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1 O baixo elétrico no Pagode - Performa - Universidade de Aveiro

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<strong>Performa</strong> ’11 – Encontros <strong>de</strong> Investigação em <strong>Performa</strong>nce<br />

<strong>Universida<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Aveiro</strong>, Maio <strong>de</strong> 2011<br />

utilização <strong>de</strong> síncopas e ghost <strong>no</strong>tes 4 , e prevalência da fundamental e quinta<br />

do(s) acor<strong>de</strong>(s).<br />

Exemplo 1<br />

Progressivamente, o <strong>baixo</strong> <strong>elétrico</strong> passou a ser utilizado nas gravações do<br />

grupo e <strong>de</strong> outros intérpretes do <strong>Pago<strong>de</strong></strong>. As características supracitadas<br />

mantinham-se inalteradas, a grosso modo.<br />

Outrossim, a expansão do gênero para além das fronteiras do subúrbio carioca<br />

e do Rio <strong>de</strong> Janeiro, auxiliada pela exposição do pago<strong>de</strong> na gran<strong>de</strong> mídia e<br />

pelos investimentos crescentes das gravadoras estimulados pelas gran<strong>de</strong>s<br />

vendagens, conduzia a um <strong>de</strong>sgaste próximo do pago<strong>de</strong>, como <strong>no</strong>ta Pereira<br />

“esse sucesso fo<strong>no</strong>gráfico rápido e, num certo sentido, fácil do samba <strong>de</strong><br />

pago<strong>de</strong> daria conta do seu <strong>de</strong>sgaste lá por volta <strong>de</strong> 1988, quando já se<br />

visualizava o começo do fim do movimento <strong>de</strong> pago<strong>de</strong>“ (Pereira 2003: 87).<br />

O “<strong>no</strong>vo” pago<strong>de</strong> dos a<strong>no</strong>s 1990 e o Grupo Fundo <strong>de</strong> Quintal<br />

Influenciados pelos pioneiros dos fundos <strong>de</strong> quintais e visando aten<strong>de</strong>r a<br />

<strong>de</strong>manda do mercado fo<strong>no</strong>gráfico e da mídia televisiva um <strong>no</strong>vo ciclo do<br />

pago<strong>de</strong> emerge <strong>no</strong>s a<strong>no</strong>s 1990.<br />

Com letras mais românticas e harmonia mais simplificada, outras<br />

características diferenciam este “<strong>no</strong>vo” pago<strong>de</strong> daquele que surgiu <strong>no</strong> início<br />

dos a<strong>no</strong>s 1980, entre elas a hibridização com outros gêneros nacionais<br />

(“baião”, “afoxé”, etc.) e estrangeiros (rock, funk, etc.). Esta hibridização podia<br />

acontecer através da citação <strong>de</strong> temas ou <strong>de</strong> frases musicais <strong>de</strong> sucesso <strong>de</strong><br />

outros gêneros, da utilização <strong>de</strong> instrumentação não característica do <strong>Pago<strong>de</strong></strong><br />

(instrumentos eletrônicos, metais, etc.), ou pela apropriação <strong>de</strong> padrões<br />

característicos <strong>de</strong> outros gêneros.<br />

4 Técnica utilizada <strong>no</strong> <strong>baixo</strong> <strong>elétrico</strong> on<strong>de</strong>, através do abafamento da corda com a mão esquerda, é<br />

possível conseguir um som percussivo na(s) <strong>no</strong>ta(s) tocada(s).<br />

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