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<strong>tema</strong> <strong>de</strong> <strong>capa</strong><br />
Alguns <strong>dos</strong> sintomas clínicos da<br />
doença são: <strong>de</strong>pressão, perda<br />
ou redução do apetite, se<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>masiada, micção excessiva<br />
e perda <strong>de</strong> peso. Os problemas<br />
começam com o crescimento<br />
<strong>dos</strong> cistos, que causam disfunção<br />
renal, levando, finalmente, à<br />
falência renal. O diagnóstico<br />
po<strong>de</strong> ser feito <strong>de</strong> uma maneira<br />
nada agressiva, por meio <strong>de</strong> ultrasonografia<br />
ou através <strong>de</strong> exames<br />
<strong>de</strong> DNA. Aos 10 meses <strong>de</strong> ida<strong>de</strong><br />
o exame anatómico chega a 98 %<br />
<strong>de</strong> precisão, quando realizado por<br />
veterinário experiente. Os exames<br />
<strong>de</strong> DNA são geralmente realiza<strong>dos</strong><br />
em gatos com 8 a 10 semanas, e<br />
têm 100% <strong>de</strong> confiabilida<strong>de</strong>, em<br />
qualquer ida<strong>de</strong>.<br />
Vírus da Leucose Felina (FeLV)<br />
Tal como o FIV, também o FeLV<br />
é imuno<strong>de</strong>pressivo, retirando<br />
ao sis<strong>tema</strong> imunitário, <strong>de</strong> forma<br />
gradual, a <strong>capa</strong>cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se<br />
<strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r contra as doenças ou<br />
infecções mais banais, po<strong>de</strong>ndo<br />
essas ser, muitas vezes, fatais.<br />
Para além <strong>de</strong> um maior risco na<br />
contracção <strong>de</strong> infecções várias,<br />
o FeLV está também associado<br />
ao <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> tumores<br />
ou leucemias mortais. Este vírus,<br />
que só po<strong>de</strong> ser transmitido entre<br />
gatos, transmite-se pela saliva,<br />
lágrimas, urina, fezes ou através do<br />
leite, na fase da amamentação.<br />
A <strong>de</strong>scoberta do vírus do FeLV<br />
é normalmente antecedida por<br />
sintomas como: perda ou falta <strong>de</strong><br />
apetite, anemia, diarreia, doença<br />
respiratória crónica, infecções<br />
crónicas da boca, abcessos<br />
persistentes e recorrentes. No<br />
entanto, cerca <strong>de</strong> 25 a 30% <strong>dos</strong><br />
gatos contagia<strong>dos</strong> rejeitam o<br />
vírus, evitando assim a infecção;<br />
aproximadamente 30% mantém<br />
uma concentração elevada do vírus no sangue,<br />
com o risco <strong>de</strong> contrair linfoma ou outra<br />
doença associada ao FeLV; os restantes 40%<br />
<strong>de</strong>senvolvem uma infecção que acaba por<br />
passar, mas tornam-se portador do vírus, que<br />
po<strong>de</strong>rá ser facilmente activado se o sis<strong>tema</strong><br />
imunitário estiver <strong>de</strong>bilitado ou exposto a<br />
outras doenças. Não existindo ainda qualquer<br />
cura, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>mos <strong>dos</strong> cuida<strong>dos</strong> paliativos<br />
e <strong>de</strong> alguns cuida<strong>dos</strong> básicos como a boa<br />
alimentação e alguns suplementos vitamínicos,<br />
evitar o contacto físico com outros animais, não<br />
partilhar comedouros, bebedouros, brinque<strong>dos</strong><br />
e caixas <strong>de</strong> areia/w.c. e manter-nos <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong><br />
casa. Em média, um portador <strong>de</strong>ste vírus vive<br />
dois anos, mas existem estu<strong>dos</strong> que apontam<br />
para uma taxa <strong>de</strong> sobrevivência <strong>de</strong> três anos e<br />
meio para cerca <strong>de</strong> 83% <strong>dos</strong> felinos.<br />
Entretanto, existe uma vacina contra o FeLV<br />
que o seu gato po<strong>de</strong> e <strong>de</strong>ve levar. Informe-se<br />
junto do Veterinário.<br />
