JORNAL OSASCO 50.indd - Prefeitura de Osasco

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4 Osasco chega aos seus 50 anos em uma posição privilegiada no ranking do desenvolvimento nacional, ocupando o 12º lugar entre os municípios com maior PIB do Brasil. O sucesso desse momento se deve a uma administração comprometida, que, desde seu início, preocupou-se em implantar políticas públicas embasadas em muito estudo e planejamento. Hoje, Osasco apresenta um crescimento anual de 10%, e está acima da média nacional, que é de 7%. A atual situação econômica de Osasco remete aos anos anteriores à emancipação. Na década de 40, o distrito passava pelas mesmas dificuldades enfrentadas no país inteiro, mas as indústrias que se instalaram no Centro impulsionaram o crescimento econômico e populacional local. Brown Boveri, Eternit e CIMAF somaram-se às já existentes Frigorífico Wilson, Cerâmica Hervy, Cotonifício Beltramo e Companhia Sorocabana de Material Ferroviário. A instalação destas indústrias comandou o incessante processo de atração de imigrantes e conseqüentemente de povoamento, não só do distrito como de toda a região. Além das grandes indústrias, o comércio se mantinha estável, e as indústrias mantinham suas cooperativas de abastecimento. Nessa década, a população do distrito passou de 15.258 para 41.328 habitantes. A região da grande São Paulo contava com apenas dez municípios mas, graças à chegada de novos ventos soprados pela Constituição de 46, houve o início da pulverização de mais cidades em torno da capital. Muitos dos núcleos suburbanos que tiveram crescimento populacional, como Osasco, que triplicou seu número de habitantes, buscaram a emancipação. Isso porque de todo o desenvolvimento urbano experimentado pelo centro de São Paulo, em meados de 1940, pouco benefício estrutural chegou ao subdistrito de Osasco. Para chamar a atenção às reivindicações dessa nova população, os moradores resolveram se reunir em torno da Sociedade Amigos do Distrito de Osasco -SADO, em 1947. O movimento - A primeira reunião aconteceu na Rua André Rovai, n° 47, com o objetivo de buscar apoio da imprensa para a demanda de Osasco. Enquanto isso, o distrito continuava a receber investimentos no setor industrial. Em 1950 instala-se em Osasco a Fábrica de Tecidos Tatuapé. No ano seguinte, foi a vez da Rilsan, da Adamas, e da Lonaflex. A primeira consulta pública feita pelo movimento autonomistas, que lutava pela emancipação da cidade, aconteceu em 1953 e o “Não” venceu o “Sim” por 145 votos. Por causa da inexperiência em disputas eleitorais, os emancipadores tiveram que esperar outros cinco longos anos para que houvesse outra consulta popular para a emancipação. O ano de 1958 foi bastante movimentado nas ruas de Osasco por conta das disputas entre os que lutavam para que o distrito se tornasse município e os que acreditavam que continuar subdistrito de São Paulo era melhor. No segundo plebiscito pela emancipação, os eleitores deveriam se inscrever para votar até 30 de abril de 1958. Em dezembro do mesmo ano, o “Sim” venceu. Da fundação à 1887 1894 1895 1940 1947 1950 Chegada de Antonio Agu à propriedade situada no km 16 da estrada de ferro Sorocabana HISTÓRIA Osasco: de vila à 12ª cidade Doação de área para construção da estação de Osasco Ano da fundação da Vila Osasco e ano da construção da estação de trens da cidade Av. dos Autonomistas, 1969 Av. João Batista, com destaque para Galepe, 1970 Igreja de Santo Antônio, 1964 (década de 40) Instalação da Brown Boveri, Eternit e Cimaf, em Osasco Fundação da SADO (Sociedade Amigos do Distrito de Osasco) Fevereiro de 2012 Instalação da Fábrica de Tecidos Tatuapé (Têxtil Santista), em Osasco Rua Antônio Agu, 1950 Manifesto pela emancipação, 1958
