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O principio de funcionamento de um atirantamento e bastante simples, e encontra-se<br />
ilustrado na Figura 29. Tomemos como exemplo a execução de uma parede diafragma.<br />
Assim, após concretarmos a parede de um determinado trecho a ser escavado, podemos<br />
iniciar a retirada do solo (a) até um determina do nível para o qual o concreto armado da<br />
parede seja capaz de absorver sozinho os esforços nele atuantes.<br />
Nesse momento, executamos o conjunto de tirantes, que fornece à parede um novo<br />
apoio (b), permitindo que a escavação avance até a cota desejada (c).<br />
O resultado final é uma parede de menor espessura e com menor consumo de aço, já que<br />
está sujeita a menores esforços.<br />
Figura 29- Etapas da escavação:<br />
(a) escavação até nível 1;<br />
(b) execução do tirante;<br />
(c) escavação até o nível 2, definitivo.<br />
Uma outra vantagem do atirantamento e que a área escavada fica livre das interferências<br />
causada pelas escoras, facilitando a execução dos serviços neIa previstos. Essa<br />
vantagem algumas vezes justifica o uso de tirantes mesmo em contenções provisórias,<br />
principalmente quando na área escavada já existam interferências como as causadas<br />
pelas redes dos diversos serviços públicos (água, esgoto, telefone, luz, etc.).<br />
O principio de funcionamento de cada tirante também é muito simples. Trata-se de um<br />
ou mais cabos de aço que são protendidos e encunhados contra a contenção. De forma<br />
resumida, são construídos através da execução de um furo dentro do solo, furo esse que<br />
tem um determinado comprimento calculado e em cujo termino e executada uma<br />
escavação mais larga, chamada de bulbo.<br />
Nesse furo é colocada o cabo ou uma cordoalha de aço, e a sua extremidade dentro do<br />
solo e preenchida com concreto; formando uma ancoragem passiva.<br />
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