TODA MAGIA DE MACHU PICCHU - correio carioca

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Marcus A. de Oliveira
Fevereiro de 2011
CORREIO CARIOCA
ENTREVISTA COM ADELAIDE CHIOZZO
Intérprete de Beijinho Doce, uma das músicas mais conhecidas do Brasil, continua se apresentando
com seu instrumento musical que a tornou célebre, o acordeon
Adelaide Chiozzo, artista de cinema, cantora e
acordeonista, recebeu em sua residência a equipe do
CORREIO CARIOCA com a mesma simpatia com que
figurou nas telas de cinema. Essa paulista de nascimento
e carioca de coração, sempre sorridente e gentil, bateu
um papo descontraído e contou detalhes de sua carreira.
Correio Carioca- Com que idade começou a cantar
profissionalmente e em que cidade?
Adelaide Chiozzo- Com 12 anos, na cidade em que nasci,
São Paulo, tendo vivido no bairro do Brás.
CC- Quais as músicas de maior sucesso?
AC- As canções que fizeram mais sucesso foram Beijinho
Doce, Cabecinha no Ombro, Trenzinho do Amor,
Pedalando, Sabiá na Gaiola, Cabeça Inchada e Fiz a Cama
na Varanda.
CC- Em quantas cidades atuou junto com seu marido
violonista Carlos Mattos?
AC- Toquei com ele em mais de 900 cidades por todo o
Brasil, dentre as grandes e as pequenas.
CC- Continua se apresentando em shows?
AC- Sim. Continuo viajando pelo Brasil, levando minha
música. A propósito, me apresentarei durante todos os
dias do carnaval na Cinelândia e, também, farei dia 2 a
abertura das festividades carnavalescas na cidade de Rio
Claro, no interior paulista.
CC- Uma curiosidade: o seu acordeon é o mesmo desde
o início de sua carreira e é aquele que aparecia nos filmes?
AC- Ainda tenho o primeiro e possuo outros, sendo que
um deles aparecia nos filmes da Atlântida.
CC- Como passou de cantora à atriz e quem a descobriu?
P E R S O N A L I D A D E
AC- Fui descoberta como cantora num concurso da Rádio
Bandeirantes de São Paulo, incentivada por minha mãe,
concurso esse comandado por Sílvio Leporace. Vim morar
em Niterói onde Irani de Oliveira me viu tocar e cantar e
me levou para a Rádio Nacional, surgindo, a partir daí, a
oportunidade de trabalhar na Atlântida Cinematográfica.
Meu primeiro filme “É com este que eu vou”.
CC- Em quantos filmes você atuou?
AC- Só na Atlântida em 15 filmes.
CC- Em que papéis?
AC- Na maioria deles fazendo dupla com Eliana Macedo.
CC- Conte uma curiosidade sobre as filmagens.
AC- Certa vez quase fraturei o nariz numa cena e era
comum os atores se machucarem nas filmagens, dado
Foto: E. A. Silva
o realismo com que procurávamos imprimir às cenas.
CC- Qual sua opinião da dupla Oscarito e Grande Otelo?
AC- Uma grande dupla de atores, destacando-se a
espontaneidade do Oscarito, que tinha muita facilidade
para interpretar e criar no momento das filmagens.
CC- Como era o relacionamento com os colegas de
trabalho nas filmagens?
AC- Muito bom, principalmente com o Oscarito. Havia
solidariedade entre todos, artistas, técnicos e diretores
para buscarmos a perfeição, em vista da precariedade
dos equipamentos daquela época.
CC- Sente saudades da época das chanchadas?
AC- Muitas, por conta das situações surgidas na hora
das filmagens e principalmente saudade dos colegas.