Fevereiro de 2012 mais desenvolvida do país Rua Antonio Agu com mão dupla, 1957 emancipação 1951 1953 1958 04/02/62 07/02/62 19/02/62 Instalação da Rilsan, da Adamas e da Lonaflex, em Osasco Ano da primeira consulta pública pela emancipação, quando o “Não” venceu Ano da segunda consulta pública pela emancipação, quando o “Sim” venceu Jantar pró emancipação de Osasco . restaurante do Galiano, 1951 Festa dos Imigrantes, anos 70 Primeiro prefeito de Osasco, Hirant Sanazar Largo de Osasco, anos 80 Eleição do primeiro prefeito e da primeira Câmara A luta pela primeira eleição - A autonomia do município foi vencedora por uma diferença de pouco mais de 1300 votos, e as primeiras eleições foram marcadas para 7 de janeiro de 1960, mas, por causa da disputa política que ainda agitava os ânimos de adhemaristas (prefeito de São Paulo) e janistas, o pleito foi suspenso e sua legitimidade foi julgada duas vezes pelo Supremo Tribunal Federal. Finalmente a primeira eleição para definir o prefeito de Osasco foi marcada para 7 de janeiro de 1962, mas novamente foi impedida por uma liminar conseguida pelo prefeito de São Paulo. Organizados em marcha, os osasquenses procuraram o prefeito Adhemar de Barros, pelo direito de votar. Nessa época, as terras aspirantes a município se transformaram numa praça de guerra, e a notícia ganhou destaque até no jornal inglês Times. Após travar nova batalha, o movimento que brigou pela emancipação finalmente conseguiu marcar novas eleições para o dia 4 de fevereiro. Hirant Sanazar venceu, obtendo 9823 dos 23283 votos válidos. Em 7 de fevereiro ocorreu sua diplomação, junto com os vereadores eleitos, e no dia 19 de fevereiro, tomou posse como primeiro prefeito de Osasco, iniciando uma nova etapa da história política da cidade que conquistava a sua batalhada autonomia política e administrativa. Fundação da Vila Osasco – Cerca de 14 anos antes de chegar no distrito que fundaria e que hoje é uma cidade que cresce ilimitadamente, Antonio Agu se estabeleceu em Capivari, no interior do Estado. Com sua visão empreendedora e mão-de-obra vigorosa, conquistou estabilidade financeira, o que lhe proporcionou a oportunidade de adquirir terras em locais mais afastados de onde vivia. Especificamente no Km 16 da estrada de ferro Sorocabana, Agu se mudou com sua família, em 1887. Dos registros arquivados nos cartórios, nada consta sobre a existência de uma estação ferroviária nos limites da propriedade. De fato, a estação não existia, mas era sabido que havia a necessidade de se construir um ponto de escoamento da produção entre São Paulo e Barueri. Depois de 1887, Antonio Agu continuou agregando terras à propriedade original, mas nada disso iria fazer com que nascesse Osasco, se não fosse a sua determinação, trabalho, perspicácia empresarial e o tino comercial para aproveitar as profundas transformações sóciopolíticas e econômicas que o Brasil passou a viver entre 1888 e 1900. Uma estação de trem determinava um ponto constante de carga e descarga, tanto de passageiros como de mercadoria, e com isso se tornava parada obrigatória dos trens. Para que a construção desse ponto fosse viável, Agu doou parte de suas terras, em 1894. No ano seguinte, a estação já era uma realidade. Em 1896, ela foi ampliada por seu construtor, Antônio Agu, passando a fazer parte do projeto original, uma sala de visitantes. A data de construção da estação, que ganha o nome de estação Osasco por sugestão do próprio Antonio Agu, em homenagem à sua cidade natal, está ligada à polêmica da data de fundação da Vila Osasco. Com base em documentos registrados em cartório, ficou estabelecido como sendo o ano de doação da estação, o ano da fundação da vila: 1895. O sonho de construir um bairro, trazido da Itália por Antonio Agu, finalmente se concretizava. Diplomação dos eleitos Posse dos eleitos 5
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