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PÁG. 04<br />

• SAÚDE<br />

20 A 26 DE JULHO DE 2012<br />

Pacientes denunciam problemas no CRT Aids<br />

O Centro de Referência<br />

em Tratamento em Doenças<br />

Sexualmente Transmissíveis e<br />

AIDS do Estado de <strong>São</strong> <strong>Paulo</strong><br />

tem sua sede em um antigo<br />

edifício da Vila Mariana, mas<br />

que sempre foi ligado ao tratamento<br />

de saúde - funcionava<br />

ali um dos hospitais da<br />

Cruz Azul, de atendimento<br />

a policiais militares. Mas, na<br />

década de 1990, com a expansão<br />

do Programa Estadual<br />

para Prevenção, Controle,<br />

Diagnóstico e Tratamento<br />

de Doenças Sexualmente<br />

Transmissíveis (DST) e da Síndrome<br />

da Imunodeficiência<br />

Adquirida (AIDS) no Estado<br />

de <strong>São</strong> <strong>Paulo</strong> se tornava sede<br />

deste trabalho. Ali, são desenvolvidos<br />

estudos de vacinas,<br />

tratamentos, orientação psicológica<br />

e muito mais (veja<br />

matéria nesta página).<br />

Mas, usuários têm reclamado<br />

alguns aspectos do<br />

trabalho atual. “Sabemos que<br />

é uma unidade de referência.<br />

Se criticamos, é porque queremos<br />

que melhore”, diz A. C.,<br />

um dos pacientes atendidos<br />

ali. Ele levou às redes sociais<br />

uma denúncia bastante repercutida<br />

na semana passada.<br />

“Depois de dois meses de<br />

obras para melhorar a acessibilidade,<br />

a rampa de entrada<br />

foi inagurada, mas ela termina<br />

em dois degraus!”, espantavase.<br />

O engenheiro do CRT,<br />

<strong>Paulo</strong> Ugolini, se defende e<br />

diz que a manutenção dos degraus<br />

estava prevista no projeto<br />

da obra, não houve erro,<br />

“não foi possível substituir<br />

os degraus por uma rampa<br />

contínua, pois o espaço exis-<br />

tente no local não possibilita a<br />

inclinação mínima necessária<br />

para sua aplicabilidade”, de<br />

forma que os frequentadores<br />

cheguem à porta de entrada.<br />

“Para atender a necessidade<br />

de pacientes portadores de<br />

necessidades especiais e com<br />

mobilidade reduzida, elaborou-se<br />

um projeto para melhorar<br />

a acessibilidade”, diz. Mas<br />

completa que a opção foi pela<br />

instalação de uma plataforma<br />

hidráulica, como um pequeno<br />

elevador, ao lado da rampa.<br />

“O equipamento só passou<br />

a funcionar depois que fizemos<br />

a reclamação”, diz ele.<br />

Mas as queixas de A.C. e<br />

outros usuários vão além da<br />

obra recente. “Muitos Soropositivos<br />

têm sua mobilidade<br />

reduzida por conta da ação<br />

dos remédios, do virus ou de<br />

doenças oportunistas como<br />

Necrose no Femur, Toxosplamose,<br />

Osteoporose, Fibromialgias<br />

e mais. Por isso, antes<br />

no Hospital havia um Neuro<br />

Muscular que encaminhava e<br />

fazia acompanhamento”, diz<br />

ele, O paciente também diz<br />

que faltam remédios, muitas<br />

pacientes idosas ficam sem<br />

orientação adequada para<br />

circular pelo ambulatório e<br />

denuncia demora excessiva<br />

no agendamento de consultas.<br />

“Os médicos ganham<br />

pouco e ficaram 30 dias em<br />

greve. Vejo vários deles reclamando”,<br />

relata.<br />

“Nos últimos meses, alguns<br />

especialistas pediram<br />

demissão, mas imediatamente<br />

foi iniciado processo para a admissão<br />

de novos profi ssionais.<br />

Alguns deles já encontram-se<br />

Cuidadores<br />

Odontologia<br />

em processo fi nal de contratação”,<br />

explica a Dra. Simone<br />

Queiroz, Gerência de Assistência<br />

Integral a Saúde, CRT<br />

DST/Aids-SP. “Enquanto não<br />

conseguirmos preencher as<br />

vagas em aberto, estamos encaminhando<br />

os pacientes, conforme<br />

suas necessidades, para<br />

a rede do SUS”, completa. Ela<br />

garante que, enquanto unidade<br />

especializada, o CRT conta<br />

com grande equipe de médicos<br />

infectologistas, aptos ao acompanhamento<br />

das principais<br />

intercorrências relacionadas<br />

a esta população. Conta também<br />

com especialidades médicas<br />

