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Um resumo <strong>do</strong> resuminho <strong>do</strong> resumo<br />
(Sinopse)<br />
Após se depararem com uma tarde sem<br />
energia elétrica, <strong>do</strong>is meninos <strong>tem</strong> apenas uma<br />
saída: embarcar em aventuras onde se<br />
transformam em cavaleiros, dragões e outros<br />
seres mitológicos, naufragam em um navio pirata<br />
e enfrentam objetos que ganham vidas. Durante o<br />
mergulho na imaginação, os garotos descobrem o<br />
valor da amizade e o poder da criatividade.<br />
Porém menino sonha de mais<br />
Menino sonha com coisas<br />
Que a gente cresce e não vê jamais<br />
Nelson Rufino<br />
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O pouco é infinito<br />
(Release)<br />
A imaginação infantil é o ponto de partida da dramaturgia de<br />
“<strong>Quem</strong> <strong>tem</strong> <strong>me<strong>do</strong></strong> <strong>do</strong> <strong>escuro</strong>?”; é para ela e por ela que montamos o<br />
espetáculo. Assim, decidimos alimentar a platéia com um ingrediente<br />
especial: a fantasia. A to<strong>do</strong> instante o invisível é transforma<strong>do</strong> em visível,<br />
na mesma medida que a platéia embarca na construção de ambientes<br />
diversos. Estes nem sempre estão concretiza<strong>do</strong>s fisicamente sobre o<br />
palco, e nem por isso deixam de existir.<br />
Essa é a interação que criamos e buscamos a cada apresentação.<br />
Não nos resumimos a direcionar para as crianças (e adultos, tão<br />
presentes na platéia) perguntas das quais já sabemos as respostas.<br />
Em muitas das apresentações, os atores não se desfazem da barba para<br />
representar duas crianças. Acreditamos que não é necessário<br />
maquiagem e figurinos pomposos para uma construção de personagens<br />
bem elabora<strong>do</strong>s, centrada no trabalho <strong>do</strong> ator e na cumplicidade para<br />
com a platéia. Esse elo é imagético e indestrutível.<br />
A utilização de poucos objetos e de um cenário minimalista é algo<br />
essencial para a realização <strong>do</strong> espetáculo. Outra escolha fundamental é<br />
de que os adereços de cenas sejam de objetos facilmente encontra<strong>do</strong>s<br />
no cotidiano da platéia, e utilizamos sem ajustes – objetos que as crianças<br />
esbarraram ao chegar e casa, ajudan<strong>do</strong>-as a construir suas próprias<br />
aventuras.<br />
O motivo dessas escolhas se dá no intuito de evidenciar as<br />
diversas possibilidades de objetos cotidianos na brincadeira infantil.<br />
Assim, é fácil perceber que não é necessário um grande arsenal de<br />
brinque<strong>do</strong>s para tornar mágicos os momentos de lazer e brincadeiras. O<br />
pouco se torna infinito. Nesse ponto tornamos o nosso especta<strong>do</strong>r em um<br />
co-autor.<br />
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