ele me proporcionou", conclui.<br />
Sábado, 17 de outubro de 2009<br />
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