O ELO - após-furnas

O ELO • 8 • Janeiro - Fevereiro / 2009
Órgão Informativo da APÓS-FURNAS — Associação dos Aposentados de Furnas
ELOquente
Apesar das diversas tentativas da
APÓS-FURNAS de se obter uma solução
para a Assistência à Saúde dos aposentados
e pensionistas, o aumento das contribuições
do PLAMES, inicialmente previsto
para acontecer em novembro de 2008, chegou
em março de 2009, com reajuste médio
linear de 15,58%, enquanto os benefícios
foram reajustados em 5,92%. Desde a adoção
da política de que cada grupo arca com
suas despesas, e sem qualquer ajuda por
parte de FURNAS ou ELETRONUCLEAR, o
Plano de Saúde oferecido pela REAL GRAN-
DEZA – PLAMES - vem ficando inviável
para os aposentados e pensionistas. Agora,
com mais um reajuste, muitos já pensam
em migrar para opções mais baratas. Outros
elaboram maneiras de conseguirem um “extra”
no orçamento. Todos concordam: não
gostariam de se submeter ao ineficiente Sistema
Único de Saúde, o SUS, na época em
que mais precisam da assistência à saúde.
Quanto tempo você acha que ainda suporta pagar o PLAMES?
Se apenas eu fosse atendida pelo Plano, ainda suportaria pagar
por um bom tempo e por isso me considero uma privilegiada.
Acontece que estão no plano também, como agregados, o meu
marido, que é aposentado somente do INSS, ou seja, ganha
pouco, e a minha filha, que certamente não poderá arcar
sozinha com o custo total. Então por isso, eu acho que do
Plano Especial vamos ter que baixar para o Básico.
Sonia Maria Gonçalves Lopes
Aposentada desde 1991
Já está difícil, haja vista que quando recebo o meu contracheque
o valor já é bem baixo. Hoje pago o Plano Executivo e não
concordo em ter que optar por uma opção mais barata. Não é
o nosso padrão que tem que baixar, mas sim o valor do plano,
principalmente agora na terceira idade, que é justamente
quando mais precisamos dele.
Marilza Araújo
Aposentada desde 1991
Ainda não sei dizer o que vai acontecer no meu orçamento
para o plano. Mas caso eu não possa permanecer no que
estou arcando, tanto para mim, quanto para os meus netos,
a saída será mesmo mudar para um plano mais em conta,
trocando o quarto particular pela enfermaria, por exemplo.
O que não pode acontecer é ficarmos sem a assistência.
Eulânia Barros da Silva
Aposentada desde 1986
Esses constantes aumentos já nos fazem tomar medidas para minimizar
nossos gastos há anos, então qualquer coisa que venha onerar mais o
aposentado, que já está com o salário bem defasado, é um sacrifício. Já
tenho amigos que baixaram o nível do plano e certamente eu irei pelo
mesmo caminho. Tem que haver uma maneira melhor para amenizar
os efeitos dessa enorme carga que cai constantemente sobre nós.
Rui Alves da Silva
Aposentado desde 1991
Se já está bem difícil suportar do que jeito que está,
imagina com esse novo aumento! Como pago para mim, minha
esposa e meu neto, não sei o que pode acontecer. Provavelmente a
saída será migrar para um plano mais barato, pois ficar sem é que
não pode, ainda mais agora, com a idade chegando e os hospitais
públicos cada dia piores. Outro jeito será arrumar mais um serviço e
aumentar a renda.
Leonirdo Francisco Claro
Aposentado desde 1981
AUMENTO DO
PLAMES COMPROMETE
DESPESAS FAMILIARES
DOS PARTICIPANTES E
ASSISTIDOS
O aumento nas mensalidades do
PLAMES, antes previsto para dezembro
de 2008 e adiado para fevereiro de 2009
pelo Conselho Deliberativo da Fundação
Real Grandeza, acontecerá a partir de
abril próximo, incidindo no contracheque
de março, já que a mensalidade é
paga no sistema de pré-pagamento. Enquanto
os participantes ativos tiveram
um reajuste médio de 10%, aposentados
e pensionistas tiveram de 15,58%. A coparticipação
nos exames também sofreu
alteração. Antes do reajuste, os beneficiários
participavam com 15% sobre exames
que custavam até R$ 154,00 e com
10% sobre o valor excedente. Agora, os
exames realizados a partir de 1º de abril
terão co-participação de 30%, limitados
a R$ 100,00. Os demais percentuais permanecem
inalterados, ou seja, consultas
a 30% e Tratamentos Seriados, 20%.
As faixas etárias de 24 a 28 anos,
34 a 38, 44 a 48 e 54 a 58 anos - que até
então possuíam valores idênticos às faixas
19 a 23 anos, 29 a 33, 39 a 43 e 49 a
53, respectivamente - terão seus valores
calculados separadamente, conforme é
realizado nos planos de mercado.
A APÓS-FURNAS não vem me-
dindo esforços para resolver o grave
problema da Assistência à Saúde dos
aposentados e pensionistas e continuará
cobrando, especialmente da ELETRO-
BRÁS a possibilidade de extensão da assistência
à saúde dos ativos do Sistema,
também aos ex-empregados aposentados
e aos pensionistas. Enquanto isso, aposentados
e pensionistas buscam soluções
para minimizar os efeitos da sobrecarga.
Otimização do PLAMES
Em carta enviada aos participantes
e divulgada no site da Fundação, a
Diretoria Executiva e o Conselho Deliberativo
da REAL GRANDEZA justificam o
reajuste na finalidade de manter o equilíbrio
financeiro do PLAMES, haja vista
que os custos das despesas médicas,
ambulatoriais e hospitalares cresceram
e da mesma forma a procura pelo Plano.
Comprometem-se ainda, a estudar
alternativas que reduzam os custos nas
próximas revisões, dentre elas a criação
de um grupo de trabalho para, em
parceria com FURNAS, implementar as
ações propostas pela REAL GRANDEZA
no Projeto de Otimização do PLAMES,
no sentido de reduzir despesas.
www.aposfurnas.org.br