e não médicas, além de<br />

encaminhar pacientes para o<br />

Sistema Único de Saúde (SUS).<br />

O paciente também diz<br />

que suspeitou de estar com<br />

problemas no fêmur, mas que<br />

um de seus antigos médicos<br />

descartou a hipótese, depois<br />

comprovada por exames, e<br />

teme que outros possam estar<br />

enfrentando a mesma situação.<br />

“Exames se perdem ali”,<br />

denuncia. O gerente da Área<br />

de Apoio Técnico, Alexandre<br />

Gonçalves, nega. “Desde 2004,<br />

o Núcleo de Laboratório do<br />

CRT DST/aids-SP conta com<br />

um sistema informatizado de<br />

expedição de exames”. Ele<br />

diz que, em julho de 2011, foi<br />

implantado um novo sistema<br />

para facilitar o acesso dos médicos<br />

aos resultados, mas que<br />

isso não resultou em troca ou<br />

perda de exames. “Esta possibilidade<br />

inexiste”, completa,<br />

garantindo que os resultados<br />

ficam gravados e podem ser<br />

disponibilizados a qualquer<br />

momento.<br />

Sú eséic<br />

Terapia Alternativa<br />

Aparelhos<br />

Auditivos<br />

Os primeiros casos da Síndrome<br />

da Imunodeficiência<br />

Adquirida (Aids) no Brasil surgiram<br />

no início da década de<br />

80, em <strong>São</strong> <strong>Paulo</strong>, onde, três<br />

anos depois, já era instituído<br />

um programa estadual para<br />

tratar da epidemia. Para se ter<br />

ideia de como as coisas mudaram<br />

desde então, basta dizer<br />

que a sobrevida mediana no<br />

Brasil nos pacientes com aids<br />

maiores de 12 anos no período<br />

de 1982 a 1989 era de apenas<br />

5,1 meses. O estudo realizado<br />

por Marins e Cols, mostrou<br />

que os pacientes com diagnóstico<br />

em 1995 tiveram sobrevida<br />

mediana de 16 meses<br />

e os de 1996, 58 meses.<br />

Mas, com a evolução da<br />

medicina, dos remédios utilizados<br />

e também do trata-<br />

ALTO PODER<br />

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a situação mudou radicalmente,<br />

Basta citar números das<br />

últimas duas décadas para<br />

ter uma ideia: o número de<br />

óbitos caiu 56,5% em 2006,<br />

comparando-se com o ano de<br />

1995, quando ocorreu o maior<br />

número de óbitos por aids.<br />

O Centro de Referência e<br />

Treinamento DST/Aids-SP tem<br />

um papel importante para<br />

que a vigilância nesse tratamento<br />

se mantenha. O objetivo<br />

da instituição é oferecer<br />

atenção integral à saúde dos<br />

pacientes não só com HIV/<br />

Aids, mas com outras doenças<br />

como Hepatites Virais, DSTs<br />

e de Travestis e Transexuais,<br />

além de ser um Centro de<br />

Testagem. Cerca de 800 funcionários<br />

trabalham em três<br />

Pr ni es epaç,<br />

nf- l ef: 5072-2020<br />

Casas de Repouso<br />

Paciente denunciou,<br />

na internet,<br />

obra que deveria<br />

criar rampa de<br />

acessibilidade,<br />

mas que, ao fi car<br />

pronta, manteve<br />

os dois degraus.<br />

CRT alega que<br />

para cadeirantes<br />

e outros pacientes<br />

de mobilidade<br />

reduzida existe o<br />

elevador e explica<br />

que rampa fi caria<br />

muito inclinada se<br />

o projeto contemplasse<br />

remoção<br />

dos degraus<br />

Centro de Referência atende pacientes<br />

com doenças sexualmente transmissíveis<br />

turnos no CRT DST/AIDS, cuja<br />

sede ocupa uma área de 6.200<br />

metros quadrados. “Atualmente<br />

nosso serviço conta<br />

com as seguintes especialidades:<br />

acupuntura, cardiologia,<br />

dermatologia, endocrinologia,<br />

fonoaudiologia,ginecologia,<br />

infectologia, neurologia, nutrologia,<br />

nutrição, psiquiatria,<br />

proctologia, psicologia,<br />

otorrinolaringologia,<br />

oftalmologia, serviço social<br />

e urologia”, relaciona a dra.<br />

Simone Queiroz, da Gerência<br />

de Assistência Integral<br />

a Saúde do CRT DST/Aids.<br />

O CRT fica na Rua Santa<br />

Cruz, 81 - Vila Mariana, perto<br />

da estação Santa Cruz do<br />

Metrô. Telefone: 5087-9911.<br />

Outras informações no site<br />

www. crt.saude.sp.gov.br.

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