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Quem tem medo do escuro (Coletivo Cambada).pdf

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Um resumo <strong>do</strong> resuminho <strong>do</strong> resumo<br />

(Sinopse)<br />

Após se depararem com uma tarde sem<br />

energia elétrica, <strong>do</strong>is meninos <strong>tem</strong> apenas uma<br />

saída: embarcar em aventuras onde se<br />

transformam em cavaleiros, dragões e outros<br />

seres mitológicos, naufragam em um navio pirata<br />

e enfrentam objetos que ganham vidas. Durante o<br />

mergulho na imaginação, os garotos descobrem o<br />

valor da amizade e o poder da criatividade.<br />

Porém menino sonha de mais<br />

Menino sonha com coisas<br />

Que a gente cresce e não vê jamais<br />

Nelson Rufino<br />

07<br />

02<br />

04<br />

O pouco é infinito<br />

(Release)<br />

A imaginação infantil é o ponto de partida da dramaturgia de<br />

“<strong>Quem</strong> <strong>tem</strong> <strong>me<strong>do</strong></strong> <strong>do</strong> <strong>escuro</strong>?”; é para ela e por ela que montamos o<br />

espetáculo. Assim, decidimos alimentar a platéia com um ingrediente<br />

especial: a fantasia. A to<strong>do</strong> instante o invisível é transforma<strong>do</strong> em visível,<br />

na mesma medida que a platéia embarca na construção de ambientes<br />

diversos. Estes nem sempre estão concretiza<strong>do</strong>s fisicamente sobre o<br />

palco, e nem por isso deixam de existir.<br />

Essa é a interação que criamos e buscamos a cada apresentação.<br />

Não nos resumimos a direcionar para as crianças (e adultos, tão<br />

presentes na platéia) perguntas das quais já sabemos as respostas.<br />

Em muitas das apresentações, os atores não se desfazem da barba para<br />

representar duas crianças. Acreditamos que não é necessário<br />

maquiagem e figurinos pomposos para uma construção de personagens<br />

bem elabora<strong>do</strong>s, centrada no trabalho <strong>do</strong> ator e na cumplicidade para<br />

com a platéia. Esse elo é imagético e indestrutível.<br />

A utilização de poucos objetos e de um cenário minimalista é algo<br />

essencial para a realização <strong>do</strong> espetáculo. Outra escolha fundamental é<br />

de que os adereços de cenas sejam de objetos facilmente encontra<strong>do</strong>s<br />

no cotidiano da platéia, e utilizamos sem ajustes – objetos que as crianças<br />

esbarraram ao chegar e casa, ajudan<strong>do</strong>-as a construir suas próprias<br />

aventuras.<br />

O motivo dessas escolhas se dá no intuito de evidenciar as<br />

diversas possibilidades de objetos cotidianos na brincadeira infantil.<br />

Assim, é fácil perceber que não é necessário um grande arsenal de<br />

brinque<strong>do</strong>s para tornar mágicos os momentos de lazer e brincadeiras. O<br />

pouco se torna infinito. Nesse ponto tornamos o nosso especta<strong>do</strong>r em um<br />

co-autor.<br />

07<br />

15<br />

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