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O que é Economia Solidária? - Ministério do Trabalho e Emprego

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Isso nos leva imediatamente ao outro grande<br />

desafio à <strong>Economia</strong> <strong>Solidária</strong> no Brasil: a ausência<br />

de cr<strong>é</strong>dito. O capital <strong>do</strong>s empreendimentos se originou<br />

em sua esmaga<strong>do</strong>ra maioria <strong>do</strong>s próprios<br />

sócios (com 61,4% das menções) e apenas em<br />

12,3% <strong>do</strong>s empreendimentos de financiamento.<br />

Nos últimos 12 meses, <strong>do</strong>s empreendimentos necessita<strong>do</strong>s<br />

de empr<strong>é</strong>stimos – 70% <strong>do</strong> total – somente<br />

um quarto os conseguiu. Os outros três quartos<br />

tiveram de se arranjar para operar com capital<br />

de giro e de investimento insuficientes.<br />

É interessante observar quais foram as fontes<br />

de financiamento a <strong>que</strong> recorreram os 2.618 empreendimentos<br />

<strong>que</strong> o obtiveram nos últimos 12<br />

meses. 54,4% deles recorreram a bancos públicos<br />

e apenas 18,1% a fontes da própria <strong>Economia</strong><br />

<strong>Solidária</strong>: entidades privadas e públicas de microcr<strong>é</strong>dito<br />

e cooperativas de cr<strong>é</strong>dito. Apenas 5,4%<br />

<strong>do</strong>s empreendimentos obtiveram cr<strong>é</strong>dito de<br />

bancos priva<strong>do</strong>s e os restantes 20% recorreram a<br />

outras fontes.<br />

É antiga e notória a exclusão <strong>do</strong>s pobres <strong>do</strong> acesso<br />

aos serviços <strong>do</strong> sistema financeiro brasileiro, o<br />

<strong>que</strong> abrange agricultores familiares e toda sorte de<br />

micro e pe<strong>que</strong>nos empresários<br />

urbanos e rurais. O<br />

governo de Lula tem se<br />

esforça<strong>do</strong> para estender o<br />

acesso ao cr<strong>é</strong>dito aos pobres.<br />

Duas destas políticas<br />

merecem menção: a criação<br />

de contas simplificadas<br />

de at<strong>é</strong> mil reais, <strong>que</strong><br />

não exige qual<strong>que</strong>r comprovação<br />

de renda e dá acesso indiscrimina<strong>do</strong> a<br />

um microcr<strong>é</strong>dito, <strong>que</strong> poderá ser aumenta<strong>do</strong> ao<br />

longo <strong>do</strong> tempo. Estas contas foram abertas sobretu<strong>do</strong><br />

em bancos públicos e já atingiram mais de 5<br />

milhões nos últimos <strong>do</strong>is anos. A outra política <strong>é</strong> a<br />

expansão <strong>do</strong> Programa de apoio à agricultura familiar<br />

– PRONAF – <strong>que</strong> destina aos agricultores<br />

mais pobres microcr<strong>é</strong>dito com taxas de juros subsidia<strong>do</strong>s<br />

e, no limiar mais baixo de renda, o perdão<br />

de parte da dívida. O PRONAF já existe desde<br />

1996, mas foi mais <strong>que</strong> triplica<strong>do</strong> pelo atual governo.<br />

Tamb<strong>é</strong>m este programa <strong>é</strong> opera<strong>do</strong> por bancos<br />

públicos. Foram provavelmente estas políticas <strong>que</strong><br />

possibilitaram o atendimento de mais da metade<br />

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