Coriza - Sob esta <strong>de</strong>signação generalizada<br />
existem duas viroses responsáveis por sintomas<br />
idênticos, associa<strong>dos</strong> a patologia do sis<strong>tema</strong><br />
respiratório. A infecção por calicivírus ou por<br />
herpesvírus po<strong>de</strong> provocar lesões irreversíveis<br />
na mucosa respiratória com uma <strong>de</strong>sidratação<br />
generalizada intensa, po<strong>de</strong>ndo levar à morte<br />
<strong>dos</strong> pequenos gatinhos. Os gatos infecta<strong>dos</strong> já<br />
na ida<strong>de</strong> adulta tornam-se portadores crónicos<br />
<strong>de</strong>ste vírus.<br />
Panleucopénia - É uma doença viral provocada<br />
por um parvovírus que origina uma leucopénia<br />
muito importante (diminuição do número <strong>de</strong><br />
glóbulos brancos), bem como uma diarreia<br />
aguda. Po<strong>de</strong> levar à morte <strong>dos</strong> pequenos<br />
gatinhos e, na fêmea gestante po<strong>de</strong> provocar<br />
malformações irreversíveis nos fetos.<br />
Leucose - É uma das principais causas <strong>de</strong><br />
morte no gato. Esta doença, provocada por um<br />
retrovírus, po<strong>de</strong> estar relacionada com uma<br />
situação <strong>de</strong> anemia, aparecimento <strong>de</strong> tumores<br />
ou leucemia. Um <strong>de</strong>spiste sanguíneo prévio à<br />
vacinação é aconselhado para uma avaliação<br />
do estado do animal.<br />
<strong>tema</strong> <strong>de</strong> <strong>capa</strong><br />
Raiva - A doença é provocada por um rabdovírus<br />
e transmitida por mor<strong>de</strong>duras. A vacinação<br />
anti-rábica <strong>dos</strong> gatos, em Portugal, não é uma<br />
medida sanitária obrigatória.<br />
Clamidiose - Esta doença provocada por uma<br />
bactéria é caracterizada por conjuntivites<br />
severas e por vezes alterações pulmonares<br />
profundas. Em Portugal existem inúmeras<br />
estirpes <strong>de</strong>sta bactéria, tornando-se difícil a<br />
i<strong>de</strong>ntificação precisa do agente responsável<br />
pela doença.<br />
Toxoplasmose - É uma doença parasitária<br />
na qual o gato po<strong>de</strong> actuar como um <strong>dos</strong><br />
hospe<strong>de</strong>iros do parasita (assim como o porco<br />
e a ovelha). Os últimos estu<strong>dos</strong> científicos<br />
<strong>de</strong>monstram que, respeitando as seguintes<br />
regras, o risco <strong>de</strong> transmissão do gato ao<br />
homem é nulo:<br />
>Não alimentar o seu gato com carne crua ou<br />
mal cozinhada;<br />
>Eliminar, diariamente, as matérias fecais do<br />
caixote <strong>de</strong> areia/W.C.;<br />
>Jardinar sempre com luvas calçadas;<br />
>Ferver a água não potável sempre antes da<br />
sua utilização;<br />
>Desparasitar regularmente o seu animal.<br />
Raças mais conhecidas<br />
Persa - Até mea<strong>dos</strong> do século XVI não se<br />
conhecia a existência <strong>de</strong> gatos <strong>de</strong> pêlo comprido<br />
na Europa. Os primeiros antepassa<strong>dos</strong> do Persa<br />
foram importa<strong>dos</strong> da Pérsia (actualmente Irão)<br />
para Itália no século XVII, por Pietro Della Valle.<br />
Mais tar<strong>de</strong>, Nicolas Fabri <strong>de</strong> Peiresec trouxe<br />
para França gatos da Turquia, provavelmente<br />
do tipo Angorá. Na primeira meta<strong>de</strong> do<br />
século XIX, alguns gatos Persas cri<strong>dos</strong> em<br />
Itália e introduzi<strong>dos</strong> em França e Inglaterra<br />
foram cruza<strong>dos</strong> com Persas <strong>de</strong> origem turca.<br />
Realizaram-se cruzamentos com gatos Angorá<br />
para o apuramento da pelagem. Além disso,<br />
realizou-se um trabalho sistemático para<br />
aumentar a gama <strong>de</strong> cores e padrões, do qual<br />
resultaram as actuais mais <strong>de</strong> 20 varieda<strong>de</strong>s.<br />
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