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texto-da-mara-para-o-blog-1812 - A Escrita nas Entrelinhas

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Num levantamento quantitativo de ocorrências <strong>da</strong>s várias formas em questão, realizado no<br />

mesmo CD-ROM FOLHA/1997, temos os seguintes resultado (Gráfico 1):<br />

Gráfico 1: Levantamento quantitativo <strong>da</strong>s formas pronominais tu/você, nós/a gente, vós/vocês<br />

100<br />

90<br />

80<br />

70<br />

60<br />

50<br />

40<br />

30<br />

20<br />

10<br />

0<br />

1,73<br />

98,27<br />

2,94<br />

97,06<br />

68,65<br />

31,35<br />

TU você VÓS vocês NÓS a gente<br />

TU 132 1,733649 VÓS 32 2,93578 NÓS 5974 68,65088<br />

você 7482 98,26635 vocês 1058 97,06422 a gente 2728 31,34912<br />

7614 1090 8702<br />

Esse levantamento só reafirma o que de certa forma já sabemos: as pressões lingüísticas<br />

conduziram ao desuso as formas “vós” e “tu” (ao menos em nossa região), mantendo em confronto<br />

o uso de formas como “nós” e “a gente”.<br />

Tendo em vista o que discorremos acerca <strong>da</strong> variação lingüística e dos <strong>da</strong>dos levantados, há<br />

que se entender que em nossa vasta bibliografia sobre a linguagem encontramos obras normativas e<br />

obras de referência. No caso de uma gramática, citemos, como exemplos, a “Gramática de usos de<br />

Português” (Neves, 2000) como uma obra de referência, bem como a “Gramática do Português<br />

contemporâneo” (Cunha, 1970) como uma obra de caráter normativo.<br />

Quando usar uma ou outra obra? Quando usar uma ou outra forma? Tudo depende <strong>da</strong><br />

situação, do con<strong>texto</strong>. O Manual de re<strong>da</strong>ção e estilo do “O Estado de S. Paulo” 2 , por exemplo,<br />

recomen<strong>da</strong> o uso de “a gente” ape<strong>nas</strong> em linguagem coloquial. Isso é o que parece acontecer na<br />

FSP, uma vez que tais formas aparecem, conforme exemplos, em discurso reportado. Em suma,<br />

cabe a você adequar seu uso, seja na convivência com os amigos, <strong>nas</strong> diretrizes de uma instituição<br />

ou nos conteúdos cobrados em um concurso público.<br />

Referências<br />

ACORDO ORTOGRÁFICO DA LÍNGUA ORTUGUESA. Disponível em:<br />

http://www.filologia.org.br/acordo_ortografico.pdf. Acesso em: nov/2008.<br />

ALKMIM, Tânia Maria. Língua portuguesa: Objeto de reflexão e de ensino. 2008. Disponível em:<br />

http://www.iel.unicamp.br/cefiel/cursos/cursos.php?codigo=8. Acesso em: nov/2008.<br />

CD-ROOM FOLHA 1997<br />

CUNHA, Celso. Gramática do Português contemporâneo. Belo Horizonte: Ed. Bernardo Alvares S/A, 1970.<br />

MARTINS, Eduardo (Org.). Manual de Re<strong>da</strong>ção e Estilo do “O Estado de São Paulo”. São Paulo: O Est.São<br />

Paulo, 1990.<br />

NEVES, Maria Helena de Moura Neves. Gramática de usos do Português. São Paulo: Ed. Unesp, 2000.<br />

2 A “Folha de São Paulo” também possui um “Novo Manual de re<strong>da</strong>ção/1996”, disponível on-line:<br />

http://www1.folha.uol.com.br/folha/circulo/manual_re<strong>da</strong>cao.htm.

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