JUPI, 50 ANOS DE HISTÓRIA - Prefeitura Municipal de Jupi
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EDITORIAL:<br />
FESTA PARA TODOS<br />
O TIRO E A CULATRA<br />
característica principal da Democracia é<br />
aquela cultivada por todo e qualquer<br />
Ogoverno que administra um país, um estado<br />
ou um munícipio, inteiramente irmanado com a<br />
comunida<strong>de</strong>, segundo um velho e popular conceito<br />
<strong>de</strong> que Democracia é um regime do povo, pelo povo<br />
e para o povo. A Democracia é o antagonismo da<br />
ditadura, isso porque enquanto que o regime<br />
<strong>de</strong>mocrático prima em aten<strong>de</strong>r aos interesses da<br />
maioria, o Regime Ditadorial caracteriza-se em<br />
beneficiar prioritariamente aos grupos mandatários<br />
do po<strong>de</strong>r. Daí, tira-se facilmente a conclusão <strong>de</strong> que a<br />
<strong>de</strong>mocracia ten<strong>de</strong> a eternizar-se, enquanto que a<br />
ditadura não tem vida duradoura.<br />
Um governo <strong>de</strong>mocrático também é caracterizado<br />
pela existência <strong>de</strong> um grupo <strong>de</strong> oposição que<br />
protesta, sugere, dar palpites e que, inclusive, é<br />
essencial para o bom andamento <strong>de</strong> uma<br />
administração. Contudo, uma oposição só tem valor,<br />
se os seus representantes tiverem equilíbrio, ação<br />
responsável e coerência participativa. Caso<br />
contrário, passa a não ter valor nenhum e os seus<br />
componentes constituírem-se num grupo <strong>de</strong><br />
“gaiatos” reprimidos pelo povo e que jamais será<br />
Governo.<br />
O episódio da simulação <strong>de</strong> um enterro no cemitério<br />
local, recentemente, é o exemplo <strong>de</strong> uma oposição<br />
<strong>de</strong>sarticulada, incoerente e burra: contratou-se um<br />
“gaiato” e uma equipe <strong>de</strong> televisão <strong>de</strong>socupada para<br />
documentar um sepultamento que não houve.<br />
A construção <strong>de</strong> um novo cemitério em <strong>Jupi</strong> faz parte<br />
<strong>de</strong> um programa <strong>de</strong> oito anos do Governo Celina<br />
Brito. A atual prefeita não po<strong>de</strong> fazer tudo em apenas<br />
quatro anos. E o povo está consciente disso. A<br />
maioria da comunida<strong>de</strong> jupiense é testemunha do<br />
trabalho da sua governante e não a <strong>de</strong>scre<strong>de</strong>nciará<br />
para continuar por mais um mandato. Quando se faz,<br />
um trabalho sério e consciente, todo e qualquer<br />
governo solidifica-se no meio do povo e não se abala<br />
com ações <strong>de</strong>sprovidas <strong>de</strong> fundamentação lógica.<br />
Por causa disso, a conclusão é a seguinte: a oposição<br />
em vez <strong>de</strong> tirar “ponto” da prefeita, “queimou-se”,<br />
com a comunida<strong>de</strong>. E, sobre a questão do cemitério<br />
quem se enterrou foram “eles”, fazendo valer o<br />
velho ditado: “o tiro saiu pela culatra”.<br />
PAGUE EM DIA<br />
O SEU IPTU<br />
O CANGAÇO<br />
E SUAS LENDAS<br />
cangaço é um dos temas mais recorrentes<br />
e controversos no âmbito da História do<br />
OBrasil. Tal movimento, conhecido<br />
também como banditismo, teve suas origens,<br />
<strong>de</strong>ntre outros aspectos, nos problemas sociais que<br />
estavam presentes na realida<strong>de</strong> do Sertão do<br />
Nor<strong>de</strong>ste entre meados do século XIX e o ano <strong>de</strong><br />
1940. O que mais marca a maioria das pessoas em<br />
relação ao tema são justamente as práticas<br />
violentas que eram utilizadas pelos cangaceiros<br />
contra os moradores da região Nor<strong>de</strong>ste.<br />
Entretanto, não temos somente esta, mas são várias<br />
as peculiarida<strong>de</strong>s que po<strong>de</strong>m ser abordadas nesse<br />
tema tão rico. As lendas e mitos em torno da figura<br />
dos cangaceiros são exemplos, visto que elas ainda<br />
povoam o imaginário <strong>de</strong> alguns nor<strong>de</strong>stinos,<br />
sobretudo daqueles que viveram na época do<br />
cangaço. Vejamos aqui algumas <strong>de</strong>ssas lendas.<br />
A primeira <strong>de</strong>las diz que Lampião e seu bando<br />
jogavam as crianças pequenas para o alto e<br />
sustentavam as mesmas com punhais. Interessante<br />
que ouvi essa história <strong>de</strong> uma senhora que<br />
