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O homem e o boto-cinza - Ipec

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Pensando bem ...<br />

Texto: Daiana Proença Bezerra e Lucimary S. Deconto<br />

uando vemos na televisão, em<br />

revistas e jornais imagens de praias<br />

paradisíacas, campos floridos, cachoeiras,<br />

golfinhos e baleias na imensidão azul<br />

do oceano, costumamos chamar isso<br />

de maravilhas da natureza. Acompanhando essas<br />

imagens, vem a sensação de paz, tranquilidade e de<br />

uma vida saudável, a qual parece estar bem distante<br />

das pessoas que vivem nas grandes cidades.<br />

Ah, as cidades! O ambiente criado pelo ser<br />

humano, para o ser humano, e que deveria nos<br />

trazer paz, tranquilidade e qualidade de vida, já<br />

que nelas trabalhamos, estudamos, compramos, nos<br />

alimentamos, nos divertimos, enfim, vivemos. Nos<br />

centros urbanos está grande parte do desenvolvimento<br />

cultural e artístico, como museus, cinemas, teatros,<br />

bibliotecas, casas de shows, etc. Assim, os centros<br />

urbanos passaram a ser o ambiente do ser humano,<br />

isolando-o da natureza.<br />

Entretanto, as cidades possuem fraquezas que<br />

refletem o mau uso dos recursos naturais, uma vez<br />

que, infelizmente, entre muros, propagandas e asfalto,<br />

nos esquecemos do quanto somos dependentes dessa<br />

natureza, revelando o quanto somos inexperientes<br />

no fato de coexistir. Toda cidade tem os mesmos e<br />

característicos problemas ambientais, tais como:<br />

saneamento deficiente, uso inadequado da água,<br />

problemas de destinação do lixo, uso irregular e<br />

contaminação do solo, desmatamento em função da<br />

especulação imobiliária, etc.<br />

Seguramente, a tecnologia e as mudanças que<br />

ocorreram em nossa sociedade desde a revolução<br />

industrial foram importantes para a melhoria da<br />

qualidade de vida da população humana, mas sabe-se,<br />

também, que essa forma de desenvolvimento custou<br />

caro ao planeta, e o desafio, agora, é a aplicação de<br />

um desenvolvimento sustentável.<br />

10 | Revista Expedição de Campo<br />

Ainda não nos preocupamos o suficiente com a<br />

severidade dessa situação. Vivemos em um período<br />

de economia de consumo, em que o governo e as<br />

empresas, através da propaganda, nos induzem a<br />

consumir e descartar cada vez mais e mais rápido<br />

em favorecimento do desenvolvimento econômico do<br />

país. Já observou como os produtos duram pouco? E<br />

como a tecnologia se torna obsoleta de um dia para o<br />

outro? Enquanto isso, o mesmo governo que estimula<br />

o consumo mal sabe o que fazer com todo esse lixo.<br />

Assim como os ambientes naturais, os urbanos<br />

também merecem nossa atenção, reflexão e mudanças<br />

de hábito. Devemos repensar a nossa forma de agir,<br />

reintegrar a natureza ao nosso cotidiano, refletir sobre<br />

o que de fato necessitamos. Será que precisamos de<br />

tudo o que a publicidade tenta nos vender para suprir<br />

uma necessidade que ela nos induz a acreditar que<br />

temos? Precisamos, realmente, pagar para beber água<br />

e ainda produzir mais uma garrafa?<br />

Pense bem, qual o sentido de usar um copo<br />

descartável que permanecerá como lixo pelos próximos<br />

50 anos quando demoramos cerca de 5 segundos<br />

para ingerir o líquido contido nele? Não seria melhor<br />

usar um copo durável que poderá ser utilizado para<br />

beber pelos próximos 50 anos? Quanto tempo você<br />

precisa permanecer no banho com o chuveiro aberto<br />

gastando água e energia? Você precisa de um carro<br />

para se locomover toda vez que sai de casa?<br />

Saiba, você pode realizar centenas de pequenas<br />

mudanças em seus hábitos. Pequenas ações se tornam<br />

importantes quando feitas em conjunto. Afinal, já<br />

somos 7 bilhões de pessoas que habitam e dividem<br />

um mesmo planeta.<br />

Procure em sua cidade organizações, associações e<br />

conselhos que lutam por melhorias. Busque dicas de<br />

sustentabilidade em revistas, na TV e na Internet.<br />

Pensando bem, se eu fizer assim...

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