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ARTIGO TÉCNICO 05 (Travamento de Válvulas) - ERMAer

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ERMAER – Empresa Revisora <strong>de</strong> Motores Aeronáuticos<br />

Artigo Técnico Nº 0<strong>05</strong><br />

TRAVAMENTO DE VÁLVULAS<br />

Se o seu motor está apresentando funcionamento irregular após a primeira partida do dia, talvez possa ser um<br />

aviso prévio <strong>de</strong> travamento <strong>de</strong> válvula. Falta <strong>de</strong> atenção e <strong>de</strong> correção <strong>de</strong>ste problema, po<strong>de</strong>rá lhe custar uma abertura do<br />

motor antecipada, ou até mesmo resultar em uma falha grave do motor e um pouso forçado. Aqui estão os <strong>de</strong>talhes das<br />

causas <strong>de</strong> válvula presa, e o que se po<strong>de</strong> fazer sobre isso.<br />

Cada cilindro <strong>de</strong> um motor convencional <strong>de</strong> aeronave possui duas válvulas – admissão e escapamento – que<br />

abrem e fecham, <strong>de</strong>slizando para <strong>de</strong>ntro e para fora através <strong>de</strong> uma guia <strong>de</strong> válvula com uma pequena folga. Uma válvula<br />

presa não <strong>de</strong>sliza com facilida<strong>de</strong> na guia. Uma válvula presa po<strong>de</strong> se recusar a abrir, ou uma vez aberta, po<strong>de</strong> se recusar a<br />

fechar. Essa situação é muito grave.<br />

<strong>Travamento</strong>s <strong>de</strong> válvulas são geralmente causados por acúmulos <strong>de</strong> <strong>de</strong>pósitos e/ou corrosão na haste das<br />

válvulas. Devido à folga entre a haste e a guia ser <strong>de</strong> pequena dimensão, não é preciso muito acúmulo na haste para que a<br />

válvula <strong>de</strong>ixe <strong>de</strong> operar livremente na guia.<br />

“A doença da manhã”<br />

A folga entre a haste da válvula e a guia <strong>de</strong> válvula é mínima quando o motor está frio, conseqüentemente, o<br />

primeiro sinal <strong>de</strong> travamento <strong>de</strong> válvula geralmente ocorre quando o motor é acionado, e é freqüentemente i<strong>de</strong>ntificado<br />

por uma vibração intermitente, ou falha na rotação do motor. A isso chamamos <strong>de</strong> “doença da manhã”.<br />

A doença da manhã é um alerta que <strong>de</strong>ve ser atendido imediatamente. <strong>Válvulas</strong> presas nunca melhoram por si<br />

próprias, geralmente pioram rapidamente. Voar em um avião cujo motor exibe sintomas <strong>de</strong> “doença da manhã” aumenta o<br />

risco <strong>de</strong> danos graves ao motor, e uma eventual falha geral do motor.<br />

Sendo assim a aeronave <strong>de</strong>ve ser mantida no solo para manutenção logo ao primeiro sinal <strong>de</strong> válvula presa.<br />

O que provoca válvula presa?<br />

O travamento <strong>de</strong> válvula é influenciado tanto pelo projeto do motor quanto pelas condições ambientais em que o<br />

motor é operado. Motor Lycoming tem mais problemas <strong>de</strong> válvula presa do que o motor Continental. Motores com<br />

superaquecimento causam mais travamento <strong>de</strong> válvula do que motores com refrigeração normal. As válvulas são mais<br />

propícias a travar em dias quentes no verão do que em dias frios no inverno. O uso <strong>de</strong> combustível com excesso <strong>de</strong><br />

chumbo, técnicas ina<strong>de</strong>quadas <strong>de</strong> correção <strong>de</strong> mistura e a não troca <strong>de</strong> óleo regularmente po<strong>de</strong>m causar o travamento <strong>de</strong><br />

válvula.<br />

O calor é a causa primária do travamento <strong>de</strong> válvula. Alta temperatura na guia da válvula <strong>de</strong> escapamento oxida<br />

o óleo, formando <strong>de</strong>pósitos <strong>de</strong> carbono na guia da válvula, esse <strong>de</strong>pósito causa o travamento da válvula.<br />

