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Março /2011
Processo de Beatificação de Ginetta
Calliari está em andamento
Os trabalhos relacionados ao Processo de Beatificação
e Ginetta Calliari encontram-se na fase diocesana. O
ribunal já ouviu o depoimento de 64 testemunhas no
rasil e 10 na Itália. As duas comissões, teológica e
istórica, nomeadas pelo bispo diocesano de Osasco, dom
rcílio Turco, estão trabalhando nos escritos de Ginetta.
té agora, já foram registrados os relatos de 260 graças
ecebidas por intercessão da Serva de Deus. O seu túmulo,
a Mariápolis que leva seu nome, em Vargem Grande
aulista (Diocese de Osasco), é meta de contínuas visitas.
Logo em seguida de sua morte, em 2001, Ginetta foi
omenageada em vários níveis: sessão solene na Câmara
os Deputados em Brasília, nas Assembléias Legislativas
e 11 Estados brasileiros e nas Câmaras de Vereadores de
árias cidades. Recebeu o título de Cidadã Paulistana "in
emoriam" e o seu nome foi dado a um viaduto na
odovia Castello Branco, na entrada de Osasco, a uma
anificadora em Santa Rosa de Viterbo (SP), a uma rua
m Sorocaba e a um Pólo Industrial, da EdC ("Economia
e Comunhão"), em Recife.
Este ano, por ocasião dos 10 anos de sua morte, a
idade de Vargem Grande colocou-a entre as 10 mulheres
omenageadas no contexto do Dia Internacional da
ulher (8 de março). Em vários estados do Brasil, serão
elebradas missas na intenção do bom andamento do seu
rocesso de Beatificação.
A Editora Cidade Nova publicará, neste mês de março
inda, um livro com uma autobiografia de Ginetta, com o
ítulo "Ginetta. Fatos que ainda não contei".
Quem Quem é é Ginetta?
Ginetta?
Ginetta Calliari nasceu em Trento, norte da Itália.
Amava a arte, a música, a filosofia. Um grande anseio de
liberdade a acompanhava desde a infância e, com ele,
uma profunda sede de justiça. Aos 26 anos, entre ruínas,
escombros e mortes, durante a 2ª Guerra Mundial,
conheceu Chiara Lubich. Vivenciando esse quadro de
destruição no qual tudo desmoronava e se tornava
passageiro, Chiara perguntou a Ginetta: "Também você
quer escolher Deus, o único Ideal que não passa?". A sua
adesão foi imediata e total e o Testamento de Jesus - "Que
todos sejam um" - tornou-se o objetivo de suas vidas.
Enraizado nos valores do Evangelho, surge, assim, o
Movimento dos Focolares, trazendo consigo uma nova
forma de relacionamento que elimina as diferenças e
barreiras entre as pessoas e os povos e atua concretamente
para que o mundo se torne uma única família, na
comunhão das diversidades e na defesa dos valores
universais e da dignidade do ser humano.
O Movimento se difunde amplamente e logo
estabelece, nas várias nações do mundo, um profícuo
diálogo que envolve hoje cristãos de várias igrejas, mais
de 300 confissões religiosas, fiéis de outras religiões e
pessoas de boa vontade que desejam colaborar para a
edificação de uma sociedade mais justa e fraterna. Em
novembro de 1959, Ginetta chega ao Brasil, o primeiro
país, além das fronteiras européias, que acolhia o Ideal da
Unidade.
Depois de ter colocado as raízes do Movimento dos
Focolares no Nordeste, Ginetta se desloca para São Paulo:
a grande metrópole, de contrastes violentos e abismos
aparentemente intransponíveis, representava um novo
desafio. A região paulistana que acolhe o primeiro focolare,
aberto em 1964, é particularmente difícil. A precariedade
econômica e dificuldades de toda espécie se fazem sentir.
Mas justamente essas dificuldades se tornam o incentivo
para Ginetta, que prossegue com a tenacidade, a
radicalidade e a coragem que a caracterizam, a fim de
atingir o escopo que se havia proposto: levar a Unidade e
fazer desmoronar as barreiras entre ricos e pobres, entre
adultos e jovens, entre pessoas de convicções ou partidos
diferentes...
O trabalho de Ginetta, nos 42 anos de permanência
no Brasil, foi realizado sem trégua. Muitos projetos sociais
contaram com o protagonismo de Ginetta. Estabelecida
em Vargem Grande Paulista, dali, durante cerca de trinta
15
anos, acompanhou pessoalmente a fundação de outros
centros de irradiação do Movimento dos Focolares no
Brasil: em Brasília, Manaus, Porto Alegre, Rio de Janeiro,
Maceió, São Luís e, passo a passo, o desenvolvimento da
Mariápolis Araceli (hoje Mariápolis Ginetta em sua
homenagem), sede nacional dos Focolares.
Acompanhou com a sua participação concreta e
estímulo todas as iniciativas, esteve na linha de frente na
atuação da Economia de Comunhão e, com o seu impulso,
nasceu e se desenvolveu o Pólo Empresarial Spartaco.
Foi uma grande incentivadora da propagação do Ideal da
Unidade através dos meios de comunicação e, sobretudo,
almejava que esse permeasse o cenário político brasileiro,
através da consolidação do Movimento da Unidade,
aspecto de uma das ramificações do Movimento dos
Focolares. De fato, a homenagem prestada a Ginetta na
Câmara dos Deputados, em Brasília, no dia 25 de abril de
2001, ano de seu falecimento, com depoimentos de vários
parlamentares sobre a sua vida e obra, demonstra o albor
de uma realização deste seu sonho.
Ginetta, como afirmou Chiara Lubich, foi um "gigante
do espírito", que encarnou o Ideal da Unidade de forma
genuína, correta, autêntica, perfeita e inflexível, na
fidelidade mais plena. Daqui deriva a autenticidade da
sua vida, o segredo, o milagre, o aspecto concreto e
completo das suas obras. Por isso é reconhecida, por
unanimidade, como co-fundadora do Movimento dos
Focolares, em uma significativa parte do mundo: o Brasil.
Leia o artigo completo "Ginetta Calliari uma mulher
realizada", de autoria de Sandra Ferreira Ribeiro,
focolarina, teóloga e vice-postuladora da causa de
beatificação de Ginetta, na seção de Artigos, no site
www.arquidiocesesorocaba.org.br
Colaboração: Sandra Ferreira Ribeiro