LivroQUARTZO ED.pdf - Ubi Thesis - Conhecimento Online
LivroQUARTZO ED.pdf - Ubi Thesis - Conhecimento Online
LivroQUARTZO ED.pdf - Ubi Thesis - Conhecimento Online
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
A arquitectura cisterciense, do ponto de vista estilístico apresenta certas<br />
influências ora regionais, ora ecléticas, provenientes de diversos meios<br />
e aceites pelos monges quando ainda não existia nenhuma doutrina que versasse<br />
o tema.<br />
Num primeiro momento, o Românico e depois o Gótico (Fig.16),<br />
ajustados a esta austeridade apresentam-se como resposta às exigências dos<br />
Cistercienses traduzindo perfeitamente a espiritualidade da Ordem. Devese<br />
salientar assim a importância da Ordem de Cister não só na proliferação<br />
do Românico mas também na introdução do Gótico em Portugal através do<br />
Mosteiro de Santa Maria de Alcobaça cuja fundação, em 1153, está igualmente<br />
associada à fundação da nacionalidade e à figura marcante de D.<br />
Afonso Henriques como foi referido anteriormente.<br />
Deste modo é de ressalvar a importância do espírito cisterciense em<br />
ambos os estilos arquitectónicos “(…) quando o Gótico chega a Portugal<br />
chega por via cisterciense. Despojado e frio, claro e plano, luminoso e<br />
‘branco’. Resta saber, aliás se a própria arquitectura portuguesa, de<br />
outros séculos vindouros não deve muito ou quase tudo a esta estética cisterciense<br />
que teimosamente perdurou.” (Pereira, 2000: 155). Salienta-se<br />
assim a importância da Arquitectura cisterciense na história de Portugal<br />
como refere também Alberto Estima: “(…)os edifícios que melhor expressam<br />
a vocação religiosa dos seus autores são anteriores ao século XX e<br />
reportam às obras dos monges construtores, os cistercienses. A importância<br />
que atribuíam ao edifício religioso fica expresso, não só no estudo<br />
exaustivo do projecto como no grau de perfeccionismo com que o edificavam.<br />
A Abadia de Alcobaça é provavelmente o seu paradigma maior”<br />
(Estima, 2006-7: 156).<br />
25