Gestão de Cães e Gatos Errantes na Área da Grande Lisboa.pdf
Gestão de Cães e Gatos Errantes na Área da Grande Lisboa.pdf
Gestão de Cães e Gatos Errantes na Área da Grande Lisboa.pdf
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
A esterilização também <strong>de</strong>monstra eficácia <strong>na</strong> redução <strong>de</strong> alguns comportamentos<br />
in<strong>de</strong>sejáveis, como marcações com uri<strong>na</strong> em casa, comportamentos <strong>de</strong> “monta” e fugas<br />
para a via pública (Selby et al., 1979).<br />
Só pessoas informa<strong>da</strong>s po<strong>de</strong>m tomar <strong>de</strong>cisões acerta<strong>da</strong>s.<br />
A aquisição pon<strong>de</strong>ra<strong>da</strong> e a <strong>de</strong>tenção responsável são essenciais.<br />
2.5- Controlo <strong>de</strong> Animais <strong>Errantes</strong><br />
Como parte integrante <strong>da</strong> estratégia <strong>de</strong> controlo <strong>da</strong> raiva, endémica em Portugal <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o<br />
fi<strong>na</strong>l do século XIX, preconizou-se a captura <strong>de</strong> cães e gatos errantes, bem como o seu<br />
alojamento em canis e gatis municipais, respetivamente.<br />
O DL 317/85 <strong>de</strong> 2 <strong>de</strong> agosto previa que as câmaras municipais <strong>de</strong>veriam promover a<br />
captura dos animais que se encontrassem em quaisquer lugares públicos, responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
que se mantém até aos dias <strong>de</strong> hoje.<br />
De facto, “… compete às câmaras municipais, atuando <strong>de</strong>ntro <strong>da</strong>s suas atribuições nos<br />
domínios <strong>da</strong> <strong>de</strong>fesa <strong>da</strong> SP e do meio ambiente, proce<strong>de</strong>r à captura dos cães e gatos vadios<br />
ou errantes, encontrados em quaisquer lugares públicos …, fazendo-os recolher ao canil ou<br />
gatil municipal” (DL 314/2003). Esta competência é novamente mencio<strong>na</strong><strong>da</strong> no artigo 19º do<br />
DL 315/2003 que refere que “… compete às câmaras municipais a recolha, captura e o<br />
abate compulsivo <strong>de</strong> animais <strong>de</strong> companhia, sempre que seja indispensável, muito em<br />
especial por razões <strong>de</strong> SP, <strong>de</strong> segurança e <strong>de</strong> tranquili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> pessoas e outros animais, e,<br />
ain<strong>da</strong>, <strong>de</strong> segurança <strong>de</strong> bens …”. A obrigatorie<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> instalação <strong>de</strong> canis e gatis<br />
municipais em Portugal manteve-se em vigor até ao fi<strong>na</strong>l do ano <strong>de</strong> 2001, altura em que,<br />
com a publicação do DL 276/2001, se refere pela primeira vez a CRO, como sendo<br />
“qualquer alojamento oficial on<strong>de</strong> um animal é hospe<strong>da</strong>do por um período <strong>de</strong>termi<strong>na</strong>do pela<br />
autori<strong>da</strong><strong>de</strong> competente, nomea<strong>da</strong>mente os canis e gatis municipais”.<br />
A instalação e manutenção dos CRO, em particular canis e gatis, compete também às<br />
câmaras municipais que “… <strong>de</strong> forma isola<strong>da</strong> ou em associação com outros municípios, são<br />
obriga<strong>da</strong>s a possuir e manter instalações <strong>de</strong>sti<strong>na</strong><strong>da</strong>s a canis e gatis, … ”.<br />
Todos os CRO têm uma fi<strong>na</strong>li<strong>da</strong><strong>de</strong> específica, contudo não existe um CRO único, <strong>na</strong> medi<strong>da</strong><br />
em que ca<strong>da</strong> município tem diferentes reali<strong>da</strong><strong>de</strong>s. A estrutura <strong>de</strong>ve ser edifica<strong>da</strong> e projeta<strong>da</strong><br />
<strong>de</strong> forma a a<strong>da</strong>ptar-se à situação <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> concelho e cumprir os requisitos previstos <strong>na</strong> lei,<br />
nomea<strong>da</strong>mente no que diz respeito a cumprir <strong>de</strong>termi<strong>na</strong><strong>da</strong>s recomen<strong>da</strong>ções gerais,<br />
obrigações legais sanitárias e obrigações legais <strong>de</strong> BEA (DGAV, 2010).<br />
- 17 -