vivenciou esse período, e os seus pais alertavam<br />
que ela não saísse <strong>de</strong> casa por esse motivo. Em<br />
outra pesquisa constatei que essa história havia<br />
sido espalhada pelos policiais que procuravam<br />
capturar Lampião. Em outra lenda, os mais velhos<br />
afirmam que os policiais não conseguiam capturar<br />
o facínora por que ele se “envultava” na caatinga,<br />
ou seja, ficava invisível. Outras pessoas chegavam<br />
a afirmar que ele se tornava um macaco e se<br />
escondia nas árvores. O que ocorria, na verda<strong>de</strong>,<br />
era que Lampião e seu bando possuíam o<br />
conhecimento a respeito do território do Sertão, e<br />
assim podiam se escon<strong>de</strong>r <strong>de</strong> modo efetivo das<br />
tropas que tentavam captura-los.<br />
Bom, po<strong>de</strong> ser que alguns <strong>de</strong>sses mitos tenham<br />
realmente ocorrido, já outros são difíceis <strong>de</strong><br />
acreditar na sua veracida<strong>de</strong>. Entretanto, não é isso<br />
que queremos abordar aqui, mas sim como o<br />
imaginário popular é formado através dos<br />
acontecimentos que ocorrem em <strong>de</strong>terminada<br />
época. Talvez o medo fizesse com que essas<br />
pessoas acreditassem e ainda acreditem em tais<br />
mitos.<br />
Maurício José Nunes da Silva<br />
Graduado em História pela UPE - Garanhuns<br />
O GELO DA CASA<br />
(87) 9926-8446 / (87) 9967-1440<br />
Rua Napoleão Teixeira<br />
Lima, Nº. 18 - jupi - PE<br />
RESPOSTA AO TEXTO <strong>DE</strong> MAURICIO<br />
SOBRE MARTIN LUTERO<br />
oncordo plenamente com você caro<br />
Mauricio, Lutero é exaltado <strong>de</strong> uma forma<br />
Cbondosa nas escolas, e não se é visto o lado<br />
cruel que tanto possuía. No entanto, não apenas este,<br />
mas tantos outros que consi<strong>de</strong>ramos<br />
heróis continham em si a cruelda<strong>de</strong> perante os seus<br />
consi<strong>de</strong>rados “inferiores”. Um exemplo clássico é<br />
parte da juventu<strong>de</strong> <strong>de</strong> hoje exaltar Che Guevara.<br />
Aprofundamentos sobre temas Históricos<br />
Religiosos. Caro amigo leitor, agra<strong>de</strong>ço a você que<br />
tem lido os meus textos sobre a Inquisição e espero<br />
que tenha contribuído para seu conhecimento, que<br />
porventura não foi alimentada <strong>de</strong>ssa maneira nas<br />
aulas. Concluirei o<br />
tema com um pedido <strong>de</strong> aluno <strong>de</strong> uma escola daqui<br />
do município que alguns dias atrás havia me<br />
perguntado se temos hoje algum Santo ou Santa que<br />
fora Inquisidor. Lembre-se nenhum fato histórico<br />
po<strong>de</strong> ser analisado fora <strong>de</strong> seu contexto. A<br />
mentalida<strong>de</strong> da época era totalmente diferente da<br />
nossa, ou seja, con<strong>de</strong>nar a forca ou mesmo a fogueira<br />
uma pessoa, que havia se proferido contra a fé era<br />
normal para eles.<br />
Vários doutores da Igreja apoiaram a Inquisição,<br />
muitos nem se manifestaram. Posso citar: Santa<br />
Catarina <strong>de</strong> Sena, São Francisco <strong>de</strong> Assis, Santo<br />
Antônio <strong>de</strong> Pádua, São Tomás <strong>de</strong> Aquino, São João<br />
da Cruz, Santa Tereza <strong>de</strong> Ávila. Foram canonizados,<br />
São Domingos <strong>de</strong> Gusmão, São João Capistrano.<br />
Beatificados foram Pedro Castronovo. Não foi<br />
encontrado em seus escritos nenhuma con<strong>de</strong>nação á<br />
Inquisição.<br />
É difícil para o homem <strong>de</strong> hoje po<strong>de</strong>r enten<strong>de</strong>r a<br />
instituição da Inquisição; <strong>de</strong> um lado <strong>de</strong>ixou <strong>de</strong><br />
consi<strong>de</strong>rar a crença religiosa como algo objetivo, e<br />
já não vê a Igreja como a representante <strong>de</strong> Cristo na<br />
terra, cujo <strong>de</strong>ver é manter o “<strong>de</strong>pósito da fé” <strong>de</strong>ixado<br />
por Cristo, intacto. Antes da Reforma <strong>de</strong> Lutero<br />
essas idéias norteavam a vida dos cristãos; e a pureza<br />
da fé <strong>de</strong>via ser mantida a qualquer preço como algo<br />
evi<strong>de</strong>nte.<br />
Estudo da História local irei postar nesta edição <strong>de</strong><br />
uma forma mais <strong>de</strong>talhada como se <strong>de</strong>u a fundação<br />