O motivo mais freqüente para temperaturas elevadas na válvula é o vazamento pelas válvulas. Todos os gases da<br />

combustão <strong>de</strong>vem passar ao redor da face da válvula e sair pelo tubo <strong>de</strong> escapamento. A larga superfície <strong>de</strong> absorção <strong>de</strong><br />

calor na face da válvula <strong>de</strong> escapamento <strong>de</strong>ve conduzir o calor através <strong>de</strong>sta superfície. Uma válvula que não está<br />

contatando com a se<strong>de</strong> a<strong>de</strong>quadamente (isto é, está vazando), não po<strong>de</strong> conduzir gran<strong>de</strong> quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> calor para o<br />

cabeçote do cilindro como uma válvula que está bem assentada.<br />

<strong>Travamento</strong> em motores Lycoming<br />

As hastes das válvulas nos motores Lycoming operam com temperaturas mais elevadas do que nos motores<br />

Continental. Motores Continental utilizam válvulas <strong>de</strong> haste sólidas, enquanto que os motores Lycoming utilizam sódio<br />

na refrigeração das válvulas <strong>de</strong> escape, suas hastes são ocas e preenchidas com sódio. O sódio das válvulas nos motores<br />

Lycoming fun<strong>de</strong> a 97,5°C e conduz o calor da cabeça da válvula para a haste, o qual é conduzido através da guia <strong>de</strong><br />

válvula para o cabeçote. A haste da válvula Lycoming, opera normalmente a 100°C mais quente do que a haste da válvula<br />

continental. As altas temperaturas nas hastes das válvulas Lycoming tornam mais prováveis o travamento <strong>de</strong> válvulas.<br />

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ERMAER – Empresa Revisora <strong>de</strong> Motores Aeronáuticos<br />

Artigo Técnico Nº 0<strong>05</strong><br />

A maior parte do calor conduzido através da cabeça da válvula <strong>de</strong> escape Lycoming sai através da haste da<br />

válvula no cabeçote. Além disso, o furo da guia Lycoming permite que 5% da guia se estenda após o final do furo, e<br />

projete-se para o bocal <strong>de</strong> escape. Uma saliência na guia absorve o calor do fluxo dos gases <strong>de</strong> escape. Por causa das altas<br />

temperaturas e <strong>de</strong>pósitos <strong>de</strong> combustão na haste da válvula<br />

<strong>de</strong> escapamento, esta área da guia ficam alargadas ou<br />

cônicas em forma <strong>de</strong> “boca <strong>de</strong> sino”. Isso aumenta a folga<br />

entre a guia e a haste e permite que os produtos da<br />

combustão e o calor saiam através da haste da válvula. Estes<br />

produtos da combustão criam <strong>de</strong>pósitos <strong>de</strong> chumbo e ácidos<br />

que aumentam o risco <strong>de</strong> corrosão.<br />

<strong>Válvulas</strong> Lycoming po<strong>de</strong>m travar por acúmulo <strong>de</strong><br />

corrosão na haste da válvula. A corrosão aumenta o<br />

diâmetro da válvula, reduzindo a folga entre a haste da<br />

válvula e a guia. As altas temperaturas nas hastes,<br />

combinado com um projeto que permite produtos <strong>de</strong><br />

combustão no furo da guia, cria um ambiente corrosivo que<br />

raramente é visto em motores Continental.<br />

Motores Lycoming TIO-541 instalados no<br />

Beechcraft Duke usam um óleo <strong>de</strong> arrefecimento na guia <strong>de</strong><br />

escape. O óleo <strong>de</strong> arrefecimento circula entre a guia <strong>de</strong><br />

escape e o recesso da guia. Se esta ranhura entope com óleo<br />

oxidado e fecha , a guia <strong>de</strong> escape e a válvula superaquecem e travam. Se você tem válvula presa nesse motor, assegurese<br />

<strong>de</strong> verificar a passagem <strong>de</strong> óleo usando sopro <strong>de</strong> ar comprimido na conexão <strong>de</strong> óleo do cabeçote.<br />

O projeto do motor Continental é mais resistente quanto ao travamento <strong>de</strong> válvula. Gran<strong>de</strong>s motores Continental<br />

raramente travam válvulas. Nós temos visto uma tendência <strong>de</strong> travamento <strong>de</strong> válvulas <strong>de</strong> admissão nos motores<br />

continental das series O-200 e O-300. A válvula <strong>de</strong> admissão presa interrompe todo processo do sistema <strong>de</strong> admissão. O<br />

resultado é a perda <strong>de</strong> potencia e um pouso forçado.<br />

Ambiente operacional <strong>de</strong> motores<br />

As influências ambientais que causam travamento <strong>de</strong> válvulas são: Altas temperaturas, óleo sujo, combustível<br />

com alto teor <strong>de</strong> chumbo, <strong>de</strong>sligamento do motor aquecido e <strong>de</strong>ficiência <strong>de</strong> refrigeração. Regimes <strong>de</strong> mistura impróprios<br />

também po<strong>de</strong> ser uma causa: um motor que funciona excessivamente rico irá construir carbono, chumbo e outros<br />

