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TROPAS DE ELITE - Saab

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Sapadores Suíços.QXD 25/06/11 20:20 Page 40<br />

Acima A explosão<br />

acontecerá a qualquer<br />

momento. Até lá, o<br />

especialista Martin<br />

Bermettler necessita de<br />

concentração total.<br />

40 SEGURANÇA & <strong>DE</strong>FESA<br />

minas, custa cerca de 8.000 francos suíços.<br />

Desde 1998, quando seu treinamento como<br />

sapador começou, o chefe de equipe Lüssi também<br />

usa seu equipamento uma vez ou outra. Ele<br />

trabalhou várias vezes no estrangeiro — na Albânia,<br />

por exemplo, que agora acredita-se estar livre<br />

de minas. Também no Chile, onde minas ainda<br />

existem, desde os tempos da junta militar, e onde ele treinou militares do exército<br />

local para utilização de um novo sistema de destruição de minas.<br />

Deixar os outros irem primeiro<br />

Há 20 anos, Lüssi abandonou seu emprego original como chef, por causa<br />

de seu horário de trabalho não regular e com a intenção de passar mais<br />

tempo com seus filhos. Alistou-se na guarda de fortificações e, assim, tornouse<br />

um soldado regular. Foi um erro? Afinal, ele agora passa meses a fio no exterior,<br />

longe de sua esposa. “Não, de forma alguma. Nesse meio tempo, as<br />

crianças cresceram. Mas o apoio da família deve permanecer intacto, caso<br />

contrário, a coisa não funciona”, diz ele. Sua esposa adaptou-se à situação.<br />

Pelo menos, ele passou o Natal em casa.<br />

Mesmo assim, com 52 anos de idade, Lüssi não ficaria contrariado se não<br />

tivesse tantas missões no estrangeiro. “Estou agora em uma idade em que se<br />

pode deixar os outros irem primeiro. Eles também querem ganhar experiência”,<br />

comenta.<br />

É, por exemplo, o caso de Christian Wanner, de 32 anos. Aos sábados, ele<br />

se senta em frente ao Stade de Suisse, em Berna, e aproveita o sol. Passa os<br />

fins de semana na Suíça e, durante a semana, treina com as Forças Armadas<br />

da Alemanha, como sapador em exercícios militares táticos.<br />

Depois que seus pais viram um programa de TV mostrando “os dez empregos<br />

mais perigosos do mundo”, eles lhe telefonaram porque o sapador era<br />

o segundo na lista. Mas ele conseguiu acalmá-los, pois em sua visão, a coisa<br />

não é tão dramática assim. “Se forem seguidas todas as regras de segurança,<br />

o risco é mínimo”. Ele tem o “necessário respeito”, confia em seu bom senso<br />

e está convencido de que tudo dará certo. “Sou um otimista”, diz.<br />

Nozes difíceis de abrir<br />

Há perigos, entretanto. Um problema que cada vez aumenta mais é o<br />

dos IED (Improvised Explosive Devices, ou Artefatos Explosivos Improvisados).<br />

“Nada é mais fácil de preparar”, diz Wanner. E já que as munições são<br />

usualmente identificadas por cores, uma coisa que ele e os seus colegas não<br />

podem ter é daltonismo. De uma maneira geral, eles precisam ter um conhecimento<br />

de eletrônica, serem calmos e fisicamente aptos. Igualmente importante<br />

para Wanner é que a equipe coopere bem. Além de indivíduos<br />

dedicados, robôs e cães também são cada vez mais utilizados.<br />

“A arte fina disso é separar a espoleta da parte explosiva”, comenta. Desarmar<br />

uma carga explosiva é como abrir uma noz, de modo que a casca<br />

não se parta em mil pedaços. No outono, ele irá para Kosovo, onde passará<br />

alguns meses “abrindo nozes”. Vai ser um trabalho cansativo, mas que ele espera<br />

com ansiedade. Sua escolha foi e é enfrentar desafios desta natureza.<br />

Segundo Christian Wanner, um dos princípios que todos os sapadores seguem<br />

é: “O caminho mais fácil é sempre o que está minado”. n

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