<strong>de</strong> nosso município. Adianto para todos os leitores<br />
que já venho a certo tempo fazendo pesquisas<br />
relacionado a historicida<strong>de</strong> <strong>de</strong> nosso município,<br />
sendo o mesmo dividido em duas partes: Fundação<br />
(Antonio Vieira <strong>de</strong> Melo) e Emancipação(1962 à<br />
2012), fico imensamente honrado por conhecer mais<br />
afundo a História <strong>de</strong> nosso município que <strong>de</strong>veria ser<br />
mais abordadas em sala <strong>de</strong> aula.<br />
A História <strong>de</strong> nosso município está recheada <strong>de</strong><br />
imaginações sobre quem foi o Antonio Vieira <strong>de</strong> Melo,<br />
on<strong>de</strong> nasceu ou morreu. Para muitos <strong>de</strong> nossos<br />
conterrâneos, AVM está enterrado aqui em <strong>Jupi</strong>. No<br />
entanto,tudo isso é parte do imaginário local. Da<br />
mesma forma como não existia <strong>de</strong> acordo com livros <strong>de</strong><br />
Nelson Barbalho e Pereira da Costa tribos canibais aqui<br />
nessa região.<br />
Para que não se confunda amigo leitor, só um lembrete:<br />
Falarei aqui sobre dois, Antonio Vieira <strong>de</strong> Melo, um<br />
que veio <strong>de</strong> Portugal e outro que nasceu em Muribeca –<br />
PE, sendo este último bisneto do AVM português.<br />
Antonio Vieira <strong>de</strong> Melo era filho <strong>de</strong> Manuel Francisco<br />
e <strong>de</strong> D. Francisca Gonçalves e morador <strong>de</strong><br />
Castanhe<strong>de</strong>, Portugal. Era cavalheiro fidalgo e chegou<br />
a Pernambuco antes <strong>de</strong> 1630, foi vereador em 1630 e<br />
Juiz Ordinário em Olinda. Casou na capitania <strong>de</strong><br />
PERNAMBUCO com Maria Margarida Munis<br />
Bittencourt.<br />
Antonio Vieira <strong>de</strong> Melo (Português) foi o primeiro<br />
homem Branco que se conhece a criar gado, construir<br />
casas e fundar uma igreja no agreste meridional <strong>de</strong><br />
Pernambuco. Foi o <strong>de</strong>sbravador das célebres TERRAS<br />
<strong>DE</strong> OPI, a pioneira povoação <strong>de</strong> OLHO D`AGUA DO<br />
PY ( TERRAS <strong>DE</strong> OPY) atual cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>JUPI</strong>, esta se<br />
torna o núcleo da imensa SESMARIA <strong>DE</strong> ARAROBÁ.<br />
O nome Ararobá vem <strong>de</strong> urubá, corruptela <strong>de</strong> uru-ibá<br />
(gênero <strong>de</strong> aves galináceas que existiam na região).<br />
Antônio Vieira <strong>de</strong> Melo (Pernambucano) nasceu em<br />
Muribeca em 14/04/1669 e morreu em 22/10/<br />
1764 em Recife. Em fins <strong>de</strong> 1689, dinâmico sertanista<br />
pernambucano <strong>de</strong> apenas vinte anos, o moço Antonio<br />
Vieira <strong>de</strong> Melo, na qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> her<strong>de</strong>iro principal da<br />
gigantesca SESMARIA <strong>DE</strong> ARAROBÁ que era <strong>de</strong> seu<br />
pai, surge pela primeira vez em <strong>JUPI</strong>, o núcleo central<br />
<strong>de</strong> seu mundo <strong>de</strong> terras agretino-sertanejas, trata <strong>de</strong> ir<br />
fundando em sua vasta proprieda<strong>de</strong>, diversos sítios e<br />
fazendas <strong>de</strong> criação, povoando assim, <strong>de</strong> gente<br />
pernambucana, parte<br />
do centro e sul do Agreste Meridional. Como<br />
mencionei no inicio, continuarei minha pesquisa e<br />
pretendo publicar este material. Caso alguém<br />
mais se interesse e tenha material, ficaria grato por<br />
recebê-los.<br />
JORNAL <strong>DE</strong> <strong>JUPI</strong> - EXPEDIENTE<br />
EDITOR E REPÓRTER: J. Francisco da Costa.<br />
REDATORES: J. Francisco da Costa, Solange Vilela e Janaina <strong>de</strong> Cássia.<br />
DIGITAÇÃO: Thamires Araújo<br />
DIAGRAMAÇÃO: Diego Couto (87) 9934.3645<br />
COLABORADORES: Sukita Liberato, Jeferson Rocha, Thamires Araújo,<br />
Roseane Gomes, Eliane Lúcio e Maurício Nunes<br />
IMPRESSÃO: Gráfica e Editora Ebenézer (87) 3773.1965 / grafica-ebenezer@hotmail.com<br />
FOTOS: Guilherme (JG Ví<strong>de</strong>o Locadora) - CHARGE: Ednaldo Guilherme<br />
PESQUISA NA INTERNET: Mauro Roberto<br />
EN<strong>DE</strong>REÇO PARA CORRESPONDÊNCIA: E-mail: jornal<strong>de</strong>jupi@gmail.com<br />
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