<strong>de</strong>pósitos relacionados à combustão nas hastes das válvulas <strong>de</strong><br />

escapamento mais rapidamente. Por outro lado um que opera<br />

excessivamente pobre durante regimes <strong>de</strong> alta potencia po<strong>de</strong>rá<br />

experimentar altas temperaturas, e isto contribui para o<br />

travamento <strong>de</strong> válvulas.<br />

As oficinas <strong>de</strong> revisão em motores não po<strong>de</strong>m fazer<br />

muito para evitar o travamento das válvulas. Eles não po<strong>de</strong>m<br />

mudar a engenharia do motor nem tão pouco controlar o<br />

ambiente operacional. Sobre tudo o que se po<strong>de</strong> fazer é usar<br />

peças corretas (válvulas, guias, se<strong>de</strong>s, rotocoils, etc), e ajustar as<br />

dimensões cuidadosamente controlando o acabamento da<br />

superfície da guia com usinagem a<strong>de</strong>quada.<br />

Sua oficina <strong>de</strong> manutenção po<strong>de</strong> influenciar o ambiente<br />

operacional, inspecionando o motor regularmente (através <strong>de</strong><br />

verificações <strong>de</strong> compressão, análise <strong>de</strong> óleo, filtro <strong>de</strong> inspeção, etc), assegurando que os <strong>de</strong>fletores <strong>de</strong> refrigeração<br />

estejam em boas condições, a calagem dos magnetos correta e pela troca freqüente do óleo do motor.<br />

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ERMAER – Empresa Revisora <strong>de</strong> Motores Aeronáuticos<br />

Artigo Técnico Nº 0<strong>05</strong><br />

O que acontece quando uma válvula trava?<br />

Quando um motor tem válvula presa, uma <strong>de</strong>stas cinco coisas po<strong>de</strong> acontecer, cada uma <strong>de</strong>las é uma má notícia:<br />

1. As varetas empenam.<br />

2. A superfície do comando ou o tucho danificam-se.<br />

3. A válvula abre mais não fecha.<br />

4. O apoio do balancim quebra.<br />

5. A capa rotativa cai da ponta da haste da válvula (somente motores Lycoming).<br />

Uma válvula que trava fechada, muitas vezes resulta em sérios e onerosos danos ao motor. Cada vez que o<br />

mecanismo <strong>de</strong> acionamento das válvulas tenta acionar esta válvula presa ocorre o risco <strong>de</strong> danificar muito o motor. Com o<br />

travamento <strong>de</strong> válvula, a válvula não ten<strong>de</strong> a se mover. Uma gran<strong>de</strong> força é <strong>de</strong>senvolvida através do mecanismo, que tenta<br />

forçar a abertura da válvula. O eixo <strong>de</strong> comando e o tucho são os componentes mais críticos do motor, mesmo em<br />

condições normais, e a carga adicional provocada por um travamento <strong>de</strong> válvula, po<strong>de</strong> resultar em uma falha catastrófica<br />

do eixo do balancim, varetas, tucho e ressalto do comando.<br />

Um ressalto do eixo <strong>de</strong> comando danificado requer a <strong>de</strong>smontagem completa do motor. O mesmo é verda<strong>de</strong>iro<br />

para um tucho danificado se ele for do tipo cabeça <strong>de</strong> cogumelo utilizada em alguns motores Lycoming.<br />

Algumas vezes, a válvula <strong>de</strong> escapamento que trava fechada po<strong>de</strong> causar o empeno da vareta <strong>de</strong> admissão, ou<br />

quebra do apoio do balancim <strong>de</strong> admissão. Como isso po<strong>de</strong> acontecer? Se a válvula <strong>de</strong> escapamento trava fechada os<br />

gases <strong>de</strong> escapamento não irão sair do cilindro. A pressão dos gases <strong>de</strong>ntro do cilindro impe<strong>de</strong> que a válvula <strong>de</strong> admissão<br />

se abra. Se isso acontecer alguma coisa tem que ser feita, pois neste caso, ou a vareta empena, ou o eixo <strong>de</strong> apoio do<br />

balancim se quebra.<br />

Você po<strong>de</strong> pensar que se uma válvula trava aberta, a situação seria menos grave, mais isso não acontece<br />

necessariamente assim. Se for uma válvula <strong>de</strong> admissão você per<strong>de</strong> a potencia e terá que fazer um pouso forçado. E se for<br />

uma válvula <strong>de</strong> escapamento você não terá a menor compressão no seu cilindro.<br />

