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16 | 08/03/2013 22/02/2013 a 14/03/2013 28/02/2013
TRAMANDAÍ
Secretaria da Zona Sul, ‘mine prefeitura’,
à disposição da cidade Foto:
Secretário destaca que haverá revitalização em
diversos pontos da região
Toda a semana o Jornal Dimensão
irá entrevistar um secretário de
Tramandaí, para que ele possa explicar
qual a função da Secretaria e contar
as suas propostas para o município.
Hoje, o entrevistado será o secretário
da Zona Sul, Juarez de Deus Andrade.
Andrade possui Ensino Médio completo,
ele trabalha há 30 anos como
servidor público, e apesar de nunca
ter trabalhado diretamente com a política,
garante que conhece bem todos
os setores da Secretaria, fato que esta
facilitando a sua nova missão. “Sei dos
problemas que envolvem a Zona Sul
este é um novo desafio, e eu estou
gostando bastante”, afirma.
Andrade conta que a Secretaria
da Sul, é como uma ‘mine prefeitura’,
pois trás para a Av. Minas Gerais diversos
serviços públicos, com o objetivo
de facilitar a vida da população
e ‘desafogar’ o Centro da cidade. De
acordo com Andrade, cabe a Secretaria,
cuidar da Av. João de Magalhães
até o Balneário Tiajaru, localizado
na divisa entre Tramandaí e
Cidreira.
A Secretaria da Zona Sul tem como
principais funções fazer a manutenção
da iluminação pública, resolver
questões que abordem a rede de esgoto,
fazer a limpeza de praças, ruas
e canteiros centrais, além de contar
com um posto de saúde que possui
tratamento odontológico.
A Secretaria também oferece serviços
administrativos e de fiscalização.
“É possível fazer consultas de dados,
imprimir o boleto do IPTU e realizar o
pagamento, sem precisar ir até a prefeitura”,
explica.
De acordo com Andrade a Secretaria
também cuida da contabilidade,
do cadastramento imobiliário, da fiscalização
tributária e da fiscalização
de obras. “Salientando que todas essas
tarefas competem a Zona Sul”,
completa o secretário.
Andrade explica que os projetos da
Secretaria para 2012 são: aumentar a
pavimentação na Av. Beira Mar,
revitalizar as avenidas, Ivo Scheneider
e Av. Coritiba, investir um pouco mais
no Jardim Atlântico e revitalizar a Aldeia
da Lagoa, na Vila Náutica, para o
Secretário da Zona Sul está gostando do desafio de trabalhar com a política
último projeto a ideia é buscar recursos
junto ao Governo Federal.
O secretário destaca ainda que a
Secretaria da Zona Sul juntamente
com a Secretaria de Obras, adquiriu
21 roçadeiras de costal para fazer a
manutenção das praças e canteiros,
e que já há um projeto em licitação
para a contratação de uma empresa
que fará a limpeza geral e capina da
Zona Sul.
“Precisamos manter a cidade limpa
o ano inteiro, para que os moradores
se sintam bem, e os turistas que
costumam visitar a cidade nos finais
de semana permaneçam vindo para
Tramandaí”, explica o secretário.
Andrade destaca que a Zona Sul
Mulher morre na calçada esperando socorro médico
Sexta-feira (1º/3), Maria Leda da
Silva, 63 anos, voltava do trabalho
pela rua João Pessoa, local em que
também reside e há poucos metros
de casa teve uma falta de ar terrível,
os vizinhos tentaram ajudar a mulher
que andava pela rua gritando por socorro,
alegando não conseguir respirar,
no entanto, todo o esforço foi
em vão, Maria Leda acabou falecendo
sentada na calçada a espera de
um socorro que chegou tarde de mais.
Maria Salete André foi uma das
primeiras vizinhas a ver Maria Leda
passando mal, ela conta que um rapaz
a estava auxiliando, Maria Salete
e o esposo Pedro Jesus André passaram
a tentar pedir ajuda para a
mulher que parecia estar com medo
da morte. “Ela falava o tempo inteiro,
- socorro, por favor, não me deixem
morrer, eu não quero morrer
Leda faleceu sentada nesta calçada
aqui”, afirma Maria Salete.
Às 22h09 começou a busca dos
vizinhos por socorro, André ligou para
o 190, no entanto, os policiais afirmaram
que não faziam esse tipo de procedimento.
Às 21h11, ele tentou ligar
para SAMU, mas foi solicitado um formulário
que requisitava diversas informações
sobre a paciente, que os
vizinhos não possuíam no momento.
A próxima tentativa foi para o Corpo
de Bombeiros que também não pode
prestar atendimento, pois a única ambulância
da entidade estava sendo
utilizada em Porto Alegre.
Enquanto os vizinhos tentavam de
todas as formas buscar ajuda, Maria
Leda cada vez piorava mais, “nós demos
água para ela, deixamos sentada,
mas ela vomitou e de repente disse:
- Não adianta mais, agora ficou
tudo escuro.”, contou Maria Salete.
Casal de vizinhos se mobilizou tentando ajudar Maria Leda, mas o esforço foi em vão
Após o desmaio de Leda, os vizinhos
verificaram o pulso da enferma
e perceberam que não havia sinais
vitais.
A ambulância chegou para prestar
socorro cerca de 30 minutos após
a primeira ligação, e constatou que
Leda já estava morta.
“Ela morreu por negligência das
autoridades, por que nós ligamos
para todos os números que conhecíamos
para a SAMU, para a Brigada
Militar e para o Corpo de Bombeiros
e ninguém prestou socorro”,
afirmou Maria Salete.
André completou, “nos sentimos
totalmente impotentes, havia muita
gente na rua, jovens, idosos, todos
tentaram ajudar, mas não podemos
fazer nada e vimos ela morrer ali na
nossa frente, foi terrível. Eu e minha
esposa não estamos nem dormindo
direito”.
A filha de Maria Leda, Cheila
Chavier, conta que a morte da mãe
foi um choque para todos, pois ela
falou com a mãe pela manhã e ela
parecia bem. Segundo Cheila, Maria
Leda tinha diabetes, estava com
a glicose à cima do normal e possuía
pressão elevada. Ela revela que segundo
o atestado de óbto a causa
Bruna Geremias/JD
de Tramandaí tem crescido muito,
hoje há um esforço da Administração
Municipal para incentivar o comércio,
realizar shows e eventos e
disponibilizar serviços públicos na
própria região para que as pessoas
não precisem se deslocar ao Centro
da cidade para terem suas necessidades
atendidas.
Fotos: Bruna Geremias/JD
da morte é indeterminada.
De acordo com o Corpo de Bombeiros,
a ambulância não pode prestar
socorro, pois o veículo estava em
Porto Alegre.
O capitão Leonador da Rosa, afirmou
que a Brigada Militar é orientada,
inclusive pelos médicos, a não
fazer esse tipo de atendimento, pois
pode prejudicar o paciente durante
a locomoção, pois os policiais não
possuem preparo para esse tipo de
função.
“Nós somos responsáveis pela
segurança pública e não pela saúde
pública”, salienta o capitão.