Em ambos os casos, se a mola <strong>de</strong> válvula não consegue fechar a válvula, todo mecanismo <strong>de</strong> acionamento das<br />

válvulas, (tucho, vareta e balancins) ficará sem carga. A ponta da vareta que se apóia no tucho, po<strong>de</strong> sair do seu apoio e<br />

sair do centro. Se a esfera da vareta se posicionar <strong>de</strong> volta ao eixo <strong>de</strong> ressaltos ela po<strong>de</strong>rá ser apertada contra o cárter<br />

normalmente causando sérios danos.<br />

Em motores Lycoming, a capa rotativa da válvula é mantida na haste da válvula <strong>de</strong> escape pelo balancim. Se a<br />

válvula travar aberta, o balancim po<strong>de</strong> mover sem atuação uma distância suficiente para permitir a queda da capa rotativa<br />

na ponta da haste da válvula. Quando isso acontece, não é só o claro <strong>de</strong> válvulas que se torna excessivo, mas também o<br />

apoio do balancim que passa a contatar o prato <strong>de</strong> retenção da mola. A capa rotativa é <strong>de</strong>masiado gran<strong>de</strong> para cair abaixo<br />

dos envelopes. Ela ficará <strong>de</strong>ntro da caixa dos balancins até que você retire a tampa dos balancins, e então ela cairá<br />

<strong>de</strong>spercebidamente no chão do hangar. Se você notar a falta <strong>de</strong> uma capa rotativa, é provável que a válvula <strong>de</strong><br />

escapamento travou em algum momento. Procure na caixa <strong>de</strong> balancins ou no chão que você irá encontrar a capa.<br />

Danos no motor nem sempre ocorrem quando a válvula trava, mas quanto mais tempo o motor funcionar nessa<br />

condição, maiores são as chances <strong>de</strong> que algum dano ocorra.<br />

Ação corretiva<br />

Reparar uma válvula presa po<strong>de</strong> ser feito sem retirar o cilindro do motor. O procedimento é <strong>de</strong>scrito na SI<br />

Lycoming 1425 e consiste em <strong>de</strong>slocar a válvula para a câmara <strong>de</strong> combustão, usinar a guia, e reinstalar a válvula.<br />

Outro método consiste em amarrar um fio <strong>de</strong>ntal na ponta da válvula <strong>de</strong> escape e <strong>de</strong>slocá-la para <strong>de</strong>ntro do cilindro. Usine<br />

a guia e puxe a válvula <strong>de</strong> volta para a guia.<br />

Se for necessário remover o cilindro, nós recomendamos que você inspecione as condições do comando e dos tuchos.<br />

Você po<strong>de</strong> observar as condições ambientais que o motor opera. Preste atenção especialmente para os intervalos <strong>de</strong> troca<br />

<strong>de</strong> óleo, condições dos <strong>de</strong>fletores e técnicas operacionais.<br />

O procedimento <strong>de</strong>scrito na SI Lycoming 1425 e <strong>de</strong>scrito aqui também po<strong>de</strong> ser usado em motores Continental.<br />

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Artigo Técnico Nº 0<strong>05</strong><br />

Não use aditivos ou outros solventes para <strong>de</strong>stravar uma válvula. Os solventes po<strong>de</strong>m <strong>de</strong>stravar a válvula<br />

temporariamente, mas não <strong>de</strong>finitivamente. Eventualmente, uma válvula po<strong>de</strong> <strong>de</strong>stravar, mas não antes <strong>de</strong> seu ressalto do<br />

comando ter sido danificado.<br />

Tratamentos com solvente dissolvem as camadas externas <strong>de</strong> <strong>de</strong>pósito na guia e, temporariamente, <strong>de</strong>stravam a<br />

válvula. Os <strong>de</strong>pósitos restantes empurrar a válvula sobre o lado oposto da guia e causam um rápido <strong>de</strong>sgaste irregular. A<br />

haste da válvula po<strong>de</strong> travar ou ela po<strong>de</strong> causar um rápido <strong>de</strong>sgaste na guia, quando a haste é forçada contra o material da<br />

guia no lado oposto ao acúmulo <strong>de</strong> <strong>de</strong>pósitos.<br />

Fonte: Artigo <strong>de</strong> John Schwaner - <strong>05</strong> <strong>de</strong> fevereiro <strong>de</strong> 1996.<br />

Bons vôos!!<br />

Erci D. Roberto – RPQS da <strong>ERMAer</strong><br />

É proibida a divulgação <strong>de</strong>ste Artigo Técnico sem a menção da sua origem. Veja outros artigos em nosso site<br />

www.ermaer.com.br<br />

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